Novembro 25, 2024
Arimatea

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, determinou o arquivamento de uma ação de improbidade administrativa que tem entre os réus o vice-presidente, Geraldo Alckmin, por supostas irregularidades envolvendo a antiga Odebrech (Novonor).

O caso tramita na 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo e apura supostos repasses de caixa dois da Odebrecht à campanha de Alckmin ao governo de São Paulo em 2014.

Toffoli analisou um pedido feito pela defesa de Marcos Monteiro, ex-tesoureiro de campanha de Alckmin.

Na decisão, Toffoli afirmou que as provas da ação de improbidade já foram consideradas imprestáveis na esfera criminal, já que foram anulados elementos do acordo de leniência da Odebrecht.

"O prosseguimento da ação de improbidade em relação ao reclamante e aos demais corréus representa flagrante ilegalidade que requer a atuação ex officio deste relator, para o fim de evitar o constrangimento ilegal de submetê-los a responder novamente por condutas em relação às quais já foi determinado o trancamento de ação penal por esta Suprema Corte, inclusive com trânsito em julgado", escreveu o ministro.

g1
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), lamentou a morte de nove atletas de remo durante um acidente na BR-376, no Paraná, na madrugada desta segunda-feira (21). “Com tristeza, presto minha solidariedade às famílias e aos amigos das nove vítimas, a maioria formada por adolescentes, do acidente ocorrido, neste domingo, no Paraná. A tragédia interrompe sonhos de jovens cuja trajetória de vida tinha como um dos objetivos a dedicação ao esporte”.

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também comentou o acidente. “Não há palavras que possam descrever a dor... A dor é irreparável”, disse o chefe do Executivo.

“Com tristeza e pesar, soube da morte de nove pessoas, sendo sete adolescentes, de uma equipe de remo de Pelotas, em um trágico acidente na BR-376, em Guaratuba, Paraná. Não há palavras que possam descrever a dor de perder um filho ou neto. A dor é irreparável. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares e amigos das vítimas”, escreveu Lula nas redes sociais.

Também por meio das redes sociais, o ministro do Esporte, André Fufuca, disse que a tragédia “afeta a todos nós” e disponibilizou a pasta para ajudar as vítimas do acidente. “Aos feridos, manifestamos nossa solidariedade e desejamos uma plena recuperação. Neste momento de luto, reafirmamos a importância de estarmos unidos como nação e comunidade.”

O acidente ocorreu no quilômetro 665 da BR-376. Um caminhão contêiner tombou e atingiu a van com a equipe de atletas, que voltavam de São Paulo (SP) para Pelotas (RS). Segundo informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal), a carreta perdeu o freio e colidiu com a traseira da van. O impacto fez com que a van batesse em outro veículo antes de ser arrastada para fora da pista pelo caminhão tombado.

Entre os dias 19 e 20 de outubro, o time gaúcho participou com oito atletas no Campeonato Brasileiro de Remo e ficou em sexto lugar na classificação geral. Em publicação em uma rede social, o time compartilhou os resultados da campanha, que garantiram a colocação na classificação geral.

R7
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Participantes da sessão especial de comemoração do Outubro Rosa apontaram nesta segunda-feira (21) os desafios envolvidos no diagnóstico e no tratamento do câncer de mama e a necessidade do cuidado integral das pacientes. A superação da desigualdade, que dificulta o acesso de mulheres mais pobres ao diagnóstico precoce, também esteve em foco na sessão realizada no Plenário do Senado. A campanha busca conscientizar mulheres para a prevenção deste tipo de câncer.

A sessão especial atendeu requerimento (RQS 678/2024) da senadora Leila Barros (PDT-DF), que também presidiu a celebração. Ela afirmou ser necessário o tratamento médico ocorrer junto de um suporte emocional.

— As mulheres que enfrentam o câncer de mama não estão sozinhas. Elas têm ao seu lado suas famílias, amigos e profissionais de saúde. Esse suporte emocional é tão importante quanto o tratamento médico […] É nosso dever como sociedade e como legisladores garantir que nenhuma mulher enfrente o câncer de mama sozinha — disse a senadora.

