Junho 15, 2025
Arimatea

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O presidente Lula falou à imprensa nesta quinta-feira (5), em Paris, após se reunir com o presidente da França, Emmanuel Macron.

Ao abrir o discurso, Lula afirmou que Macron o recebeu "com a hospitalidade que somente um grande amigo pode oferecer".

Ao mesmo tempo, cobrou publicamente o apoio da França ao acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Os franceses vêm adotando uma postura protecionista para resguardar seus produtores rurais, o que tem atrasado a implementação do acordo.

"Eu assumirei a presidência do Mercosul no próximo dia 6. Eu quero lhe comunicar que não deixaria a presidência do Mercosul sem concluir o acordo com a União Europeia. Portanto, meu caro, abra o seu coração para a possibilidade de fazer esse acordo com o nosso querido Mercosul", disse.

"Esta é a melhor resposta que nossas regiões podem dar diante do cenário de incertezas criado pelo retorno do unilateralismo e protecionismo tarifário", adicionou.

Lula afirmou que os dados da balança comercial atual mostram que Brasil e França regrediram em relação ao patamar de trocas registrado em 2012 – data da última visita de um presidente brasileiro (Dilma Rousseff, à época) à França.

"Não é possível que os valores registrados em 2024, 9 bilhões de dólares, sejam inferiores aos registrados em 2012. Significa que, no comércio, demos um passo atrás e é preciso agora dar dois passos à frente, como se estivesse dançando um bom bolero latino-americano", disse.

Troca de gentilezas
Questionados sobre o impasse no acordo, Lula e Macron adotaram um tom cordial nas respostas – mas incluíram provocações e convites para rediscutir termos que ainda dividem os dois países em relação ao tema.

O que disse Macron
"Este acordo, neste momento estratégico, é bom para muitos setores, mas comporta um risco para os agricultores europeus."

"Porque a Europa, por princípios que o presidente Lula e seu governo compartilham – a ecologia, reduzir a emissão de CO2, proteger a biodiversidade. Por essas razões, proibimos os nossos agricultores de utilizar esses agrotóxicos, por exemplo. Os países no Mercosul não estão no mesmo nível de regulamentação. Não é uma discrepância de qualidade, mas de regulamentação", afirmou Macron.

"Como eu vou explicar aos agricultores que, no momento em que exijo que respeitem as normas, eu abro o mercado para produtos que não respeitem as normas? Isso é injusto, e não é a visão do presidente Lula. Temos que melhorar, aprimorar o acordo, trabalhar para ter cláusulas salvaguardas e espelho", completou.

O que disse Lula
Em seguida, ao responder à mesma pergunta de um jornalista francês, Lula disse que "não está difícil fazer o acordo" – e que o Brasil quer continuar a importar vinhos e queijos franceses, por exemplo.

"Pode ter no mundo alguém preocupado com o meio ambiente igual ao meu governo, mas não tem ninguém melhor. Pode ter alguém com uma ministra que apanha todo dia da imprensa por tentar cuidar do nosso país, mas não tem melhor que a nossa Marina."

"O que não pode é um bloqueio. Vamos colocar as nossas cooperativas para conversar com as cooperativas francesas."

"Não queremos voltar ao protecionismo. Nos anos 1980, me convenceram que era preciso ter livre comércio e globalização, eu era contra. Aí depois que o Brasil entra, os que propuseram não querem mais? Por que nós ficamos competitivos? Isso não vale", disse Lula.

"Eu deixarei a presidência do Mercosul com o acordo União Europeia-Mercosul firmado, com o companheiro Macron participando da assinatura para que seja uma boa fotografia", afirmou.

"Se precisar, eu venho conversar com os agricultores franceses para mostrar que eles vão ganhar com o acordo. [...] É preciso saber quem é que não quer o acordo", completou o presidente.

Outros temas
Ao longo do discurso, Lula exaltou as parcerias de Brasil e França em temas como a proteção ambiental e a produção de aeronaves e submarinos.

"Como vizinhos que compartilham extensa fronteira amazônica, apostamos nos benefícios da integração. É importante, presidente Macron, que o povo francês saiba que a maior fronteira da França com qualquer outro país não se dá na Europa, se dá com a América do Sul e com o Brasil. A França deveria ter orgulho de dizer que a maior fronteira dela é no território amazônico", disse Lula.

