O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado pela Polícia Federal (PF) para depor nesta quinta-feira (5) também no inquérito ao qual responde a deputada federal Carla Zambelli (PL). Bolsonaro já iria depor à PF nesta quinta no processo por obstrução de Justiça do qual seu filho Eduardo é alvo.
Carla Zambelli foi condenada há 10 anos por invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) com a ajuda de um hacker. Nesta quarta-feira (4), após sair do Brasil, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a abertura de uma nova investigação por coação no curso do processo e obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
Assim como Eduardo Bolsonaro, deputado licenciado, Zambelli se encontra fora do Brasil e tem se manifestado nas redes sociais contra o STF. A deputada saiu do país após ser condenada a 10 anos de prisão por invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e incluir uma ordem de prisão falsa contra o ministro Alexandre de Moraes.
A PGR (Procuradoria Geral da República) pediu a prisão preventiva da parlamentar e a inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol, o que foi aceito pelo ministro Alexandre de Moraes e a inclusão na Interpol ocorreu na manhã desta quinta.
Já Eduardo foi para os Estados Unidos para, segundo ele mesmo, "focar em buscar as justas punições" contra o ministro Alexandre de Moraes e a PF. Ele é suspeito de tentar influenciar aliados do ex-presidente Donald Trump, a impor sanções contra ministros do STF.
Após Zambelli anunciar sua saída do Brasil, bolsonaristas avaliaram que a parlamentar pode desempenhar o mesmo papel de Eduardo em defender internacionalmente Bolsonaro, mas na Europa. A deputada diz ter cidadania italiana.
g1
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O bilionário Elon Musk afirmou nesta quinta-feira (5) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria perdido a eleição sem sua ajuda, e o chamou de "ingrato".
"Sem mim, Trump teria perdido a eleição, os democratas controlariam a Câmara e os republicanos estariam em 51-49 no Senado. É muita ingratidão", afirmou Musk em publicações em sua rede social X.
O ataque de Musk ocorreu após Trump ter dito, durante reunião no Salão Oval com o chanceler alemão Friedrich Merz, que o bilionário estaria "irritado" com ele, porque o republicano "acabou com o mandato do carro elétrico".
A fala de Musk é mais uma escalada da briga entre os dois, iniciada após sua saída do governo dos EUA, no final do mês passado. O bilionário criticou pacote de leis da gestão Trump.
Despedida do governo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou o que chamou de "esforços" do bilionário Elon Musk para cortar gastos federais durante uma entrevista na Casa Branca no final de maio, quando o CEO da Tesla deixou o governo —após um mandato com a eliminação milhares de empregos e bilhões de dólares em contratos.
Musk, que chefiava o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), interrompeu diversas agências da burocracia federal, mas acabou ficando muito aquém das enormes economias que havia prometido inicialmente.
"Elon trabalhou incansavelmente ajudando a liderar o programa de reforma governamental mais abrangente e consequente em gerações", disse Trump, usando um boné preto do Doge e uma camiseta com os dizeres "The Dogefather" no estilo do filme "O Poderoso Chefão" ("The Godfather", na sigla em inglês).
Nos últimos dias, Musk provocou frustração entre autoridades da Casa Branca ao criticar o abrangente projeto de lei tributária e de gastos de Trump como "caro demais". Alguns assessores, incluindo o vice-chefe de gabinete Stephen Miller e a chefe de gabinete Susie Wiles, consideraram as declarações de Musk sobre o projeto de lei tributária como uma ruptura com o governo.
Não houve sinais de tensão entre Trump e Musk na sexta-feira.
"Elon realmente não vai embora", disse Trump. "Ele vai ficar indo e voltando."
Musk disse que pretende dedicar a maior parte de sua energia ao seu império empresarial, incluindo Tesla e SpaceX, depois que alguns investidores expressaram preocupação de que o Doge estava ocupando muito do seu tempo.
Ele também disse que planeja reduzir seus gastos políticos, depois de gastar quase US$ 300 milhões apoiando a campanha presidencial de Trump e de outros republicanos em 2024.
Musk inicialmente afirmou que o departamento cortaria pelo menos US$ 2 trilhões em gastos federais. Quatro meses após o início dos esforços, o setor agora estima ter economizado US$ 175 bilhões.
Mas os detalhes publicados em seu site, onde é feita a única contabilização pública dessas mudanças, somam menos da metade desse valor.
Resumos do Tesouro dos EUA analisados pela agência Reuters mostram que as agências visadas pelo DOGE cortaram cerca de US$ 19 bilhões em gastos combinados em comparação ao mesmo período do ano passado, muito abaixo da meta original de Musk e representando apenas cerca 0,5% do total de gastos federais.