A pesquisadora e representante da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Denise Oliveira e Silva afirmou que a instituição, que atua em ciência e tecnologia em saúde, reconhece que ainda há lacunas quanto ao cuidado integral às vítimas do câncer.

— A gente percebe dificuldades ainda pela própria visão do modelo biomédico, que não incorpora aspectos relacionados a questões emocionais, questões relacionais, as famosas questões psicossociais [...] Alguns experimentos científicos da Fiocruz mostram que o sistema de saúde precisa se preparar para isso. Não é suficiente apenas a gente trazer aqui a ciência do ponto de vista mais do laboratório. Essa ciência tem que ser mais humanizada e lidar com a mulher…

O atendimento psicológico, o  acesso a medicamentos e até o atendimento em casa, se for necessário, são direitos dos pacientes de câncer do SUS, previstos na Lei 14.238, de 2021. Chamado de Estatuto da Pessoa com Câncer, a lei foi destacada pela senadora Leila como uma das muitas normas criadas pelos parlamentares para atender às mulheres vítimas de câncer de mama.

Ações no Senado
Diretora-geral do Senado, Ilana Trombka apresentou outras iniciativas da Casa voltadas para o diagnóstico médico e o cuidado emocional. Segundo ela, o projeto de voluntários do Senado, chamado de Liga do Bem, levou quase 300 funcionárias terceirizadas a realizarem o exame de mamografia, mas também atuou na arrecadação de mechas de cabelo para produção de perucas para as mulheres que passam por quimioterapia, além da a arrecadação de lenços, bandanas e outros acessórios para a cabeça a serem entregues à Rede Feminina de Combate ao Câncer e ao Hospital da Criança de Brasília.

Ilana compartilhou a perda de sua mãe em razão da doença. Para ela, o cuidado com a mama tem um simbolismo maior que o mero cuidado com o corpo.

— Os seios significam liberdade, significam alimentação, significam fortaleza, significam, muitas vezes, a insegurança da mulher, quando tem que retirar os seios [em razão do tratamento do câncer de mama] — disse Ilana.

Autoexame
As médicas Andreia Regina da Silva Araújo e Luci Ishii também apontaram a mama como muito significativa e que, por isso, pode levar algumas mulheres a evitar tratamentos invasivos.

— [A mama] tem grande representação na formação da autoestima feminina. Por isso, a maioria das mulheres, ao fazerem exames de mama, ficam ansiosas. Essa pressão está relacionado ao estigma do diagnóstico do câncer de mama para algumas mulheres, como se fosse uma sentença de morte. Algumas mulheres preferem não fazer exames para não terem que lidar com o resultado. Eu garanto que [...] os aparelhos hoje produzem imagens mais detalhadas, o que facilita sobremaneira o diagnóstico precoce, [que] traz tratamento cirúrgico menos agressivos — disse Andreia Araújo.

Luci Ishii, que é fundadora da Associação Brasiliense de Apoio ao Paciente com Câncer (ACAB Luz), afirmou que o autoexame e o cuidado diário é uma das melhores maneiras de se identificar antecipadamente o câncer.

— Todas nós devemos aprender o autoexame, propagar o autoexame, porque nós vamos ao médico a cada seis meses, a cada ano, mas estamos conosco todos os dias. Há mais de 50 anos que a estatística não muda: a maioria das pessoas que chegam ao SUS, chegam no estágio mais adiantado [da doença], quando a curabilidade é menor.

Desigualdade
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Leonor Noia Maciel, apresentou desafios que o país enfrenta em assegurar o diagnóstico e tratamento da doença em cidades distantes dos centros urbanos.

— No interior, em locais de mais difícil acesso, o acesso a especialistas é mais difícil. A tarefa deste governo é diminuir as desigualdades em saúde. Temos um tempo muito maior de início de tratamento e diagnóstico em mulheres pretas, pardas e indígenas. Temos ainda mais de 20 mil mulheres que morrem todos os anos vítimas do câncer de mama e mais de 7 mil que morrem vítimas do câncer de colo de útero.

