Os rubro-negros Flamengo e Athletico Paranense duelam na tarde deste sábado (29), no Monumental de Duelo às 17h, no Equador, terá transmissão ao vivo da Rádio Nacional(Equador), pelo título mais importante da temporada do futebol no continente sul-americano: a Copa Libertadores da América. De um lado do campo estarão os cariocas em busca do tricampeonato (os dois primeiros foram em 1981 e 2019), e do outro lado os paranaenses sonha com a conquista inédita no torneio. O embate às 17h (horário de Brasília), na cidade de Guayaquil, será transmitido ao vivo na Rádio Nacional, com narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz, reportagens de Rodrigo Ricardo e Rodrigo Campos, além de plantão de notícias com Sergio du Bocage.
A história do Flamengo na Libertadores começou no Grupo H. Os rubro-negros saíram quase com 100% de aproveitamento em uma chave que contava com o Talleres, da Argentina, o Universidad Católica, do Chile, e o Sporting Cristal, do Peru.
Nesta fase, o time comandado, na época, pelo técnico Paulo Sousa, obteve cinco vitórias e apenas um empate, que aconteceu no confronto com os argentinos.
Depois de assegurar a liderança do grupo, o Flamengo encarou o Tolima, da Colômbia. No primeiro jogo das oitavas de final, já sob a liderança do treinador Dorival Junior, os cariocas venceram com gol de Andreas Pereira, que deixou o clube logo após o triunfo por 1 a 0.
No duelo de volta, no Maracanã, o Flamengo conseguiu sua maior goleada na competição continental, 7 a 1, com direito a quatro gols de Pedro.
O Rubro-Negro enfrentou pela primeira vez uma equipe compatriota na Libertadores já nas quartas de final. Emplacou duas vitórias (ida e volta) contra o Timão: a primeira por 2 a 0 na Neo Química Arena, em São Paulo, e depois por 1 a 0 no Maracanã, no Rio de Janeiro.
Já nas semifinais o oponente foi o argentino Velez Sarsfield. Em Buenos Aires, os brasileiros praticamente selaram a classificação para a final, ao vencer por 4 a 0. No Maracanã, os rubro-negros voltaram a derrotar os argentinos, desta vez, por 2 a 1.
Logo após a confirmação da classificação, o técnico Dorival Junior falou em fazer de tudo para ser campeão.
"Acho que não tem preço nós chegarmos a um momento como esse. Vamos trabalhar e muito para que possamos fazer uma grande decisão. Enfrentaremos um adversário dificílimo. Não tenho dúvida que será uma partida com um grau de dificuldade muito alto".
Invicto na Libertadores, o Flamengo chega à decisão com uma campanha de 11 vitórias e um empate, em 12 partidas disputadas. Foram 32 gols feitos e oito sofridos. Além disso, os rubro-negros contam com o artilheiro do campeonato, Pedro, com 12 gols marcados.
Diferentemente do Flamengo, o Athletico Paranaense teve alguns tropeços no Grupo B. Com uma campanha de três vitórias, duas derrotas e um empate, os paranaenses terminaram na vice-liderança, com os mesmos 10 pontos que o Libertad, do Paraguai, que se classificou em primeiro. Já o The Strongest, da Bolívia, e o Caracas, da Venezuela, foram eliminados.
Na quinta rodada, com vaga sob ameaça, o técnico Luis Felipe Scolari assumiu a equipe paranaense, após goleada por 5 a 0 contra os bolivianos, em La Paz, quando Fábio Carille ainda era o treinador do time. Na sequência, o Athletico venceu duas partidas e avançou às oitavas de final.
O adversário da vez foi o Libertad, que também enfentou na primeira fase. Na Arena da Baixada, os atleticanos venceram por 2 a 1, já em Assunção, quando a decisão para as quartas de final seria definida nos pênaltis, Rômulo, aos 44 minutos do segundo tempo, garantiu a classificação dos brasileiros.
Em seguida, o gol de Vitor Roque, com 17 anos de idade, contra o Estudiantes, da Argentina, aos 50 minutos do segundo tempo, garantiu a vitória por 1 a 0, em La Plata, além do acesso às semifinais, já que na Arena da Baixada o duelo terminou 0 a 0.
Nas semis, o Athletico tinha a missão de bater o atual bicampeão da competição continental Palmeiras. Em Curitiba, a vitória com placar mínimo de 1 a 0 dava à equipe rubro-negra a vantagem de um empate no Allianz Parque.