Musk disse na sexta-feira que continuaria a atuar como conselheiro de Trump e expressou confiança de que o Doge acabaria conseguindo economias muito maiores.
"Este não é o fim do DOGE, mas sim o começo", disse ele.
Peça-chave
Peça-chave na vitória de Trump nas eleições de 2024, Musk foi assessor especial do presidente desde o início de seu mandato, em janeiro deste ano. O bilionário anunciou na quinta-feira que deixará o governo do republicano, dois dias antes do prazo máximo de 130 que o cargo prevê.
Musk sai de cena após a relação com Trump, que no início da gestão era fervoroso, de forma discreta e com clima de fim de festa —quase como um divórcio. Entenda em detalhes abaixo como foi esse processo.
O bilionário tinha "carta branca" para fazer as mudanças e cortes que achasse necessários na máquina pública do governo americano com seu Departamento de Eficiência Governamental. No entanto, o saldo que ele deixa é aquém das expectativas. Veja como foram os 128 dias de Musk no poder e relembre os principais acontecimentos do período do bilionário na Casa Branca.
Trump e Musk: do namoro ao divórcio
Se Elon Musk foi peça-chave na vitória de Donald Trump nas eleições de 2024, sob os holofotes de uma campanha barulhenta, agora o bilionário se despede da Casa Branca de forma discreta.
▶️ Contexto: a saída de Musk do comando do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) foi confirmada na noite de quarta-feira (28). No governo, o bilionário ocupava um cargo especial — que, por lei, só pode durar 130 dias.
Musk deixou o comando do DOGE dois dias antes do prazo limite.
A saída veio um dia após ele criticar um projeto fiscal de Trump que pode elevar os gastos públicos.
No X, ele limitou-se a agradecer ao presidente pela oportunidade.
Segundo a agência Reuters, os dois não tiveram uma conversa formal antes da despedida.
↔️ Vaivém: a relação entre Trump e Musk é antiga, mas se intensificou no ano passado e foi marcada por reviravoltas.
Em março de 2024, Musk se reuniu com Trump. No X, ele negou que estivesse doando dinheiro para campanhas presidenciais. Meses depois, tornou-se o principal financiador dos republicanos, investindo mais de US$ 200 milhões.
Em maio de 2024, ele negou que ocuparia um cargo de conselheiro em eventual segundo mandato de Trump. Já em janeiro deste ano, foi nomeado chefe do DOGE.
⭐ Durante a campanha, Musk participou de comícios de Trump e virou astro entre os republicanos. Nas redes sociais, criticou os democratas e chegou a divulgar um vídeo falso em que a candidata Kamala Harris insultava Joe Biden.
Casamento
A união entre Musk e Trump foi sacramentada após as eleições presidenciais. Mesmo antes da vitória, Trump já exaltava o bilionário com frequência.
❤️? Só amores: Nas redes sociais, Musk dizia que Trump era um "cara bom", "forte" e que salvaria o país. O republicano retribuiu os afagos durante seu discurso da vitória, quando reservou alguns minutos para chamar o bilionário de "supergênio" e "um cara incrível".
Dias depois da vitória nas eleições, o então presidente eleito confirmou que o Musk seria o chefe do DOGE.
Musk, por sua vez, dizia que a eleição era só o começo de suas ambições políticas.
Na posse de Trump, o bilionário fez um discurso acalorado e subiu ao palco comemorando. Naquele dia, ele causou polêmica ao fezer um gesto que foi comparado a uma saudação nazista.
No dia seguinte, Musk ameaçou retaliar senadores que não apoiassem os indicados de Donald Trump para compor o secretariado do governo. Segundo a revista "Time", ele usaria seu poder financeiro para prejudicar os políticos nas próximas eleições.
? No início do governo, Musk apareceu várias vezes ao lado de Trump. Enquanto isso, o presidente o elogiava publicamente.
“Elon está fazendo um ótimo trabalho, ele está encontrando fraudes, corrupção e desperdícios tremendos", disse Trump em fevereiro.
Crise e divórcio
Indícios de que a relação entre Trump e Musk estavam começando a azedar surgiram em abril. No início daquele mês, o site "Politico" afirmou que o bilionário iria deixar o governo nas próximas semanas e que a saída já havia sido acertada entre os dois.
? Negação: Trump minimizou a reportagem do Politico e afirmou que Musk ficaria no governo pelo tempo que quisesse. Já o bilionário disse no X que o texto era uma notícia falsa.
Nos bastidores, o entorno do presidente já demonstrava incômodo com a imprevisibilidade do bilionário.
Aliados diziam que Musk havia se tornado "um fardo político" e ofuscava Trump com frequência.
? Aceitação: Nas semanas seguintes, tanto Musk quanto Trump começaram a dar sinais de que a relação entre os dois estava chegando ao fim.
