O perdão nos liberta dos sofrimentos
O perdão nos liberta dos sofrimentos
O perdão nos liberta dos sofrimentos. Vamos refletir sobre a importância e a realidade do perdão que nos liberta do sofrimento. Reconciliar-nos abre um espaço de liberdade entre dois momentos em nossa vida: o momento da mágoa e o momento da reconciliação.
Claro que, aqui, não digo que é fácil perdoar, tampouco que vamos esquecer de algo que nos foi feito, ou ainda concordar com o que foi feito de errado, mas sim não permitir que a situação volte a nos magoar.
O perdão é uma prática que nos liberta do sofrimento, e, embora muitas vezes subestimada, possui um profundo impacto psicológico na vida das pessoas. Em nossa jornada, todos nós enfrentamos situações em que nos sentimos feridos, traídos ou injustiçados. Esses sentimentos, se não abordados, podem gerar um peso emocional significativo, afetando nossa saúde mental e nosso bem-estar.
Compartilho também o trecho da Carta Encíclica Dilexit nos (Amou-nos) do Papa Francisco, divulgada no último mês, que traz a importância do perdão: “faz parte deste espírito de reparação o bom hábito de pedir perdão aos irmãos, que revela uma enorme nobreza no meio da nossa fragilidade. Pedir perdão é uma forma de curar as relações, pois «reabre o diálogo e manifesta o desejo de restabelecer o vínculo da caridade fraterna […], toca o coração do irmão, consola-o e inspira-o a aceitar o perdão pedido. Assim, se o irreparável não pode ser completamente reparado, o amor pode sempre renascer, tornando a ferida suportável».
Um coração compassivo
E reforçando o quanto o perdão nos liberta do sofrimento, Papa Francisco segue expressando: “Um coração capaz de compaixão pode crescer em fraternidade e solidariedade… “Por conseguinte, surge um autêntico espírito de reparação, pois «quem está compungido no coração sente-se cada vez mais irmão de todos os pecadores do mundo, sente-se mais irmão, sem qualquer aparência de superioridade nem dureza de juízo, mas sempre com desejo de amar e reparar». É um ato de escolha consciente, de uma necessidade de dar um passo além da situação vivida.
Quando decidimos perdoar, não apenas liberamos a outra pessoa de suas ações, mas, sobretudo, libertamos a nós mesmos do ciclo de dor e ressentimento. O ato de perdoar é uma escolha consciente que nos permite reescrever a narrativa de nossas experiências. Pesquisas demonstram que o perdão está associado a níveis mais baixos de ansiedade e depressão, promovendo uma sensação de alívio e paz interior. Essa transformação emocional é crucial, pois, ao soltar as amarras do passado, conseguimos focar no presente e vislumbrar um futuro mais positivo.
O perdão exige tempo
Por fim, o perdão não é um processo linear. Ele exige tempo e reflexão, mas os benefícios psicológicos são inegáveis. Ao praticar o perdão, não apenas nos curamos, mas também cultivamos um ambiente mais saudável ao nosso redor. É um convite à libertação e à renovação, permitindo-nos viver de forma mais plena e autêntica.
“De fato, se vocês perdoarem aos homens os males que eles fizeram, o Pai de vocês que está no céu também perdoará a vocês” (Mt 6,14).
Um abraço fraterno!
Elaine Ribeiro, psicóloga
Canção Nova
Portal Santo André em Foco
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