Fevereiro 28, 2025
Arimatea

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta segunda-feira (20) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá uma agenda mais ativa de viagens pelo país e concederá mais entrevistas à imprensa como parte da estratégia de comunicação do governo federal. A declaração foi dada após a reunião ministerial realizada na Granja do Torto, em Brasília, que abordou desafios relacionados à comunicação e às entregas das políticas públicas.

Rui Costa destacou que o cenário político atual é marcado pela disseminação de fake news e pelo uso de redes sociais para a propagação de desinformação e discurso de ódio. Ele defendeu que o governo deve se antecipar às mentiras e reforçar a comunicação com a população.

“O patamar de disputa política mudou de qualidade. E mudou para pior. As redes digitais propiciaram a propagação do ódio, mentira, segmentação de informação. A mim assusta muito quando a gente faz pesquisa e 40% da população responde que se informa exclusivamente por grupo de zap", disse o ministro.

Para enfrentar esses desafios, Rui Costa afirmou que a centralidade e o planejamento das informações governamentais são essenciais. “Nós não podemos permitir que a mentira prevaleça à verdade. Precisamos colocar os fatos e a verdade. Que a mentira corra atrás da verdade e não o contrário”, reforçou.

Ações de comunicação
O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, também participou do encontro e reforçou a importância de uma comunicação proativa. Entre as estratégias discutidas estão:

  • Garantir que as informações sobre as ações do governo cheguem de forma clara e organizada à população.
  • Utilizar diferentes instrumentos de comunicação, como redes sociais, entrevistas e presença direta nos estados.

“Ideia é que o presidente seja mais presente, fale mais com a imprensa e que esteja mais presente nos estados”, afirmou Rui Costa.

A reunião também marcou o início de uma nova etapa para o governo Lula, com foco na execução das políticas planejadas nos dois primeiros anos de mandato. O presidente destacou que 2025 será um ano decisivo para colher os frutos das iniciativas já lançadas e reafirmou o compromisso com a população.

“Esse ano será de definição. Nem tudo que foi anunciado já deu frutos. Mas é preciso que a gente saiba que 2025 é o ano da grande colheita de tudo aquilo que a gente prometeu ao povo brasileiro", declarou Lula.

Reforma ministerial
Questionado sobre possíveis mudanças no primeiro escalão do governo, Rui Costa afirmou que o presidente ainda não tomou decisões sobre o tema e que a reforma ministerial não foi discutida na reunião.

“O presidente não tomou qualquer decisão sobre isso. Esse assunto não foi pauta da reunião. Ele continua refletindo. Ele pode trocar ministro a qualquer momento. Aqui o presidente pode substituir a qualquer hora quem ele queira. Não há previsão de início e nem de final de reforma ministerial”, disse o ministro.

g1
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Após retomar os trabalhos em fevereiro o Congresso Nacional vai precisar se debruçar sobre 55 vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pendentes de análise. É maior acúmulo de vetos desde 2018.

Uma das decisões deve ser sobre o veto parcial ao projeto que veda o bloqueio de gastos provenientes de emendas parlamentares impositivas, tanto as individuais quanto as de bancadas estaduais.

Hoje, o contingenciamento é permitido para cumprir as regras de responsabilidade fiscal. Lula impediu a mudança no Veto 47/2024 - que inclui outros 34 vetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 - e no Veto 48/2024 (veto parcial ao PLP 210/2024 que estabeleceu novos limites para os gastos públicos em caso de déficit primário.

Na mensagem do Veto 48/2024, por exemplo, o presidente afirma que ao não permitir o bloqueio e contingenciamento de emendas impositivas, individuais e de bancadas estaduais, a proposta estaria em dissonância com o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo o qual “quaisquer regras, restrições ou impedimentos aplicáveis às programações discricionárias do Poder Executivo se aplicam às emendas parlamentares, e vice-versa.” Assim, prossegue o texto, “as emendas parlamentares teriam o mesmo tratamento de bloqueio e contingenciamento aplicável a qualquer despesa discricionária do Poder Executivo”.