O brasileiro também citou os esforços conjuntos Brasil-França na produção de helicópteros – que, segundo Lula, podem reforçar a atuação das polícias no combate ao crime organizado.

"Estamos discutindo uma nova encomenda de aeronaves, porque o governo brasileiro precisa combater de forma muito eficaz o narcotráfico. Precisa combater com mais eficácia o garimpo ilegal, os madeireiros ilegais e tudo que for ilícito no nosso país", afirmou.

"Um território como o Brasil, que tem as florestas que nós temos, não pode se dar ao luxo de não ter os helicópteros necessários para que a gente faça o nosso trabalho bem feito", emendou.

No discurso, Lula também retomou temas que vêm marcando sua participação em fóruns multilaterais e em visitas oficiais de Estado – como o pedido de maiores aportes dos países ricos para financiar ações contra as mudanças climáticas, a crítica às guerras em Gaza e na Ucrânia e a defesa de uma reforma da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Não é possível destruir coisas que foram construídas com muita força depois da Segunda Guerra Mundial e tentar voltar ao protecionismo, ao unilateralismo e à fraqueza da democracia que estamos vivendo hoje no mundo. É impressionante o crescimento do negacionismo, do radicalismo de extrema direita", disse.

A agenda de Lula na França também inclui uma reunião com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e um encontro com a comunidade brasileira.

Durante a visita à França, o presidente ainda participará da Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, em Nice, e visitará a Interpol em Lyon. A Interpol é atualmente comandada pelo brasileiro Valdecy Urquiza, delegado da Polícia Federal.

"A organização é chave nos esforços multilaterais para o enfrentamento a ilícitos transnacionais, em especial o narcotráfico e a exploração de crianças e adolescentes", disse Lula.

Macron cita Amazônia, guerras e Haiti
Macron destacou que a crise climática preocupa – e reafirmou que estará em Belém para a COP 30.

Segundo o presidente francês, antes da conferência, é possível reunir líderes africanos para tentar alinhar posições que serão apresentadas na COP.

Macron lembrou que a França também tem território coberto pela Floresta Amazônica (Guiana Francesa) e falou sobre a importância de preservar esse ecossistema.

O presidente francês ainda citou que discutiu com Lula crises pelo mundo, como a guerra na Ucrânia, no Oriente Médio e a situação do Haiti.

Macron também defendeu intensificar a relação comercial entre Brasil e França. "Temos uma relação que queremos intensificar mais ainda", disse.

g1
Portal Santo André em Foco

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (5) na investigação sobre a conduta do filho dele Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. O deputado federal licenciado é investigado por supostas ações cometidas fora do Brasil contra autoridades brasileiras.

Bolsonaro deve ser questionado por afirmar que banca os gastos do filho em território norte-americano. Esse financiamento viria, segundo Bolsonaro, de doações feitas via Pix por apoiadores.

Eduardo tem afirmado publicamente que busca junto ao Governo dos Estados Unidos a imposição de sanções contra membros do STF (Supremo Tribunal Federal), da PGR (Procuradoria-Geral da República) e da Polícia Federal por considerar que há uma perseguição política a contra ele e o pai.

O deputado é investigado por coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

A investigação foi aberta a pedido da PGR, que disse que as ações de Eduardo nos EUA buscam intimidar autoridades envolvidas em processos contra Jair Bolsonaro e aliados, o que configuraria tentativa de obstrução judicial e interferência em outros Poderes.

Depoimento de líder do PT
O requerimento da investigação sobre Eduardo foi apresentado à PGR pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele foi ouvido pela Polícia Federal nesta semana. Durante o depoimento, pediu à PF que o ex-presidente também seja investigado no caso.

Segundo Farias, Bolsonaro tenta “sabotar, obstruir ou interferir diretamente nas funções típicas do Poder Judiciário brasileiro”, em especial na ação penal em que o ex-presidente é réu por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O líder do PT considera que o ex-presidente é “responsável pela captação de recursos via campanha massiva de doações por Pix, sob a justificativa de custear despesas jurídicas e pagar multas, mas com desvio de finalidade declarado, segundo suas próprias palavras, para manter Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e financiar a campanha estrangeira de ataque contra o STF”.

O deputado também pediu o bloqueio imediato das contas de Jair Bolsonaro para interromper possível coautoria material e financeira nos delitos em apuração, diante do risco de dissipação de recursos.

