O presidente Donald Trump se ofereceu nesta segunda-feira (22) para fazer a mediação da longa disputa entre Índia e Paquistão pela região da Caxemira, revertendo a tradicional postura dos Estados Unidos de que o conflito deve ser resolvido bilateralmente.
"Se eu puder ajudar, adoraria ser um mediador", disse Trump na Casa Branca, onde recebeu o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan.
"Se eu puder fazer algo para ajudar, me avise", insistiu.
O presidente também afirmou que o Paquistão anteriormente não respeitava os Estados Unidos, mas agora está ajudando no processo de paz no Afeganistão.
"Eu não acho que o Paquistão tenha respeitado os Estados Unidos (no passado), mas agora eles estão nos ajudando muito" no Afeganistão, enfatizou Trump.
Conflito é anterior à separação dos países
Índia e o Paquistão disputam a Caxemira desde antes de suas independências do Reino Unido, em de 1947.
O governante local da década de 1940 escolheu anexar o território à Índia. Houve uma guerra que durou dois anos. Houve uma segunda guerra em 1965. E uma terceira, breve, em 1999 –então, os dois já possuíam armas nucleares.
Os muçulmanos são maioria na região, diferentemente do resto da Índia, onde os hindus são majoritários.
Neste ano houve uma nova escalada de agressões.
Ataques no começo de 2019
Em fevereiro, houve um ataque na região que matou mais de 40 soldados indianos. A Índia afirmou que os autores eram grupos terroristas que tinham campos de treinamento no país vizinho.
Os indianos afirmaram então que bombardearam o campo de treinamento no território paquistanês.
O Paquistão derrubou dois caças e capturou um piloto da Força Aérea indiana –posteriormente, entregue ao país vizinho.
France Presse
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Depois de revisar para baixo a expectativa de crescimento da economia neste ano, o Ministério da Economia anunciou nesta segunda-feira (22) um novo bloqueio de gastos de R$ 1,44 bilhão no orçamento deste ano.
O objetivo da área econômica, ao conter despesas na peça orçamentária, é tentar atingir a meta de um déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar juros da dívida pública) de até R$ 139 bilhões fixada para este ano.
O crescimento menor da economia gera uma arrecadação de impostos menor que a prevista. Isso faz com que o governo tenha mais dificuldade para cumprir a meta fiscal. Por isso, o governo bloqueia despesas no orçamento.
Neste domingo (20), o presidente Bolsonaro já havia alertado que poderia ser feito um novo contingenciamento, no valor de R$ 2,5 bilhões.
O bloqueio anunciado nesta segunda-feira só não foi maior porque o governo utilizou a parte de uma chamada "reserva orçamentária" – ou seja, valores que ainda não haviam sido liberados para gastos. Foram utilizados R$ 809 milhões dessa reserva.
Revisões orçamentárias anteriores
Em março, o governo já havia anunciado um contingenciamento de R$ 29,7 bilhões em despesas previstas para o ano de 2019, justamente para tentar atingir a meta fiscal. Desse total, R$ 5,8 bilhões foram cortados da Educação, R$ 5,1 bilhões na Defesa e R$ 2,9 bilhões em emendas parlamentares. Isso motivou protestos em 15 de maio.
No fim de maio, em nova revisão orçamentária, o governo anunciou que, mesmo estimando um PIB mais baixo do que anteriormente, resolveu recompor o orçamento de R$ 1,587 bilhão (que havia sido alvo de novo bloqueio no início de maio) e liberou R$ 56 milhões para o Ministério do Meio Ambiente.
Para poder fazer isso, utilizou de uma "reserva de contingência" existente no orçamento de 2019 – que era de R$ 5,37 bilhões; caiu, naquele momento, para R$ 1,562 bilhão.
Efeito dos contingenciamentos
Devido à retenção de verbas orçamentárias, os recursos para custeio e investimentos estimada para este ano são os menores desde 2008, quando começou a série história do Tesouro Nacional, em todas as áreas, não somente para Educação.
