Mai 13, 2025
Arimatea

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O presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto de lei que estende até 30 de novembro o prazo para a migração de servidores públicos federais ao regime de Previdência Complementar, mudança que, segundo as novas regras, será “irrevogável e irretratável”, segundo informou a Secretaria-Geral da Presidência da República.

“Significativas alterações foram feitas para a concessão de aposentadoria, tendo em vista a necessidade de sustentabilidade do crescimento das despesas com os benefícios previdenciários diante do envelhecimento populacional”, informou, em nota, a secretaria ao destacar a “necessidade de adequar a legislação infraconstitucional a essas inovações constitucionais”.

Servidores interessados em aderir à Previdência Complementar precisam assinar o termo de adesão até 30 de novembro. “A sanção da norma possibilitará aos servidores a opção (nada é compulsório) pela alteração na sistemática de aposentadoria dentro de padrões que mantêm a sustentabilidade da Previdência”, complementa a nota.

Base de cálculo
A alteração na legislação tributária, segundo a Presidência, é “destinada a afastar qualquer dúvida sobre a manutenção da retirada da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) das contribuições para a Funpresp [Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal], mesmo após as recentes alterações constitucionais e legais”.

A migração do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) para o Regime de Previdência Complementar (RPC) é “irrevogável e irretratável” e dispensa a União de pagar contrapartidas por descontos já efetuados acima dos limites do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Podem participar do RPC servidores que ingressaram no serviço público a partir de 2013, recebem acima do teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e fizeram essa opção, além dos que migraram de regime, independentemente da data de ingresso.

A nova lei também altera a natureza jurídica das fundações de Previdência Complementar. Elas passam a ser estruturadas com personalidade jurídica de direito privado. Em vez da Lei de Licitações e Contratos, passam a seguir as regras das sociedades de economia mista.

Uma das consequências imediatas é o fim do limite salarial dos dirigentes da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp). Antes da MP 1.119, os salários eram limitados ao teto de ministro do Supremo Tribunal Federal (R$ 39.293,32).

Agência Brasil
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou na terça-feira (25) que o projeto que reabre o prazo de adesão ao programa de repatriação de recursos não declarados retornará a pauta de votação do Plenário no início de novembro. De autoria do próprio Pacheco, o PL 798/2021 se soma a outras iniciativas já aprovadas pela Casa destinadas ao pagamento do piso nacional da enfermagem. 

— Já na próxima semana, na reunião de líderes, nós vamos fazer uma programação em que esse projeto estará já, na primeira quinzena de novembro, acredito eu, sendo apreciado pelo Senado Federal para que possa ser um dos pilares das fontes de custeio para a fixação definitiva do piso nacional da enfermagem — afirmou durante sessão em Plenário. 

A matéria recebeu parecer favorável do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), e chegou a ser incluída na pauta de votações do dia 6 de outubro. No entanto, alguns senadores defendem mudanças no texto antes de ser levado para análise final em Plenário. O líder do governo, senador Carlos Portinho (PL-RJ), argumentou que a norma precisa ser atrativa. 

— A minha preocupação é que nós não reeditássemos o igual texto do segundo projeto de repatriação, porque ele não foi atrativo, ao contrário do primeiro projeto, que trouxe milhões [de reais] de divisas de volta para o nosso país e gerou, com a arrecadação de impostos e recursos. O segundo [projeto] não foi atrativo para chamar esses recursos de volta para o país. E eu estou preocupado, porque o que queremos aqui é que os recursos que estão lá fora venham, que sejam pagos os impostos e que esses impostos revertam para estados e municípios poderem honrar o compromisso justo que nós aqui acordamos com a enfermagem em geral do nosso país — explicou. 

O programa de repatriação de recursos foi criado em 2016 (Lei 13.254, de 2016) e, até o fim de 2017, trouxe de volta ao Brasil cerca de R$ 175 bilhões. O novo projeto reabre por 120 dias o prazo para que o interessado possa aderir ao Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT).