A médica Danielle Laperche criticou a discrepância no diagnóstico precoce na rede de saúde privada e no serviço público. Segundo ela, na rede privada a maioria das mulheres é atendida ainda nos estágios 1 e 2 da doença, quando os tratamentos são mais eficazes. Na saúde pública, mais da metade já está em estágio avançado.

— Nós temos 55% dos diagnósticos [da rede pública nos estágios] 3 e 4. São mais difíceis de tratar, leva a tratamentos mais agressivos. No estágio 4, já não temos mais uma perspectiva de cura. Nos estágios 3 nós dependemos de cirurgias mais agressivas, maiores doses de quimioterapia e radioterapia, é um paciente com mais sequelas.

Diagnóstico rápido
Para a fundadora da ONG Recomeçar (Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília), Joana Jeker, um dos maiores desafios na saúde pública é a demora no diagnóstico. Ela afirmou que a criação de centros de diagnósticos rápidos, com obtenção do resultado em um dia, é uma alternativa eficaz. Segundo ela, a Austrália já tem essa capacidade há vários anos.

— [Diagnóstico em um dia] é possível, eu tive diagnóstico do câncer há 17 anos na Austrália. Tinha 30 anos de idade, e eu consegui o resultado no mesmo dia. Cheguei na clínica com nódulo palpável, foi feito o exame clínico, foi feita mamografia, mamotomia, e me pediram para aguardar. Aguardei cerca de uma a duas horas e já saí da clínica com o resultado de que eu tinha câncer de mama.

Jeker é a curadora da exposição fotográfica “Mulheres e Niemeyer”, no Senado, com fotos de 12 mulheres diagnosticadas com câncer de mama ao lado de diferentes monumentos de Brasília. 

Também participaram da sessão as influenciadoras digitais Andressa Carvalho, Gabrielle Calmon e Micheline Ramalho.

Outubro Rosa
As campanhas informativas sobre o câncer de mama iniciaram-se na década de 1980, encabeçadas pela Fundação Susan G. Komen, dos Estados Unidos. Em 1986, o mês de outubro foi estabelecido pela organização como um período especial de conscientização. Cinco anos depois, a cor rosa foi adotada pela fundação como símbolo da causa.

No Brasil, a Lei 13.733, de 2018 inseriu a campanha Outubro Rosa no calendário oficial. A norma determina que o poder público realize anualmente atividades para conscientização sobre a doença. Em 2021, o Senado aderiu oficialmente à campanha.

Agência Senado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), participou nesta segunda-feira (21) de um evento do agronegócio ao lado do candidato à sucessão na presidência da casa, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB).

Embora Lira ainda não tenha anunciado oficialmente Motta como seu candidato, ele tem defendido o nome do paraibano nos bastidores e entre líderes partidários. As eleições para as novas presidências do Senado e da Câmara estão agendadas para fevereiro de 2025.

Pela primeira vez desde o início da articulação para a eleição da Mesa Diretora, Lira citou nominalmente Motta ao destacar o papel dos líderes partidários na Câmara.

“Nosso Hugo Motta, líder do Republicanos, aqui representando um colégio que respeitamos muito na Câmara. O colégio de líderes na Câmara é imprescindível para que o trabalho chegue realmente ao que se destina, projetos de lei que modificam e asseguram segurança jurídica para quem produz”, afirmou Lira.

O comentário foi feito durante a 24ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, realizada em um hotel em São Paulo (SP).

A eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados ganhou novos contornos em setembro, com Motta emergindo como o favorito de Lira na disputa. Anteriormente, Lira tinha indicado a aliados que defenderia a candidatura do amigo Elmar Nascimento (União Brasil-BA) para o cargo. No entanto, o nome de Elmar enfrenta resistência tanto entre parlamentares da direita quanto da esquerda, levando Lira a apostar em um candidato mais consensual.