E foi exatamente o que aconteceu, de maneira eletrizante. Mesmo após o time paulista abrir 2 a 0 no placar, os paranaenses reagiram e empataram de 2 a 2, aos 39 minutos do segundo tempo, com gol de David Terans.
Depois de o Furacão voltar à final da Libertadores após 17 anos, o auxiliar técnico Paulo Turra, que substituiu Felipão suspenso, falou sobre fatores que levaram o Athletico à decisão.
"Hoje foi mais um passo que foi dado para que o Athletico se consolide ainda mais do que já é: uma grande estrutura, Tem no seu comando o presidente e no comando técnico o professor Felipe, dois caras de peso".
Em 12 partidas, o Athletico venceu seis, empatou quatro e perdeu duas. Marcou 15 gols e sofreu 10.
EBC
Portal Santo André em Foco
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) homologou nesta sexta-feira (28), por unanimidade, um pedido conjunto feito pelos advogados das campanhas de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para desistência de direitos de resposta que ainda estão pendentes de julgamento ou que ainda não foram veiculados na TV.
Durante sessão extraordinária realizada no início da noite, os advogados das campanhas informaram que desistiram dos pedidos relacionados a inserções no horário eleitoral gratuito na televisão, que termina hoje.
Na avaliação do advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, representante da coligação Pelo Bem do Brasil, formada para apoiar a candidatura à reeleição de Bolsonaro, com o término do horário eleitoral a eventual exibição de direitos de resposta no sábado (29), véspera da eleição, poderia trazer gastos aos cofres públicos e não seria interessante para a campanha.
Pendência
Segundo Carvalho, estavam pendentes de julgamento 56 processos sobre direito de resposta envolvendo a coligação de Bolsonaro e 31 da coligação de Lula.
“A abertura de cadeia extraordinária para veiculação dessas respostas em TV submeteria o eleitor a um material publicitário pouco prepositivo, ligado à resposta a ofensas e desinformação”, afirmou.
Para o advogado Eugênio Aragão, representante da Coligação Brasil da Esperança, que apoia o candidato Lula, a desistência dos processos serve para resolver o conflito judicial sobre o direito de resposta televisivo e “tranquilizar o final de campanha”
“Para tranquilizar esse final de campanha, a melhor coisa seria abrirmos mão reciprocamente de todos esses processos que estão na pauta de hoje e, com isso, encerrar essa contenda”, afirmou.
A sessão extraordinária foi convocada pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, para julgar a decisão individual proferida pela ministra Isabel Galotti, que concedeu direito de resposta da campanha de Bolsonaro contra a campanha de Lula.
Pela manhã, o tribunal realizou a primeira sessão extraordinária para suspender a decisão da ministra até as 19h, horário em que a deliberação seria iniciada. De acordo com o TSE, decisões sobre direito de resposta devem ser referendadas pelo plenário.
Segundo turno
No fim da sessão, o ministro Alexandre de Moraes conclamou os eleitores a comparecerem às seções eleitorais no domingo (30), dia do segundo turno das eleições, e escolherem seus candidatos livremente.
“Somos uma das quatro maiores democracias do mundo, mas a única democracia do mundo que apura e proclama os resultados no mesmo dia”, concluiu.
Agência Brasil
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou nesta sexta-feira (28) o envio de militares federais para a segurança de 165 localidades do país no segundo turno das eleições, que será no próximo domingo (30).
Pela decisão do plenário, as forças vão atuar em 86 localidades do Maranhão, 52 no Amazonas e 27 em Alagoas.
Na terça-feira (25), o TSE já havia autorizado o envio de tropas para outras 80 localidades de quatro estados.
A decisão será encaminhada ao Ministério da Defesa, que será responsável pela logística de distribuição das tropas.
O envio de tropas federais ocorre quando um município informa à Justiça Eleitoral que não tem capacidade de garantir a normalidade do pleito com o efetivo da polícia local.
No primeiro turno, 561 localidades de 11 estados contaram com a presença de militares durante o pleito.
Agência Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) testarão a popularidade nas ruas com eventos nos maiores colégios eleitorais do país neste sábado (29), um dia antes do segundo turno da eleição presidencial.
Bolsonaro encerrará a campanha em Minas Gerais, estado que foi palco dos principais eventos eleitorais do presidente neste ano. Desde o fim do primeiro turno, o chefe do Executivo federal concentrou esforços para aumentar a quantidade de votos no estado, que tende a ser um espelho do resultado nacional. Em 2 de outubro, Lula venceu em Minas Gerais por diferença de 563,3 mil votos.