Outra solicitação do petista foi para que Bolsonaro tenha os sigilos bancário e fiscal derrubados para rastrear valores enviados ao exterior com indícios de desvio de finalidade na arrecadação por Pix para supostamente financiar ataques ao sistema de Justiça brasileiro.

R7
Portal Santo André em Foco

Mais de 300 mil aposentados e pensionistas do INSS já procuraram os Correios desde a última sexta-feira (30) por conta dos descontos indevidos em seus benefícios. A última atualização dos números foi às 18h da última terça-feira (3).

Em nota oficial, no entanto, os Correios destacam que o foco do atendimento é para aqueles que tiveram descontos associativos de seus benefícios e que as solicitações relacionadas a empréstimos autorizados são de responsabilidade do INSS.

Entenda mais abaixo o que os beneficiários podem fazer nas agências dos Correios e veja o calendário de pagamentos.

No total, são mais de 5 mil agências que oferecem atendimento presencial, que foi pensado especialmente para quem tem dificuldade com canais digitais como o aplicativo "Meu INSS" ou a central telefônica 135.

O que os beneficiários podem fazer nas agências dos Correios?

  • Consultar se houve algum desconto no seu benefício;
  • Contestar descontos não autorizados;
  • Confirmar se algum desconto foi autorizado;
  • Acompanhar o resultado da contestação (após 15 dias úteis);
  • Analisar documentos enviados por associações;
  • Receber protocolo de atendimento com orientações para continuar acompanhando pelo 135 ou pelo aplicativo Meu INSS.

Quando vou receber?
Os valores começaram a ser devolvidos pelo INSS no último 26 de maio e os pagamentos devem se estender até sexta-feira, 6 de junho.

Segundo o instituto, a devolução será feita junto ao pagamento regular dos benefícios. Ao todo, serão reembolsados R$ 292 milhões aos beneficiários.

g1
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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta quarta-feira (4) que o governo suspendeu temporariamente a produção de refrigerantes de uma unidade da Solar, segunda maior fabricante dos produtos da Coca-Cola no Brasil, segundo a empresa.

A empresa tem várias unidades pelo país, mas apenas uma fábrica em Maracanaú (CE) foi paralisada.

Segundo Fávaro, foram identificados componentes do refrigerante, como a cafeína, no líquido de resfriamento, composto por etanol (álcool) alimentício.

Mas o ministério quer saber se o inverso ocorreu, ou seja, se há etanol (álcool) alimentício dentro do refrigerante. E, por isso, decidiu paralisar a fabricação.

Segundo Fávaro, caso seja confirmada a contaminação, não existe risco para a saúde, mas uma questão comercial, uma vez que refrigerantes não contêm álcool.

"Esta empresa usa o etanol alimentício e água no processo de resfriamento. Se tiver a presença de etanol alimentício [no refrigerante] não pode comercializar. Mas, se por acaso alguém consumir, não vai morrer", disse o ministro.

"Se tiver etanol alimentício, aí virou uma Cuba-libre", brincou Fávaro.

Segundo Fávaro, a empresa começou o processo de verificação nesta manhã. Cerca de 9 milhões de litros de refrigerante foram encaminhados para análise laboratorial.

A expectativa do ministério é de que o processo de investigação termine ainda nesta quarta-feira (4).

A Solar informou a que a pausa na produção foi realizada preventivamente. "Estamos conduzindo testes rigorosos para comprovar a total segurança de nossos produtos", diz a empresa, em nota. "A Solar segue rigorosos protocolos de controle sanitário e de qualidade, reafirmando seu compromisso com altos padrões internacionais de produção, segurança alimentar em todas as etapas."

"Reiteramos que nossos produtos são 100% seguros, sem qualquer risco para os consumidores", completa a Solar.

g1
Portal Santo André em Foco

Um acidente de trânsito entre uma caminhonete e um carro deixou uma mulher morta e um homem ferido, na noite da terça-feira (3), na rodovia PB-400, entre as cidades de Conceição e Bonito de Santa Fé, no Sertão da Paraíba.

De acordo com a Polícia Militar, no carro estavam o motorista, um idoso de 73 anos, e a esposa dele, de 72 anos. Os dois foram socorridos e encaminhados para o Hospital de Conceição, mas a mulher não resistiu e morreu ainda a caminho.

