Abril 14, 2025
Arimatea

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O Presidente da República sancionou hoje a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025, que prevê as receitas e fixa as despesas da União para o exercício. A proposta aprovada pelo Congresso Nacional foi objeto de análise técnica do Ministério do Planejamento e Orçamento, que não apontou impedimentos à sanção, mas recomendou vetos específicos por contrariedade ao interesse público.

A LOA 2025 estima um superávit primário, após compensações, de R$ 14,5 bilhões, respeitando a meta de resultado primário neutro estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025. O orçamento sancionado também observa os limites à despesa primária previstos no Regime Fiscal Sustentável, instituído pela Lei Complementar nº 200/2023.

Ademais, o salário-mínimo em 2025 será de R$ 1.518, um aumento real (acima da inflação) de 2,5% em comparação com o valor que vigorou no ano passado. Estão previstos ainda R$ 226,4 bilhões para a educação e R$ 245,1 bilhões na saúde pública.

Para o Programa Bolsa Família, foram reservados R$ 158,6 bilhões na LOA 2025, enquanto os Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e a Renda Mensal Vitalícia (RMV) contarão com R$ 113,6 bilhões. As dotações para custear os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), por sua vez, que representam a maior despesa primária do orçamento da União, alcançaram R$ 972,4 bilhões.

Cabe destacar, ainda, o Programa de Aceleração do Crescimento – Novo PAC, que compreende, na LOA 2025, empreendimentos distribuídos em 16 órgãos, totalizando R$ 57,6 bilhões em recursos alocados.

Alterações realizadas pelo Congresso
Na versão aprovada pelo Congresso Nacional, houve alterações relevantes em relação ao projeto original enviado pelo Executivo. Pelo lado das receitas, verificou-se aumento de R$ 22,5 bilhões nas estimativas de ingressos de receitas primárias. O Legislativo também atuou no sentido de incorporar nas estimativas os efeitos da Desvinculação das Receitas da União (DRU), tratada pela Emenda Constitucional nº 135, de 2024, o que resultou em redução de despesas vinculadas a receitas, como as do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e as relativas a transferências da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), bem como em incremento de reserva de contingência financeira com recursos desvinculados.

As emendas parlamentares atingiram o montante de R$ 50,4 bilhões na LOA 2025, sendo R$ 24,6 bilhões para as Emendas Individuais (RP 6), R$ 14,3 bilhões para as

Emendas de Bancadas Estaduais (RP 7) e R$ 11,5 bilhões para as Emendas de Comissão Permanente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e de Comissão Mista Permanente do Congresso Nacional (RP 8). As despesas primárias discricionárias (RPs 2 e 3) dos órgãos do Poder Executivo, por sua vez, totalizaram R$ 170,7 bilhões.

Cabe destacar, ainda, o acréscimo de R$ 9,3 bilhões em gastos sociais obrigatórios, nomeadamente Benefícios Previdenciários, Abono Salarial, Seguro Desemprego e Benefícios de Prestação Continuada da LOAS/RMV. Os incrementos partiram de solicitação do Poder Executivo, a fim de adequar o orçamento às novas projeções para essas despesas, considerando o reajuste do salário-mínimo em montante superior ao previsto no PLOA 2025 e a atualização do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que afetam diretamente os valores dos benefícios sociais em comento.

Os quadros abaixo sintetizam os ajustes realizados pelo Congresso Nacional nas despesas orçamentárias:

Vetos presidenciais
A LOA 2025 foi sancionada com vetos pontuais. O primeiro veto, no valor de R$ 40,2 milhões, recaiu sobre novas programações orçamentárias que continham localizações específicas, incluídas por meio de emendas de modificação em despesas primárias discricionárias do Poder Executivo (RP 2), o que é vedado pelos §§ 2º e 5º, inciso II, do art. 11 da Lei Complementar nº 210, de 2024.

Também foi necessário vetar R$ 2,97 bilhões em despesas financeiras do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que seriam destinadas a financiamentos com retorno, em razão da inobservância ao limite máximo para operações reembolsáveis do Fundo estabelecido no art. 12, inciso II, alínea ‘a’, da Lei nº 11.540, de 2007, situação decorrente de alterações promovidas durante a tramitação do orçamento no Congresso.

Agência Gov
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (10) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem recomendado "muita prudência" diante das alterações de tarifas anunciadas pelo mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump.

As declarações foram dadas na portaria do Ministério da Fazenda.