Nesse período, Bolsonaro ganhou apoios importantes, em especial do governador reeleito Romeu Zema (Novo), que fez apelos para que todos os prefeitos mineiros dessem respaldo à candidatura à reeleição do presidente. Neste sábado, Zema estará ao lado de Bolsonaro, assim como o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG), o mais votado deste ano, com quase 1,5 milhão de votos.
O evento de Bolsonaro contará com uma "motocarreata", que deve reunir centenas de apoiadores do presidente. Os eleitores sairão de vários pontos de Belo Horizonte e cidades da Região Metropolitana, a partir das 8h, em direção à Praça da Liberdade. Bolsonaro deve discursar no ato a partir das 11h.
Após a agenda em Minas Gerais, Bolsonaro deve ir ao Rio de Janeiro, onde está prevista a realização de uma carreata no Aterro do Flamengo. Ele ficará na capital fluminense até a manhã deste domingo (30) e voltará a Brasília depois de votar. O presidente deve acompanhar a apuração dos votos do Palácio da Alvorada.
Lula
O último compromisso de campanha de Lula será em São Paulo. O petista vai reunir apoiadores em um evento na Avenida Paulista a partir das 14h. Devem participar do ato movimentos populares e blocos de carnaval. Personalidades políticas também estarão presentes, como o candidato do PT ao Governo de São Paulo, Fernando Haddad, e o vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB).
Assim como Bolsonaro focou em reverter a desvantagem do primeiro turno em Minas Gerais, Lula o fez em São Paulo. No estado, o petista teve 1.749.957 votos a menos do que o presidente em 2 de outubro.
Além disso, como Haddad disputará o segundo turno para o Palácio dos Bandeirantes neste domingo, Lula concentrou os eventos da campanha em solo paulista para tentar ampliar os votos ao correligionário.
Lula ficará em São Paulo até domingo. Ele votará em São Bernardo do Campo, a partir das 8h. Depois, o petista acompanhará a apuração da capital paulista.
R7
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O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou na madrugada deste sábado (29) em entrevista ao Jornal da Globo que as eleições deste ano não representarão uma vitória para o petista ou para o adversário, Jair Bolsonaro (PL), mas sim a possibilidade de garantir "o regime democrático".
A declaração foi dada à jornalista Renata Lo Prete após o debate da Globo entre Lula e o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro.
“As eleições não são para mim, para o meu adversário, é para garantir o regime democrático nesse país e a melhoria da qualidade de vida das pessoas. É assim que as pessoas têm que votar. O Brasil precisa de mais educação, mais emprego, salário, comida, alegria, de menos armas, de mais livros, cultura”, afirmou o petista.
Durante a entrevista, o ex-presidente também pediu que os brasileiros compareçam às urnas.
“Acho que o povo brasileiro tem uma responsabilidade muito grande. Acho que o povo tem que votar pensando no Brasil, pensando no que ele quer, avaliando o que que ele quer. Compareça para votar, porque o Brasil precisa muito dessas eleições”, afirmou.
Ao ser questionado sobre o debate, Lula criticou a atuação de Bolsonaro e afirmou que o candidato à reeleição impede que a discussão evolua para o embate de propostas de governo.
“O cidadão oponente não sabe discutir isso. Ele é uma música, um samba de uma nota só, não tem argumento, não tem muito argumento. É lamentável. Eu penso que uma oportunidade como essa, que uma televisão abre um espaço como esse, com uma audiência grande, era para a gente discutir só programa de governo. O que que vai fazer a partir de 1º de janeiro? Qual é a política de desenvolvimento? Qual é a política de geração de emprego? O que vai se fazer com esses milhões de brasileiros que estão devendo, sabe?”, disse Lula.
Considerações finais
Nas considerações finais no debate, Lula disse que quer ser presidente para "restabelecer a harmonia" no país e voltou a exaltar seus governos anteriores – nos quais, segundo ele, "não tinha briga, não tinha confusão, não tinha ódio", e a saúde e a educação funcionavam.
g1
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O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, afirmou na madrugada deste sábado (29) em entrevista ao Jornal da Globo que vai respeitar o resultado das eleições no segundo turno – ganhando ou perdendo a disputa.
"Não há a menor dúvida. Quem tiver mais voto leva. É isso que é democracia", declarou.
A afirmação foi dada à jornalista Renata Lo Prete após o debate da Globo entre Bolsonaro e o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
Na quarta, ao comentar a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, de negar uma investigação sobre supostos problemas nas inserções eleitorais em rádios pelo país, Bolsonaro já havia dado declaração semelhante.