O motorista foi atendido e passou por exame do bafômetro, que mostrou um nível de álcool acima do limite permitido. O homem foi autuado, preso e aguarda audiência de custódia. Segundo a PM, o motorista da caminhonete não teve ferimentos graves.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que está levantando informações sobre a perícia no local. A principal suspeita é de que o carro onde o casal de idosos estava tenha invadido a pista na contramão na PB-400 e batido de frente com a caminhonete.

g1 PB
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Uma operação contra o tráfico de drogas foi feita pelo Polícia Civil em Alagoa Grande, município do Brejo da Paraíba, nesta quarta-feira (4).

Chamada de “Operação Alforria”, a ação policial cumpriu oito mandados de busca domiciliar. Além disso, resultou na apreensão de veículos roubados, dinheiro em espécie e materiais relacionados aos crimes cometidos por uma associação criminosa com atuação na região.

De acordo com a Polícia Civil, os alvos investigados são envolvidos em atividades ligadas ao tráfico de drogas e a crimes violentos, com uso de grave ameaça.

De acordo com a Polícia Civil, novas ações devem ser feitas para aprofundar a apuração sobre os crimes atribuídos ao grupo.

O material apreendido foi levado para a 8ª Delegacia Seccional de Polícia Civil em Guarabira. Por enquanto, não houve presos.

g1 PB
Portal Santo André em Foco

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu nesta quarta-feira (4) uma resposta ao ataque surpresa de drones da Ucrânia a aviões de guerra russos, afirmou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A fala ocorreu durante uma conversa telefônica entre Trump e Putin, ocorrida no início da tarde desta quarta, no horário de Brasília, segundo o presidente americano.

Batizado de "Operação Teia de Aranha", o ataque ucraniano de drones atingiu 41 aviões bombardeiros da Rússia em cinco bases militares diferentes no domingo (1º). O ataque, considerado audacioso pelos ucranianos e humilhante para a Rússia, foi comemorado pela Ucrânia e causou danos irreparáveis ao arsenal aéreo do rival. Leia mais sobre o ataque abaixo.

"Acabei de falar, por telefone, com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. (...) Discutimos o ataque aos aviões atracados da Rússia, realizado pela Ucrânia, e também vários outros ataques que vêm ocorrendo de ambos os lados. Foi uma boa conversa, mas não uma conversa que leve a uma paz imediata. O presidente Putin afirmou, e com muita veemência, que terá que responder ao ataque recente aos aeródromos", afirmou Trump em publicação em sua rede social Truth Social.

Trump deixou claro que, baseado em sua conversa com o líder russo, não vê a paz na guerra da Ucrânia em um futuro próximo.

O teor da conversa acende um alerta para Kiev, já que os EUA são aliados dos ucranianos — apesar de as relações entre as duas partes se encontrarem abaladas desde o retorno de Trump à Casa Branca.

A ligação entre eles ocorreu após uma reunião de alto escalão do governo russo, em que Putin colocou em dúvida as negociações de paz e disse que a Ucrânia não está buscando a paz.

Operação Teia de Aranha
A Ucrânia destruiu mais de 40 aviões com capacidade nuclear na Sibéria no domingo (1º). A operação, chamada de Teia de Aranha, pareceu tirada de um roteiro de ação de Hollywood, com drones saindo de compartimentos escondidos em contêineres.

O serviço secreto ucraniano escondeu drones dentro de contêiners de caminhões, que circularam disfarçados por diversos pontos do território russo, até a proximidade das bases, de onde os drones voaram despercebidos e destruíram mais de 40 aviões com capacidade nuclear, cerca de um terço da frota militar aérea russa.

O ataque surpreendeu pelo local, a mais de 4.000 km do front da guerra, e o método de ação, que usou caminhões para levar contêineres com drones e explosivos escondidos no teto.

As autoridades russas foram pegas de surpresa pela Ucrânia. A Rússia considerou os ataques como um ato terrorista.

O presidente Volodimyr Zelensky considerou a operação como "brilhante" e "nossa operação de maior alcance".

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os drones danificaram aviões e causaram incêndios em quatro bases aéreas da região de Irkutsk, a 4.300 km da Ucrânia e próximo da Mongólia, e em cidades do norte russo, como Murmansk.

Onde ocorreu a operação?
Essa distância vai além do alcance de drones de ataque de longo alcance ou mísseis balísticos do arsenal ucraniano e precisou de um esquema especial para levar os drones até os alvos.