Também se destacam vetos à reforma tributária que retiram determinados serviços financeiros e de segurança da informação de tratamentos favoráveis, como a redução de 60% da nova alíquota estimada em 28% sobre o preço (Veto 7/2025). Já o Veto 5/2025, que cria novo mecanismo para os estados quitarem suas dívidas, retirou trecho que permitia aos estados abaterem uma parte de seus passivos com a União por meio da execução de despesas, como obras de responsabilidade do governo federal.

Novas despesas
A lista também tem vetos que amenizaram ou impediram o aumento de despesas. É o caso do Veto 4/2025, que não permitiu que quem sofre de diabetes mellitus tipo 1 seja equiparado à pessoa com deficiência (PCD).

A novidade poderia gerar gastos, como com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que atende PCDs e idosos de baixa renda. Segundo o governo federal, o projeto foi aprovado sem a estimativa de impacto financeiro exigida pela Constituição.

Na mesma linha, há o Veto 2/2025, que barrou indenização de R$ 50 mil e pensão mensal de R$ 7.786,02 para PCD causada pelo vírus zika durante a gestação.

Entre outras razões, Lula aponta em mensagem encaminhada ao Congresso que a iniciativa criaria despesa obrigatória contínua (o que engessa ainda mais as contas públicas) sem indicar prévio estudo e sem informar de onde viriam os recursos. Como alternativa, Lula editou medida provisória (MP 1.287/25) que dá R$ 60 mil de apoio financeiro em parcela única, restrita a este ano e a crianças nascidas entre 2015 e 2024.

Bagagem em voos
O mais antigo a ser analisado neste ano é o Veto 30/2022, que travou a volta do despacho gratuito de bagagem em voos. Entre outros vetos que devem trancar a pauta do Congresso Nacional (que é independente da pauta do Senado e da Câmara dos Deputados), se destacam:

- o Veto 18/2024, que obstou a diferença entre as provas do Enem, em que os candidatos poderiam escolher algumas das áreas do conhecimento (o itinerário formativo no ensino médio permite), além da parte básica comum a todos;

- o Veto 14/2023, que impediu a criação da Autoridade Nacional para Prevenção e Combate à Violência e à Discriminação no Esporte (Anesporte) pela Lei Geral do Esporte e manteve vivo trechos da Lei Pelé.

Agência Câmara
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O Banco Central (BC) realiza, nesta segunda-feira (20), dois leilões de dólares com compromisso de recompra futura pela autoridade monetária. Cada operação terá limite de US$ 1 bilhão. A taxa de câmbio será a do boletim Ptax das 10h, de R$ 6,06 bilhões.

Os leilões (A e B) serão realizados, exclusivamente, pelas instituições credenciadas pela autoridade monetária do Brasil (dealers de câmbio).

Ainda de acordo com o BC, será aceito no máximo US$ 1 bilhão para cada um dos leilões acima mencionados, totalizando no máximo US$ 2 bilhões.

O leilão ocorre entre 10h20 e 10h25, e o B, de 10h40 às 10h45. As operações de venda do BC serão liquidadas no dia 22 de janeiro de 2025.

Em comunicado o banco, informou que as operações de recompra do leilão A, ocorrerá no dia 4 de novembro, e em 2 de dezembro, no caso do leilão B.

Reservas
As reservas internacionais são os ativos do Brasil em moeda estrangeira e funcionam como uma espécie de seguro para o país fazer frente às suas obrigações no exterior e a choques de natureza externa , tais como crises cambiais e interrupções nos fluxos de capital para o país. Atualmente, elas somam quase US$ 330 bilhões.

Essas reservas, administradas pelo BC, são compostas principalmente por títulos, depósitos em moedas estrangeiras, principalmente o dólar, mas também euro, libra esterlina, iene, dólar canadense e dólar australiano, além de direitos especiais de saque junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), depósitos no Banco de Compensações Internacionais (BIS), ouro, entre outros ativos.

“No caso do Brasil, que adota o regime de câmbio flutuante, esse colchão de segurança ajuda a manter a funcionalidade do mercado de câmbio de forma a atenuar oscilações bruscas da moeda local - o real - perante o dólar, dando maior previsibilidade e segurança para os agentes do mercado”, informou o BC.