O limite dos gastos discricionários (não obrigatórios) caiu de R$ 129 bilhões para R$ 87,41 bilhões em 2019. O governo afirma que buscará reverter o bloqueio no decorrer de 2019 e, com isso, tentar elevar o limite dos gastos com custeio e investimentos.
De acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado, o espaço necessário para os gastos públicos deve ficar acima de R$ 75 bilhões. Assim, diz a IFI, não haverá problemas no funcionamento de ministérios nem na operacionalização de políticas públicas.
Esse seria o piso necessário, de acordo com o órgão, para evitar o chamado "shutdown" da máquina pública ou "desligamento", por meio do qual o governo tem o funcionamento prejudicado e não consegue produzir alguns serviços públicos para a sociedade.
De acordo com estudo do economista e pesquisador Manoel Pires, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, porém, quando se olha para "todos os indicadores disponíveis", a impressão é que se a despesa discricionária ficar abaixo de R$ 120 bilhões é "muito provável que o governo federal já esteja muito próximo de aplicar um shutdown na prática".
Entre os gastos não obrigatórios, afetados pelos bloqueios, estão:
Receitas e despesas
Para efetuar a liberação de recursos, ou bloqueio no orçamento, o governo faz uma reestimativa das receitas e das despesas em relação aos valores aprovados na previsão anterior, nesse caso, em maio deste ano.
De acordo com os cálculos do Ministério da Economia, houve uma queda de R$ 5,296 bilhões na estimativa de receitas do governo para este ano, na comparação com a previsão anterior.
O governo reduziu em R$ 5,951 bilhões a expectativa para as receitas administradas neste ano (impostos e contribuições federais), mas elevou em R$ 1,106 bilhão a previsão de "royalties" do petróleo, em R$ 1,477 bilhão a estimativa para receitas do INSS, e em R$ 233 milhões a contribuição para o salário-educação, entre outras).
Ao mesmo tempo, também previu uma queda de R$ 3,470 bilhões nas despesas obrigatórias. Veja abaixo a mudança nas estimativas dos principais gastos do governo:
G1
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Três pessoas foram presas com 18 celulares supostamente roubados durante uma festa na cidade de Imaculada, a cerca de 340 km de João Pessoa. Segundo informações da Polícia Militar, os dois homens e uma mulher presos são suspeitos de integrar uma quadrilha do Rio Grande do Norte que atuava em festas públicas roubando celulares. Os aparelhos encontrados com os suspeitos tinham sido supostamente levados da edição de 2019 do Forró do Povo.
De acordo com o comandante da 5ª Companhia Independente, capitão Firmino, a quadrilha escolheu como base a cidade de Patos, onde os integrantes ficaram hospedados e a noite foram até Imaculada para agir durante a festa.
“Eram dez suspeitos e, pelo que levantamos, eles iriam fazer um revezamento para não serem reconhecidos, ou seja, três iam para festa, agiam e no outro dia ficaria de ir outros integrantes diferentes, mas conseguimos logo na primeira noite de festa, no sábado, prender três deles em flagrante. Os outros fugiram da pousada assim que souberam da prisão”, explicou.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, a quadrilha foi desarticulada quando uma das vítimas registrou a ocorrência e informou as características do assaltante. Os policiais identificaram o suspeito e descobriram que ele agia em parceria com uma mulher, que pegava rapidamente os aparelhos celulares e escondia dentro de um carro.
Os dois homens presos têm 39 e 23 anos e um deles já responde processos por formação de quadrilha, porte ilegal de arma e furto qualificado (de explosão a banco). A mulher tem 23 anos. Os três já teriam sido vistos agindo em eventos juninos do mês passado, nas cidades paraibanas de Várzea, Desterro, Teixeira e Aguiar. Os três foram presos e levados para delegacia.
G1 PB
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Um homem morreu e outro ficou ferido em um tiroteio nas imediações da Praça Castro Pinto, no Centro de João Pessoa, na madrugada desta segunda-feira (22). Segundo informações da Polícia Militar, dois homens em um motocicleta se aproximaram das vítimas, que estavam perto de um supermercado, e atiraram várias vezes.
