O assassino que invadiu duas escolas e deixou três pessoas mortas e outras 16 feridas em Aracruz, no Espírito Santo, foi preso no início da tarde desta sexta-feira (25).
A informação foi confirmada pelo governador Renato Casagrande (PSB) pelo Twitter. Na publicação, ele disse que equipes de segurança conseguiram prender o atirador.
Ele foi preso cerca de quatro horas após o ataque em sua casa, em Aracruz. Detalhes da identidade do assassino não foram divulgadas pela polícia. Segundo a polícia, ele havia usado um carro na ação e na fuga. O veículo estava com a placa parcialmente encoberta, mas pelos números restantes foi possível identificar o endereço do atirador.
O ataque
O crime aconteceu por volta das 9h30 na Escola Estadual Primo Bitti e em uma escola particular que fica na mesma via, em Praia de Coqueiral, a 22 km do centro da cidade. Aracruz, onde o ataque aconteceu, fica a 85 km ao norte da capital.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o assassino invadiu a escola estadual com uma pistola e fez vários disparos assim que entrou no estabelecimento de ensino. Depois, foi até a sala dos professores e fez novos disparos. Na unidade, dois professores foram mortos.
Na sequência, ele deixou o local em um carro e seguiu para a escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, que fica na região. Na unidade, um aluno foi morto.
Ao todo, dois professores e um aluno foram mortos. As identidades e idades não foram divulgadas. Onze pessoas foram baleadas, uma delas teve de ser resgatada pelo helicóptero ao hospital.
Segundo os dados do Censo Escolar de 2021, a escola Primo Bitti tem cerca de 500 alunos matriculados. O governo estadual não confirmou quantos alunos estavam no local no momento do atentado.
g1
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dará "prioridade total" à Reforma Tributária, logo no início do mandato, de acordo com o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), cotado para assumir o Ministério da Fazenda no terceiro mandato do petista.
Lula, que se recupera de um procedimento cirúrgico, enviou Haddad como representante para o Almoço Anual de Dirigentes de Bancos, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta sexta-feira (25), na capital paulista, numa espécie de teste para a pasta.
Em quase meia hora de pronunciamento, o ex-prefeito comentou intenções e "visões estratégicas" do presidente eleito. Além disso, como ele próprio definiu, tentou ser "parcimonioso".
Haddad não fez nenhuma menção sobre possível indicação para o Ministério da Fazenda. "A determinação clara de Lula é de que nós possamos dar, logo no início do governo, prioridade total para a Reforma Tributária. A prioridade no ano que vem será a aprovação da primeira etapa, com proposta para mudar o que diz respeito aos impostos indiretos. Na sequência, (a ideia) é encaminhar a proposta de impostos sobre renda e patrimônio, para completar o ciclo dessas reformas", detalhou.
Na avaliação de Haddad — que é advogado, mestre em economia, doutor em filosofia e professor de ciência política — a carga de impostos do país é um "caos que afugenta investimentos e atrapalha investidores sediados no Brasil". Para ele, a revisão de tributos conta com apoio da sociedade, inclusive do setor bancário e, por isso, terá êxito.
Isaac Sidney, presidente da Febraban e o primeiro a discursar no evento, defendeu a Reforma Tributária e do Estado para melhorar o ambiente de negócios. "Em 2023, temos de enfrentar o atual modelo tributário, que é perverso e penaliza o consumo, os investimentos e a produção", declarou.
Em meio à discussão da proposta de emenda constitucional (PEC) do estouro, que tenta excluir o Bolsa Família do teto de gastos, Haddad criticou o Auxílio Brasil, instituído pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
"A despesa piorou muito. O teto de gastos, embora seja reputado como quem garantiu que a inflação não voltasse com a força que poderia, não conseguiu inibir a piora do gasto público. O orçamento público precisa ser reformado, inclusive de programas recém-aprovados, caso do Auxílio Brasil. O Bolsa Família acabou com a fome com transferência de renda de menos de 0,5% do PIB. Hoje, o Auxílio Brasil usa mais de 1,5% do PIB e não resolveu o problema. Alguma coisa muito errada está acontecendo com o desenho e a execução do programa."