No dia 7 de abril, o jornal "The Washington Post" revelou que Musk estava pressionando Trump a reverter o "tarifaço" contra outros países.
O bilionário também criticou publicamente Peter Navarro, assessor de Trump visto como arquiteto do plano tarifário, chamando-o de imbecil.
No mesmo período, o irmão do bilionário, Kimbal Musk, foi às redes sociais criticar a medida, afirmando que Trump estava se tornando o presidente com os impostos mais altos em anos.
No fim do mês, o presidente repetiu que Musk poderia ficar no governo o tempo que quisesse, mas afirmou que ele queria "voltar para casa".
? Término: a saída oficial de Musk do governo foi precedida por críticas públicas do bilionário a um plano fiscal de Trump, que segundo ele prejudicaria seu trabalho no DOGE e custaria caro.
Segundo a agência Reuters, a saída de Musk do governo foi "rápida e sem cerimônias".
Fontes da Casa Branca disseram que o bilionário não conversou com o presidente antes de deixar o cargo.
Chamou atenção o fato de Musk ter deixado o cargo dois dias antes do prazo legal para funções especiais, de 130 dias.
No X, Musk escreveu: "Gostaria de agradecer ao presidente Donald Trump pela oportunidade de reduzir gastos desnecessários".
Na quinta-feira (29), repostou a publicação de um usuário que dizia que a mídia tentaria convencer que ele e Trump não eram mais amigos.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo agradecia o trabalho de Musk, mas não quis comentar sua saída. Já Trump usou uma rede social para afirmar que o bilionário não está deixando o governo de fato, já que continuará "sempre" ajudando.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (5) que talvez seja melhor deixar Ucrânia e Rússia "lutarem por um tempo" antes de tentar os separar de vez em um acordo de paz.
Em uma reunião no Salão Oval da Casa Branca com o chanceler alemão Friedrich Merz, Trump comparou a guerra na Ucrânia, iniciada após invasão russa em 2022 e que completou três anos em fevereiro, a uma briga entre duas crianças pequenas que se odiavam.
“Às vezes, é melhor deixá-los lutar por um tempo e depois separá-los”, disse Trump. Ele acrescentou que havia transmitido essa analogia ao presidente russo, Vladimir Putin, durante uma conversa por telefone na quarta-feira.
Por conta da postura de russos e ucranianos, o presidente americano deixou em aberto, nesta quinta-feira, a possibilidade de sanções aos dois países. Diversos líderes europeus pressionam Trump por um aumento de sanções contra a Rússia, vista amplamente como o lado mais indisposto a colaborar com as negociações.
“Quando eu perceber que isso não vai parar... vamos ser muito, muito duros”, afirmou Trump.
As declarações de Trump indicaram uma possível mudança de postura sobre as negociações pelo fim da guerra. O republicano disse reiteradas vezes que terminaria com o conflito em 24h após reassumir a Casa Branca. Desde janeiro, no entanto, o presidente americano enfrentou mais obstáculos do que o previsto, e as conversas separadas que teve com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com Putin foram infrutíferas.
Ucrânia e Rússia sentaram para negociar diretamente o fim do conflito por duas ocasiões em Istambul, na Turquia, nos últimos dias. No entanto, os encontros de delegações de menor escalão deixaram a desejar e resultaram apenas acordos de trocas de prisioneiros.
Trump já havia demonstrado pessimismo sobre um desfecho positivo das negociações entre Rússia e Ucrânia ao relatar sua conversa com Putin na quarta-feira. O presidente americano foi bem claro ao afirmar que não vê a paz na no conflito ocorrendo em um futuro próximo.
"Acabei de falar, por telefone, com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. (...) Discutimos o ataque aos aviões atracados da Rússia, realizado pela Ucrânia, e também vários outros ataques que vêm ocorrendo de ambos os lados. Foi uma boa conversa, mas não uma conversa que leve a uma paz imediata. O presidente Putin afirmou, e com muita veemência, que terá que responder ao ataque recente aos aeródromos", disse Trump em publicação no Truth Social ainda na quarta.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (5) que o bilionário Elon Musk está irritado com seu governo porque o republicano “acabou com o mandato do carro elétrico”.
▶️ “Mandato do carro elétrico” é um apelido dado por Trump às políticas de descarbonização e eletrificação implementadas durante o governo do ex-presidente Joe Biden, que incentivavam a produção de veículos sustentáveis na indústria automotiva americana.
Durante um encontro com o chanceler alemão Friedrich Merz, na Casa Branca, Trump respondeu às críticas feitas por Musk nesta semana ao megaprojeto de lei orçamentária enviado ao Congresso dos EUA. Na terça-feira (3), o bilionário classificou o texto como “repugnante, escandaloso e eleitoreiro”.