O homem que não resistiu aos ferimentos e morreu no local vivia em situação de rua, de acordo a Polícia Militar. Outros dois homens estavam conversando com o morador de rua quando a dupla armada se aproximou. Os tiros foram disparados pelo suspeito que estava no passageiro.
O ferido foi socorrido e encaminhado pelo Samu para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Conforme o Trauma de João Pessoa, o homem de 35 anos deu entrada na unidade por volta das 1h40 desta segunda e passou por procedimentos de emergência. Um boletim médico divulgado pela unidade às 11h indicou que ele segue internado e seu quadro de saúde é estável.
A Polícia Militar realizou buscas na área, mas até a manhã desta segunda-feira nenhum suspeito havia sido localizado. A Polícia Militar não informou as possíveis motivações para o crime. O delegado Luiz Cotrim registrou o caso, que segue sob investigação da Polícia Civil.
G1 PB
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Três dias após o início das contestações do presidente Jair Bolsonaro sobre os dados apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) do desmatamento da Amazônia, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, se manifestou no início da tarde desta segunda-feira, 22, endossando o chefe.
Ele disse que compartilha a “estranheza” de Bolsonaro quanto à variação dos dados e pediu um “relatório técnico completo” sobre os últimos dois anos de análises. Também afirmou que vai cobrar um posicionamento do diretor do Inpe, Ricardo Galvão.
“Com relação aos dados de desmatamento produzidos pelo Inpe, organização pelo qual tenho grande apreço, entendo e compartilho a estranheza expressa pelo nosso presidente Bolsonaro quanto à variação percentual dos últimos resultados na série histórica”, escreveu o ministro em nota divulgada pela pasta.
Na última sexta-feira, Bolsonaro, em café da manhã com jornalistas estrangeiros, disse que os dados que mostram aumento da perda da floresta em junho e neste início de julho são mentirosos. Ele também insinuou que o diretor do Inpe, Ricardo Galvão, esteja “a serviço de alguma ONG“.
No dia seguinte, em entrevista ao Estado, Galvão afirmou que o presidente fez “comentários impróprios” e “ataques inaceitáveis” que mais parecem “conversa de botequim” e disse que a atitude dele foi “pusilânime e covarde“. O pesquisador ainda desafiou o presidente a repetir os comentários olhando nos olhos dele e disse que não pediria demissão.
No domingo, Bolsonaro voltou a criticar os dados, desta vez dizendo que divulgar dados “alarmantes” de desmatamento “prejudica” o País. O presidente jogou a bola para o seu ministro e disse que Pontes falaria com Galvão. O Estado vem procurando o ministro desde sexta-feira, uma vez que o Inpe é subordinado à pasta, mas só hoje recebeu a nota em resposta.
No texto, Pontes diz que a “contestação de resultados, assim como a análise e discussão de hipóteses, são elementos normais e saudáveis do desenvolvimento da Ciência, suas teorias e metodologias” e que está solicitando ao Inpe “um relatório técnico completo contendo os resultados da série histórica dos últimos 24 meses, assim como informações detalhadas sobre os dados brutos, a metodologia aplicada e quaisquer alterações significativas desses fatores no período”.
De acordo com a nota, o relatório será analisado por técnicos do ministério, do próprio Inpe e também do Ministério do Meio Ambiente. Segundo Pontes, isso visa à “melhoria continuada do monitoramento e preservação ambiental, assim como o aperfeiçoamento das ferramentas e metodologias empregadas no sistema”.
Sobre as declarações feitas por Galvão à imprensa, disse: “Embora entenda o contexto do fator emocional, discordo do meio e da forma utilizada pelo diretor, visto que não corresponderam ao tratamento esperado na relação profissional, especialmente com o chefe do Executivo do País”. E afirmou que convidou Galvão a comparecer ao ministério para “esclarecimentos e orientações”. Segundo o ministro, “a partir dessa reunião serão definidos novos passos”.
