Um balde de água fria desabou sobre São Januário nesta quinta-feira. Com um gol praticamente no último lance do jogo, o Sampaio Corrêa venceu por 3 a 2 o Vasco, que precisava de uma vitória simples em São Januário para garantir o acesso à Série A. Pará, Gabriel Poveda e Joécio marcaram pelo time maranhense, enquanto Anderson Conceição e Andrey Santos descontaram para os donos da casa. O time comandado por Jorginho, agora, aguarda os outros resultados para saber se sobe essa rodada ou se terá que fazer um confronto direto contra o Ituano na última.

E agora?
A situação do Vasco é a seguinte: ainda é possível garantir o acesso nesta rodada. Para isso, Ituano e Londrina precisam empatar e o Sport não pode vencer o Operário. Caso isso não aconteça, a decisão vai ficar para a última rodada, quando a equipe faz um confronto direto contra o Ituano.

Tubarão valente
Embora com chances remotíssimas de acesso, o Sampaio foi para cima do Vasco em São Januário e conseguiu uma vitória valente - apenas a segunda da equipe fora de casa na competição. O Tubarão saiu atrás com apenas três minutos, virou o jogo, sofreu o empate nos acréscimos, mas buscou o gol da vitória aos 54 minutos, numa bonita cabeçada de Joécio. O time dorme em quinto lugar na tabela, com 55 pontos, três atrás do Vasco. Mas Ituano (com 54), Londrina e Sport (ambos com 53) ainda vão a campo na rodada.

Festa frustrada
Mais de 20 mil torcedores em São Januário se prepararavam para a festa do acesso. Placas com menção à Segunda Divisão e gritos de "vamos subir, Vasco!" tomavam conta das arquibancadas. Mas o resultado não veio, e o fim do jogo foi acompanhado de vaias e protestos. Invicto como mandante até então, o Vasco perde a primeira em casa justamente no último jogo diante de sua torcida na temporada.

Primeiro tempo
O Vasco começou o jogo da melhor maneira possível: um gol logo aos três minutos. Anderson Conceição completou o cruzamento de Figueiredo e fez São Januário explodir. O Sampaio Corrêa, no entanto, não se deixou abalar, colocou a bola no chão e chegou ao empate com um chutaço de Pará de fora da área. Foi para o intervalo melhor na partida, embora os donos da casa tenham tido boas chances com Figueiredo e Marlon Gomes, por exemplo.

Segundo tempo
Com as entradas de Yuri Lara e Alex Teixeira, o Vasco melhorou no segundo tempo. Parecia que o gol era questão de tempo, mas foi o Sampaio que balançou a rede: Poveda aproveitou o rebote do chute de Catatau e colocou o Tubarão na frente no placar. Jorginho coloco o grandalhão Fábio Gomes no jogo, e o time passou a experimentar os cruzamentos na área, a maioria deles sem sucesso. Até que, já nos acréscimos, a receita funcionou: Andrey deixou tudo igual. No apagar das luzes, no entanto, quando a torcida vascaína ainda comemorava, Joécio frustou a festa marcando de cabeça o terceiro dos maranhenses.

Última rodada
A rodada derradeira da Série B do Brasileirão acontece no domingo da semana que vem, às 18h30 (de Brasília). O Vasco enfrenta o Ituano fora de casa, enquanto o Sampaio Corrêa recebe o Londrina no Castelão, em São Luís.

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Um jogo que poderia ser mais tranquilo. Esse é o sentimento da torcida do Atlético-MG após a vitória por 1 a 0 diante do Juventude. O time mineiro foi melhor ao longo dos 90 minutos e criou para ter uma vitória mais tranquila que o placar mínimo, inclusive perdendo pênalti. No entanto, a falha em converter as chances criadas, deixou o jogo perigoso. O Juventude, mesmo sem tanta posse de bola, criou boas chances e poderia ter empatado o jogo em alguns lances. No entanto, a equipe gaúcha não conseguiu marcar e se tornou a primeira equipe rebaixada para a Série B.

Galo cola no G-6
O resultado foi muito importante para o Atlético-MG. Vendo seus rivais diretos na tabela vencer na rodada, os três pontos fizeram a equipe colar no Athletico, 6º colocado com os mesmos 51 pontos. A derrota decretou o rebaixamento da equipe gaúcha para o próximo ano. Os gaúchos ocupam a última colocação com 21 pontos em 34 partidas disputadas.