"A gente espera que haja serenidade por parte das autoridades de Brasília. Porque eleições se decidem por meio do voto, e aquele que tiver mais votos dentro da urna deve assumir o cargo na data adequada", disse, naquela ocasião.
Bolsonaro foi questionado sobre o respeito ao resultado porque em diversas ocasiões, nos últimos anos, lançou dúvidas sobre o processo eleitoral – usando informações falsas e boatos já desmentidos pelas autoridades e pela imprensa.
Em julho, por exemplo, o candidato à reeleição reuniu embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para repetir suspeitas infundadas sobre a urna eletrônica, sem apresentar qualquer prova.
Elogios ao debate
Em entrevista a outros veículos de imprensa na saída dos estúdios Globo, logo em seguida, Bolsonaro elogiou o formato do debate.
Em todos os blocos, os candidatos tiveram que administrar "bancos de tempo" e puderam fazer perguntas diretamente um ao outro – às vezes com tema livre, às vezes com temas escolhidos a cada bloco.
"Primeiramente, parabéns pela Globo pelo formato, pela liberdade que tivemos e também vi imparcialidade. Deu para cada um apresentar suas propostas, tecer, obviamente, críticas ao outro. E recordar a memória de muita gente e fazer lembrar o jovem, que não viveu 2003 e 2016, o que foi o governo Lula e Dilma. A desgraça que foi para o país esse governo em todos os aspectos", disse.
Na entrevista ao Jornal da Globo, Lula também elogiou o formato, apesar de lamentar a falta de debates sobre propostas. O candidato do PT não deu entrevista aos outros veículos de imprensa na saída.
“As eleições não são para mim, para o meu adversário, é para garantir o regime democrático nesse país e a melhoria da qualidade de vida das pessoas. É assim que as pessoas têm que votar. O Brasil precisa de mais educação, mais emprego, salário, comida, alegria, de menos armas, de mais livros, cultura”, afirmou o petista.
Considerações finais
Antes, nas considerações finais do debate, Bolsonaro voltou à pauta de costumes que deu a tônica de sua campanha, e disse que as eleições definirão "se viveremos em liberdade, e se será respeitada a família brasileira". Também citou aborto, liberação das drogas e defesa da propriedade privada.
g1
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Os dois candidatos à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), fizeram na noite desta sexta-feira (28), na TV Globo, o último debate do segundo turno das eleições. Eles compararam os períodos em que cada um esteve à frente do governo, trocaram acusações de corrupção e de mentiras e prometeram ganhos no salário mínimo.
O ex-deputado Roberto Jefferson, preso no domingo (23) após atirar contra a Polícia Federal, também foi tema do debate, assim como a compra de viagra pelo governo Bolsonaro para as Forças Armadas e a denúncia do mensalão no governo Lula.
A votação do segundo turno está marcada para o domingo (30).
Lula e Bolsonaro também falaram de:
Pelas regras do debate (veja detalhes mais abaixo), os candidatos podiam ficar em pé pelo estúdio e se movimentar enquanto falavam. Além disso, podiam distribuir como quisessem o tempo a que tinham direito em cada bloco, o que propiciou diálogos entre os candidatos.
No fim do primeiro bloco, ao terminar uma fala, Lula, que estava próximo de Bolsonaro, se afastou em direção à bancada. Nesse momento, Bolsonaro pediu para o candidato do PT ficar mais próximo dele.
"Fica aqui, rapaz", pediu Bolsonaro.
"Não quero ficar perto de você", respondeu Lula.
Acusações de mentiras
Uma das marcas do debate foram as acusações mútuas de "mentiroso" entre os candidatos.
Quando o tema foi combate à pobreza, Lula disse que 33 milhões de pessoas passam fome no país . Bolsonaro mencionou os valores pagos pelo Auxílio Brasil e pediu para Lula parar de mentir.
“No nosso governo, segundo Ipea, quem ganha até R$ 10 por dia está abaixo da linha da pobreza. Estamos oferecendo R$ 20 por dia. Para de mentir, Lula, pelo amor de Deus”, disse o presidente.
Lula pediu direito de resposta e afirmou que Bolsonaro sabe “quem mente no país”.
“Eu vou pedir [direito de resposta], vou dizer que aqui só tem um mentiroso chamado...Não vou dizer o nome para não ter direito de resposta. Vou repetir: quem mente nesse país, o senhor sabe quem é [...] Tem 33 milhões de pessoas passando fome nesse país, e hoje a Folha [jornal Folha de S.Paulo] alega que tem 24 milhões que não conseguem comprar alimento”, disse Lula.