Além de Motta e Elmar, o líder do PSD, Antônio Brito, também está na disputa. Os dois líderes decidiram formar uma coalizão para apoiar o candidato mais viável à Presidência da Câmara no próximo ano. O acordo entre o União e o PSD também abrange a disputa pela Presidência do Senado, em sucessão ao atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Quem é Hugo Motta
Hugo Motta despontou como o principal candidato para suceder o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em setembro. Aos 35 anos, ele é médico, está no quarto mandato como deputado federal e é o atual líder do Republicanos. Embora já fosse considerado um potencial candidato à presidência da Casa, a candidatura só ganhou força após o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), abdicar da tentativa de construir uma candidatura de consenso.

Se for confirmado candidato de Lira e eleito presidente da Câmara em 1º de fevereiro de 2025, Hugo Motta será o mais jovem a ocupar o cargo desde a redemocratização. Até o momento, o mais jovem nesse cargo foi Aécio Neves, que assumiu a presidência aos 41 anos, em 2001.

Apesar de jovem, Hugo Motta é reconhecido como um articulador experiente. Ele presidiu a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, a Comissão para a Privatização da Eletrobras e a CPI da Petrobras.

Além disso, Motta é reconhecido pelo histórico de articulação em diversas bases políticas. Durante o governo de Michel Temer, atuou em sintonia com o Executivo. Com Jair Bolsonaro (PL), foi visto como um aliado. No governo atual de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Motta também tem a simpatia da bancada governista. A bancada do PT tem indicado que deve apoiar o candidato escolhido por Lira.

R7
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reafirmou o compromisso dos parlamentares com a pauta da transição energética. Lira destacou a aprovação da Lei do Combustível do Futuro, cujo objetivo é expandir o uso do etanol e do biodiesel na matriz energética brasileira.

De acordo com o presidente, a nova legislação fortalece a posição do Brasil na produção de biocombustíveis e na sua capacidade de inovar em tecnologias limpas.

Lira participou da 24ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol nesta segunda-feira (21). Ele destacou o papel do etanol brasileiro como referência global na transição energética.

“Reitero o compromisso de nossos parlamentares de continuar trabalhando em prol do Brasil e dos brasileiros. Seguiremos aprimorando o nosso arcabouço legal para dar melhores condições e maiores oportunidades para que esse setor prossiga prosperando”, disse.

Lira destacou que agronegócio do Brasil é incompreendido e alvo de críticas injustas, contaminadas pela discussão ideológica. Segundo ele, o País tem uma das mais avançadas e estritas legislações ambientais do planeta com o objetivo de conciliar desenvolvimento e sustentabilidade.

Agência Câmara
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O ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, estava em mais um evento de campanha, fritando batatas e fazendo entregas no drive-thru de uma unidade do McDonald's na Pensilvânia neste domingo (20), quando um ele recebeu um pedido inusitado:

"Por favor, não deixe os Estados Unidos se tornarem o Brasil, meu país natal", disse uma motorista ao pegar seu lanche das mãos de Trump.

A mulher, identificada como Nayara Andrejczyk, está acompanhada no carro e disse ser brasileira. Trump responde a ela que "tornará os EUA melhores do que nunca". Após o encontro, Nayara disse que "foi uma oportunidade incrível".

Após intensificar os ataques pessoais contra sua adversária, a vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris, Trump assumiu o papel de atendente por um dia no McDonald's "só por diversão". O candidato republicano fritou batatas e atendeu clientes no local.

O gesto de Trump também é uma provocação a Kamala. No início da campanha às eleições deste ano, Kamala Harris afirmou que trabalhou em um restaurante da rede entre o primeiro e o segundo anos da faculdade para se manter nos estudos. Ela fritava as batatas fritas, operava a máquina de sorvete e atendia no caixa. Trump, no entanto, afirma não acreditar que seja verdade.

"Indo para o McDonald’s agora. Se eu ficar por 20 minutos, será 20 minutos a mais do que a mentirosa Kamala Harris trabalhou lá. Ela disse que era um trabalho difícil, mas, para a surpresa de todos, descobrimos que ela nunca trabalhou lá!", escreveu em postagem no Instagram ao anunciar sua ida ao restaurante.