O texto deixa claro que o contribuinte que aderir ao RERCT deverá identificar a origem dos bens e declarar que os valores têm origem em atividade econômica lícita, sem obrigatoriedade de comprovação. Assim, o ônus da prova de demonstrar que as informações prestadas são falsas recai, em qualquer tempo, sobre a Receita Federal. 

Agência Senado
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A Uber anunciou nesta quinta-feira (27) que motoristas parceiros poderão gravar suas corridas usando a câmera do smartphone. Os testes começam no Brasil, em Santos e em João Pessoa (PB). Outras três cidades americanas participarão do piloto (Cincinnati, Louisville e Nova York).

Atualmente, a Uber permite que os motoristas coloquem câmera em seus veículos, mas a empresa reconhece que a instalação pode ser complexa. Com esse novo modelo, os condutores poderão usar seus celulares para registrar vídeo e áudio da viagem com a câmera frontal.

A gravação é feita no próprio aplicativo da Uber e uma janela no canto inferior da tela exibe o que é registrado no interior do carro durante o trajeto. "A partir do feedback dos motoristas envolvidos nesse piloto serão definidos os passos seguintes", informou a Uber em comunicado.

A empresa afirma que as gravações são criptografadas e o motorista não poderá acessá-las posteriormente. No entanto, se houver registro de incidente, a companhia poderá acessar o arquivo para análise.

"No caso de investigações, as autoridades competentes também podem solicitar acesso a essas imagens para a Uber, na forma da lei", completa.

Por enquanto, não há previsão de lançamento em outros municípios.

g1
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Um ataque nuclear norte-coreano contra os interesses dos EUA significaria o "fim" do regime de Kim Jong Un, alertou o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em sua nova estratégia nuclear divulgada nesta quinta-feira (27). É a primeira vez que ambas são divulgadas juntas.

"Qualquer ataque nuclear da Coreia do Norte contra os Estados Unidos ou seus aliados e parceiros é inaceitável e levaria ao fim desse regime. Não há cenário em que o regime de Kim Jong Un possa usar armas nucleares e sobreviver", adverte o Ministério da Defesa dos EUA no documento.

Os Estados Unidos disseram considerar suas armas nucleares como destinadas a dissuadir "todas as formas de ataque estratégico", incluindo os que envolvem armas convencionais, advertiu o Pentágono.

"Isso inclui o emprego nuclear em qualquer escala e inclui ataques de alto impacto de natureza estratégica, usando meios não nucleares", disse um funcionário da Defesa à imprensa.

Esta nova abordagem pretende "complicar a tomada de decisões" do adversário, no momento em que a Rússia acusa a Ucrânia de se preparar para utilizar uma "bomba suja".

"A Rússia lançou sua agressão contra a Ucrânia sob ameaça nuclear, com declarações irresponsáveis, exercícios nucleares em datas irregulares e mentiras sobre o potencial uso de armas de destruição em massa", especifica o documento.

Já a China se esforça para ampliar, modernizar e diversificar suas forças nucleares, ressalta o Pentágono, afirmando que Pequim "talvez queira possuir pelo menos 1.000 ogivas nucleares até o final da década".

Mas "a Rússia é o principal rival dos Estados Unidos, com as forças nucleares mais diversas", diz o documento. A Rússia tem 1.550 ogivas nucleares prontas para uso, e 2.000, não mobilizadas.

"Seu moderno arsenal nuclear, que deve crescer, representa uma ameaça existencial no longo prazo para os Estados Unidos e nossos aliados e sócios", acrescentou o Pentágono.

"Na década de 2030, os Estados Unidos se verão, pela primeira vez em sua história, diante de duas grandes potências nucleares (que serão) rivais estratégicas e adversários potenciais", reforçou.