Durante uma discussão sobre reajuste do salário mínimo, os candidatos trocaram novas acusações.
Bolsonaro disse que o PT fez propagandas no horário eleitoral com informações mentirosas sobre medidas econômicas supostamente defendidas pelo governo.
“Então, ele [Lula] não responde, não quer dizer que não determinou que o programa eleitoral do partido dele falasse mentiras. Que eu não ia mais reajustar o salário mínimo, a aposentadoria, e que eu ia cassar férias, 13º e hora extra. Mentiroso”, acusou Bolsonaro.
Lula rebateu dizendo que viu um dado de que Bolsonaro teria “mentido 6.489 vezes durante o mandato”. O ex-presidente não detalhou a fonte da informação.
“Primeiro, o povo brasileiro sabe quem é mentiroso. Hoje, eu vi uma revista de fatos dizendo que ele mentiu 6.489 vezes durante o seu mandato. Só no programa de televisão dele, nós ganhamos 60 direitos de resposta por conta das mentiras dele”, alegou Lula
Mais adiante no debate, em interação sobre política externa, Lula disse que o Brasil está isolado do resto do mundo. Bolsonaro voltou a chamar o ex-presidente de mentiroso.
“Mentiroso. Negociei fertilizantes com a Rússia. Imagina o Brasil sem fertilizantes. Onde ia parar a nossa segurança alimentar e a de mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo?”
Bolsonaro voltou a atacar o petista ao citar os títulos de terra concedidos durante sua gestão.
“Lula, olha só como você é mentiroso. Dei títulos para mais de 420 mil assentados, por que que você não dava título? Por que você usava esse pessoal para invadir terras por aí? Eu dei liberdade para essas pessoas, Lula”, rebateu Bolsonaro
Lula afirmou que, quem entrega título é o Incra e que, no governo do PT, “disponibilizou terra para a produção de comida”.
“Quem entrega título, na verdade, é um órgão do governo chamado Incra, o que eu fiz foi disponibilizar Terra para produzir comida nesse país e se voltar e tiver terra improdutiva, e tiver gente querendo trabalhar no campo, essa gente vai ter o direito de trabalhar no campo.”
Acusações de corrupção e menção a Jefferson
O assunto da corrupção foi tratado em diversos momentos do debate.
O ex-presidente citou uma reportagem do portal UOL que afirmou que a família Bolsonaro comprou 51 imóveis com dinheiro vivo nas últimas décadas. Lula também mencionou as investigações de rachadinha contra os Bolsonaro.
Lula lembrou o escândalo de corrupção envolvendo o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, demitido do MEC após denúncias de que pastores com influência na pasta intermediaram repasses de dinheiro desviado para prefeituras.
“Só pegar o que a sua família fez. Só pegar a rachadinha, a quantidade de imóveis, só pegar o ministro da Educação que estava com os seus pastores colocando dinheiro no fundo de pneu. Você sabe disso. Quer continuar falando essas bobagens?”, questionou o ex-presidente.
Bolsonaro rebateu Lula, mencionou os processos que o ex-presidente enfrentou durante a operação Lava Jato e o chamou de “bandido”.
“Processo por corrupção para cima de mim, Lula. Qual é? Você foi descondenado, Lula, por um amigo do Supremo Tribunal Federal que achava que você devia ser julgado em Brasília, não em Curitiba. Você é um bandido Lula”, disse o presidente.
Bolsonaro também falou sobre o esquema de corrupção do mensalão e tentou atrelar a imagem do ex-deputado federal Roberto Jefferson à do petista.
“Então, Roberto Jefferson explodiu o seu governo, o mensalão, atrás disso veio o petrolão, veio tudo, mais de 100 pessoas presas. Você mesmo, Lula, foi condenado em três instâncias por unanimidade, e só está aqui porque tem um amigo no Supremo Tribunal Federal”, afirmou o candidato do PL.
O STF anulou todas as condenações impostas pela Justiça Federal do Paraná ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato.
Lula mencionou que Jefferson é aliado de Bolsonaro nestas eleições e que o presidente tentou esconder o ex-deputado federal. Lula lembrou da agressão de Jefferson contra policiais federais no domingo (23).
“Ele acabou de tentar esconder o Roberto Jefferson, o pistoleiro dele. O homem das armas, o homem de confiança dele, o homem que recebeu a Polícia Federal a tiro e foi eu que escondi?”, alegou Lula.