Agência Brasil
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O mercado financeiro aumentou a projeção da inflação e do crescimento da economia para este ano. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Banco Central, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 5,08%, ante os 5% da semana passada. Já o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma dos bens e serviços produzidos no país, deve fechar 2025 em 2,04%, ante os 2.02 da semana anterior.

A pesquisa Focus é realizada com economistas do mercado financeiro e divulgada semanalmente pelo BC. Para 2026, o boletim mostra uma projeção de crescimento do PIB de 1,77%. Já para 2027 e 2028, a projeção de expansão da economia é de 2%, para os dois anos.

Em relação à inflação, o boletim projeta índice de 4,10% para 2026, ante os 4,05, da semana passada. Para 2027, o mercado financeiro tem a projeção de IPCA de 3,9% e, de 3,58% em 2028.

No ano passado, o IPCA, que leva em conta a variação do custo de vida de famílias com rendimento de até 40 salários mínimos, fechou o ano passado em 4,83%, acima do teto da meta, que era de 4,5%.

Taxa de juros
Em relação à taxa básica de juros, a Selic, o Focus manteve a projeção da semana passada de 15%, para 2025. Há quatro semanas a projeção era de 14,75%. Para 2026, a projeção do mercado financeiro é que a Selic fique em 12,25%, uma ligeira alta em relação aos 12% projetados na semana passada. Para 2027 e 2028, as projeções são de que a taxa fique em 10,25% e 10%, respectivamente.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

No final do ano passado, o colegiado aumentou a Selic em 1 ponto percentual (p.p), com a justificativa de a reação do mercado financeiro ao pacote fiscal do governo federal tornou o cenário inflacionário mais adverso, demandando uma política "ainda mais contracionista”.

Ainda de acordo com o Copom, o cenário mais adverso para a convergência da inflação à meta para 2025, de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5% pode demandar novos aumentos de 1 ponto percentual na Selic nas próximas duas reuniões do comitê: em janeiro, nos dias 28 e 29, e em março, nos dias 18 e 19.

Câmbio
Em relação ao câmbio, a previsão de cotação do dólar ficou em R$ 6,00 para 2025. No fim de 2026, a previsão é que a moeda norte-americana também fique em R$ 6,00. Para 2027, o câmbio também deve ficar, de acordo com o Focus, em R$ 5,92 e para 2028, a projeção é R$ 5,99.

Agência Brasil
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O presidente do Panamá, José Raul Molino, divulgou uma carta após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20), rejeitando o discurso do republicano, que disse que "vai retomar o controle do Canal do Panamá".

Molino afirmou que "nenhuma outra nação no mundo vai interferir na nossa administração".

"O Canal é e continuará a pertencer ao Panamá e a sua administração continuará sob o controle panamenho no que diz respeito à sua neutralidade permanente. Não há presença de nenhuma nação no mundo que interfira na nossa administração."

g1
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O agora ex-presidente dos EUA Joe Biden fez um sinal da cruz ao se referir ao discurso inaugural de Trump nesta segunda-feira (20).

Em despedida do governo, Biden estava falando aos funcionários de seu governo que "ainda há muito o que fazer" e fez o sinal, que arrancou risadas do público.

"Ainda temos muito o que fazer. Todos ouvimos o discurso inaugural [de Trump] hoje. Temos muito o que fazer. Olha, sei por meus muitos anos de experiência que há altos e baixos, mas temos que continuar firmes. Meu pai me ensinou que o caráter de uma pessoa, e vocês já ouviram eu falar isso antes, é a velocidade com que a pessoa se levanta novamente. É isso que precisamos fazer agora. Nunca desistir, nunca. Estamos saindo do governo, mas não abandonando a luta", disse Biden.

A fala de Biden ocorreu em um discurso de despedida na base aérea de Andrews, em Maryland, onde ele e sua esposa, Jill, embarcaram rumo a Delaware para irem para casa. Eles deixaram o Capitólio de helicóptero após o final da cerimônia de posse.

