O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (30/12), ao falar sobre a demanda pela prorrogação do auxílio emergencial, que o país chegou ao limite quando se fala em endividamento.
“Alguns esquecem que estamos terminando um ano atípico, onde nós nos endividamos em mais de R$ 700 bilhões para conter a pandemia, dar o auxílio emergencial para quem perdeu tudo. Os informais, em grande parte, perderam tudo; a renda foi a zero. Querem que a gente renove [o auxílio emergencial], mas a nossa capacidade de endividamento chegou ao limite. A gente pede a Deus que tudo volte à normalidade. Faz um apelo a alguns governadores que teimam em fechar tudo", disse.
As declarações foram feitas em transmissão ao vivo pelas redes sociais do presidente, enquanto ele caminhava em direção a uma multidão na cidade de Praia Grande, litoral de São Paulo. O presidente passa o feriado de fim de ano em Guarujá (SP), que fica ao lado de Praia Grande, para onde se deslocou na manhã desta quarta-feira em uma moto aquática. Sem máscara, ele causou aglomeração cumprimentando populares, tirando fotos e pegando crianças no colo. Grande parte dos banhistas que falavam com o presidente também estava sem máscara.
A última parcela do auxílio emergencial foi depositada na terça-feira (29), para 3,2 milhões de brasileiros, encerrando os pagamentos que foram feitos a 67,9 milhões de pessoas no país durante a pandemia do novo coronavírus, com o objetivo de ajudar trabalhadores informais e os mais vulneráveis. O calendário dos saques segue até o dia 27 de janeiro de 2021.
Foram feitos, desde abril deste ano, 535 milhões de pagamentos, com um custo total de R$ 321,8 bilhões. No início, o governo anunciou seis parcelas de R$ 600 (e R$ 1,2 mil para mulheres chefes de família) e depois mais quatro parcelas do auxílio emergencial estendido, com a metade do valor (R$ 300). Algumas pessoas receberam menos parcelas, a depender do mês que começaram a receber o benefício.
Correio Braziliense
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