"Como as coisas mudam a cada 24 horas, não há uma diretriz clara. As pessoas estão com muita insegurança sobre o que está acontecendo com o governo dos Estados Unidos. Não é possível, com estes poucos dias transcorridos, fazer uma avaliação criteriosa", disse Haddad.

"Qualquer coisa que eu falasse aqui, poderia ser desmentida amanhã, a depender dos desdobramentos, do que acontecer. Então o que o presidente [Lula] está recomendando é muita prudência", acrescentou o ministro da Fazenda.

Segundo ele, os canais diplomáticos do Brasil com os norte-americanos seguem abertos. "As conversas com o governo dos Estados Unidos estão acontecendo, sobretudo com o secretário que cuida do comércio exterior. Estão em curso", acrescentou.

Ele lembrou que os países da América do Sul tiveram um tratamento diferenciado, sendo menos sobretaxados (somente em 10%) do que outras nações, como da Europa, por exemplo.

"Nessa semana, as coisas mudaram de novo, as tarifas mais altas só ficaram valendo para a China. Nós temos que aguardar um posicionamento final para saber como proceder. Mas o mais importante é que temos relações históricas de negociação com os Estados Unidos, e estamos na mesa há algumas semanas dialogando. Penso que, em relação ao Brasil, o que aconteceu já faz parte da atuação da boa diplomacia brasileira", concluiu.

Tarifaço dos EUA
A política comercial norte-americana tem sido marcada, nas últimas semanas, pela inconstância. Capitaneada pelo presidente Donald Trump, há idas e vindas nas decisões.

No último dia 2 de abril, o norte-americano anunciou taxas de importação sobre 180 países de todo o mundo. De lá para cá, ouve retaliações de parte a parte, subindo tarifas de importação.

A maior sobretaxa foi aplicada sobre produtos chineses, chegando a uma tarifa extra de 104%, que entraria em vigor nesta quarta. Em resposta, o Ministério das Finanças da China anunciou que subiria tarifas para 84% sobre os produtos americanos.

"Em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis", reagiu o presidente americano.

Nesta quarta-feira, em um novo revés, Trump anunciou que irá pausar por 90 dias o programa de tarifas recíprocas e reduzirá para 10% as tarifas de importação contra países, exceto a China.

Segundo o presidente dos EUA, as taxas contra os chineses aumentarão para 145%, devido às retaliações anunciadas por Pequim nesta semana.

Agência Gov
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A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) recebeu, nesta quarta-feira (9), representantes da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para uma rodada de articulação visando à capitalização de novos recursos para o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). A expectativa é captar € 100 milhões — o equivalente a aproximadamente R$ 630 milhões — para reforçar o financiamento de projetos estratégicos que estimulem o crescimento do setor produtivo regional.

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou a importância da aproximação com a agência internacional. "Estamos falando de uma parceria bilateral de quem acredita no potencial do Nordeste. Aqui há um conjunto expressivo de oportunidades. O Nordeste vive um momento de reposicionamento promovido pelo Governo Federal, que entende a Região como um território estratégico. Isso nos leva a identificar o que há de interesse comum entre Sudene e AFD para impulsionar o desenvolvimento regional", afirmou.

Durante a reunião, o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, reforçou o papel da instituição como promotora do diálogo e do desenvolvimento: “Somos um órgão que escuta, dialoga e oferece instrumentos para transformar potencial em realidade”, pontuou. A preocupação estratégica da Sudene com a nova agenda mundial de desenvolvimento foi destacada pelo coordenador de fundos de desenvolvimento e de financiamento da Autarquia, Wandemberg Almeida."A Sudene é plural e atuamos fortemente baseados em dados e estudos. Atuar desta maneira reforça o fato de que a economia mudou e que precisamos acompanhar esse movimento, direcionando recursos para projetos que dialogam com essa nova agenda de sustentabilidade", explicou.

Representando a AFD, o especialista financeiro Alexandro Barreneche Garcia, sublinhou a sintonia entre as agendas das duas instituições: “Estamos testemunhando a consolidação de um novo momento do desenvolvimento regional no Brasil, alinhadas às estratégias que priorizam investimentos focados no Nordeste”, declarou.