AFP
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O Estado Islâmico reinvindicou o atentado contra o principal santuário xiita do sul do Irã que matou quinze pessoas e deixou pelo menos 19 feridos na quarta-feira (26).

O ataque foi realizado por um indivíduo durante a oração vespertina no mausoléu de Shah Cheragh, na cidade de Shiraz, informou o governador da região, Mohammad-Hadi Imanieh, à TV local.

Uma testemunha declarou à agência oficial Irã que ouviu "gritos de mulher" e que "o agressor entrou e atirou dentro do santuário". Imagens divulgadas pela imprensa oficial mostram um banho de sangue, com corpos cobertos por lençóis.

O agressor "abriu fogo às cegas contra os fiéis" no mausoléu, onde se encontra o túmulo de Ahmad, irmão do imã Reza, uma das figuras mais veneradas do xiismo.

"Um único terrorista está envolvido nesse ataque", afirmou o chefe do Judiciário local, Kazem Mousavi. O autor do ataque, "filiado aos grupos takfiri, foi preso", acrescentou. O termo "takfiri" designa os integrantes de grupos radicais sunitas, outro ramo do islã.

A TV divulgou que "as forças de segurança feriram o agressor", que estava sendo submetido a uma cirurgia.

O atentado foi o segundo deste ano contra um local de culto xiita no Irã, país de 83 milhões de habitantes onde esse ramo do islã é religião de Estado.

AFP
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As forças de segurança iranianas mataram um jovem a tiros durante protestos nesta quinta-feira (27) pela morte de Mahsa Amini, um dia depois de importantes homenagens para marcar os 40 dias desde sua morte sob custódia policial.

"Um jovem curdo morreu por fogo direto das forças de segurança iranianas" na cidade de Mahabad (oeste), tuitou o grupo de direitos humanos Hengaw.

"Este jovem foi baleado na testa", denunciou a ONG, com sede na Noruega.

Amini, uma mulher curdo-iraniana de 22 anos, morreu em 16 de dezembro, três dias depois de ser detida em Teerã pela polícia da moralidade. Ela teria infringido o rigoroso código de vestimenta da República Islâmica.

Sua morte provocou a maior onda de protestos no Irã em anos, liderados por jovens mulheres que desafiam as forças de segurança, queimando seus véus. Quase seis semanas após a morte de Amini, a mobilização, alimentada pela indignação pública com a repressão que tirou a vida de outras meninas e mulheres, não mostra sinais de se arrefecer.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou que os "distúrbios" provocados pela morte de Mahsa Amini abrem caminho para ataques "terroristas".

Suas declarações foram dadas depois de um ataque ocorrido na cidade de Shiraz, no sul, na quarta-feira (26), que deixou pelo menos 15 mortos. O presidente iraniano ultraconservador pareceu relacionar as duas tragédias.

"A intenção do inimigo é interromper o progresso do país, e esses distúrbios abrem caminho para atos terroristas", disse ele, em declarações transmitidas pela televisão.

Manifestações em várias cidades
Apesar das fortes medidas de segurança, milhares de pessoas se reuniram ontem na cidade natal de Amini, Saqqez, na província do Curdistão, para prestar-lhe uma última homenagem em seu túmulo, no final do tradicional período de luto do Irã.

Os presentes entoaram cânticos no cemitério de Aichi, nos arredores de Saqqez, antes que muitos se dirigissem para o gabinete do governador no centro da cidade.

De acordo com o grupo Hengaw, as forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo e abriram fogo contra pessoas na praça Zindan em Saqqez. A ONG não especificou se houve mortos, ou feridos.

Ao cair da noite, as forças de segurança dispararam contra manifestantes em Marivan, província do Curdistão, de acordo com um vídeo postado pelo Hengaw.

Não muito longe, na cidade de Bukan, fogueiras queimavam nas ruas, e manifestantes gritavam "Morte ao ditador!", disse a mesma fonte.