Durante a posse, Trump fez discurso em tom otimista e ambicioso e recheado de críticas ao governo Biden, mesmo estando a poucos metros de distância do democrata. O republicano também revelou planos de "expandir o território" dos EUA, confirmou uma série de decretos anti-imigração e protecionistas e anunciou a extinção de programas de diversidade. Leia mais sobre o discurso de Trump abaixo.

Biden também rasgou elogios aos funcionários e os agradeceu por sua "luta incansável". Atrapalhando-se em alguns momentos da fala, ele que seu governo fez muito pelos norte-americanos. "Espero que olhem para esses anos com o mesmo orgulho com que eu o farei".

Discurso inaugural de Trump
Em tom otimista e ambicioso, Donald Trump fez nesta segunda-feira (20) seu primeiro discurso como novo presidente dos Estados Unidos, no qual falou do começo de "uma era de ouro", revelou planos de "expandir o território" e confirmou uma série de decretos anti-imigração e protecionistas.

"A era de ouro dos Estados Unidos começa neste momento. Nossa soberania será restaurada. Nossa prioridade será criar uma nação que seja próspera e livre (...). Seremos uma nação rica de novo", disse Trump.

No discurso, feito logo após tomar posse como o 47º presidente, Donald Trump disse também que:

  • Sua primeira ordem executiva será a declaração de emergência na fronteira entre EUA e México, o que significa a autorização do envio de militares à região;
  • Vai "retomar o controle" do Canal do Panamá;
  • Vai taxar outros países para garantir o protecionismo em medidas energéticas;
  • Os EUA voltarão a ser um país que "expande seu território".
  • Quer a bandeira americana em Marte.
  • Quer "retomar" a liberdade de expressão no país e acabar com a censura e perseguição que ele afirma haver nos EUA;
  • Os EUA voltarão a ser um país "com dois gêneros: o feminino e o masculino".

O discurso de posse seguiu a estratégia da campanha de Trump, com grandes promessas e acusações ao governo de Joe Biden. Embora não tenha citado o nome de seu antecessor, Trump falou em tirar os Estados Unidos de uma época de escuridão.

"Agora temos um governo que não consegue administrar nem mesmo uma crise simples dentro de casa, enquantotambém tropeça em uma série de eventos catastróficos no exterior", acusou.

Disse que sabe ter muitos desafios pela frente e, em referência ao atentado que sofreu durante a campanha eleitoral, no ano passado, afirmou que "fui salvo por Deus para tornar a América ótima novamente", em referência ao seu slogan "Make America Great Again" (Maga).

No discurso, o agora presidente dos EUA confirmou que assinará, ainda nesta segunda, a ordem executiva que declarará emergência nacional na fronteira dos EUA com o México. Também prometeu expulsar "todos que entrarem de forma ilegal", mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América e declarar cartéis mexicanos como organizações terroristas.

No âmbito internacional, disse que pretende ser um "unificador e um pacificador" e mencionou o acordo de cessar-fogo assinado na semana passada entre Israel e Hamas, para o qual ele reivindica ter tido influência. Mas subiu o tom ao falar da intenção de "retomar o controle" do Canal do Panamá.

Trump também disse que vai "restaurar a liberdade de imprensa nos Estados Unidos". Falou que os EUA terão agora "dois gêneros: o feminino e o masculino" e prometeu reintegrar funcionários públicos dispensados por não apresentarem comprovantes de vacinas de Covid.

"Nunca mais o imenso poder do estado será usado como arma para perseguir oponentes políticos. Restauraremos a justiça justa, igualitária e imparcial sob o estado constitucional de direito".

Marte
Em sintonia com magnatas que estiveram presentes na posse e que farão parte do novo governo, Trump falou também em apoio a empresários e planos expansionistas e falou de lançar astronautas americanas em Marte.

"Os Estados Unidos mais uma vez se considerarão uma nação em crescimento, que aumenta nossa riqueza, expande nosso território e carrega nossa bandeira para novos e belos horizontes. Queremos enviar astronautas americanos para plantar as estrelas e listras (da bandeira americana) no planeta Marte", disse.