A Rússia disse ainda que conseguiu reprimir ataques na região de Amur, no extremo leste do país, e em Ivanovo e Ryazan, no oeste.

Como foram feitos os ataques?
A operação Teia de Aranha transportou os drones por caminhões para o território russo, escondidos no teto de contêineres.

Os drones estavam armados com explosivos e foram colocados entre painéis de madeira no teto de contêineres.

Antes do ataque, esses contêineres foram levados de caminhão ao perímetro das bases aéreas.

Na hora do ataque, o topo dos contêineres foi levantado por um mecanismo remoto, permitindo aos drones voar e iniciar o ataque.

Quais aeronaves foram atingidas?
Até o momento, as informações das agências de notícias citam que foram atingidos 41 aviões estacionados em diversos campos aéreos. A lista inclui bombardeiros A-50, Tu-95 e Tu-22M.

Moscou já usou o Tupolev Tu-95 e Tu-22, bombardeiros de longo alcance, para lançar mísseis contra a Ucrânia. Os A-50 são usados para coordenar alvos e detectar defesas aéreas e mísseis guiados.

Diferentemente de mísseis, que podem ser substituídos com facilidade, os aviões não devem ser repostos tão cedo pela Rússia.

Segundo o jornal "Financial Times", citando a inteligência ucraniana, os ataques causaram mais de US$ 7 bilhões em danos e que 34% da frota de aeronaves estratégicas de transportes de mísseis foi atingida.

Quanto tempo levou o planejamento da missão?

A operação Teia de Aranha levou um ano e meio entre planejamento e ação e foi supervisionada pelo presidente Volodimyr Zelensky e por Vasyl Maliuk, chefe da agência de inteligência doméstica (SBU).

O governo ucraniano informou que os Estados Unidos não foram avisados previamente da operação Teia de Aranha.

g1
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O montanhista e fotógrafo brasileiro Edson Vandeira, de 36 anos, está desaparecido desde domingo (1°), quando deveria ter voltado ao local onde estava acampado. Edson subiu o Nevado Artesonraju, pico de 6.025 metros localizado na Cordilheira Blanca, no Peru, na quinta-feira (29).

Além do brasileiro, outros dois montanhistas peruanos, Pretel Alonzo Homer Efraín, 34 anos, e Picón Huerta Jesús Manuel, 31 anos, também estão desaparecidos. Uma equipe de guias na montanha fazem buscas pelo trio.

Inicialmente, amigos afirmaram que o fotógrafo tinha nascido em Campo Grande. No entanto, Edson nasceu em Suzano (SP), de acordo com a família do fotógrafo. Ele morou em Mato Grosso do Sul por dois anos, período em que cobriu as queimadas no Pantanal em 2020.

O presidente da Associação de Guias de Montanha do Peru, Beto Pinto Toledo, confirmou o desaparecimento de três montanhistas. Segundo Toledo, o trio foi dado como desaparecido quando não retornou a um acampamento base ao longo da rota de escalada para passar a noite.

O presidente da associação informou que equipes especializadas do Departamento de Resgate em Alta Montanha (DEPSAN) do Peru atuam nas buscas, que foram intensificadas na região com uso de drones e apoio de montanhistas experientes.

“Solicitamos urgentemente o apoio do Governo Central e do Ministério do Interior para o uso de um helicóptero, essencial para continuar as buscas em uma área de difícil acesso. Compartilhamos imagens do árduo trabalho que está sendo realizado. Cada segundo conta. Agradecemos sua solidariedade e pedimos que compartilhem esta publicação para unir forças neste momento crítico”, informou nas redes sociais.

O trio tinha como objetivo completar uma rota técnica ao cume da montanha, localizada dentro do Parque Nacional Huascarán, uma das áreas de montanhismo mais desafiadoras dos Andes.

Montanhista e fotógrafo brasileiro
Edson fazia parte de uma expedição junto ao Centro de Estudos de Alta Montanha (CEAM).

Gustavo Figueirôa, que é amigo de Edson, conversou com o g1 e informou que está preocupado. Os dois se conheceram no Pantanal há 4 anos e desde então ficaram amigos. “Essa notícia me abalou bastante. Estou bem preocupado com ele”.

Nas redes sociais, outros amigos compartilharam que o resgate no local é complexo.