Os manifestantes também cercaram uma base da milícia Basij em Sanandaj, uma cidade conflituosa na província do Curdistão, provocando incêndios e fazendo as forças de segurança recuarem, acrescentou Hengaw.

Houve cenas similares na cidade de Ilam, perto da fronteira ocidental do Irã com o Iraque.

A agência de notícias iraniana ISNA disse que a Internet foi cortada em Saqqez, por "razões de segurança", e que quase 10.000 pessoas se reuniram na cidade.

Nos vídeos divulgados on-line, pode-se ver outras milhares a caminho do cemitério em veículos, motos e a pé, atravessando campos e até mesmo cruzando um rio. Batendo palmas, gritando e buzinando, os manifestantes lotaram a estrada que liga Saqqez ao cemitério, a oito quilômetros de distância. A Hengaw disse ter verificado a autenticidade das imagens.

Repressão brutal
Segundo a ISNA, depois de regressar do cemitério, alguns dos manifestantes tinham “a intenção de atacar uma base do Exército”, mas foram dispersos por outros participantes.

Um posto de controle da polícia foi incendiado, e houve incêndios junto a uma ponte no bairro de Qavakh, em Saqqez, de acordo com um vídeo verificado.

A repressão aos protestos em todo Irã deixou pelo menos 141 mortos, incluindo crianças, conforme balanço atualizado da ONG Iran Human Rights (IHR), com sede na Noruega. Segundo a Anistia Internacional, 23 crianças morreram na repressão aos protestos, e 29, de acordo com o IHR.

Também houve uma campanha de detenções em massa de manifestantes e seus simpatizantes, entre eles professores universitários, jornalistas e celebridades.

AFP
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A Rússia acusou nesta quinta-feira (27) a Ucrânia de se retirar das negociações de paz em março "sob ordens" dos Estados Unidos, embora "um equilíbrio muito, muito difícil tenha sido alcançado" entre Kiev e Moscou.

"Na verdade, o texto estava pronto. (...) E então, de repente, o lado ucraniano desapareceu do radar, disse que não queria mais continuar as negociações", lamentou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, antes de afirmar que o presidente Vladimir Putin considerou "óbvio" que "tal rejeição dos acordos já estabelecidos ocorreu claramente por ordem dos EUA". "É totalmente óbvio", insistiu.

A imprensa questionou Peskov sobre as declarações feitas no dia anterior pelo presidente de Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, de que Putin estaria disposto a negociar com a Ucrânia.

Segundo Peskov, a Rússia está "pronta para garantir seus interesses na mesa de negociações. Nós queremos, mas neste caso específico, estamos falando de total relutância por parte da Ucrânia", disse o porta-voz.

O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, descartou rapidamente a possibilidade de negociar com Moscou e denunciou uma "retórica preparada" de Putin.

No fim de setembro, foi mais categórico e disse que não negociaria com a Rússia enquanto Putin fosse seu presidente.

As negociações entre Kiev e Moscou estão paralisadas desde março, e ambas as partes trocam acusações pelo bloqueio.

R7
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A taxa média de juros das concessões de crédito livre e direcionado teve leve queda no mês passado, mas mantém a tendência de alta em 12 meses, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas hoje (27) pelo Banco Central (BC). A taxa alcançou 28,6% ao ano em setembro, redução de 0,2 ponto percentual no mês e alta de 7 pontos percentuais em 12 meses.

A alta dos juros bancários médios ocorre em um momento em que a taxa básica de juros da economia, a Selic, está em seu maior nível desde janeiro de 2017, em 13,75% ao ano. Ontem (26), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic nesse mesmo patamar.

Essa foi a segunda vez seguida em que o BC não mexe na taxa, que permanece nesse nível desde agosto. Anteriormente, o Copom tinha elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação.

A entidade avalia que a alta na Selic tem sido repassada para as taxas finais de diferentes modalidades de crédito e não descarta a possibilidade de novos aumentos caso a inflação não caia como o esperado. A elevação da taxa básica ajuda a controlar a inflação porque causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, contendo a demanda aquecida.