Ao final do discurso, de cerca de 30 minutos, concluiu: "Nada vai entrar no nosso caminho porque nós somos americanos", disse, aplaudido de pé.

Posse
Trump foi empossado após fazer o juramento do cargo no Capitólio, a sede do Congresso americano. Antes, ele se encontrou com Joe Biden, presidente que se despede do cargo também nesta segunda.

Ainda nesta segunda, o novo presidente assinará uma primeira leva de ordens executivas que marcarão o início de seu governo.

Por conta do frio, a cerimônia foi transferida para um espaço fechado do Capitólio.

Trump de volta
Quatro anos depois, o republicano volta à Casa Branca com fôlego renovado, processos judiciais resolvidos e, desta vez, sem a tutela de figurões do Partido Republicano como a do primeiro mandato. Ele venceu as eleições de novembro de 2024.

Também nesta segunda, o republicano já dará o pontapé inicial aos primeiros atos de seu governo: ele vai assinar, de uma só vez, dezenas de ordens executivas direcionadas a políticas anti-imigratórias —que podem afetar brasileiros em situação ilegal nos EUA— e tributárias favoráveis aos magnatas que agora integram seu governo.

A estratégia é a mesma de sua primeira gestão à frente da Casa Branca, quando ele anunciou decretos polêmicos já nos primeiros dias de governo, como a construção do muro na fronteira com o México e a suspensão de vistos para cidadãos de sete países muçulmanos.

Posse
Já na cerimônia de posse, também chamada de Dia da Inauguração nos EUA, Trump dará demonstrações desse "voo solo". Quebrando um protocolo de não convidar governantes do exterior para o evento e sim diplomatas que os representem, o republicano, segundo a imprensa local, enviou uma série de convites diretos a aliados.

Entre eles, os presidentes Javier Milei, da Argentina, Giorgia Meloni, da Itália, e Viktor Orbán, da Hungria, além do brasileiro Jair Bolsonaro — apesar de o Supremo ter negado o pedido de Bolsonaro, que está com o passaporte apreendido, de ir à cerimônia nos EUA.

Trump também chamou políticos de partidos ultraconservadores europeus, como Tino Chrupalla, do Alternativa para a Alemanha (AfD), o espanhol Santiago Abascal, do VOX, e o ultraliberal britânico anti-União Europeia Nigel Farage, de acordo com o site de notícias dos EUA Politico.

Já a presidente da Comissão Europeia — o braço executivo da União Europeia —, Ursula von der Leyen, não recebeu convite, assim como o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. O líder chinês, Xi Jinping, foi convidado por Trump, mas enviou seu vice.

O presidente Lula (PT) não foi convidado para a posse. A embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, vai representar o governo brasileiro no evento.

Nomes do Vale do Silício e magnatas da tecnologia, parte essencial da segunda gestão de Trump — ex-magnata que tem uma fortuna estimada em cerca de US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 32 bilhões) — também terão assentos garantidos na posse.

Segundo a imprensa norte-americana, Elon Musk, CEO da Tesla, do X e do SpaceX; Jeff Bezos, presidente-executivo da Amazon; e Mark Zuckerberg, CEO da Meta, estarão nas primeiras filas.

É justamente pensando nesse nicho que Trump deve assinar uma enxurrada de ordens executivas já durante a cerimônia de posse. As promessas de Trump de deportar imigrantes deverão encabeçar a lista das ordens executivas e, com isso, criar uma cortina de fumaça para medidas tributárias que favorecem o Vale do Silício, segundo o professor Leonardo Trevisan, da ESPM.

"Nós vamos assistir a uma enorme cortina de fumaça nos primeiros dias, exatamente pela complexidade que terão algumas medidas econômicas".

As ordens executivas são espécies de decreto, por não precisarem de aprovação prévia do Congresso, mas não criam uma lei específica. São como uma determinação do presidente sobre como órgãos do governo devem usar seus recursos.

Entre as que devem ser assinadas já nesta segunda estão também o texto em que Trump declara a imigração ilegal uma emergência nacional, o que na prática autoriza a liberação de fundos militares para a construção do muro na fronteira com o México, e a que permite agentes de imigração federal a prender pessoas sem antecedentes criminais.

