O procurador-geral da República, Augusto Aras, vai questionar o presidente da República, Jair Bolsonaro, a respeito da troca na segurança pessoal feita 28 dias antes da reunião ministerial do dia 22 de abril.
A revelação, feita pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na última sexta-feira (15), mostrou que o presidente não teve dificuldades para mexer na equipe da segurança, o que coloca em xeque versão de Bolsonaro de que sua preocupação não era com a Polícia Federal, mas com a segurança de sua família.
A segurança presidencial é feita pelo GSI, e não pela Polícia Federal.
Segundo o blog apurou, ao final do inquérito, a PGR quer ouvir o presidente Bolsonaro- entre as perguntas, questionará a respeito das trocas. Nas palavras de um procurador, “tudo que for do escopo do inquérito Moro x Bolsonaro será analisado”.
Nos bastidores, Aras tem demonstrado preocupação com a ampliação da investigação que está no STF. Na avaliação do PGR, o inquérito- que deveria durar 60 dias- “não acaba antes de 2022”.
Se o vídeo for divulgado integralmente por Celso de Mello, para a cúpula da PGR, o inquérito “vira palanque eleitoral”.
Aras prepara novas diligências para as próximas semanas- Bolsonaro será o último a ser ouvido. Antes disso, o PGR avalia se pede novo depoimento de Sergio Moro. Nos bastidores, o PGR diz a assessores que, após o depoimento de Mauricio Valeixo, o ex-ministro da Justiça “partiu para o ataque contra o presidente”, citando postagens do ex-ministro no Twitter como exemplo. Por isso, segundo o blog apurou, Moro pode ser chamado novamente a depor.
Enquanto não decide as novas diligências, Aras acompanha os desdobramentos da acusação de Paulo Marinho de que Flavio Bolsonaro foi avisado da operação Furna da Onça, em 2018, por um delegado da Polícia Federal. Um procurador do Rio acompanhará in loco o depoimento do empresário, que ainda não tem data para acontecer.
Aras também vai avaliar outros depoimentos do caso Marinho, como o do advogado Vitor Alves, que trabalhou com Flavio Bolsonaro, foi alvo da operação em 2018 e foi um dos suspeitos de ouvir a respeito do vazamento da operação da PF em 2018.
G1
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