Na entrevista ao Estado, Galvão disse que vinha tentando há três semanas ter uma audiência com o ministro justamente para falar sobre os dados do desmatamento, que já tinham sido questionados anteriormente pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
“Há três semanas mandei um ofício para o Ministério da Ciência e Tecnologia falando que polêmicas não ajudavam em nada o Brasil, inclusive com relação à repercussão internacional, e propus ao ministro Marcos Pontes abrir um canal de comunicação com o ministro Ricardo Salles, com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, com o general Augusto Heleno (ministro do Gabinete de Segurança Institucional), para explicar o que fazemos, oferecer ferramentas para entenderem melhor os nossos dados e tentar arrefecer esse clima de disputa que havia”, disse. Segundo ele, não houve resposta.
Galvão contava, porém, que teria o apoio. “Quero tirar dessa polêmica algo que ele (Pontes) sempre declarou, que a questão (dos dados) do desmatamento da Amazônia é científica e não política e ele sempre demonstrou confiança nos dados do Inpe”, disse ao Estado.
Estado
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Uma pesquisa Datafolha apontou que quatro em cada dez brasileiros não consegue citar uma medida do governo de Jair Bolsonaro nos primeiros seis meses de gestão. Questionados sobre o que de melhor havia feito o presidente no período, 39% dos entrevistados responderam "nada". Outros 19% não souberam responder à pergunta.
De acordo com o instituto, o percentual de brasileiros que não destacam qualquer ação positiva do governo no período ("nada") sobe para 45% entre as mulheres; para 46% entre entrevistados do Nordeste; e 52% para fiéis de religiões de matriz africana. O número chega a 76% na faixa dos que avaliam a gestão como "ruim ou péssima".
Dos entrevistados que afirmaram ter votado no então candidato do PSL para presidente, 17% responderam não ver o que destacar positivamente das ações do governo.
Enquanto isso, 8% das pessoas ouvidas na pesquisa avaliaram haver avanços na segurança. Elogios a políticas sobre o tema foram mais comuns entre homens, cidadãos do Norte e do Centro-Oeste (11%) e partidários do PSDB (20%).
Segundo a pesquisa, 7% elogiaram a reforma da Previdência e 4% mencionaram o combate à corrupção como medidas positivas da gestão Bolsonaro. Para 4%, merece destaque a iniciativa de flexibilizar o porte e a posse de armas no país e, para 1%, as de acabar com o horário de verão e nomear Sergio Moro para chefiar a pasta da Justiça. A política externa foi lembrada por 2% e os ministros escolhidos, por 1% dos entrevistados.
O mesmo levantamento constatou que boa parte dos entrevistados não sabe citar medidas negativas do governo nos últimos seis meses. Questionados sobre o que de pior havia feito a atual gestão, 18% responderam "nada". Entre os evangélicos, este percentual vai a 22% e entre os que têm 60 anos ou mais, a 25%. Entre os que consideram o governo "bom ou ótimo", chega a 36%.
Medidas negativas
O Datafolha apontou que os decretos das armas foram a principal iniciativa lembrada como negativa (21%). Outros 19% não souberam destacar negativamente alguma proposta. A reforma da Previdência foi criticada por 12% e a imagem pública, por 9%. Este último quesito inclui declarações consideradas desnecessárias e/ou ofensivas, relação com os filhos e articulação política, explicou o instituto.
Os cortes da educação, alvos de protestos em várias cidades do país, foram citados por 3% dos entrevistados.
Na pesquisa, realizada nos dias 4 e 5 de julho, o Datafolha ouviu 2.086 pessoas, de 16 anos ou mais, em 130 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%.
G1
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A Rede Sustentabilidade protocolou nesta segunda-feira (22) uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) em que contesta a decisão do presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, de suspender processos com dados compartilhados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sem autorização judicial.
Na ação, o partido pediu que a decisão de Toffoli seja suspensa provisoriamente (de forma liminar) até que o caso seja discutido no plenário. A Rede solicitou ainda manifestações da Presidência da República, do Coaf, da Polícia Federal e outros órgãos, e pediu que sejam ouvidos Toffoli, o advogado-geral da União, André Mendonça, e a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge.