“Equipes de resgate estão sendo mobilizadas com urgência, envolvendo montanhistas locais, guias, policiais, amigos e familiares. Porém, o resgate em alta montanha é extremamente complexo, demanda logística intensa, equipamentos específicos, alimentação, deslocamentos em altitude e muito comprometimento humano e técnico”.

Explica ainda que estão tentando arrecadar valores para cobrir custos operacionais do resgate e deslocamento dos familiares até o Peru. “Cada minuto é precioso. Seguimos com esperança e unidos por um propósito maior: trazer nossos amigos de volta”.

g1
Portal Santo André em Foco

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou de "ultimato" a proposta de paz feita pela Rússia e que as condições impostas pelo rival para o fim da guerra são inviáveis. O presidente russo, Vladimir Putin, acusou os ucranianos de não querer paz e promover o terror, em referência a ataques recentes em solo russo.

Os termos da Rússia para terminar a guerra, que completou três anos em fevereiro deste ano, foram apresentados em memorando de paz entregue à delegação ucraniana durante negociações diretas na segunda-feira. Entre eles está a exigência de incorporar as regiões ocupado pelas tropas russas, que somam 20% do território ucraniano (veja abaixo). As condições russas não são novas, e já foram consideradas inaceitáveis anteriormente.

Em coletiva de imprensa durante evento da Otan nesta quarta-feira (4), Zelensky propôs um cessar-fogo completo até que uma eventual reunião com Putin aconteça, e disse estar pronto para o encontro a qualquer momento. Ele disse também que novos encontros diretos para negociar o fim do conflito sem a presença dos presidentes não teriam sentido.

Em evento da alta cúpula russa também nesta quarta-feira, Putin acusou a Ucrânia de não querer a paz e questionou a possibilidade do sucesso das negociações pelo fim do conflito diante dos ataques ucranianos na Rússia nos últimos dias.

Putin se referia a três ataques, o audacioso ataque surpresa de drones contra aviões de guerra, um bombardeio a linhas ferroviárias em Kursk e a explosão de parte da ponte da Crimeia —os dois primeiros foram chamados por autoridades russas de "ataques terroristas".

"Quem sequer negociaria com quem aposta no terror?", questionou o presidente russo. A Rússia é acusada de reiterados ataque diários a estruturas civis em cidades ucranianas de diversas regiões.

O chefe da delegação russa nas negociações diretas, Vladimir Medinsky, participou do evento e afirmou que uma reunião entre os chefes de Estado é possível e deveria começara a ser planejada. Medinsky disse ainda que a Ucrânia busca um cessar-fogo incondicional de 30 a 60 dias no conflito, e que Zelensky recusou uma trégua parcial de dois a três dias na linha de frente.

Zelensky disse ainda que o país não recebeu resposta da versão ucraniana do memorando entregue pelos russos, e que metade dos 41 aviões danificados pelo ataque de drones não poderão ser reparados.

Exigências russas pelo fim da guerra
A Rússia manteve exigências já apresentadas anteriormente para que haja um cessar-fogo na guerra da Ucrânia, informaram agências estatais russas nesta segunda-feira (2). A anexação de 20% do território ucraniano está entre os requisitos que constam no memorando de paz entregue pelos russos aos ucranianos.

A proposta foi apresentada durante uma segunda rodada de negociações diretas entre delegações dos dois países, realizada em Istambul, na Turquia. A Ucrânia já havia rejeitado essas condições em encontros anteriores.

Segundo as agências estatais russas Tass, Interfax e RIA Novosti, as condições russas para um cessar-fogo definitivo no conflito delineadas no memorando são as seguintes:

Reconhecimento da Crimeia, Lugansk, Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson, regiões ocupadas atualmente pelas tropas russas e que correspondem a 20% do território da Ucrânia, como território da Rússia;

Retirada completa das tropas ucranianas desses territórios;

Interrupção de fornecimento de armas e de inteligência do Ocidente à Ucrânia;

Realização de eleições na Ucrânia;

Limitação do Exército ucraniano, tanto na quantidade de tropas quanto de armas;

Proibição da Ucrânia de ter armas nucleares e de abrigar esses armamentos em seu território.

Até a última atualização desta reportagem, as agências russas não mencionaram a proibição da entrada da Ucrânia na Otan (Aliança Militar do Atlântico Norte) entre as exigências do Kremlin para a trégua.