Haddad acredita que a revisão dos gastos autorizados é defendida por "qualquer pessoa minimamente versada em distribuição de renda por meio de transferência de recursos governamentais". "Temos a enorme tarefa de reconfigurar o orçamento e dar mais transparência, sem tirar o protagonismo do Congresso. São duas tarefas que devem ser endereçadas já em 2023: melhorar a qualidade da receita por meio da reforma tributária e melhorar a qualidade do gasto com choque de gestão", afirmou.
O petista admitiu, ainda, "problemas" na transição. "Vejo alguns problemas, como todos vocês estão vendo. Estamos no período de transição, e o governo e os ministros ainda não foram anunciados", apontou. Por fim, Haddad destacou que Lula é, essencialmente, um "democrata, nascido numa mesa de negociações".
A falta de anúncio da equipe do novo governo, especialmente do futuro chefe da Fazenda, é vista como o principal entrave que impede as articulações da PEC do estouro no Congresso Nacional. Parlamentares de fora do grupo aliado ao PT não querem "dar um cheque em branco" à nova gestão sem saber de quem cobrar eventuais acordos e compromissos.
No almoço da Febraban, além de Isaac Sidney e Fernando Haddad, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apresentou as perspectivas para 2023 e fez um balanço de 2022.
R7
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O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, se reuniram nesta sexta-feira (25) em Pequim, no qual o anfitrião declarou que seu país "fará todo o possível para dar apoio" aos cubanos, que "enfrentam grandes desafios", noticiou a imprensa local.
Xi afirmou que, "independentemente da situação internacional", o país asiático "não mudará" sua política de "amizade" com Cuba ou sua "vontade de trabalhar" com a nação caribenha para "proteger a justiça internacional e se opor à hegemonia".
Por sua vez, o presidente cubano, que chegou nesta manhã à China para uma visita oficial de dois dias, mencionou a crise econômica do país e indicou que conta com "o apoio de países amigos como a China", informou a Presidência cubana na rede social Twitter.
Díaz-Canel transmitiu a Xi "as saudações cordiais de seu amigo General do Exército Raúl Castro" e lembrou que Fidel Castro destacou "a capacidade e a firmeza" do atual presidente chinês, justamente no dia em que se completa o sexto aniversário da morte do ex-líder cubano.
O mandatário cubano também garantiu que valoriza "de uma forma muito positiva" as "contribuições teóricas e práticas para a construção do socialismo" de Xi Jinping à frente do Partido Comunista Chinês (governante), afirmou a Presidência cubana.
O presidente chinês manifestou a disposição de Pequim para "aprofundar a confiança política mútua e ampliar a cooperação prática" com Havana, observando que as relações bilaterais são "um caso exemplar de solidariedade e cooperação entre países socialistas e apoio sincero entre países em desenvolvimento".
Após a reunião, foram assinados 12 documentos, incluindo um plano de consultas entre os ministérios das Relações Exteriores dos dois países, um memorando de entendimento para a promoção das Novas Rotas da Seda, plano da China de construir infraestruturas em mais de 60 países, e um memorando para o "fortalecimento da cooperação econômica e comercial" entre as duas nações.
Da mesma forma, foi organizada uma cerimônia de entrega e recebimento de matérias-primas, uniformes escolares, doações em dinheiro, suprimentos médicos e medicamentos para Cuba, que atravessa um dos piores momentos econômicos das últimas décadas, marcado por uma grave crise energética.
Díaz-Canel chegou a Pequim, a convite de Xi Jinping, depois de visitar Moscou e Ancara nos últimos dias, onde conheceu os presidentes da Rússia e Turquia, Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, respectivamente.
A visita anterior do mandatário cubano à China, a primeira estando no governo, ocorreu em novembro de 2018, durou três dias, durante os quais se reuniu com Xi, com quem concordou em promover laços de "amizade" entre os dois países e foram assinados vários acordos bilaterais.
A atual estadia do presidente cubano decorre numa “bolha anti-covid”, um modo de circuito fechado em que os visitantes não têm contato com o mundo exterior, cumprindo as rígidas restrições que a China mantém desde o início da pandemia.