A visita da AFD consolida o interesse da agência em fortalecer sua atuação no Brasil, em especial na região Nordeste. Em 2023, a instituição investiu 13 bilhões de euros em mais de cinco mil projetos distribuídos em 150 países — sendo 2,2 bilhões de euros destinados à América Latina. A AFD tem como foco projetos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovendo iniciativas voltadas à proteção da biodiversidade, resiliência às mudanças climáticas e desenvolvimento urbano e rural de baixo carbono. A instituição francesa aposta em uma estratégia focada em três eixos principais: cooperação técnica, mentos soberanos (governos) e não soberanos (empresas públicas, privadas e bancos).

No Nordeste brasileiro, a Agência Francesa de Desenvolvimento já possui uma carteira de projetos em estados como Maranhão (saneamento), Paraíba (mobilidade e saneamento), Pernambuco (inovação urbana), Piauí (saneamento) e Bahia (água, saneamento e saúde). A instituição também mantém parceria com o Banco do Nordeste (BNB) para fortalecimento de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

O próximo passo da negociação prevê a aprovação do aporte até outubro de 2025, com a previsão de liberação dos recursos no início de 2026. Com o reforço no funding do FDNE, a expectativa da Sudene é ampliar o apoio a projetos estruturantes e impulsionar ainda mais a dinâmica econômica regional. Desde 2016, os fundos regionais não recebiam novos aportes para ampliação de recursos.

O superintendente Danilo Cabral ressaltou que há negociações em andamento para a captação de recursos junto ao New Development Bank (NDB), conhecido como Banco dos Brics, e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o FDNE. No primeiro caso, a assinatura do contrato deve ocorrer nos próximos dias, injetando mais 300 milhões de dólares – cerca de R$ 1,7 bilhão – para o financiamento de projetos nos nove estados do Nordeste e norte de Minas Gerais e Espírito Santo.

Pela Sudene, também acompanharam a reunião os diretores Álvaro Ribeiro (Planejamento), José Lindoso (Adminstração) e técnicos da equipe de gestão dos fundos regionais. O encontro também contou com a participação do coordenador-geral de Políticas e Normas dos Fundos de Desenvolvimento Regional e dos Benefícios e Incentivos Fiscais do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Gessé Santana Borges.

Agência Gov
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu nesta quinta-feira (10) a presidente de Honduras, Iris Xiomara Castro de Zelaya, pelo comando da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), “num ano especialmente desafiador”.

Em mensagem publicada nas redes sociais, o brasileiro saudou ainda o presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, por assumir a chefia do bloco em 2026. Neste ano, o grupo é comandado pelo colombiano Gustavo Petro.

“Agradeço a companheira Xiomara Castro por liderar a CELAC num ano especialmente desafiador. Desejo ao companheiro Gustavo Petro muito sucesso na condução da CELAC daqui para frente. E saúdo também meu amigo Yamandú Orsi pela decisão de assumir a presidência da CELAC em 2026. Contem com o Brasil para seguir construindo nossa Pátria Grande”, escreveu Lula.

O brasileiro participou, na última quarta-feira (9), da 9ª Cúpula de Líderes da Cleac, realizada em Tegucigalpa, capital de Honduras. Na ocasião, Lula defendeu que os países da América Latina e do Caribe usem moedas locais nas transações comerciais internas. O petista também afirmou ter interesse em colocar o Brasil novamente em um convênio de pagamentos recíprocos da Aladi (Associação Latino-Americana de Integração), do qual o país abandonou em 2019.

“Para ampliar nosso intercâmbio, meu governo está determinado a reativar o Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos da Aladi e a expandir o Sistema de Pagamentos em Moeda Local. Integrar redes de transporte, energia e telecomunicações reduz distâncias, diminui custos e incentiva sinergias entre cadeias produtivas. O Brasil vem impulsionando cinco Rotas de Integração Sul-Americana, que vão unir o Caribe, o Atlântico e o Pacífico”, afirmou Lula na ocasião.

O Sistema de Pagamentos em Moeda Local é administrado pelo Banco Central brasileiro em parceria com os bancos centrais argentino, uruguaio e paraguaio. O mecanismo permite que exportadores e importadores dos países membros façam as operações comerciais nas moedas locais, sem necessidade de recorrer a um terceiro câmbio — normalmente, o dólar. O sistema fica responsável por efetivar a conversão, por meio de uma taxa própria.

O objetivo do mecanismo é ampliar a integração financeira e econômica dos países. Com o modelo, o exportador pode determinar os preços na moeda do próprio país, sem ficar exposto a variações nas taxas de câmbio. Assim, há a certeza de que vai receber o valor negociado na sua moeda.