“É uma abominação repugnante. Os que votaram a favor deveriam sentir vergonha: sabem que erraram. Eles sabem”, declarou Musk. (saiba mais abaixo)
Trump afirmou que Musk já sabia que o projeto seria enviado e que “não sabe se eles terão uma ótima relação como antes”.
“Estou muito decepcionado com o Elon”, disse Trump no Salão Oval. “Ajudei muito o Elon.”
Pouco depois, Elon Musk respondeu pela rede social X e disse que nunca foi comunicado do projeto. “Tanto faz. Mantenham os cortes nos incentivos para veículos elétricos e energia solar no projeto, mesmo que os subsídios para petróleo e gás não sejam tocados (muito injusto!!).”
“Sem mim, Trump teria perdido a eleição, os democratas controlariam a Câmara e os republicanos estariam em 51-49 no Senado. É muita ingratidão”, prosseguiu Musk em publicações em sua rede social X.
Depois da troca de farpas, as ações da Tesla ampliaram a queda que já registravam no início do pregão. Antes dos pronunciamentos, a queda era de 3%. Depois, chegaram a cair quase 6%.
No acumulado do ano, as ações da Tesla já recuam 22%. A proximidade de Musk com Trump, e sua inclinação por pautas de extrema direita, geraram protestos contra a Tesla nos últimos meses, afastando consumidores e preocupando os acionistas com possíveis prejuízos à imagem da marca.
Críticas de Musk
Elon Musk afirmou na terça-feira (3) que o texto do projeto de lei irá aumentar o déficit orçamentário em US$ 2,5 trilhões (R$ 14 trilhões). Segundo ele, isso "sobrecarregará os americanos com uma dívida esmagadoramente insustentável".
O bilionário declarou que o Congresso está levando os Estados Unidos à falência. Atualmente, tanto a Câmara quanto o Senado têm maioria republicana — mesmo partido de Trump.
Um dos principais aliados de Trump na campanha presidencial de 2024, Musk ganhou destaque no governo dos Estados Unidos ao comandar o Departamento de Eficiência Governamental (Doge). No cargo, ficou responsável por cortar gastos da administração pública.
O bilionário deixou o comando do Doge em 28 de maio, um dia após conceder uma entrevista criticando o plano fiscal proposto por Trump. Em 30 de maio, ele apareceu ao lado do presidente no Salão Oval da Casa Branca para uma despedida formal.
"Elon realmente não vai embora", disse Trump. "Ele vai ficar indo e voltando." Ambos sugeriram que Musk poderia continuar atuando como conselheiro do presidente.
Nos bastidores, no entanto, o entorno de Trump já demonstrava incômodo com a imprevisibilidade de Musk. Segundo a imprensa americana, aliados afirmavam que o bilionário havia se tornado um "fardo político".
A agência Reuters noticiou ainda que a saída de Musk do Doge aconteceu de forma "rápida e sem cerimônias". Fontes da Casa Branca afirmaram que o bilionário não teve uma conversa formal com o presidente antes de pedir demissão.
No sábado (31), Trump anunciou que tinha desistido de indicar um aliado de Musk para comandar a Nasa, sem explicar o motivo. Uma fonte da agência Reuters com conhecimento no assunto afirmou que o bilionário ficou desapontado com a medida.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que conversou nesta quinta-feira (5) com o presidente da China, Xi Jinping, sobre as “complexidades” do acordo comercial sobre tarifas de importação recentemente firmado entre os dois países.
"A conversa durou aproximadamente uma hora e meia e resultou em uma conclusão muito positiva para ambos os países. Não deve haver mais dúvidas quanto à complexidade dos produtos de Terras Raras", afirmou Trump em publicação no Truth Social, sem dar mais detalhes sobre a conversa com o líder chinês.
O republicano também indicou que representantes dos dois países devem se reunir em breve, em local a ser definido, para discutir o tema.
"Seremos representados pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, pelo secretário do comércio, Howard Lutnick, e pelo representante comercial dos Estados Unidos, embaixador Jamieson Greer", disse Trump.
Mais tarde, em entrevista a jornalistas, Trump disse que as conversas entre os dois países continuam em andamento e estão em "boa forma".
A conversa entre os dois líderes ocorreu apenas um dia após Trump criticar Xi, dizendo que ele era “muito duro” e que era “extremamente difícil” firmar um acordo com o presidente chinês.
O republicano, que mantém um cabo de guerra com Pequim desde o anúncio, em abril, de um pacote de tarifas que afetou diversos países, firmou um acordo temporário com o governo chinês em 12 de maio.
Representantes dos Estados Unidos e da China concordaram em reduzir, por 90 dias, as tarifas americanas sobre importações chinesas de 145% para 30%, e as tarifas chinesas sobre produtos dos EUA de 125% para 10%. O acordo foi firmado após um encontro entre delegações dos dois países em Genebra, na Suíça.