A viagem de Díaz-Canel à China marca a primeira de um presidente latino-americano ao país asiático desde o final do 20º Congresso do Partido Comunista Chinês, realizado em outubro e no qual Xi Jinping foi reeleito para um terceiro mandato como secretário-geral, inédito entre seus antecessores imediatos.
Cuba foi, em 1960, o primeiro país latino-americano a estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China, criada em 1949.
EFE
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniu com mães de soldados russos nesta sexta-feira (25) e pediu para que não acreditem em "mentiras" sobre a ofensiva na Ucrânia e que "compartilha a dor" com aquelas que perderam seus filhos na guerra.
"Quero que saibam que eu e todos os líderes do país compartilhamos da sua dor. Sabemos que nada pode substituir a perda de um filho", disse Putin. "A vida é mais complexa do que vemos na televisão ou na internet (...), há muitas mentiras", acrescentou o líder russo.
As mães e esposas de soldados russos que foram para a Ucrânia uniram forças para exigir que Putin cumpra suas promessas, em vídeos amplamente compartilhados online.
O Kremlin, depois de ordenar uma mobilização parcial em setembro, garantiu que as centenas de milhares de soldados alistados seriam devidamente treinados, receberiam equipamentos apropriados e não seriam enviados para as linhas de frente.
Algumas promessas que se revelaram em grande parte vãs: há soldados mobilizados que morreram na linha da frente, recrutaram-se homens inaptos, como pais de família e idosos; o equipamento adequado é escasso e muitos dos mobilizados não receberam treinamento militar.
Um recrutamento desordenado que obrigou as autoridades a admitir "erros" e que tem preocupado os familiares dos enviados para a Ucrânia.
Essa preocupação, que pode levar a distúrbios sociais, colocou o Kremlin em uma posição delicada: enquanto as autoridades reprimem implacavelmente qualquer questionamento sobre a ofensiva na Ucrânia, a voz das mães e esposas dos soldados é sagrada e, se elas foram presas, o impacto sobre sociedade seria notável.
Putin encontrou "mães de soldados que ele tirou da manga, que farão as perguntas certas e lhe agradecerão, como sempre", lamenta Olga Tsukanova, mãe de um jovem que presta serviço militar.
Ela foi propositalmente a Moscou da cidade de Samara, 900 km mais a leste, na esperança de ser recebida no Kremlin. Em vão. "Acho que eles estão com medo que eu faça perguntas irritantes. Mas esse problema precisa ser resolvido!", diz.
Pedir explicações
O presidente russo está ciente de quão delicada é a questão dos parentes dos soldados.
Em agosto de 2000, quando o naufrágio do submarino russo "Kursk" causou a morte de 118 tripulantes, ele foi amplamente criticado, acusado de ter demorado demais para reagir.
Durante as duas guerras da Chechênia, um movimento de mães de soldados também incomodou o poder e reforçou o descontentamento entre os russos.
Nesta ocasião, devido ao clima de repressão, os protestos das esposas e mães dos militares não questionaram diretamente a ofensiva na Ucrânia, mas alguns denunciaram as condições em que seus familiares foram mobilizados.
Sua condição de mães e esposas de homens que foram servir ao país lhes dá legitimidade e uma espécie de proteção contra qualquer perseguição.
Na sociedade russa "existe um sentimento inconsciente de que as mulheres têm o direito" de exigir explicações do poder, diz Alexei Levinson, sociólogo do centro independente Levada.
Estas mulheres "pedem que o Estado cumpra o seu papel de 'pai colectivo' dos mobilizados", sustenta. "Quando o Estado ou o comando militar não cumprem suas funções, as mulheres reclamam."
No momento, o movimento é díspar, pouco coordenado. Nas redes sociais, estão se espalhando chamadas de parentes que estão passando por momentos difíceis no front, e grupos informais estão sendo criados em torno de algumas figuras de destaque.
É o caso de Olga Tuskanova, que milita por ums opositora polêmica, Svetlana Peunova, procurada na Rússia e acusada de promover teorias da conspiração.
No entanto, há mulheres que têm medo de ter problemas ou causar problemas para seus parentes no front se falarem com a imprensa, principalmente se for estrangeira.
"Enviamos cartas oficiais às autoridades", escreveu um deles à AFP, pedindo para permanecer anônima. "Não são os jornalistas que vão tirar os nossos homens das trincheiras e não queremos causar-lhes ainda mais problemas."