Bolsonaro rebateu lembrando que Jefferson foi o delator do mensalão, no governo Lula.
"Roberto Jefferson explodiu o seu governo, o mensalão. Atrás disso veio o petrolão, veio tudo, mais de 100 pessoas presas. Você mesmo, Lula, foi condenado em três instâncias por unanimidade", disse Bolsonaro.
Covid-19, investimentos na saúde e viagra
Lula fez críticas à gestão de Bolsonaro no tratamento da pandemia da Covid-19. Ele perguntou para o presidente os motivos que levaram o governo a “negar a doença e a vacina”.
“O Brasil tem 3% da população mundial, entretanto, o Brasil tem 11% das vítimas de covid. Ou seja, três vezes mais do que a média. A pergunta que se faz é a seguinte: por que negligenciamento? Por que passar 45 dias negando a vacina? Por que negar a doença? Por que esconder o seu cartão de vacina?”, questionou Lula.
Bolsonaro disse que foram adquiridas mais de 500 milhões de doses de vacina e negou ter recusado o imunizante.
“Vacina: nós compramos mais de 500 milhões de doses de vacina. No dia que a Anvisa autorizou, no mesmo dia começou a aplicar a vacina no Brasil”, afirmou.
Lula ainda criticou a compra pelas Forças Armadas de mais de 35 mil unidades de sildenafila, medicamento conhecido pelo nome comercial de viagra.
O presidente disse, em resposta, que o “viagra é usado para vários tratamentos [...] O viagra é usado para tratamento de próstata”.
Sobre os investimentos na Saúde, Lula perguntou a Bolsonaro o número de ambulâncias compradas e de hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBS) construídos nos últimos quatro anos.
“Você lembra quantas ambulâncias você comprou? Você lembra quantos hospitais você fez? Lembra quantas UBSs você fez? Não lembra porque não fez. A única coisa que você fez foi negar a vacina no tempo certo e permitir que mais de 300 mil pessoas morressem sem necessidade nesse país, e um dia você pagará por isso”, disse Lula.
Bolsonaro fez referência à construção de estádios de futebol para a Copa de 2014 para dizer que o petista não investiu em hospitais.
“Saúde não se faz com estádio de futebol. Foi uma roubalheira sem tamanha que você patrocinou no passado. O teu governo, Lula, fechou 40 mil leitos de hospitais. Metade de pediatria. Então, se eu ficar discutindo números aqui, não vai dar para chegar a um bom termo comigo. Uma diferença enorme entre nós dois.”
Salário mínimo
Logo no início do debate, o primeiro tema que surgiu na interação entre os candidatos foi o salário mínimo.
O assunto ganhou espaço na campanha nos últimos dias, depois que o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que pretendia desvincular o salário mínimo da inflação. A declaração serviu de munição para a campanha de Lula dizer que Bolsonaro quer dar reajustes abaixo da inflação. A equipe governista se apressou em dizer que pretende reajustar o mínimo acima da inflação.
Bolsonaro questionou Lula sobre os ataques que o PT fez nas propagandas eleitorais a respeito do assunto e aproveitou para anunciar, apenas a dois dias da eleição, um salário mínimo de R$ 1,4 mil.
“Posso anunciar que, a partir do ano que vem, o novo salário mínimo será de R$ 1.400. Mas ao longo dos últimos dias, o seu partido foi com toda vontade na televisão e nas inserções de rádio dizer que eu não ia reajustar o mínimo, as aposentadorias e que eu ia acabar com o 13º, as férias e com as horas extras. Tu confirma isso?”, perguntou o presidente.
O ex-presidente respondeu que não tinha tempo para ver “programa de televisão”.
"Eu não vim aqui para responder para o candidato, eu vim para conversar com o povo brasileiro. E quero dizer em alto e bom som: durante quatro anos, esse homem governou o país e não deu 1% de aumento no salário mínimo. Governou quatro anos e não deu um aumento para a merenda escolar, que hoje é de apenas R$ 0,36. Essa é a verdade, e o povo sabe porque está sentindo na carne", afirmou Lula.
No segundo bloco, o tema voltou na conversa entre os candidatos. Lula disse que quem falou em dar reajustes ao salário mínimo foi o ministro Paulo Gudes.
"Quem falou foi o seu deus, Paulo Guedes", afirmou Lula.
"O Guedes não falou isso, não", respondeu Bolsonaro.
Bolsa Família x Auxílio Brasil
Lula e Bolsonaro trocaram críticas sobre os programas voltados às famílias em situação de extrema pobreza e pobreza.