Desde a assinatura do acordo temporário, no entanto, os dois países enfrentam dificuldades para chegar a um consenso nas negociações. Na última sexta-feira (30), por exemplo, Trump acusou a China de violar o acordo sobre tarifas.
Em resposta, o Ministério do Comércio da China classificou as acusações como “infundadas” e prometeu adotar medidas firmes para proteger seus interesses.
Nesta quinta-feira (5), Xi declarou que a China cumpriu o acordo firmado em Genebra de maneira “séria e sincera”, destacando que “diálogo e cooperação são a única escolha correta para China e Estados Unidos”. A declaração foi divulgada pela emissora estatal chinesa, CCTV.
Xi também teria afirmado que ambos os países devem se empenhar para alcançar um resultado mutuamente benéfico, ressaltando que “os dois lados devem respeitar as preocupações um do outro e manter uma postura de igualdade”.
Relembre a guerra tarifária entre China e EUA
A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril.
A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente.
Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas.
Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%.
A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim".
Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses.
A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA.
No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção.
O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%.
Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%.
Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.
Outros acordos comerciais na mira
Em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (5), Trump também afirmou que espera fazer "um bom acordo comercial" com a Alemanha. O republicano fez as afirmações ao lado do chanceler alemão, Friedrich Merz.
"Nós teremos um grande acordo comercial. Acredito que isso será majoritariamente determinado pela União Europeia, mas vocês são uma parte muito importante disso", disse o republicano a Merz no Salão Oval.
"Espero que cheguemos a um acordo ou faremos algo, sabe, aplicaremos tarifas", completou.
Trump ainda disse que quer fazer com que os novos acordos comerciais feitos pelos EUA com seus parceiros incluam cláusulas que tratem sobre petróleo e gás.
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atingiu R$ 806,3 milhões de financiamentos evitados a produtores rurais que tinham propriedades com indícios de desmatamento ilegal.
O MapBiomas monitora os biomas brasileiros via satélite e tem parceria com o BNDES desde 2023. O balanço - divulgado nesta quarta-feira (5), Dia do Meio Ambiente - mostra que chegou a quase R$ 1 milhão por dia o volume de pedidos de crédito não contratado a produtores ruais cujas propriedades tiveram alertas de indícios de desmatamento irregular.
Os 3.723 alertas ativos de indícios de desmatamento ilegal registrados desde fevereiro de 2023 equivalem a 1% das 337,2 mil solicitações de crédito rural encaminhadas ao BNDES neste período.
São consideradas crédito rural as operações dos programas agropecuários do governo federal, com juros equalizados; da linha BNDES Crédito Rural e aquelas que tenham marcação de crédito agrícola pelo Banco Central.
Tecnologia rígida
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a tecnologia e uma governança rígida permitiram atuar com agilidade e precisão na análise do crédito e atender a urgente agenda de enfrentamento das mudanças climáticas. Só em abril deste ano, o volume de crédito evitado para quem tem indício de desmatamento ilegal foi de quase R$ 25 milhões.
“O BNDES é um grande parceiro do agronegócio e da pecuária, mas não é complacente com o agronegócio que destrói o meio ambiente. O banco acredita e apoia a agropecuária que tem o meio ambiente como aliado, que inova e é sustentável. O tempo do crédito para o agro que desmata já passou", afirma Mercadante.
Regiões
A região Norte teve o maior percentual de financiamentos evitados (2,2% dos R$ 4,3 bilhões pedidos), com alertas ativos de indícios de desmatamento ilegal em 2,5% das quase 7,2 mil solicitações.
O Nordeste foi a região que registrou a maior taxa de alertas ativos de indícios de desmatamento ilegal (2,8% das mais de 9,4 mil solicitações) e o segundo maior percentual entre as regiões de financiamentos evitados (1,6% de R$ 5,95 bilhões).
Os melhores indicadores têm sido registrados no Sudeste, com bloqueio de 0,4% dos R$ 15,4 bilhões de volume de crédito pedidos e alertas de indícios de desmatamento ilegal de 0,3% das 46,3 mil solicitações de crédito rural.
No Centro-Oeste, os bloqueios atingiram 0,8% dos R$ 20,1 bilhões solicitados, e emitidos alertas de indícios de desmatamento ilegal em cerca de 1% dos 22,3 mil pedidos. A região Sul teve evitado 0,9% dos R$ 42,3 bilhões solicitados e apresentou 1,1% dos 252,1 mil pedidos de alertas de indício de desmatamento ilegal.
Em todo o período de vigência da parceria entre o BNDES e o MapBiomas, o Amazonas teve os maiores percentuais, com 6,25% de alertas de desmatamento em 48 solicitações de crédito e 12,64% de financiamentos evitados dos quase R$ 13 milhões pretendidos.