A decisão de Toffoli foi tomada a partir de um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.
No fim de 2018, relatório do Coaf apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O documento revelou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, que havia atuado como motorista e assessor de Flávio Bolsonaro à época em que o parlamentar do PSL era deputado estadual.
A decisão de Toffoli vale até que o plenário do Supremo analise definitivamente o tema. A data do julgamento foi marcada para 21 de novembro.
A Rede argumentou que o debate sobre a constitucionalidade do compartilhamento de dados bancários para fins penais deve levar em consideração o “contexto em que estamos”. A sigla cita, por exemplo, decisão do próprio STF que autorizou a “quebra” de sigilo de correspondência de presos.
Segundo a Rede, o Coaf é obrigado a comunicar às autoridades competentes a existência de indícios de crimes. Nesse caso, afirmou o partido, não há quebra de sigilo, mas transferência de informações, devendo-se manter o sigilo das comunicações.
“Desta forma, seja por interpretação constitucional, seja por aplicação expressa da legislação infraconstitucional, o compartilhamento de dados entre os órgãos fiscalizadores na esfera administrativa e órgãos de persecução penal deve ser aceita, sob pena de fragilizar avanços significativos no combate ao crime organizado”, afirmou o partido em um trecho peça judicial.
“O argumento do direito ao sigilo bancário não pode ser entendido como impossibilidade de fiscalização, e sim como direito de não ter dados pessoais expostos para toda a sociedade, em verdadeira devassa pública”, concluiu a Rede.
G1
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O submarino francês "La Minerve", que desapareceu em 1968 com 52 tripulantes a bordo, foi encontrado na costa de Toulon, no sudeste da França.
"Acabamos de encontrar 'La Minerve'. É um sucesso, um alívio e uma proeza técnica. Meus pensamentos estão com as famílias, que esperaram tanto tempo por este momento", anunciou a ministra do Exército, Florence Parly, no Twitter, nesta segunda-feira (22).
Este submarino militar desapareceu em 27 de janeiro de 1968 a cerca de 30 km de Toulon sem deixar vestígios. Embora as autoridades tenham iniciado imediatamente uma operação de resgate, não puderam localizar o aparelho.
Em outubro passado, as famílias das vítimas lançaram um apelo para a retomada das buscas.
O submarino foi localizado pelo navio americano "Seabed Constructor" a 45 km da cidade de Toulon e a 2.370 metros de profundidade.
Foi este mesmo navio, da empresa Ocean Infinity, que encontrou em 17 de novembro de 2018 o submarino argentino "San Juan", desaparecido um ano antes no Atlântico com 44 tripulantes a bordo.
France Presse
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A Índia enviou nesta segunda-feira (22) a missão Chandrayaan-2, destinada a pousar na Lua em 6 de setembro deste ano. O foguete GSLV-MkIII, da agência espacial indiana ISRO, decolou à 1h43 (06h13 de Brasília) da plataforma de lançamento de Sriharikota.
A missão começa uma semana depois de a primeira tentativa ter sido cancelada 56 minutos antes da decolagem. Segundo os cientistas, "um obstáculo técnico" impediu o lançamento. Mais tarde, eles anunciaram que um dos tanques do foguete estava perdendo a pressão.
"A questão de baixa pressão foi resolvida", disse Vivek Singh, porta-voz da Organização de Pesquisa Espacial Indiana nesta segunda-feira. "O clima está perfeito".
O presidente da agência espacial indiana, Kailasavadivoo Sivan, disse ao jornal "The Guardian" que a equipe de pesquisadores trabalhou incansavelmente para consertar a falha.
"É o início de uma jornada histórica da Índia em direção à Lua. Aterrissar em um local perto do polo sul deve ajudar a realizar experimentos científicos para explorar o inexplorado", disse Sivan.
O primeiro-ministro indiano, Navendra Modi, escreveu em sua conta no Twitter que o lançamento da Chandrayaan-2 mostra a destreza dos cientistas do país. Segundo o post, o país investiu 1,3 bilhão de rupias indianas (cerca de R$ 70,6 milhões).