A Pensilvânia é considerada um estado-chave na disputa pela Casa Branca, porque historicamente tem votações muito apertadas e com resultado podendo ir tanto para democratas quanto para republicanos. Kamala e Trump estão empatados tecnicamente no estado, segundo média do agregador de pesquisas de intenção de voto Real Clear Politics.

Nas duas semanas finais de campanha à presidência dos EUA, Trump e Kamala Harris estão intensificando suas campanhas nos estados-chave e em busca dos votos antecipados dos norte-americanos. A votação antecipada pode ser realizada de forma presencial ou por correspondência, dependendo do estado.

g1
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Uma senadora australiana de origem aborígene interrompeu nesta segunda-feira (21) um discurso do rei Charles III, que faz visita à Austrália, para criticar o papel da monarquia britânica no país, ex-colônia britânica.

"Você não é nosso rei! Vocês cometeram genocídio contra nosso povo, destruíram nossas terras. Devolvam o que vocês roubaram", disse a senadora Lidia Thorp, com o dedo apontado para Charles III, que assistiu à cena ao lado de sua esposa, a rainha consorte Camilla.

Embora a Austrália tenha se tornado uma nação independente em 1901, o rei da Inglaterra ainda exerce o papel de chefe de Estado do país — o que significa que ele é o comandante máximo das Forças Armadas.

Como parte de uma visita de nove dias à Austrália, Charles III e Camilla participavam de um ato justamente sobre o legado da colonização britânica no país no Parlamento australiano, em Camberra. O monarca fazia um discurso e, ao final do ato, foi interrompido pela senadora.

A viagem é mais longa do monarca ao exterior desde que ele foi coroado, em maio de 2023.

A Austrália foi colônia britânica por mais de um século, período em que milhares de aborígenes foram assassinados e comunidades inteiras deslocadas.

Vários primeiros-ministros de estados australianos não compareceram à recepção organizada no Parlamento em homenagem ao rei, um possível indício de que o soberano britânico já não tem a influência de outros períodos.

Embora sejam favoráveis à monarquia, atualmente os australianos não demonstram muito entusiasmo com a realeza, ao contrário de 2011, quando milhares de pessoas saíram às ruas para saudar a rainha Elizabeth II, mãe de Charles III.

Antes do discurso no Parlamento, Charles depositou flores em um memorial dedicado às vítimas australianas das duas guerras mundiais e de outros conflitos. A agenda do monarca também incluía uma visita ao laboratório da agência científica pública dedicada ao estudo dos incêndios florestais e ao jardim botânico nacional.

O cronograma da viagem, no entanto, não inclui muitos eventos de grande porte, exceto um churrasco em Sydney e uma cerimônia na ópera da cidade, devido ao delicado estado de saúde do rei.

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Médico responsável por Lula (PT), Roberto Kalil Filho detalhou como foi o acidente doméstico sofrido pelo presidente no sábado (19). Ele caiu no banheiro do Palácio da Alvorada e teve um ferimento na cabeça.

"Ele simplesmente, eu não estava no local... Foi sentar num banco e, veio para trás – o que é muito comum esses acidentes em casa, esses acidentes são realmente perigosos – e bateu com a nuca", afirmou Kalil, em entrevista ao Estúdio I, da Globonews.

Nesta segunda-feira (21), o Palácio do Planalto divulgou as primeiras imagens públicas de Lula após o acidente doméstico. Ele recebeu o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o assessor especial da presidência Celso Amorim no Palácio do Planalto (leia mais abaixo).

Segundo o boletim médico divulgado neste domingo, Lula deu entrada no Hospital Sírio-Libanês da capital com um "ferimento corto-contuso em região occipital" – ou seja, um corte na região da nuca.

Kalil cuida da saúde de Lula há 30 anos e afirmou que serão precisas algumas precauções por conta do episódio, como evitar viagens de longa duração. Lula levou cinco pontos no ferimento.

Lula tinha viagem à Rússia para reunião dos Brics, grupo que reúne países emergentes, participação presencial que foi cancelada na tarde deste domingo (20). O petista fará um discurso por vídeo.