O candidato do PL perguntou a Lula “por que ele pagava tão pouco” aos beneficiários do Bolsa Família.
“Já que você se julga o pai dos pobres e a tua economia tão bem, por que você pagou tão pouco aos beneficiários do Bolsa Família? Em média 190 em valores corrigidos. Por que Lula?”, apontou Bolsonaro.
Lula respondeu que era uma “bobagem” comparar os dois programas e citou outras políticas de assistência criados nos oito anos à frente da presidência da República:
“É uma bobagem comparar o Bolsa Família com o Auxílio Brasil, porque o Bolsa Família era apenas um dos programas da política de distribuição de renda que nós fazíamos.”
No governo de Bolsonaro, os beneficiários do Bolsa Família passaram a ser atendidos pelo Auxílio Brasil – a versão repaginada do programa social criado em 2003.
Hoje, o Auxílio Brasil prevê o pagamento de R$ 600 aos beneficiários. A proposta do Orçamento para 2023 prevê valor de R$ 400, em vez dos R$ 600 que serão pagos até o fim de 2022.
Visita ao Complexo do Alemão e armas
O presidente criticou o evento de campanha de Lula no Complexo no Alemão , no Rio de Janeiro. O petista foi ao local no início do mês.
“Lula, você esteve no complexo do Alemão esses dias. Não foi para ver o povo trabalhador, o povo ordeiro, 99% ou mais da população, cidadãos de bem. Você esteve lá se encontrando com os chefes do narcotráfico, os chefões. Ninguém entra lá sem estar acompanhado da polícia”, afirmou Bolsonaro.
O presidente também fez ataques à campanha do ex-presidente de “desarmar o país”:
“E essa campanha de desarmar o país? Você propôs aos chefes do tráfico entregar fuzis? Ou quis apenas fazer média com os chefes do tráfico para ganhar o voto do pessoal da comunidade?”
Bolsonaro também citou a redução da violência no seu governo e afirmou que, na gestão petista, os homicídios cresceram 30%.
"Violência comigo diminuiu bastante. No seu governo só subiu [...] Aumentou em média 30% os homicídios no Brasil”, disse o presidente.
Lula afirmou que “visitou gente extraordinária".
"Eu fui ao Complexo do Alemão visitar gente extraordinária, porque eu sou o único presidente da República que tenho coragem e moral de entrar numa favela, antes e depois, ser tratado como ser humano e tratar todo mundo com respeito. Todo mundo ali, gente trabalhadora extraordinária, que quer chance de estudar, que não quer ser vitimado pela polícia feroz", completou Lula.
Mandato de 'deputado'
No final do debate, quando fazia as considerações finais, Bolsonaro cometeu um lapso e disse que está pronto para mais um mandato de "deputado". Ele se corrigiu logo em seguida e disse: "presidente".
"Muito obrigado, meu Deus, e se essa for a sua vontade, estarei pronto para cumprir mais um mandato de deputado federal... presidente da República", disse o presidente.
Regras
Nesta edição, os candidatos tiveram que administrar o próprio tempo entre perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. O tempo pôde ser utilizado e dividido da maneira como cada candidato preferiu, poder ser 'guardado' de um bloco para o outro.
Nesse sistema, se o candidato tiver direito a 15 minutos totais em um bloco e usar 1 minuto para a pergunta, vai dispor dos demais 14 para fazer a tréplica, novos questionamentos ou responder questões feitas pelo adversário.
O debate foi dividido em cinco blocos, dois com temas livres e outros dois com temas determinados. No último bloco, os candidatos fizeram as considerações finais.
g1
Portal Santo André em Foco
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (28) que a conta de luz permanecerá sem cobrança extra em novembro.
A agência manteve acionada a bandeira tarifária verde, que não acrescenta custos aos consumidores com base no consumo mensal de energia. A bandeira verde está em vigor desde 16 de abril.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para sinalizar o custo da geração de energia. No final de todo mês, a agência decide a cor da bandeira para o mês seguinte.
Quando o custo da produção de energia aumenta, por exemplo, por conta do acionamento de usinas térmicas (mais poluentes e mais caras), a Aneel pode acionar as bandeiras amarela ou vermelha patamar 1 ou 2 — que representam custo extra ao consumidor.
Situação dos reservatórios
Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, responsáveis por 70% da capacidade de produção de energia no país, está em 49,9% – acima da média histórica.
Em outubro de 2021, por exemplo, o armazenamento chegou a 18,23%, menor nível registrado para o mês desde 2018.