No crédito livre para as famílias, a taxa média de juros chegou a 53,7% ao ano, com recuo de 0,3 ponto percentual em relação a agosto e aumento de 12,5 pontos percentuais em 12 meses. Nas contratações com empresas, a taxa livre subiu 0,2 ponto percentual no mês e cresceu 5,9 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 22,9% ao ano.

Para pessoas físicas, o destaque do mês foi o cheque especial, com alta de 6,2 pontos percentuais em setembro e 5 pontos percentuais em 12 meses, indo para 134,6% ao ano. Já o crédito consignado teve elevação de 0,3 ponto percentual no mês e 6,4 pontos percentuais em 12 meses (25,4%). Por outro lado, os juros do crédito pessoal não consignado caíram 3,7 pontos percentuais no mês de setembro e aumentaram 4,3 pontos percentuais em 12 meses (81,7% ao ano).

Cartão de crédito
Já as taxas do cartão de crédito tiveram alta de 0,8 ponto percentual no mês e 25,2 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 88,5% ao ano. No crédito rotativo, que é aquele tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias, houve queda de 10,9 pontos percentuais em setembro e aumento de 50 pontos percentuais em 12 meses, indo para 388,7% ao ano. Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso do cartão parcelado, os juros caíram 1,9 ponto percentual no mês e subiram 16,2 pontos percentuais em 12 meses, para 184,9% ao ano.

No crédito livre às empresas, houve aumento de 0,7 ponto percentual no mês e alta de 5,5 pontos percentuais em 12 meses em capital de giro, chegando a 23,1% ao ano. Já no cheque especial, os juros subiram 2,4 pontos percentuais em setembro e caíram 9,2 pontos percentuais em 12 meses, indo para 325,7% ao ano. As operações de desconto de cheque tiveram aumento de 0,7 ponto percentual nos juros em setembro e alta de 9,7 pontos percentuais em 12 meses (38,5%)

Já as taxas para o financiamento a importações caíram 4,8 pontos percentuais em setembro e 5,6 pontos percentuais em 12 meses, para 6,9% ao ano. Por fim, o cartão de crédito teve alta de 1,1 ponto percentual nos juros do mês e aumento de 11 pontos percentuais em 12 meses, para 32,1% ao ano.

Crédito direcionado
Essas taxas são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado, que tem regras definidas pelo governo, é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa média para pessoas físicas ficou em 10,7% ao ano em setembro, variação positiva de 0,1 ponto percentual mês e alta de 3,3 pontos percentuais em 12 meses. Para as empresas, a taxa subiu 0,3 ponto percentual no mês e variou 0,1 ponto percentual para baixo em 12 meses, indo para 9,4% ao ano.

Alta das contratações
Mesmo com a manutenção dos juros em alta, em setembro, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 5,176 trilhões, com aumento de 2,2% em relação a agosto, que refletiu, basicamente, os incrementos de 2,6% no saldo das operações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas (R$ 2,109 trilhões) e de 1,9% no de pessoas físicas (R$ 3,067 trilhões). O crescimento em 12 meses da carteira chegou a 16,8% no mês passado. O saldo do crédito correspondeu a 55% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços que o país produz.

O crédito ampliado ao setor não financeiro, que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) alcançou R$ 14,479 trilhões, crescendo 1,5% no mês e 10,7% em 12 meses.

Endividamento das famílias
De acordo com o BC, a inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) tem se mantido estável há bastante tempo, com pequenas oscilações, e registrou 2,8% em setembro. Nas operações de crédito livre para pessoas físicas, está em 5,7% e para pessoas jurídicas em 1,9%.

O endividamento das famílias, relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses, ficou em 52,9 em agosto, em níveis recordes que refletem o aumento das concessões de empréstimos. Houve queda de 0,4% no mês e alta de 3,5% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, ficou em 33,5% no mês de agosto.