R7, com AFP
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O presidente do Peru, Pedro Castillo, aceitou a renúncia de seu primeiro-ministro e vai reformular o ministério mais uma vez, anunciou ele na última quinta-feira (24), em meio a uma longa batalha entre os poderes Executivo e Legislativo.
O ex-primeiro-ministro Aníbal Torres, um fiel aliado de Castillo, desafiou o Congresso controlado pela oposição a um voto de confiança na semana passada, para verificar se o governo tem maioria no legislativo. Mas o Congresso se recusou a realizar tal votação na quinta-feira, dizendo que as condições para isso não foram atendidas.
"Tendo aceitado a renúncia do primeiro-ministro, a quem agradeço por seu trabalho em nome do país, renovarei o gabinete [ministerial]", disse Castillo em uma transmissão nacional de televisão.
O desafio do voto de confiança visava pressionar o Congresso em meio às tensas relações entre os dois poderes.
Os parlamentares da oposição buscaram duas vezes destituir Castillo, mas não conseguiram derrubá-lo, embora tenham conseguido demitir vários ministros.
"Peço ao Congresso que respeite o estado de direito, os direitos do povo, a democracia e o equilíbrio dos poderes do Estado", acrescentou Castillo.
Reuters
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A Rússia, além das dificuldades militares na Ucrânia, enfrenta tensões internas na Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), aliança militar promovida por Moscou para manter sua área de influência no Cáucaso e na Ásia Central.
Durante uma cúpula do CSTO em Yerevan (Armênia), o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinián, denunciou a incapacidade de seus aliados em ajudar seu país na guerra com o Azerbaijão, com quem se disputa o controle da região de Nagorno Karabagh.
Um artigo do CSTO prevê que quando um dos países membros sofre uma agressão, os demais intervêm para defendê-lo, lógica semelhante à estabelecida pela OTAN.
No entanto, apesar de seus repetidos pedidos, a Armênia não recebeu ajuda militar de seus aliados.
Pashinián denunciou que isso supõe "enormes danos à imagem do CSTO, tanto em nosso país como no exterior".
Além de sua não intervenção na Armênia, o papel da Rússia como potência regional e mundial foi enfraquecido pelas dificuldades militares na Ucrânia, segundo seus aliados de longa data.
"Acho que todos nós pensamos a mesma coisa: se a Rússia cair, nosso lugar ficará sob os escombros", disse o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, aliado de seu colega russo, Vladimir Putin.
"A Rússia está continuamente perdendo terreno. A confiança está enfraquecendo", disse à AFP Murat Aslat, pesquisador do think tank Seta, com sede em Ancara.
Em vez disso, a Turquia, que apoia o Azerbaijão na guerra com a Armênia, avança com seus peões para reforçar sua influência na Ásia Central.
"Deslocamento"
Também fazem parte do CSTO o Cazaquistão, o Quirguistão e o Tadjiquistão, além de Rússia, Armênia e a Bielo-Rússia
Muitos destes países duvidam, porém, do futuro desta organização, ainda mais tendo em conta as recentes tensões territoriais entre o Quirguistão e o Tajiquistão.
“Há cada vez mais competição e violações em vez de verdadeira cooperação e organização”, considera Murat, que observa “falta de identidade e consenso sobre problemas comuns”.
As autoridades russas estão oficialmente satisfeitas com o resultado da recente cúpula do CSTO. Esta organização serve para "garantir a defesa de nossos interesses nacionais e a soberania e independência de nossos países", disse Putin.
Mas a imprensa russa ficou menos satisfeita. "Os aliados têm prioridades diferentes", intitulou o jornal Kommersant na quarta-feira, e o jornal Nezavissimaia Gazeta assegurou que "em Yerevan, capital da Armênia, eles tentaram salvar a aliança do deslocamento", dadas as preocupações e interesses divergentes e a falta de solidariedade entre os países membros.
Richard Giragosia, diretor do think tank Centro de Estudos Regionais com sede em Yerevan, renomeou essa aliança com algum escárnio de "uma organização de tratado de insegurança coletiva". Este analista acredita que Putin é o principal responsável por seu declínio.