Caso as exigências russas sejam cumpridas, o memorando prevê a assinatura de um acordo de paz, a extinção de todas as sanções econômicas existentes entre os dois países e a restauração das relações econômicas com a Ucrânia, incluindo o fornecimento de gás.

Troca de prisioneiros e ofensiva inédita
O encontro em Istambul ocorreu um dia após um ataque inédito da Ucrânia em solo russo. Drones escondidos em caminhões atingiram bases militares e destruíram ao menos 40 aviões de guerra, segundo Kiev. Também no domingo, a Rússia lançou 472 drones contra cidades ucranianas — o maior bombardeio do tipo desde o início do conflito.

Apesar do cenário tenso, os dois países concordaram com uma nova troca de prisioneiros de guerra. A medida prevê a liberação de todos os capturados com até 25 anos, gravemente feridos ou doentes, além da devolução de 6 mil corpos de soldados de cada lado.

Líder da delegação ucraniana, o ministro da Defesa, Rustem Umerov, disse que seu governo irá analisá-lo em até uma semana.

O chefe da delegação russa, Vladimir Medinski, disse que recebeu também uma versão ucraniana do memorando, o que não foi confirmado por autoridades de Kiev.

Segundo Umerov, da Ucrânia, os dois países concordaram em voltar a se reunir no fim de junho para uma 3ª rodada de negociações.

Zelensky confirmou as tratativas pela nova troca de prisioneiros de guerra, e seu chefe de gabinete disse que a Ucrânia entregou à Rússia uma lista de crianças ucranianas deportadas pedindo que fossem devolvidas.

Era esperado um clima de tensão extra nesta rodada de negociações por conta de ataques inéditos por ambas as partes nas últimas horas:

A Ucrânia fez no domingo (1º) um ataque inédito na Rússia, em que drones escondidos em caminhões destruíram mais de 40 aviões de guerra russos — quase um terço da frota — em diversas bases militares do país;

Já a Rússia quebrou um recorde também no domingo: fez o maior bombardeio de drones da guerra até o momento, com 472 projéteis lançados contra o território ucraniano.

O ataque da Ucrânia em território russo atingiu quatro bases militares espalhadas pelo país e em regiões bem distantes da fronteira entre os dois países — incluindo a Sibéria. Na ofensiva, foram danificados caças russos estratégicos, segundo o Serviço de Segurança Ucranianos (SBU).

As negociações diretas entre Ucrânia e Rússia pelo fim da guerra tiveram início em 16 de maio, em uma rodada de conversas cercada de polêmicas e com poucos resultados. Nesse primeiro encontro, também em Istambul, os países se comprometeram apenas com uma troca de 1.000 prisioneiros de guerra de cada lado.

O novo ciclo de negociações ocorreu no Palácio de Ciragan, em Istambul. Os representantes russos chegaram no domingo e a delegação ucraniana na manhã de segunda-feira.

O chefe da diplomacia russa, Sergey Lavrov, conversou no domingo por telefone com seu homólogo norte-americano, Marco Rubio, sobre as negociações, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Garantias de segurança
As partes estão muito longe de um acordo, seja uma trégua ou uma solução de longo prazo.

As prioridades da Ucrânia são "um cessar-fogo completo e incondicional" e o "retorno dos prisioneiros" e das crianças ucranianas que, segundo Kiev, Moscou levou para seu território, afirmou Zelensky no domingo.

O chefe de Estado ucraniano também deseja uma reunião direta com seu homólogo russo, uma proposta que o Kremlin rejeitou diversas vezes.

Moscou descarta o "cessar-fogo incondicional" exigido por Kiev e seus aliados ocidentais. O Kremlin insiste que é necessário resolver o que chama de "causas profundas" do conflito.

A Rússia exige que a Ucrânia renuncie de forma definitiva ao processo de adesão à Otan e que entregue as cinco regiões das quais reivindica a anexação.

As condições são inaceitáveis para Kiev, que exige uma retirada total das tropas russas de seu território.

A Ucrânia também quer garantias de segurança concretas, apoiadas por seus aliados, como a proteção da Otan e a presença de tropas ocidentais em seu território, o que a Rússia não aceita.

A guerra continua
O conflito, que começou há mais de três anos, em fevereiro de 2022, provocou dezenas de milhares de mortes entre civis e militares dos dois lados.