Roteiro repetido, mas final feliz
O Atlético-MG conseguiu novamente dominar a partida. Assim como foi diante do Fortaleza, a equipe teve mais posse de bola e criou muitas chances. A diferença é que, nessa noite, o Galo conseguiu fazer pelo menos um gol. O tento quebrou um jejum de três jogos, mas foi marcado pelo lateral Dodô. Os jogadores de frente seguem devendo no Brasileirão.

Ju é o primeiro rebaixado no Brasileirão
O jogo dessa quarta sacramentou uma situação que vinha se desenhando há muito tempo. Com apenas três vitórias no Brasileirão, o Juventude não demonstrou forças para sair da briga na parte inferior da tabela. Foi derrotado mais uma vez e viu seu rival ser superior em campo, no entanto, teve chances para marcar um gol e complicar a vida do Galo.

Momento fofura? Tivemos!
Hulk, fora por lesão, esteve no Mineirão. O jogador incentivou os companheiros da equipe de um dos camarotes do estádio. O camisa 7 estava acompanhado da sua esposa Camila e da filha do casal, Zaya. Sem previsão para retorno, Hulk faz trabalhos na academia do Atlético e o clube prepara o atleta para estar completamente recuperado até o início da pré-temporada.

Primeiro tempo
O primeiro tempo foi de domínio, praticamente, total do Atlético-MG. Keno, Nacho e Pavón perderam chances. A pressão dos mineiros surtiu efeito aos onze minutos. Dodô completou boa jogada e finalizou com perfeição de dentro da área. O Galo seguiu pressionando, mas via o Juventude assustar. Yuri Lima cabeceou e Éverson evitou o empate. Pitta também perdeu boa chance em contra-ataque.

Segundo tempo
O roteiro na segunda etapa se repetiu. O Atlético seguiu dominando as ações da partida e criando chances. Nacho sofreu pênalti e foi para cobrança, mas César defendeu a cobrança e também o rebote finalizado por Pavón. A partir daí, o jogo ficou tenso. Com a liderança no placar, os donos da casa criavam chances e falhavam em aproveitar para ampliar a liderança. O Juventude assustava no contra-ataque e Rafinha perdeu boa chance, novamente parando nas mãos de Everson.

Agenda
O próximo compromisso do Atlético-MG será na terça, às 21h30, no Morumbi diante do São Paulo, em briga direta pela 7ª colocação do Brasileirão. O Juventude, já rebaixado, receberá o Coritiba na quarta, às 19h, no Alfredo Jaconi.

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Com dois gols de Juninho Capixaba e um de Romarinho, o Fortaleza superou o Coritiba por 3 a 1, na noite desta quinta-feira (27), no Castelão, pela 34ª rodada da Série A do Brasileiro. O Fortaleza tem 48 pontos e segue firme na luta pela Pré-Libertadores. O Coritiba segue com 35 pontos, perto da temida zona de rebaixamento. Guillermo de los Santos acabou expulso

Primeiro tempo
O Fortaleza abriu o placar logo no primeiro minuto, com Juninho Capixaba. Thiago Galhardo e Capixaba tiveram boas chances na sequência, mas não marcaram. O árbitro chegou a dar pênalti para o Coritiba, mas na revisão do VAR viu que a bola não bateu na mão de Capixaba. O Fortaleza perdeu Lucas Sasha, com mal-estar, e entrou José Welison. Em lance revisado pelo VAR, foi marcado pênalti em Lucas Lima. Galhardo bateu, e o goleiro defendeu. No fim, Trindade cobrou falta na área, Guillermo conseguiu cabecear, mas Fernando Miguel fez a boa defesa. Resposta veio com Pedro Rocha, que mandou chutaço de dentro da área, para grande defesa de Gabriel

Segundo tempo
O Fortaleza teve a primeira boa chance do segundo tempo, com Pedro Rocha. Depois, Alef Manga arriscou, a bola bateu em Fernando Miguel e tocou na trave. Matheus Cadorini venceu a marcação e chutou sem chance para o goleiro: 2 a 1. Em jogada bem trabalhada, o atacante Romarinho meteu o carrinho na bola e marcou o terceiro do Leão. Guillermo de los Santos, do Coritiba, foi expulso por matar o ataque do Fortaleza