Já o comprometimento da renda, relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período, ficou em 29,4% em agosto, crescimento de 0,8% no mês e 3,9% em 12 meses, recorde da série iniciada em janeiro de 2005. Para esses últimos dados, há uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central depende de dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBG

Agência Brasil
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A taxa de desemprego caiu 0,6 ponto percentual no trimestre móvel de julho a setembro de 2022 e ficou em 8,7% no período, em comparação com o trimestre de abril a junho, quando foi de 9,3%. Em relação ao mesmo período de 2021, quando o desemprego estava em 12,6%, a redução é de 3,9 pontos percentuais.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua e foram divulgados hoje (27), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, é a menor taxa desde o trimestre fechado em junho de 2015, quando o desemprego estava em 8,4%. Os dados apontam para um total de 9,5 milhões de pessoas desocupadas, queda de 6,2% (menos 621 mil pessoas) no trimestre e 29,7% (menos 4 milhões) no ano.

Em números absolutos, a população ocupada somou 99,3 milhões de pessoas, um recorde da série iniciada em 2012. A alta na comparação trimestral foi de 1% ou mais um milhão de pessoas. Na comparação anual, a alta é de 6,8% ou mais 6,3 milhões.

Subutilização
O nível da ocupação ficou em 57,2% e a taxa composta de subutilização foi de 20,1%, a menor desde março de 2016. A contingente subutilizado somou 23,4 milhões de pessoas e o subocupado por insuficiência de horas trabalhadas estava em 6,2 milhões no trimestre encerrado em setembro, o menor total desde junho de 2017. Os desalentados ficaram estáveis em 4,3 milhões de pessoas frente ao trimestre anterior e caíram 17,2% na comparação anual.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado subiu 1,3% no trimestre, para 36,3 milhões de pessoas, e os sem carteira assinada atingiram o maior nível da série histórica, apesar da estabilidade no trimestre: 13,2 milhões de pessoas. A taxa de informalidade caiu de 40% para 39,4% da população ocupada, com 39,1 milhões de trabalhadores informais.

Os trabalhadores por conta própria somaram 25,7 milhões de pessoas, os domésticos são 5,9 milhões e os empregadores ficaram em 4,4 milhões.

O setor público cresceu 2,5% no trimestre e atingiu 12,2 milhões de empregados, o recorde da série histórica. Outros 3,1 milhões de pessoas são empregados no setor público sem carteira assinada, apresentando alta de 11,6% no trimestre.

O IBGE apontou, também, aumento no trimestre no número de pessoas ocupadas nos setores da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. Na comparação anual, houve redução no grupamento de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura.

Rendimento
O rendimento real habitual subiu 3,7% na comparação trimestral, indo para R$ 2.737, somando R$ 266,7 bilhões na massa de rendimento.

Os aumentos no trimestre foram observados na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura; indústria, comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas; informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.

Por tipo de ocupação, os empregados com carteira de trabalho assinada tiveram aumento de 2,8% no trimestre, os empregados no setor público 2,3%, e os empregadores estão ganhando 10% a mais. As demais categorias não apresentaram variação significativa.

Agência Brasil
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O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 3,8 pontos, na passagem de setembro para outubro deste ano. Na segunda queda seguida, o indicador atingiu 95,7 pontos, o pior resultado desde março de 2022.

Dos 19 segmentos industriais pesquisados pela FGV, 17 registraram queda de confiança dos empresários.

O resultado do ICI em outubro foi puxado principalmente pelo recuo do Índice da Situação Atual, que verifica a confiança no presente e que caiu 4,5 pontos, chegando a 96,4 pontos, o menor resultado desde julho de 2020, quando o país ainda adotava medidas de isolamento.

O Índice de Expectativas, que mede a confiança dos empresários em relação aos próximos meses, caiu três pontos e chegou a 95.

Agência Brasil
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