Entre os 10 estados com maiores percentuais de financiamentos evitados, quatro são da região Norte (Amazonas, Tocantins, Acre e Rondônia); e seis do Nordeste (Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará).
Entre todos os entes federativos, o Distrito Federal e o Amapá foram os únicos que não tiveram alertas, muito em função do menor número de pedidos de crédito rural ao BNDES.
Ferramenta tecnológica
A plataforma MapBiomas é capaz de validar alertas de indícios de desmatamento ilegal por meio de imagens de alta resolução e produzir laudos de constatação de desmatamentos recentes. A integração automatizada dos dados do MapBiomas com a plataforma operacional do BNDES permite ao banco monitorar operações já contratadas, cujas propriedades rurais estão registradas no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar) do Ministério da Agricultura e Pecuária.
O BNDES tem por norma não contratar operações de crédito rural cujo beneficiário final tenha embargos vigentes listados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em qualquer propriedade, mesmo que não seja a beneficiada pelo financiamento, sem adoção de medidas efetivas de regularização.
A exigência do banco é mais rígida que a do Manual de Crédito Rural (MCR), do Banco Central, que veda a concessão de crédito rural para produtores rurais com embargos localizados somente na propriedade beneficiada.
Verbas suspensas
Em caso de embargo vigente após a contratação, a liberação de recursos é suspensa até o protocolo de documentos para regularização perante o órgão ambiental. Se isso não ocorrer em até 12 meses, a operação é liquidada antecipadamente.
Caso alguma medida de regularização pactuada pelo cliente com o órgão ambiental competente for descumprida, a instituição financeira credenciada para repassar os recursos do BNDES deve liquidar a operação antecipadamente em até 30 dias.
Os empréstimos do BNDES a produtores rurais atendem 95% de todos os municípios do país por meio de uma rede parceira de 70 instituições financeiras.
Agência Brasil
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A venda de veículos automotores atingiu a marca de 986,1 mil unidades de janeiro a maio de 2025, o que representa uma elevação de 6,1%, com relação ao mesmo período do ano passado. No mês de maio, o emplacamento de auto veículos registrou crescimento de 8,1% no mês de maio, com 225,7 mil unidades comercializadas no mercado interno. Os dados são do balanço mensal da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Segundo o balanço, a produção registrou queda de 5,9% em relação a abril, com 214,7 mil unidades. Na comparação com maio de 2024 houve crescimento de 28,8%, entretanto a entidade destaca que a base do ano passado é comprometida pelos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul. No acumulado do ano, a produção ainda é 10,6% superior em relação ao mesmo período do ano passado, somando 1.025,2 mil unidades.
O balanço mostra que as exportações chegaram a 51,5 mil unidades embarcadas em maio, quase o dobro do volume de maio do ano anterior. No total de 2025, elas ultrapassaram 200 mil unidades, uma alta de 56,6%. No sentido contrário da balança comercial, as importações continuam ganhando terreno, alcançando a marca de 190 mil no acumulado do ano, 39,7 mil unidades apenas em maio.
“Tivemos bons resultados de exportações em função do aquecimento do mercado argentino, e uma boa média diária de vendas domésticas em maio, de 10,7 mil unidades. O recuo na produção, porém, indica perda de participação de vendas para os importados, além de certa cautela dos fabricantes em relação à expectativa de vendas nas próximas semanas”, avaliou o presidente da Anfavea, Igor Calvet.
Segundo o apurado pela Anfavea, os modelos estrangeiros representaram 54% do crescimento do mercado brasileiro, sendo que no segmento de automóveis eles responderam por 65% dessa elevação.
“Há um saudável aumento do fluxo comercial com a Argentina, mas no caso dos modelos vindos da China, verificamos um ingresso atípico, beneficiados por uma taxação bem inferior à que vemos em outros países produtores, o que gera uma perigosa distorção em nosso mercado”, afirmou Calvet.
Agência Brasil
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O edital de chamada pública para a seleção de gestor e estruturação de Fundo de Investimento em Participações (FIP), na modalidade Corporate Venture Capital (CVC), foi lançado nesta quarta-feira (4) pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Petrobras e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Destinado aos negócios de transição energética e de descarbonização, o fundo tem como objetivo investir em participações minoritárias em startups e micro, pequenas e médias empresas de base tecnológica que possuam soluções inovadoras nas áreas de energias renováveis e de baixo carbono no Brasil.
Os investimentos serão destinados à geração de energia renovável, armazenamento de energia e eletromobilidade, combustíveis sustentáveis, captura de carbono utilização e estocagem e descarbonização de Operações.