Além disso, Lula declarou que nenhum país sozinho é capaz de negociar com os Estados Unidos em condições de igualdade. Ao defender o multilateralismo e o livre comércio, o petista criticou as recentes medidas protecionistas do presidente dos EUA, Donald Trump. O brasileiro afirmou que a intenção do republicano é “tentar fazer negociações individuais” e chamou as medidas do norte-americano de unilaterais.

“O que está por detrás disso é colocar fim ao multilateralismo e tentar fazer negociações individuais. Mas negociação individual, nenhum país tem condições de negociar com o EUA, será um acordo leonino, de um gigante com um pequeno. É preciso que o multilateralismo seja a base da nossa ação. O que precisamos é aprimorar nossa relação, conversar mais, tentar ver onde a gente pode estabelecer mais acordos, comercial, politico, cultural, entre nossas universidades”, declarou Lula.

América Latina e Caribe
A pauta regional é uma das principais bandeiras do governo do presidente — o retorno do Brasil à Celac foi o primeiro ato de política externa de Lula na volta à Presidência da República, em 2023. Em janeiro de 2020, o então presidente Jair Bolsonaro anunciou a saída brasileira do grupo. À época, o ex-presidente alegou a participação de ditaduras no bloco. Os países da Celac reúnem 670 milhões de habitantes, em uma área de mais de 22 milhões de km².

R7
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O "gold card", nome dado pelo governo de Donald Trump a um programa que "venderá" vistos dos EUA por US$ 5 milhões, passará a funcionar a partir da semana que vem, afirmou nesta quinta-feira (10) o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick.

O "cartão ouro" é o visto de residência que Trump anunciou em março para cidadãos estrangeiros que pagarem US$ 5 milhões (cerca de R$ 28 milhões) ao Tesouro norte-americano em troca da cidadania norte-americana. O programa foi anunciado pelo presidente norte-americano em paralelo à sua política de deportação de imigrantes em situação irregular no país.

Lutnick anunciou o prazo em reunião de Trump com seu alto escalão nesta quinta. O secretário não especificou o dia em que o novo visto entrará em vigor, mas disse que vai disponibilizar as inscrições para quem quiser obter a autorização no site da Secretária de Comércio dos EUA.

Quem se candidatar ao programa passará por uma avaliação do governo norte-americano e, no caso da aprovação, receberá o visto ainda em seu país de origem.

Desta forma, quem receber o "gold visa" estará autorizado a entrar e residir nos EUA de forma legal, ainda de acordo com Washington. Uma vez dentro do país, os portadores do novo visto poderão ainda pedir a cidadania norte-americana.

Versão física
Um cartão todo dourado com o rosto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diante de uma imagem da Estátua da Liberdade e uma águia, animal símbolo do país, ao lado do numeral 5.000.000 e da assinatura de Trump. Adornada por um arco de estrelinhas, a inscrição: "O cartão Trump".

Assim é a versão fisica do "cartão ouro". O protótipo do cartão foi apresentado por Trump na semana passada a jornalistas a bordo do Air Force One, o avião presidencial dos Estados Unidos. O presidente norte-americano disse que o visto começará a funcionar oficialmente em duas semanas.

Ele afirmou que o "cartão Trump" será entregue a empresários estrangeiros que se inscrevam e sejam aprovados no programa de cidadania. E disse ter sido o primeiro comprador.

"Sou o primeiro comprador", declarou. "Muito emocionante, não?".

Trump disse ainda que o novo visto, uma versão mais cara do tradicional "green card", atrairá criadores de empregos e ajudará a reduzir o déficit nacional do país.Ele afirmou que o "cartão Trump" será entregue a empresários estrangeiros que se inscrevam e sejam aprovados no programa de cidadania. E disse ter sido o primeiro comprador.

"Sou o primeiro comprador", declarou. "Muito emocionante, não?".
Trump disse ainda que o novo visto, uma versão mais cara do tradicional "green card", atrairá criadores de empregos e ajudará a reduzir o déficit nacional do país.

Nesta sexta (4), o presidente norte-americano disse que, para quem investe nos Estados Unidos, "esta é a hora de ficar mais rico que nunca".

Em fevereiro, quando Trump anunciou o programa, o secretário do Comércio dos EUA explicou que o "gold card" deve substituir o atual programa para investidores, conhecido como EB-5 (referência que o governo usa para esse tipo de visto).