Diante da crise hídrica do ano passado, o governo implementou a bandeira escassez hídrica, que vigorou entre setembro de 2021 e 15 de abril deste ano. Nesse intervalo, representou um custo adicional de R$ 14,20 para cada 100 kW/h consumidos no mês.
g1
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O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse nesta sexta-feira (28) que as forças de segurança que compõem a Operação Eleições – coordenada pela pasta – focarão no combate à boca de urna e à compra de votos no segundo turno das eleições, marcado para o próximo domingo (30).
Em entrevista em Brasília, o ministro afirmou que o planejamento está pronto para garantir que os brasileiros votem "tranquilos" no próximo domingo.
"Gostaria de destacar apenas que estamos com um foco muito grande, realmente, principalmente para dois crimes eleitorais que nos chamaram a atenção no primeiro turno: a boca de urna e a compra de votos. São esses dois crimes que chamaram muita atenção”, afirmou Torres.
Segundo a legislação eleitoral, a compra de votos está configurada quando o candidato "doa, oferece, promete, ou entrega, ao eleitor, com o fim de obter o voto dele, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição".
A pena para este crime eleitoral é de multa, prisão de até quatro anos e cassação do registro eleitoral ou do diploma, caso o candidato seja eleito.
Já a boca de urna é caracterizada quando, no dia da eleição, promove-se:
A pena é de prisão de seis meses a um ano, além de multa de até R$ 15.961,50.
Efetivo
O ministro destacou que, somadas, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal colocarão nas ruas dez mil agentes para coibir crimes eleitorais durante o segundo turno.
“Somado aí todas as polícias do Brasil, teremos mais ou menos 500 mil policiais nas ruas”, disse.
Torres disse ainda que houve a apreensão em espécie de R$ 10 milhões de 16 de agosto a 28 de outubro. A Polícia Federal investiga possíveis irregularidades, mas, de acordo com o ministro, o montante seria destinado, principalmente, à compra de votos.
"Informações de todos os lados de que esse recurso, claro que a investigações estão em andamento, outras já foram concluídas, eram recursos utilizados compra de voto", afirmou.
O ministro da Justiça declarou que a compra de votos “fere de morte” o direito de livre votar do povo brasileiro e disse que PF e PRF estarão “extremamente atentas” a este tipo de ocorrência.
"Isso não será admitido, não será tolerado. Isso é crime e fica nosso recado para a população brasileira que exerça livremente seu direito de voto, porque a PF e a PRF estarão atentas e as pessoas estiverem praticando esse tipo de crime serão com certeza reprimidas pelas polícias do Brasil", afirmou Torres.
As forças de segurança pública atuarão no Distrito Federal e nos 26 estados em vias públicas, estações de transporte, zonas eleitorais e locais de votação e apuração de votos.
Compõem a operação polícias (civis e militares) dos estados, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros Militares, Ministério da Defesa, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), secretarias de segurança pública dos estados e Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).
Primeiro turno
Segundo o Ministério da Justiça, de 15 de agosto até o dia 2 de outubro, data do primeiro turno, 441 pessoas foram presas e 1.634 crimes registrados, a maioria relacionada a boca de urna (444) e compra de votos (198).
Só no dia do primeiro turno, o Ministério da Justiça registrou a apreensão de R$ 137 mil, 1.378 crimes eleitorais, com 352 prisões efetuadas.
g1 PB
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Quatro homens armados tentaram assaltar uma agência bancária localizada no campus da Universidade Federal de Campina Grande(UFCG), no bairro Bodocongó, na tarde desta sexta-feira (28). Segundo a Polícia Militar, houve troca de tiros e um vigilante acabou baleando um dos suspeitos para tentar impedir o roubo.
Quando o grupo chegou ao local, os vigilantes reagiram e foi quando começou a troca de tiros. Os homens usaram um carro, roubado há cerca de dois dias na cidade, para fugir através de um matagal.
O suspeito ferido foi socorrido para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, onde está internado e sob custódia da polícia. Segundo a unidade hospitalar, ele foi atingido com um tiro na cabeça e tem o estado de saúde é considerado grave.
Outros dois homens foram presos e levados para a Central de Polícia Civil. A PM ainda fez buscas por um quarto suspeito, mas ele conseguiu fugir e ainda não foi encontrado.
Nada foi roubado da agência bancária durante a ação e nenhuma outra pessoa se feriu.
A polícia ainda apreendeu uma marreta - que seria usada para quebrar as portas de vidro da agência -, uma motocicleta - encontrada no matagal -, coletes balísticos, armas e munição.
g1 PB
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