O investimento se dará no Brasil. As startups alvo devem possuir ao menos soluções validadas e início de receitas recorrentes (de Seed a Series B).
Investimentos
A Petrobras prevê investir até R$ 250 milhões, limitado a 49% do fundo, o BNDES até R$ 125 milhões, limitado a 25% do fundo, e a Finep, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), R$ 60 milhões.
Além dos cotistas âncora, o fundo tem potencial para receber aportes de outros investidores, podendo alcançar investimento total de até R$ 500 milhões. O gestor do fundo selecionado por meio do edital terá independência para as decisões de investimentos, além de autoridade para agir em nome do fundo. A expectativa é que o processo de seleção seja concluído em outubro e as operações sejam iniciadas no primeiro semestre de 2026. O prazo total do FIP será de até 12 anos.
A iniciativa é uma das ações do Acordo de Cooperação Técnica, assinado em junho de 2023, para formação da Comissão Mista BNDES-Petrobras, voltada para as áreas de óleo e gás, com focos em pesquisa científica, transição energética e descarbonização e desenvolvimento produtivo e governança.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o novo fundo é convergente com a estratégia de atuação do Sistema BNDES e com a missão da Nova Indústria Brasil, que busca impulsionar a bioeconomia, a descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as futuras gerações.
Investir na transição climática, por meio de inovação, é investir no futuro. É a chave para impulsionar uma economia sustentável e resiliente diante dos desafios globais”, afirmou.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que por meio do programa de CVC será possível fomentar ideias e modelos de negócios inovadores, aproximando ainda mais a Petrobras do ecossistema de inovação e reforçando nossa liderança na transição energética justa.
"Ter parceiros experientes nesta construção, como BNDES e Finep, traz mais solidez para esta ação”, afirmou Magda.
Para o diretor diretor financeiro da Finep, Marcio Stefanni, pela Nova Indústria Brasil, foi dado mais um salto na integração à política de aumento do protagonismo da indústria na composição do PIB nacional.
"Estamos seguros de que é o melhor caminho, o setor produtivo está carente de fundos desse tipo e a parceria de fomento vem solucionar uma demanda do mercado", destacou.
O novo módulo promove uma série de iniciativas para intensificar a integração com o ecossistema de inovação, em especial, instituições de ciências e tecnologia, universidades, startups, empresas de diferentes setores e pesquisadores empreendedores.
Agência Brasil
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O Tesouro Nacional captou US$ 2,75 bilhões de investidores internacionais com aumento de juros em relação às últimas emissões. O dinheiro veio do lançamento, nesta quarta-feira (4), de US$ 1,5 bilhão em títulos da dívida externa com vencimento em 2030 e de US$ 1,25 bilhão em papéis com vencimento em 2035.
Segundo o Tesouro, a demanda chegou a US$ 10,9 bilhões no horário de pico, superando a oferta em cerca de quatro vezes. De acordo com o órgão, a relação demanda e oferta atingiu o maior nível em sete anos. Entre os compradores, 87% vêm da Europa e da América do Norte. Os investidores da América Latina, incluindo o Brasil, responderam por 11,6% das compras.
Taxas
A taxa obtida na emissão dos papéis de cinco anos somou 5,68% ao ano. No último lançamento desse tipo de papel, em dezembro de 2020, o rendimento havia sido 2,2% ao ano. No entanto, naquela época, as taxas dos papéis do Tesouro norte-americano estavam praticamente zeradas por causa da pandemia de covid-19.
No caso dos papéis de cinco anos, as taxas foram as mais altas da história para esse tipo de título. Apesar das taxas mais altas, as taxas foram menores que as esperadas, de 6,125% ao ano.
Para os papéis de dez anos, a taxa somou 6,73% ao ano. Na emissão mais recente, em fevereiro deste ano, os juros alcançados haviam somado 6,75% ao ano.
As taxas esperadas estavam em 7,125% ao ano. No entanto, continuam mais altas que nas emissões de janeiro do ano passado, quando estavam em 6,35% ao ano.
Os juros básicos nos Estados Unidos começaram a subir em 2022 e, desde julho do ano passado, estão estáveis numa banda entre 5,25% e 5,5% ao ano. Como a taxa final dos títulos brasileiros no exterior depende do rendimento dos títulos norte-americanos, considerados os investimentos mais seguros do mundo, mais um prêmio de risco, os juros para os papéis brasileiros também subiram.
Taxas baixas de juros indicam pouca desconfiança dos investidores de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida. Em momentos de crise econômica e de aumento das taxas externas como o atual, os estrangeiros passaram a cobrar juros mais elevados para comprar os papéis brasileiros.
Por meio do lançamento de títulos da dívida externa, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais com o compromisso de devolver os recursos com juros. Isso significa que o Brasil devolverá o dinheiro daqui a vários anos com a correção dos juros acordada, de 5,68% ao ano para os papéis que vencem daqui a cinco anos e 6,73% ao ano para os papéis que vencem em dez anos.