Atualmente, estrangeiros que investem em empreendimentos nos EUA ou criam pelo menos 10 empregos para trabalhadores americanos podem solicitar residência permanente.

Lutnick destacou que todos os interessados no novo visto devem apresentar uma solicitação ao governo e passarão por uma análise. Segundo ele, empresas norte-americanas também poderão usar o programa para contratar trabalhadores qualificados.

Programas semelhantes já foram adotados por outros países. Países europeus criaram programas conhecidos como "Visto Gold" para fornecer residência a investidores. Para ser beneficiado, era necessário a compra de imóveis caros ou a manutenção de ativos financeiros no país.

Em 2022, a Comissão Europeia pediu para que os países encerrassem programas do tipo por motivos de segurança. Desde então, países como Reino Unido e Portugal deixaram de oferecer os vistos ou restringiram o benefício.

Trump disse que espera vender "talvez um milhão" de vistos do tipo e não descartou que os oligarcas russos possam adquirir o "cartão Trump".

g1
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As tarifas aplicadas pelos Estados Unidos aos produtos importados da China agora somam 145%, afirmou a Casa Branca nesta quinta-feira (10).

O presidente americano Donald Trump anunciou nesta quarta (9) um aumento das taxas contra os chineses de 125%, com efeito imediato, devido às retaliações aplicadas por Pequim.

Agora, a Casa Branca esclareceu que esse aumento é em relação à taxa de 84% anunciada por Trump nesta semana, que, por sua vez, se soma à tarifa de 20% relacionada ao fentanil e imposta anteriormente à China.

Entenda como a taxa sobre a China chegou a 145%:

  • No início de fevereiro, os EUA aplicaram uma taxa extra de 10% sobre as importações vindas da China, que se somou à tarifa de 10% que já era cobrada do país, chegando a 20%;
  • Na quarta-feira da semana passada, dia 2 de abril, Trump anunciou seu plano de "tarifas recíprocas" que incluía uma taxa extra de 34% à China, elevando a alíquota sobre os produtos do país asiático a 54%;
  • Após a retaliação chinesa que também impôs tarifas de 34% sobre os EUA, a Casa Branca confirmou mais 50% em taxas sobre as importações chinesas, deixando a tarifa sobre o país no patamar de 104%.
  • Com o anúncio de que a China irá elevar a 84% as taxas sobre os produtos norte-americanos, Trump decidiu subir para 125% a "tarifa recíproca" contra os asiáticos. Esse valor foi somado aos 20% que já eram aplicados antes de abril, chegando aos 145%.

Escalada da guerra comercial
Trump justificou o novo aumento na taxação contra Pequim na quarta-feira (9) "com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais", por causa da retaliação do país ao tarifaço.

O republicano disse esperar que, "em um futuro próximo, a China perceba que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis".

Aos "países que não retaliaram de forma alguma", Trump reduziu as taxas "recíprocas" para 10%, pelo prazo de 90 dias. Ele se referiu à decisão como uma "pausa" no tarifaço, que há uma semana resultou na escalada da guerra comercial global.

Trump segue dizendo que está confiante em chegar a um acordo com Pequim. "Ele é meu amigo, o presidente Xi (Jinping). Eu gosto dele, eu o respeito", afirmou Trump durante uma sessão de perguntas e respostas com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca na noite de quarta-feira (9).

"É um cara inteligente que ama seu país, isso é um fato, eu o conheço muito bem", disse.

Até a tarde desta quinta-feira (10), a China não havia anunciado uma retaliação ao novo aumento. No entanto, durante a madrugada, o porta-voz do Ministério do Comércio chinês afirmou que não vai recuar.

"Ao usar tarifas como arma para exercer a máxima pressão em benefício próprio, os EUA estão se colocando contra o resto do mundo", afirmou o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao.

"Embora a China permaneça aberta a conversas, qualquer negociação deve ser baseada no respeito mútuo e conduzida em pé de igualdade. Se os EUA estiverem determinados a travar uma guerra comercial, a China lutará até o fim", disse, em comunicado.

"Pressão, ameaças e chantagem não são a maneira certa de lidar com a China. Não permitiremos, de forma alguma, que alguém tire os direitos e interesses legítimos do povo chinês, ou que alguém sabote as regras do comércio internacional e o sistema multilateral de comércio".

g1
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Uma semana após o seu autoproclamado Dia da Libertação dos americanos, o presidente Donald Trump recuou e pausou por 90 dias o tarifaço que impôs aos parceiros comerciais dos EUA, com exceção de um país — a China.