Trajetória
Trump se muda de volta à Casa Branca novamente ao lado de Melania Trump, sua terceira esposa. O agora presidente dos EUA tem cinco filhos, dez netos, frutos de três casamentos diferentes.

Ao contrário do que já disse algumas vezes, Donald Trump não construiu sua fortuna do zero. Seus primeiros passos e milhões de dólares foram proporcionados por seu pai, Fred Trump, filho de um imigrante alemão que investiu no incipiente mercado imobiliário de Nova York na década de 1950.

Após se formar em economia na Universidade da Pensilvânia, em 1968, ele assumiu oficialmente a imobiliária da família, que começou a expandir por Nova York com construções de prédios altos em Manhattan e hotéis, campos de golfe e cassinos fora dos EUA, que sempre batiza com o nome da família.

g1
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Em tom otimista e ambicioso, Donald Trump fez nesta segunda-feira (20) seu primeiro discurso como novo presidente dos Estados Unidos, no qual falou do começo de "uma era de ouro", revelou planos de "expandir o território" e confirmou uma série de decretos anti-imigração e protecionistas.

"A era de ouro dos Estados Unidos começa neste momento. Nossa soberania será restaurada. Nossa prioridade será criar uma nação que seja próspera e livre (...). Seremos uma nação rica de novo", disse Trump.

No discurso, feito logo após tomar posse como o 47º presidente, Donald Trump disse também que:

  • Sua primeira ordem executiva será a declaração de emergência na fronteira entre EUA e México, o que significa a autorização do envio de militares à região;
  • Vai "retomar o controle" do Canal do Panamá;
  • Vai taxar outros países para garantir o protecionismo em medidas energéticas;
  • Os EUA voltarão a ser um país que "expande seu território".
  • Quer a bandeira americana em Marte.
  • Quer "retomar" a liberdade de expressão no país e acabar com a censura e perseguição que ele afirma haver nos EUA;
  • Os EUA voltarão a ser um país "com dois gêneros: o feminino e o masculino".

O discurso de posse seguiu a estratégia da campanha de Trump, com grandes promessas e acusações ao governo de Joe Biden. Embora não tenha citado o nome de seu antecessor, Trump falou em tirar os Estados Unidos de uma época de escuridão.

"Agora temos um governo que não consegue administrar nem mesmo uma crise simples dentro de casa, enquantotambém tropeça em uma série de eventos catastróficos no exterior", acusou.

Disse que sabe ter muitos desafios pela frente e, em referência ao atentado que sofreu durante a campanha eleitoral, no ano passado, afirmou que "fui salvo por Deus para tornar a América ótima novamente", em referência ao seu slogan "Make America Great Again" (Maga).

No discurso, o agora presidente dos EUA confirmou que assinará, ainda nesta segunda, a ordem executiva que declarará emergência nacional na fronteira dos EUA com o México. Também prometeu expulsar "todos que entrarem de forma ilegal", mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América e declarar cartéis mexicanos como organizações terroristas.

No âmbito internacional, disse que pretende ser um "unificador e um pacificador" e mencionou o acordo de cessar-fogo assinado na semana passada entre Israel e Hamas, para o qual ele reivindica ter tido influência. Mas subiu o tom ao falar da intenção de "retomar o controle" do Canal do Panamá.

Trump também disse que vai "restaurar a liberdade de imprensa nos Estados Unidos". Falou que os EUA terão agora "dois gêneros: o feminino e o masculino" e prometeu reintegrar funcionários públicos dispensados por não apresentarem comprovantes de vacinas de Covid.

"Nunca mais o imenso poder do estado será usado como arma para perseguir oponentes políticos. Restauraremos a justiça justa, igualitária e imparcial sob o estado constitucional de direito".

Marte
Em sintonia com magnatas que estiveram presentes na posse e que farão parte do novo governo, Trump falou também em apoio a empresários e planos expansionistas e falou de lançar astronautas americanas em Marte.