Próximos embates
O Fortaleza encara o Palmeiras no dia 2 de novembro, fora de casa, às 16 horas, pela 35ª rodada da Série A. O Coritiba viaja para jogar contra o Juventude, no mesmo dia, pela mesma rodada, às 19 horas

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O São Paulo não fez grande jogo, mas arrancou uma vitória fundamental para o objetivo de conquistar uma vaga na Libertadores de 2023. Nesta quinta-feira, no Morumbi, o Tricolor venceu o Atlético-GO por 2 a 1, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, graças a um gol de Luan no último lance – depois de sair na frente com Calleri, ver Baralhas empatar e quase sofrer a virada, que só não saiu por causa das grandes defesas de Felipe Alves. O que importa para o torcedor tricolor, a essa altura, é o resultado: o São Paulo está ainda mais forte na busca pela Libertadores e a um ponto do Atlético-MG, rival direto da próxima rodada. Já o Dragão, que perdeu chance atrás de chance, não consegue sair da zona de rebaixamento.

Como fica?
A vitória leva o São Paulo aos 50 pontos, ainda em oitavo lugar, a um de distância de Atlético-MG e Athletico-PR, hoje na zona da Libertadores. O Atlético-GO permanece com 33, na zona de rebaixamento.

Primeiro tempo
O primeiro tempo foi dividido em dois momentos: começou com o São Paulo pressionando, trocando passes com velocidade e encontrando espaços principalmente pelo meio, com Luciano e Calleri. Foi por ali que o argentino aproveitou chute na trave de Luciano, pegou o rebote e fez o primeiro gol do jogo – anulado por impedimento já em campo e depois com confirmação do VAR. Bastante ofensivo, já que o Atlético-GO deixava apenas Churín entre os zagueiros rivais, o São Paulo empurrou o time goiano para trás e abriu o placar (agora sim!) após bela triangulação que passou por Luciano, Patrick e terminou em Calleri. Depois do 1 a 0 veio o segundo momento, com o Atlético-GO saindo para o jogo e achando muitos espaços entre zagueiros e meio-campo do Tricolor, além dos erros de passe na saída de bola do São Paulo, principalmente com Moreira. O Dragão arriscou muito de longe, viu um chute de Luiz Fernando raspar a trave e exigiu duas grandes defesas de Felipe Alves em um mesmo lance – finalização de Airton e cabeçada de Churín no rebote.

Segundo tempo
O São Paulo voltou depois de quase 20 minutos de intervalo, tempo acima do normal, e não se acertou em campo. O Atlético-GO teve domínio das ações na maior parte do tempo, atacando as laterais, cruzando bolas na área e vendo Churín levar vantagem sobre os zagueiros – seja pelo alto, seja fazendo o pivô para outros jogadores. Retraído, o São Paulo deixou Calleri isolado no ataque, e o atacante só teve uma chance, em chute que mal levou perigo ao goleiro Renan. Rogério Ceni mudou o meio-campo, lançando Galoppo e Talles Costa, mas o poder de marcação se esvaiu – e assim nasceu o gol de empate do Atlético-GO. Rafinha errou a saída de bola, Baralhas interceptou e teve caminho livre até a entrada da área, quando acertou um lindo chute e fez golaço. O Tricolor não conseguiu reagir, enquanto o Dragão só não fez o segundo e decretou a virada porque parou em mais defesas de Felipe Alves – a principal delas em chute de Churín após lindo lançamento de Jorginho. No último lance, o castigo para os goianos: Luan aproveitou rebote de cruzamento na área, chutou e fez o gol da vitória do São Paulo.

Próximos jogos
O São Paulo recebe o Atlético-MG no Morumbi, terça-feira que vem, às 21h30 (de Brasília), no Morumbi, em duelo direto por vagas na Libertadores. O Atlético-GO enfrenta o Santos na quarta, às 19h, no Antônio Accioly. Os dois jogos são válidos pela 35ª rodada do Brasileirão.

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Termina nesta sexta-feira (28) o período de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Também é o último dia para a realização de debate, não podendo ultrapassar o horário de meia-noite. A propaganda eleitoral para o segundo turno começou em 7 de outubro.

No caso dos presidenciáveis foram dez minutos por dia para cada um. A propaganda na TV foi veiculada de segunda a sábado, das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40. No rádio, a mídia dos candidatos ao Palácio do Planalto foi das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10.