A reviravolta abrupta, anunciada durante a sangria intermitente nos mercados, evidenciou que o gigante asiático foi sempre o principal alvo do presidente americano. A China se manteve de pé e mostrou-se preparada para enfrentar este momento, revidando os ataques oriundos da Casa Branca.

Trump capitulou ou foi estratégico? A resposta é indiferente, se levarmos em conta a maior consequência para os americanos de toda essa trapalhada tarifária do governo: a perda da confiança do mundo nos EUA. Isso parece ser irreversível.

Como reação imediata ao recuo do presidente, o pânico deu lugar ao alívio, mas tudo isso é momentâneo. A onda ultraprotecionista de Trump consolida o início de uma era de descrédito dos EUA.

Como escreveu o colunista Thomas Friedman, do “New York Times”, uma pilha inteira de confiança inestimável também foi pelos ares entre os países que se aliaram aos EUA no 11 de Setembro, no Afeganistão e no Iraque.

“Você acha que esses antigos aliados próximos dos EUA algum dia confiarão em entrar em uma trincheira com este governo novamente?” questionou.

A China aproveita o momento e se movimenta em busca de parceiros desprezados pelos EUA de Trump. Aposta na erosão da confiança entre o governo americano e seus tradicionais aliados. Tanto que já reuniu Japão e Coreia do Sul para conversas.

A confiança também ruiu internamente. Pesquisas realizadas após o Dia da Libertação foram unânimes ao constatar a queda de aprovação de Trump e o sentimento contrário, expressado pela maioria dos entrevistados, à guerra comercial.

A revolta foi exposta em opiniões emitidas por investidores que apoiaram o candidato republicano, líderes corporativos, instituições financeiras e pequenos empresários e comerciantes, numa semana de derretimento financeiro e previsões apocalípticas.

Avesso a ser descrito como um líder fraco e perdedor, Trump reconheceu o movimento contrário como histeria e chamou o recuo de flexibilidade. Unificou as tarifas em 10% para todos e deixou o flanco aberto com a China.

A trégua proposta por Trump ainda está longe de representar o fim do confronto comercial entre os EUA e o resto do mundo, mas demonstrou, de novo, que as palavras e as ofensivas do presidente se mantêm duvidosas.

France Presse
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O Papa Francisco recebeu o rei Charles III e a rainha Camilla, do Reino Unido, no Vaticano, nesta quarta-feira (9).

Uma foto do encontro, que havia sido inicialmente cancelado devido à condição de saúde do pontífice argentino de 88 anos, foi divulgada pela Santa Sé. O papa se recupera de uma pneumonia dupla.

"O papa Francisco recebeu, em audiência privada, Suas Majestades o rei Charles e a rainha Camilla ao meio-dia de quarta-feira. Durante o encontro, o papa expressou os melhores votos a Suas Majestades por ocasião de seu aniversário de casamento, e desejou uma rápida recuperação a Charles III", afirma o comunicado.

O rei britânico está há mais de um ano em tratamento por um câncer cuja natureza não foi revelada. Após sofrer os "efeitos colaterais" de seu tratamento, o monarca de 76 anos foi hospitalizado brevemente no dia 27 de março, e permaneceu em repouso por alguns dias, antes de retomar seus compromissos em 1º de abril.

Ele chegou à Itália para uma visita oficial de Estado nesta terça-feira (8).

Um porta-voz do Palácio de Buckingham também falou sobre o encontro com o papa e afirmou que Charles e Camilla ficaram felizes de poder desejar melhoras a Francisco pessoalmente:

"Suas Majestades ficaram felizes que o Papa estivesse bem o suficiente para recebê-los - e por terem a oportunidade de compartilhar seus melhores desejos pessoalmente".

Papa Francisco passou mais de cinco semanas no hospital Gemelli, de Roma para tratar uma pneumonia dupla. Convalescente desde seu retorno ao Vaticano em 23 de março, ele continua debilitado pela doença e reduziu drasticamente suas atividades.

France Presse
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O governo federal deve enviar ao Congresso Nacional, ainda neste semestre, um projeto de lei de reforma do setor elétrico brasileiro. Entre as propostas, está a ampliação da tarifa social, que hoje oferece descontos no pagamento da conta de energia para indígenas, quilombolas, idosos que recebem Benefício de Prestação Continuada (BPC) e famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal com renda até meio salário único.