"Os Estados Unidos mais uma vez se considerarão uma nação em crescimento, que aumenta nossa riqueza, expande nosso território e carrega nossa bandeira para novos e belos horizontes. Queremos enviar astronautas americanos para plantar as estrelas e listras (da bandeira americana) no planeta Marte", disse.
Ao final do discurso, de cerca de 30 minutos, concluiu: "Nada vai entrar no nosso caminho porque nós somos americanos", disse, aplaudido de pé.

Posse
Trump foi empossado após fazer o juramento do cargo no Capitólio, a sede do Congresso americano. Antes, ele se encontrou com Joe Biden, presidente que se despede do cargo também nesta segunda.

Ainda nesta segunda, o novo presidente assinará uma primeira leva de ordens executivas que marcarão o início de seu governo.

Por conta do frio, a cerimônia foi transferida para um espaço fechado do Capitólio.

Trump de volta
Quatro anos depois, o republicano volta à Casa Branca com fôlego renovado, processos judiciais resolvidos e, desta vez, sem a tutela de figurões do Partido Republicano como a do primeiro mandato. Ele venceu as eleições de novembro de 2024.

Também nesta segunda, o republicano já dará o pontapé inicial aos primeiros atos de seu governo: ele vai assinar, de uma só vez, dezenas de ordens executivas direcionadas a políticas anti-imigratórias —que podem afetar brasileiros em situação ilegal nos EUA— e tributárias favoráveis aos magnatas que agora integram seu governo.

A estratégia é a mesma de sua primeira gestão à frente da Casa Branca, quando ele anunciou decretos polêmicos já nos primeiros dias de governo, como a construção do muro na fronteira com o México e a suspensão de vistos para cidadãos de sete países muçulmanos.

Posse
Já na cerimônia de posse, também chamada de Dia da Inauguração nos EUA, Trump dará demonstrações desse "voo solo". Quebrando um protocolo de não convidar governantes do exterior para o evento e sim diplomatas que os representem, o republicano, segundo a imprensa local, enviou uma série de convites diretos a aliados.

Entre eles, os presidentes Javier Milei, da Argentina, Giorgia Meloni, da Itália, e Viktor Orbán, da Hungria, além do brasileiro Jair Bolsonaro — apesar de o Supremo ter negado o pedido de Bolsonaro, que está com o passaporte apreendido, de ir à cerimônia nos EUA.

Trump também chamou políticos de partidos ultraconservadores europeus, como Tino Chrupalla, do Alternativa para a Alemanha (AfD), o espanhol Santiago Abascal, do VOX, e o ultraliberal britânico anti-União Europeia Nigel Farage, de acordo com o site de notícias dos EUA Politico.

Já a presidente da Comissão Europeia — o braço executivo da União Europeia —, Ursula von der Leyen, não recebeu convite, assim como o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. O líder chinês, Xi Jinping, foi convidado por Trump, mas enviou seu vice.

O presidente Lula (PT) não foi convidado para a posse. A embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, vai representar o governo brasileiro no evento.

Nomes do Vale do Silício e magnatas da tecnologia, parte essencial da segunda gestão de Trump — ex-magnata que tem uma fortuna estimada em cerca de US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 32 bilhões) — também terão assentos garantidos na posse.

Segundo a imprensa norte-americana, Elon Musk, CEO da Tesla, do X e do SpaceX; Jeff Bezos, presidente-executivo da Amazon; e Mark Zuckerberg, CEO da Meta, estarão nas primeiras filas.

É justamente pensando nesse nicho que Trump deve assinar uma enxurrada de ordens executivas já durante a cerimônia de posse. As promessas de Trump de deportar imigrantes deverão encabeçar a lista das ordens executivas e, com isso, criar uma cortina de fumaça para medidas tributárias que favorecem o Vale do Silício, segundo o professor Leonardo Trevisan, da ESPM.

"Nós vamos assistir a uma enorme cortina de fumaça nos primeiros dias, exatamente pela complexidade que terão algumas medidas econômicas".

As ordens executivas são espécies de decreto, por não precisarem de aprovação prévia do Congresso, mas não criam uma lei específica. São como uma determinação do presidente sobre como órgãos do governo devem usar seus recursos.