O principal negociador russo em Istambul é Vladimir Medinski, o conselheiro ideológico de Putin que liderou as negociações fracassadas de 2022 e que questiona a existência da Ucrânia.

A delegação ucraniana é liderada pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov, considerado um bom negociador, apesar dos vários escândalos que afetam seu ministério.

A Ucrânia informou no domingo que atingiu quase 50 aviões militares russos e reivindicou danos avaliados em quase 7 bilhões de dólares.

O ataque, em território russo a milhares de quilômetros de distância da linha de frente, foi executado com drones introduzidos clandestinamente na Rússia e posteriormente lançados contra suas bases militares.

As consequências para as capacidades militares russas são difíceis de quantificar, mas o ataque tem uma forte carga simbólica no contexto das negociações.

g1
Portal Santo André em Foco

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o presidente da China, Xi Jinping, em um post em sua rede Truth Social nesta quarta-feira (4).

O republicano, que está vivendo um cabo de guerra com Pequim desde que anunciou em abril um 'tarifaço' que atingiu vários países, mas principalmente a China, fechou um acordo temporário com o governo chinês no dia 12 de maio.

Representantes dos EUA e China concordaram em reduzir, por 90 dias, as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas de 145% para 30%, e as da China sobre os produtos americanos de 125% para 10%.

No entanto, parece que as negociações estão mais difíceis do que o presidente americano esperava. Na segunda-feira (2), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Trump iria falar com Xi esta semana.

"Gosto do presidente Xi da China. Sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é muito duro e extremamente difícil de fazer um acordo", afirmou Trump.

Há cinco dias, tom foi de acusação
A declaração desta quarta-feira vem cinco dias após Trump acusar a China de violar o acordo sobre as tarifas. Na sexta-feira (30), também na rede social, ele escreveu:

"A má notícia é que a China, talvez sem surpresa para alguns, VIOLOU TOTALMENTE SEU ACORDO CONOSCO".

Alvo de muitas críticas, mesmo de aliados por causa de seu pacote de tarifas, Trump ainda disse que só fechou o acordo para ajudar a China. De acordo com ele, tudo ocorreu para "salvá-los" de grave perigo econômico.

"Há duas semanas, a China corria grave perigo econômico! As tarifas altíssimas que estabeleci tornaram praticamente impossível para a China vender no mercado dos Estados Unidos, que é, de longe, o número um do mundo. Muitas fábricas fecharam e houve, para dizer o mínimo, 'agitação civil'. Eu vi o que estava acontecendo e não gostei. Para eles, não para nós. Fiz um acordo rápido com a China para salvá-los do que eu pensava que seria uma situação muito ruim, e eu não queria que isso acontecesse", escreveu.

Algumas horas depois do post do presidente americano, a China se pronunciou através de um comunicado divulgado por sua embaixada em Washington. Pediu que os Estados Unidos acabem com as "restrições discriminatórias" contra Pequim e que os dois lados "mantenham conjuntamente o consenso alcançado nas negociações de alto nível em Genebra".

"Desde as negociações econômicas e comerciais entre a China e os EUA em Genebra, ambos os lados têm mantido comunicação sobre suas respectivas preocupações nos campos econômico e comercial em várias ocasiões bilaterais e multilaterais em vários níveis", disse o porta-voz da embaixada, Liu Pengyu.

Saiba mais sobre acordo

Os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir temporariamente as chamadas "tarifas recíprocas" entre os dois países durante 90 dias, no dia 12 de maio, após representantes das duas potências se encontrarem em Genebra, na Suíça.

  • As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas caíram de 145% para 30%.
  • As taxas da China sobre os produtos americanos foram reduzidas de 125% para 10%.

Em coletiva de imprensa após o anúncio do acordo, Trump disse que não esperava que as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas retornassem a 145% após o fim da pausa de 90 dias, e que acreditava que Washington e Pequim chegarão a um acordo definitivo.

O republicano também afirmou que a China já concordou em abrir o mercado para os EUA, mas que isso "levará um tempo para ser colocado no papel".

Trump destacou ainda que, além dos acordos sobre tarifas já firmados com a China e com o Reino Unido, muitos outros "estão a caminho".

Relembre a guerra tarifária entre China e EUA
A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril.

A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente.

Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas.

Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%.

A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim".

Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses.

A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA.

No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção.

O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%.

Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%.

Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.

g1
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