O presidente Jair Bolsonaro defendeu, nesta sexta-feira, o arquivamento do inquérito das fake news que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação apura a existência de uma rede de parlamentares, empresários e blogueiros que divulga notícias falsas e ataques a ministros do STF. A investigação conduzida pela Polícia Federal teria apontado o vereador do Rio, Carlos Bolsonaro, como o principal articulador do grupo.
— Esse inquérito... juristas mesmo dizem que ele é inconstitucional. Acho que temos que pacificar o brasil. É claro que depende de outro poder e de outro minsitro, mas esse inquérito tem que ser arquivado e voltar a pacificar. E outra coisa: só foram pra cima de pessoas que me apoiam — afirmou o presidente na portaria do Palácio da Alvorada.
Há duas semanas, a PF deflagrou uma operação contra blogueiros, deputados e empresários que, segundo as investigações, teria participação na rede de divulgação de notícias falsas e ataques a autoridades. O inquérito, instaurado pelo presidente do STF, Dias Toffoli, é conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes.
A chegada da investigação a Carlos Bolsonaro ocorreu na mesma época em que o presidente Jair Bolsonaro aumentou a pressão sobre o ex-ministro da Justiça Sergio Moro para trocar o comando da Polícia Federal. A pressão para a troca resultou na saída de Moro do governo, em abril.
Em manifestação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o presidente pediu ao tribunal que rejeite o pedido para incluir o conteúdo do inquérito das fake news na ação de investigação eleitoral sobre ele, que apura abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação.
A colunista Bela Megale revelou que ministros do TSE avaliam que há “grandes chances” da corte incluir dados do inquérito das fake news em outros dois processos eleitorais que analisam a cassação da chapa presidencial de Jair Bolsonaro de 2018.
O Globo
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