O futuro do CSTO não pode ser previsto, mas a perda de influência da Rússia abre as portas para que outras potências regionais ou mundiais aumentem sua influência na Ásia Central, como a Turquia ou a China.
O gigante asiático baseia sua influência geopolítica por meio da Organização de Cooperação de Xangai e seu projeto "novas rotas da seda".
AFP
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Metade dos habitantes da capital ucraniana, Kiev, ainda está sem eletricidade nesta sexta-feira (25), dois dias após os bombardeios russos contra infraestruturas estratégicas, informou o prefeito da cidade, Vitali Klitschko.
"Especialistas continuam restaurando (o sistema de energia) na capital. Metade dos consumidores ainda está sem eletricidade", escreveu Klitschko no Telegram.
"Ao longo do dia, as empresas de energia planejam conectar a eletricidade a todos os consumidores em alternância", disse ele, à medida que as temperaturas se aproximavam de 0 ºC com a chuva.
O presidente do conselho de administração da operadora nacional de eletricidade, Ukrenergo, Volodimir Kudriski, considerou que o sistema energético ucraniano "passou pelo momento mais difícil" após ataque da Rússia.
"Todas as regiões estão sendo restauradas, o sistema energético está novamente conectado ao sistema de energia da União Europeia", disse ele no Facebook.
Milhões de ucranianos passaram a quinta-feira sem eletricidade, especialmente em Kiev, após ataques maciços de mísseis russos à infraestrutura de água e eletricidade.
Essa estratégia russa foi chamada de "crime de guerra" pelos aliados ocidentais da Ucrânia.
AFP
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Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou crescimento, agora de 0,8%, em novembro. O avanço é mais expressivo na comparação com 2021, ficando em 10,9%.
Com o resultado, o indicador atingiu 131,9 pontos e é o maior patamar da série histórica, que começou em 2011. Os números foram divulgados hoje (25), no Rio de Janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que apura mensalmente o índice.
Tanto no comparativo com outubro quanto em relação a novembro de 2021, o destaque foi a avaliação da condição do desempenho atual da economia (em que o otimismo aumentou 4,8% e 33,8%, respectivamente), com a maior pontuação - 109,1 pontos - desde março de 2020, mês que demarcou o início da pandemia.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o fim de ano é, tradicionalmente, um momento de boas expectativas para o varejo, mas há outros fatores que contribuem para aumentar a confiança do empresariado do comércio.
“Em 2022, há uma condição especial e inédita que é a conjugação das intenções de compra para a Black Friday e o Natal com a realização da Copa do Mundo do Catar”, disse, acrescentando que, além desse impulso adicional, há a economia atual favorável e a previsão do pagamento da primeira parcela do 13º salário que reforçaram a confiança do empresário do comércio.
Pelos cálculos da CNC, a Black Friday deve movimentar R$ 4,2 bilhões no país. Se for confirmado, será o maior faturamento desde 2010. Já com a Copa, o incremento previsto para o varejo é de R$ 1,5 bilhão.
Contratação
Entre os comerciantes pesquisados, 85,2% revelaram que vão aumentar a contratação de funcionários neste fim de ano. O percentual é a maior proporção desde o início da apuração do Icec, em 2011. Após três meses de queda, o indicador registrou elevação de 0,2% na comparação mensal. Com isso, atingiu o maior nível histórico: 144 pontos.
A economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, apontou alguns fatores para o aumento da intenção de contratações. “A chegada das festas de fim de ano e o desempenho mais favorável da economia e do comércio estão incentivando as intenções de investir para absorver funcionários e estimular o consumo”, explicou.
Conforme as estatísticas da CNC, o Natal deve resultar na contratação de 109,4 mil trabalhadores temporários, o maior volume em nove anos no Brasil. Deste total, é possível que 11% sejam efetivados.
Situação geral
A CNC informou, também, que - em linha com a evolução positiva do varejo em setembro, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - a avaliação dos empresários sobre a situação atual do comércio voltou a melhorar no penúltimo mês do ano, com alta de 2%, após quedas nos três meses anteriores.
Entre os segmentos mais otimistas em novembro estão o de supermercados, o de farmácias e o de lojas de cosméticos, com alta de 4,4% no indicador.