Spread
O spread, que é a diferença entre os títulos brasileiros de cinco anos e os papéis do Tesouro norte-americano com o mesmo prazo caiu. A taxa do papel brasileiro foi 175,5 pontos-base (1,755 ponto percentual) acima dos juros dos papéis norte-americanos. Na emissão anterior, em dezembro de 2020, a diferença havia ficado em 177,9 pontos (1,779 ponto percentual).
Em relação aos papéis de dez anos, o spread subiu e ficou em 237,5 pontos (2,375 pontos percentuais). Isso representa alta em relação à última emissão, em fevereiro deste ano, quando a diferença tinha ficado em 220 pontos.
Os recursos captados no exterior serão incorporados às reservas internacionais do país em 11 de junho. De acordo com o Tesouro Nacional, as emissões de títulos no exterior não têm como objetivo principal reforçar as divisas do país, mas fornecer um referencial para empresas brasileiras que pretendem captar recursos no mercado financeiro internacional e dar mais liquidez para a dívida externa brasileira.
Agência Brasil
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Os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), defenderam a busca de um alinhamento de posições dos países do BRICS em relação a pautas globais, como mudanças climáticas, inteligência artificial, paz no mundo e economia, para que, futuramente, seja possível até mesmo uma moeda comum para os integrantes do bloco.
O BRICS é formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. A entrevista dos presidentes da Câmara e do Senado integrou os eventos do 11º Fórum Parlamentar do BRICS, que se encerra nesta quinta-feira (5).
Na avaliação dos presidentes, todos os acordos celebrados entre os países precisam do apoio de seus respectivos parlamentos e, por essa razão, o Legislativo deve estar presente cada vez mais nesses fóruns de discussão.
Protagonismo
Para Motta, as reuniões bilaterais com os demais chefes dos parlamentos deixam um legado de protagonismo do Brasil no cenário internacional. “A cada ano, nossas exportações aumentam, abrindo mercados internacionais, e isso tem sido importante para a economia brasileira. Nessas conversas, entramos em assuntos como as últimas decisões do governo americano sobre as tarifas. Essa decisão do governo americano traz a obrigação do mundo de se reconectar do ponto de vista das relações”, disse.
“Nós defendemos o multilateralismo, sem imposições e sem ficar a reboque de decisões unilaterais”, defendeu.
Licenciamento ambiental
Na coletiva, Hugo Motta foi questionado se o projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental (PL 3729/04 na Câmara dos Deputados ou PL 2159/21 no Senado) foi discutido em alguma das reuniões bilaterais. Ambientalistas o apelidaram de “projeto da devastação”, enquanto setores produtivos o consideram essencial para destravar o desenvolvimento do País.
Motta afirmou que o tema não foi debatido nos encontros, mas ressaltou que vai tratar do tema com responsabilidade e que a Câmara vai decidir com muito equilíbrio. Segundo o presidente, o mundo não pode cobrar do Brasil aquilo que ele não fez no passado em relação à preservação do meio ambiente.
“Não houve preocupação [nos encontros] com as mudanças [no projeto]. Agora, o mundo não pode cobrar do Brasil aquilo que ele não faz, e se cobrar, tem que financiar e isso só se faz com divisão de riqueza. E temos um agronegócio que se conscientiza sobre a preservação: O Brasil tem responsabilidade com o meio ambiente", disse.
Moeda comum
De acordo com Hugo Motta, está se buscando, entre os países do BRICS, o intercâmbio comercial cada vez mais facilitado. Ele reconheceu que que a moeda única entre os países do bloco tem um longo caminho a percorrer e um grande debate a ser feito. Segundo Motta, é preciso discutir a viabilidade para implementar isso ao longo do tempo, uma vez que já está havendo um alinhamento do ponto de vista das ações sejam políticas e econômicas.
“A tendência é que esse bloco comercial possa chegar no futuro e tomar uma decisão como essa de maneira responsável e que não haja nenhum retrocesso para os países envolvidos”, afirmou Motta.
Banco de Desenvolvimento
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), destacou ainda a importância do Banco de Desenvolvimento do BRICS. Segundo Alcolumbre, a instituição é um instrumento importante para fortalecer as relações entre os países. Ele também reforçou a importância de o Parlamento participar das discussões globais do bloco.
“É a partir da relação interparlamentar, estabelecida nesses encontros no nosso País, que vamos mostrar os exemplos exitosos e é na relação interparlamentar que vamos construir a agenda dos governos, porque os acordos de cooperação se consolidam a partir da aprovação dos parlamentos”, disse Alcolumbre.
Agência Câmara
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