"Se eu bato a cabeça na parede é um traumatismo craniano e isso se sequer observação. Pode ter aumento do sangramento, dor de cabeça, alguns outros tipos de complicações, que no caso dele são raras, mas que podem acontecer. São 72 horas de vigilância, por isso que foi um consenso não viajar", detalhou.

Nesse período, Lula não poderá praticar exercício físico exagerado e terá de permanecer em "relativo repouso". Segundo Kalil, o presidente poderá fazer viagens de curta distância ainda nesta semana se os exames o liberarem.

Reunião no Planalto
Após a reunião, o ministro Alexandre Padilha afirmou que Lula "em nenhum momento, teve perda de consciência, desorientação". "Ele mesmo buscou socorro naquele momento [após o acidente]. A equipe médica fez todos os exames de acompanhamento", contou Padilha.

Segundo o ministro, embora Lula esteja autorizado a realizar algumas atividades, caso de reuniões no Palácio da Alvorada, ainda não há previsão de retorno aos compromissos no Palácio do Planalto.

Com a viagem cancelada, o presidente participará por videoconferência da Cúpula dos Brics em Kazan, na Rússia. A delegação oficial será comandada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira (21) que uma reforma administrativa pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é importante para a redução da taxa de juros.

Segundo Campos Neto, uma reforma administrativa sinaliza comprometimento com a política fiscal, com ajustes no lado das despesas do governo.

“Acabei de ler a notícia, não sei se é oficial ou não, [mas] estão falando de reformas administrativas. Há uma expectativa de que depois das eleições veremos algumas medidas. Isso é muito importante para que nós no Banco Central sejamos capazes de reduzir as taxas [de juros] de forma sustentável", declarou.

“Nossa missão é atingir a meta de inflação. E é muito difícil fazer isso quando há a percepção de que o fiscal não está ancorado”, acrescentou o presidente do BC em evento promovido pela 20-20 Investment Association, em São Paulo.

O governo prepara medidas para ajustar as contas, depois de focar no equilíbrio fiscal por meio do aumento das receitas.

Na última semana, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que "chegou a hora" de levar a sério a revisão de gastos públicos no país.

"Chegou a hora para levar a sério a revisão de gastos. Não é possível mais apenas pelo lado da receita resolver o fiscal. Arcabouço está de pé. Sem perspectiva de alteração", afirmou a ministra.

A ministra não deu detalhes sobre quais gastos serão revisados pela equipe econômica, mas citou os supersalários do funcionalismo, que classificou como algo "imoral".

Taxa de juros
Atualmente, a taxa básica de juros da economia, a Selic, está em 10,75%. Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa em 0,25 ponto percentual – o primeiro aumento do governo Lula.

O órgão justificou a elevação afirmando que vem percebendo, no cenário interno, risco para alta da inflação. O Comitê também disse que o aumento da Selic é o início de um "ciclo".

Os economistas do mercado financeiro estimam que os juros cheguem a 11,75% ao fim de 2024. A próxima reunião do Copom será realizada no início de novembro.

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A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,39% para 4,5% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (21), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 3,96% para 3,99%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para 2024 está no teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua e, assim, o CMN não precisará mais definir uma meta de inflação a cada ano. O colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em setembro, puxado principalmente pela conta de energia elétrica das residências, a inflação no país foi de 0,44% após o IPCA ter registrado deflação de 0,02% em agosto. De acordo com o IBGE, em 12 meses o IPCA acumula 4,42%.

Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação fizeram o colegiado elevar os juros pela primeira vez em mais de dois anos.

A última alta dos juros ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Após passar um ano nesse nível, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano.

A próxima reunião do Copom está marcada para 5 e 6 de novembro, quando os analistas esperam um novo aumento da taxa básica. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 11,75% ao ano.

Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 11,25% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida, novamente, para 9,5% ao ano e 9% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano subiu de 3,01% para 3,05%. No segundo trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) surpreendeu e subiu 1,4% em comparação com o primeiro trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta foi de 3,3%.

Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,93%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2%, para os dois anos.

Em 2023, também superando as projeções, a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido de 3%.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,42 para o fim deste ano. No fim de 2025, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,40.

Agência Brasil
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