Entre as que devem ser assinadas já nesta segunda estão também o texto em que Trump declara a imigração ilegal uma emergência nacional, o que na prática autoriza a liberação de fundos militares para a construção do muro na fronteira com o México, e a que permite agentes de imigração federal a prender pessoas sem antecedentes criminais.

Trajetória
Trump se muda de volta à Casa Branca novamente ao lado de Melania Trump, sua terceira esposa. O agora presidente dos EUA tem cinco filhos, dez netos, frutos de três casamentos diferentes.

Ao contrário do que já disse algumas vezes, Donald Trump não construiu sua fortuna do zero. Seus primeiros passos e milhões de dólares foram proporcionados por seu pai, Fred Trump, filho de um imigrante alemão que investiu no incipiente mercado imobiliário de Nova York na década de 1950.

Após se formar em economia na Universidade da Pensilvânia, em 1968, ele assumiu oficialmente a imobiliária da família, que começou a expandir por Nova York com construções de prédios altos em Manhattan e hotéis, campos de golfe e cassinos fora dos EUA, que sempre batiza com o nome da família.

g1
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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, será o homem mais velho a tomar posse do cargo. O republicano volta à Casa Branca, em janeiro de 2025, aos 78 anos e 7 meses.

Antes de Trump, o atual presidente, o democrata Joe Biden, havia sido o mandatário mais velho a assumir o cargo, aos 78 anos e 2 meses. A idade de Biden foi um tema recorrente durante a corrida eleitoral do ano passado.

O vice-presidente eleito, James David Vance, mais conhecido como “J.D. Vance”, será o terceiro mais jovem a assumir o cargo. Ele tem 40 anos.

Quando tomou posse em seu primeiro mandato, em 2017, Trump, aos 70 anos, também foi o mais velho a assumir a Casa Branca, roubando o posto de Ronald Reagan, que assumiu em 1981 aos 69 anos.

O "Inauguration Day", como é conhecida a cerimônia de troca de presidentes do país, acontece nesta segunda, 20 de janeiro.

g1
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Horas antes da posse de Donald Trump como novo presidente dos EUA, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira (20) estar "aberto ao diálogo" para alcançar uma "paz duradoura" na guerra contra a Ucrânia.

A fala ocorre quase três anos após Putin ter ordenado uma ofensiva militar ao país vizinho, em fevereiro de 2022. O presidente russo também parabenizou Trump pela posse.

"Também estamos abertos ao diálogo com o novo governo americano sobre o conflito ucraniano", disse Putin em uma reunião com ministros transmitida pela televisão russa. Qualquer acordo deve garantir "uma paz duradoura baseada no respeito pelos interesses legítimos de todas as pessoas", acrescentou.

Donald Trump assume nesta segunda-feira (20) como 47º presidente dos EUA em um dia com diversas cerimônias para marcar a ocasião. Acompanhe aqui as últimas atualizações da posse.

Durante seu primeiro mandato, entre 2017 e 2020, Trump se gabou de ter mantido uma boa relação com Putin, entre outros autocratas. Com isso, o republicano afirmou diversas vezes que terminaria o conflito na Ucrânia logo após assumir a presidência --ele falava em 24 horas, mas pessoas em seu entorno já admitem que deve demorar um pouco mais que isso.

France Presse
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Duas pessoas morreram em um acidente envolvendo uma motocicleta e um caminhão de carga, na tarde desta segunda-feira (20), na BR-230, entre os municípios de Cruz do Espírito Santo e Santa Rita. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma batida traseira no quilômetro 59 da rodovia, sentido João Pessoa, ocasionou o acidente.

As vítimas, que não tiveram as identidades reveladas até o momento, estavam na motocicleta. Ambas morreram no local devido à gravidade do impacto.

Equipes PRF e do Corpo de Bombeiros foram acionadas e permanecem no local realizando perícia e atendimento.

A pista segue parcialmente interditada no sentido João Pessoa até o término dos trabalhos e a PRF orienta motoristas que trafegam pela região.

g1 PB
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