Nesta sexta termina também o prazo para os representantes de partidos ou federações partidárias comunicarem aos juízos eleitorais os nomes das pessoas autorizadas a expedir as credenciais dos fiscais e dos delegados habilitados a fiscalizar os trabalhos de votação, apuração e totalização durante o segundo turno das eleições.

Salvo-conduto
Na quinta-feira (27) começou o prazo para a emissão de salvo-conduto expedido a favor dos eleitores brasileiros. Segundo a legislação eleitoral, o juiz eleitoral ou o presidente da mesa receptora de votos pode expedir o documento em favor de eleitor que sofrer violência moral ou física na sua liberdade de votar ou pelo fato de ter votado.

Quem desobedecer ao salvo-conduto pode ser penalizado com pena de prisão de até cinco dias. A medida é válida para o período entre 72 horas antes e 48 horas depois da votação. O salvo-conduto é uma garantia à liberdade do eleitor, para que ele não sofra nenhum tipo de intervenção nem de coação na eleição.

Imunidade eleitoral
Já a última terça-feira (25) deu início ao período em que nenhum eleitor pode ser preso nem detido, a não ser em casos de flagrante. A regra vale até 48 horas após o segundo turno das eleições. Trata-se da imunidade eleitoral, que entra em vigor, no caso dos eleitores, cinco dias antes da votação.

Entretanto, a imunidade eleitoral não vale para ocorrências de flagrante delito nem em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável. Também não tem efeito em caso de desrespeito a salvo-conduto de outros eleitores. Isso quer dizer que, no dia da votação, poderá ser preso quem fizer propaganda de boca de urna, promover comícios ou constranger eleitores de forma a prejudicar o direito de votar dos cidadãos.

R7
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (27) que o uso de armas nucleares na Ucrânia "não faria sentido, seja em termos políticos ou militares" para seu país.

Putin ainda convocou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a visitar a Ucrânia "o mais rápido possível", já que, segundo ele, Kiev estaria apagando as provas de que está preparando uma "bomba suja".

"A AIEA quer vir (...). Somos a favor, o mais rápido e da forma mais ampla possível, pois sabemos que as autoridades de Kiev fazem todo o possível para cobrir os rastros desses preparativos", afirmou Putin, no Clube de Discussão Valdai, entidade ligada ao governo russo com sede em Moscou.

Uma bomba suja é uma bomba convencional, à qual se adiciona material radioativo, biológico, ou químico, que se espalha na explosão. Há vários dias, a Rússia acusa a Ucrânia de preparar esse tipo de bomba.

"Dei (ao ministro da Defesa Serguei) Shoigu a ordem de ligar para todos os seus colegas e informá-los", disse Putin.

Na última semana, em inúmeras ligações para seus colegas na França, Estados Unidos, Reino Unido, China e Índia, Shoigu insistiu nesse suposto plano.

Paris, Washington e Londres rejeitaram essa ideia, e o chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, advertiu que a Rússia pode usar tais alegações como "pretexto" para uma escalada do conflito.

Kiev suspeita que a Rússia pode lançar esse tipo de bomba e acusar a Ucrânia para, com isso, justificar o uso de armas nucleares convencionais em um momento em que Moscou está acumulando reveses no sul e no leste do país invadido.

Direito de existir
"A próxima década será provavelmente a mais perigosa, imprevisível e, ao mesmo tempo, importante desde o fim da Segunda Guerra Mundial", disse Putin a membros do Clube de Discussão Valdai, acrescentando que a situação é "até certo ponto, revolucionária".

A atual ofensiva russa na Ucrânia é apenas parte dos "movimentos tectônicos em toda a ordem mundial", acrescentou.

"O período histórico do domínio exclusivo do Ocidente sobre os assuntos mundiais está chegando ao fim. O mundo unipolar está se tornando uma coisa do passado", continuou ele.

"Estamos em uma fronteira histórica", enfatizou. Segundo ele, as potências ocidentais são incapazes de "governar a humanidade por conta própria", embora "tentem desesperadamente fazê-lo". Ele ainda disse que "a maioria dos povos do mundo não pode mais suportar isso".

"Moscou está apenas defendendo seu direito de existir, enquanto os países ocidentais querem destruir e varrer a Rússia", conpletou.