G1
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O número de pacientes notificados com casos de hepatites virais no Brasil caiu 7% entre 2008 e 2018, de acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2019 divulgado hoje (22) pelo Ministério da Saúde. Em 2008, foram registrados 45.410 casos. Dez anos depois, o número passou para 42.383 casos.
O levantamento aponta ainda queda de 9% no total de mortes causadas pela doença no país, saindo de 2.362 óbitos em 2007 para 2.156 em 2017.
A hepatite é a inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.
De acordo com o Ministério da Saúde, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia.
Tipo de hepatite
De 2000 a 2017, foram identificados no Brasil, segundo o boletim, 70.671 óbitos por causas básicas e associadas às hepatites virais dos tipos A, B, C e D. Desses, 1,6% foi associado à hepatite viral A; 21,3% à hepatite B; 76% à hepatite C e 1,1% à hepatite D.
O boletim mostra que o tipo C da doença, além de ser o mais letal, é o mais prevalente. Ao todo, 26.167 casos foram notificados em 2018.
A doença é transmitida por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos cortantes.
O maior número de pessoas com hepatite C se concentra em pessoas acima dos 40 anos. A hepatite C nem sempre apresenta sintomas.
Por isso, o Ministério da Saúde estima que, atualmente, mais de 500 mil pessoas convivam com o vírus C da hepatite e ainda não sabem.
Foram notificados ainda 2.149 casos de hepatite A no Brasil. A transmissão mais comum desse tipo da doença é pela água e alimentos contaminados. O tratamento geralmente evolui para cura.
Também foram registrados 13.992 casos de hepatite B, que pode ser transmitida pelo contato com sangue contaminado, sexo desprotegido, compartilhamento de objetos cortantes e de uso pessoal e pode também ser transmitida de mãe para filho.
Já a hepatite D foi registrada em 145 pacientes. A infecção ocorre quando a pessoa já contraiu o vírus tipo B.
Os sintomas da hepatite D são silenciosos e a doença é combatida por meio da vacina contra a hepatite B que também protege contra a D.
Combate
Nas vésperas do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, dia 28 de julho, o Ministério da Saúde alerta para a importância do diagnóstico e tratamento da doença.
“Estamos garantindo prevenção, por meio de vacinas, e diagnóstico, com oferta de testes, além de tratamento medicamentoso. É muito importante que as pessoas acima de 40 anos procurem a unidade de saúde mais próxima para realizar testagem e se imunizar contra a hepatite B e que os pais vacinem as crianças contra hepatite A. Assim, conseguiremos tratar ainda mais pessoas e eliminar a sombra da hepatite do Brasil”, diz, em nota, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Em 2018, o Ministério da Saúde distribuiu 25 milhões de testes de hepatite B e C. Para 2019, com o fortalecimento das ações de diagnóstico e ampliação do tratamento, a expectativa é que esse número seja superado.
Além dos testes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacina contra a hepatite A para menores de 5 anos e grupos de risco. Disponibiliza também vacina contra a hepatite B para todas as faixas etárias. Esta vacina também protege contra a hepatite D.
Eliminação da hepatite C
O Brasil tem como meta eliminar a hepatite C até 2030. Para isso, nos últimos três anos, foram disponibilizados pelo SUS 100 mil tratamentos para hepatite C.
Neste ano, foram entregues 24 mil tratamentos para a doença. Até o início de agosto, de acordo com o Ministério da Saúde, serão entregues outros 5 mil tratamentos.
Em 2019, o Ministério da Saúde adquiriu 42.947 tratamentos sofosbuvir/ledipasvir e sofosbuvir/velpatasvir. Outros 7 mil tratamentos estão em processo de aquisição.
De acordo com a pasta, todas as pessoas diagnosticadas com hepatite C têm a garantia de acesso ao tratamento, independente do dano no fígado, assegurando universalização do acesso previsto desde março de 2018. Essa ação, segundo o ministério, coloca o Brasil como protagonista mundial no combate a hepatite C.
Agência Brasil
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