O presidente Jair Bolsonaro participará neste fim de semana da cúpula do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo.
Em razão da pandemia do novo coronavírus, o encontro será virtual pela primeira vez, a exemplo da cúpula do Brics e da Assembleia Geral das Nações Unidas.
As autoridades internacionais recomendam o distanciamento e o isolamento social como formas de prevenção à disseminação do vírus.
De acordo com a assessoria de Bolsonaro, o presidente participará da cúpula do G20 às 10h neste sábado (21) e às 9h30, no domingo (22). Nos dois casos, por videoconferência.
Os integrantes do G20 são responsáveis por cerca de 80% da produção econômica global. As reuniões do grupo ocorrem anualmente e são organizadas por um integrante. Neste ano, a Arábia Saudita comanda o encontro.
Nesta sexta-feira (20), Bolsonaro conversou por telefone com o príncipe-herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman bin Abdulaziz. Ele também é vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa do país.
Segundo o Palácio do Planalto, Bolsonaro e Abdulaziz conversaram sobre a cúpula e discutiram a possibilidade de ampliar as relações bilaterais dos países.
Entre as videoconferências deste sábado e do domingo, Bolsonaro irá ao Amapá. O estado enfrenta uma crise no fornecimento de energia há quase três semanas.
Combate à pandemia
A reunião do G20 ocorre em meio à corrida mundial em busca de uma vacina contra a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
A pandemia já provocou mais de 1,3 milhão de vítimas em todo o planeta, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins (EUA), e levou diversos países a adotarem quarentena, em diferentes níveis, para tentar frear a disseminação da doença.
No Brasil, o Instituto Butantan, em São Paulo, desenvolve a vacina Coronavac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. No Paraná, o governo local e a Rússia assinaram um acordo para desenvolvimento da vacina Sputnik V. No Distrito Federal, os testes têm sido feitos com a vacina belga, do laboratório Janssen.
Madeira ilegal
Parte dos integrantes do G20 critica a política ambiental do governo brasileiro, principalmente em relação à Amazônia, entre os quais França e Alemanha. Em 2019, Bolsonaro teve atritos com o presidente francês Emmanuel Macron e com a chanceler alemã Angela Merkel.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, também é crítico da política ambiental de Bolsonaro.
Nesta semana, Bolsonaro anunciou no encontro do Brics que divulgaria os países que compram madeira ilegal da Amazônia. No entanto, na quinta (19), durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente não apresentou a lista.
Eleições nos EUA
Os Estados Unidos fazem parte do G20, e o grupo se reúne duas semanas após a eleição de Joe Biden na corrida à Casa Branca. O atual presidente americano Donald Trump, contudo, se recusa a aceitar a derrota, assim como Bolsonaro.
Alemanha, França, Reino Unido, Espanha e Itália estão entre os países do G20 que já reconheceram a vitória de Biden.
G1
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