A ideia é que haja uma isenção de pagamento de tarifa de energia elétrica para essas populações caso elas consumam até 80 kWh por mês, o que chegaria a 60 milhões de pessoas no país.

Atualmente, a isenção completa do pagamento em caso de consumo de até 50 kWh vale para indígenas e quilombolas, enquanto os idosos com BPC e as famílias do CadÚnico têm direito a descontos escalonados de até 65%, caso o consumo seja menor que 220kWh.

"Mais de 60 milhões de brasileiras e brasileiros serão beneficiados com a gratuidade de energia do consumo até 80 gigawatt por mês. Isso representa o consumo de uma família que tem uma geladeira, um chuveiro elétrico, ferro de passar, carregador de celular, televisão, lâmpadas para seis cômodos”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em evento no Rio de Janeiro.

O ministro não explicou sobre o que será feito em relação aos descontos escalonados que hoje são aplicados para consumos até 220 kWh. Segundo ele, a ideia é subsidiar a política através da correção de "distorções internas do setor”.

“Se você vê o projeto como um todo, você vai ver que estamos fazendo ali uma completa e possível justiça tarifária, corrigindo as distorções dentro do setor. E isso não impacta praticamente o restante dos consumidores”.

Uma das distorções, de acordo com Silveira, é o pagamento sobre a segurança energética.

"O pobre paga mais que o rico na questão, em especial, da segurança energética, para se pagar Angra 1 e 2 e as térmicas. Só o pobre paga. Boa parte do mercado livre não paga por essa segurança energética ou paga pouco. Então, estamos reequilibrando essa questão do pagamento por parte do pobre, do mercado regulado e da classe média".

Outra proposta do projeto de lei, que deverá ser encaminhada à Casa Civil da Presidência ainda este mês é dar mais liberdade de escolha para o consumidor, inclusive residencial, em relação à origem da energia que ele irá consumir.

“O cara vai poder comprar energia como compra em Portugal ou na Espanha. Ele escolhe a fonte energética que ele quer comprar, pelo celular. Ele vai poder escolher a fonte, o preço e ele vai poder pagar da forma que ele quiser. Pode pagar tanto através da distribuidora quanto pode emitir um boleto direto ou pagar pela internet”.

Agência Brasil
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Bianca Santana, de 19 anos, que estava desaparecida desde o domingo (6), após sair de casa para ir à igreja no Bairro dos Ipês, em João Pessoa, enviou uma mensagem à mãe, nesta quinta-feira (10), confirmando que está bem e que não pretende retornar para casa. A informação foi confirmada pela Polícia Civil.

O irmão da jovem, Fabiano Santana, disse que a família recebeu a notícia com alívio. “Pelo menos ela está bem. Para a gente é caso encerrado”. A família havia registrado o Boletim de Ocorrência (BO) na última segunda-feira (7), após Bianca não retornar da igreja, onde foi vista pela última vez falando ao telefone.

O delegado Felipe Viana, responsável pelas investigações, relatou ao g1 que conversou com Bianca por telefone e recebeu um vídeo em que ela reitera estar em segurança. “Ela disse que está bem e até gravou um vídeo dizendo que está bem e enviou para a delegacia”, afirmou.

Ainda segundo a polícia, as diligências incluíram o colégio onde Bianca estudou e a igreja que frequentava. Colegas confirmaram que o desaparecimento não é inédito.

“Direcionamos as diligências no colégio que ela estudou e também na igreja que frequentava, e os colegas informaram que não foi a primeira vez que aconteceu”, detalhou o delegado.

Entenda o caso
Bianca Santana saiu de casa por volta das 9h do domingo, dizendo que iria à igreja no Bairro dos Ipês, em João Pessoa. A família relatou que ela foi vista no local e saiu da igreja falando ao telefone. Depois disso, não foi mais localizada.

Na segunda-feira (7), os parentes registraram um BO. A mãe da jovem contou à polícia que, antes de sair, Bianca trocou mensagens com um homem conhecido por meio de um jogo online.

A mãe pediu que conversassem sobre isso após a jovem voltar da igreja, mas Bianca teria minimizado. “Ficou surpresa e disse que não era nada, era um amigo”, relatou o irmão.

Com a confirmação de que Bianca está bem, e sem indícios de crime, a polícia encerrou as diligências nesta quinta-feira (10).

g1 PB
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