R7, com informações da AFP
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O pagamento de dividendos da Petrobras e a arrecadação recorde fizeram as contas públicas registrarem, em setembro, o segundo maior resultado positivo da série histórica para o mês. No mês passado, o Governo Central - Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - registrou superávit primário de R$ 10,954 bilhões, divulgou hoje (27) o Tesouro Nacional.

Em valores nominais, esse é o segundo maior superávit para o mês desde o início da série histórica, só perdendo para setembro de 2010. Ao descontar a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o resultado foi o sexto melhor da série histórica, em 1995.

O resultado veio melhor que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 847,6 milhões em setembro.

Com o resultado de setembro, o Governo Central fechou os 9 primeiros meses do ano com resultado positivo de R$ 33,775 bilhões. Ao corrigir os valores pela inflação, esse é o melhor resultado para o período desde janeiro a setembro de 2013.

O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Apesar da possibilidade de déficit nos próximos meses, a equipe econômica estima que o Governo Central fechará o ano com superávit primário de R$ 13,548 bilhões, o primeiro resultado positivo anual desde 2013.

Segundo o Tesouro Nacional, o superávit poderia chegar a R$ 37,45 bilhões em 2022 não fosse o acordo sobre o controle do Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista. Por meio do acordo, a União pagou R$ 23,9 bilhões à Prefeitura de São Paulo em troca da extinção do processo judicial que questionava o controle do Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista.

A previsão de superávit ocorre mesmo com a emenda constitucional que aumentará gastos sociais em R$ 41,25 bilhões no segundo semestre e com as desonerações de R$ 71,56 bilhões que entraram em vigor em 2022. A estimativa foi divulgada na última edição do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.

Receitas
As receitas continuam crescendo em ritmo maior do que as despesas. No último mês, as receitas líquidas cresceram 14% em relação a setembro do ano passado em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o crescimento atingiu 6,4%. No mesmo período, as despesas totais subiram 6% em valores nominais, mas caíram 1,1% após descontar a inflação.

Em relação ao pagamento de impostos, houve crescimento de R$ 2,9 bilhões acima da inflação no Imposto de Renda, motivado principalmente pelo aumento do lucro das empresas. Em grande parte, essa alta reflete o aumento do lucro das empresas e energia e de petróleo no início do ano, o que ajuda a compensar parcialmente as desonerações para a indústria e para os combustíveis.

A alta do petróleo no mercado internacional também contribuiu para o pagamento recorde de dividendos da Petrobras, que somaram R$ 12,6 bilhões em setembro. Os dividendos são a parcela do lucro que a empresa paga aos acionistas. No caso das estatais, o Tesouro Nacional recebe a maior parte dos dividendos, por ser o principal controlador.

Com o encarecimento do petróleo no mercado internacional, as receitas com royalties cresceram R$ 1,653 bilhão (31,5%) acima da inflação no mês passado na comparação com setembro de 2021. Atualmente, a cotação do barril internacional está em torno de US$ 90 por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Despesas
Do lado das despesas, houve queda de R$ 7,9 bilhões com créditos extraordinários e de R$ 2,3 bilhões nos gastos com saúde, principalmente as despesas associadas ao combate à pandemia da covid-19. No entanto, esse recuo foi compensado pelo aumento de outros gastos.

Subiram os gastos com programas sociais após a emenda constitucional que aumentou o valor do Auxílio Brasil e criou os Auxílios Taxista e Caminhoneiro. Apenas com o Auxílio Brasil, o impacto do reajuste do valor mínimo do benefício para R$ 600 correspondeu a R$ 5 bilhões em setembro.

No acumulado do ano, o aumento nas despesas discricionárias (não obrigatórias) com controle de fluxo chega a R$ 48,487 bilhões (43%) acima do IPCA. Essa categoria abrange os programas sociais, como o Auxílio Brasil.

Em contrapartida, os gastos com o funcionalismo federal caíram 7,3% no acumulado do ano descontada a inflação. A queda reflete o congelamento de salários dos servidores públicos que vigorou entre julho de 2020 e dezembro de 2021 e a falta de reajustes em 2022.

Em relação aos investimentos (obras públicas e compra de equipamentos), o governo federal investiu R$ 29,453 bilhões nos 9 primeiros meses do ano. O valor representa queda de 15,4% descontado o IPCA em relação ao mesmo período de 2021.

Agência Brasil
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