Na visão da economista, as deflações entre julho e setembro permitiram a melhora no poder de compra dos consumidores e, consequentemente, as vendas no comércio. Catarina destacou que, em setembro, o grupo de alimentação e bebidas, que tem itens de grande peso na cesta de consumo da população, registrou deflação de 0,51%. Ainda que, em outubro, a inflação neste grupo tenha avançado 0,72%, o resultado acumulado em 12 meses desacelerou em 0,50 ponto percentual.
Roupas e calçados
Os mais satisfeitos com o nível de atividade do setor continuam sendo os comerciantes do segmento de vestuário, tecidos e calçados. Com a sétima alta mensal seguida, o indicador chegou a 120,3 pontos. “Essa dinâmica acontece pela necessidade que os consumidores têm, neste momento, de roupas e calçados novos para a retomada dos eventos sociais de fim de ano, o que deve ser incentivado pela Copa do Mundo”, observou a economista.
Um levantamento especial realizado pela CNC, com 18 mil consumidores em todas as capitais dos estados e no Distrito Federal, mostrou que 36% dos brasileiros pretendem comprar itens relacionados com a Copa, o que seria uma alta de 12 pontos percentuais em relação ao Mundial de Futebol de 2018. Os itens preferidos são os artigos de vestuário temático, indicados por 14,9% dos entrevistados.
O que é o índice
Para a CNC, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio é um indicador antecedente, “apurado exclusivamente entre os tomadores de decisão das empresas do varejo, cujo objetivo é detectar as tendências das ações do setor do ponto de vista do empresário”.
Aproximadamente seis mil empresas situadas em todas as capitais do país compõem a amostra. O índice avalia as condições atuais, as expectativas de curto prazo e as intenções de investimento dos empresários do comércio.
Agência Brasil
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As contas externas tiveram saldo negativo de US$ 4,625 bilhões em outubro, informou hoje (25) o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2021, o déficit havia sido de US$ 6,012 bilhões nas transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países.
A diferença na comparação interanual se deve ao superávit da balança comercial, que aumentou US$ 1,2 bilhão, enquanto os déficits em serviços cresceram US$ 967 milhões e em renda primária (lucros e dividendos) recuou US$ 1,1 bilhão.
Em 12 meses, encerrados em outubro, o déficit em transações correntes é de US$ 60,289 bilhões, 3,31% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), ante o saldo negativo de US$ 61,676 bilhões (3,43% do PIB) em setembro de 2022 e déficit de US$ 41,923 bilhões (2,63% do PIB) no período equivalente terminado em outubro de 2021.
Já no acumulado do ano, o déficit é de US$ 44,039 bilhões, contra saldo negativo de US$ 40,108 bilhões de janeiro a outubro de 2021.
Balança comercial e serviços
As exportações de bens totalizaram US$ 28,005 bilhões em outubro, aumento de 22,6% em relação a igual mês de 2021. As importações somaram US$ 25,453 bilhões, incremento de 18,5% na comparação com outubro do ano passado. Com esses resultados, a balança comercial fechou com superávit de US$ 2,551 bilhões no mês passado, ante saldo positivo de US$ 1,367 bilhão em outubro de 2021.
Em linha com a expansão do volume de comércio exterior, o déficit na conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros, entre outros) somou US$ 3,444 bilhões em outubro, aumento de 39% ante os US$ 2,478 bilhões em igual mês de 2021.
No caso das viagens internacionais, seguindo a tendência dos meses recentes, as receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil cresceram na comparação interanual e chegaram a US$ 413 milhões em outubro, contra US$ 266 milhões no mesmo mês de 2021. As despesas de brasileiros no exterior passaram de US$ 531 milhões em outubro do ano passado para em US$ 1,067 bilhão no mesmo mês de 2022.
Com isso, a conta de viagens fechou o mês com déficit chegando a US$ 653 milhões, ante déficit de US$ 265 milhões em outubro de 2021, contribuindo para elevar o saldo negativo em serviços. Segundo o BC, esta é uma conta muito afetada pelas restrições impostas pela pandemia da covid-19, e apesar da recuperação, os valores ainda estão muito abaixo do período pré-pandemia.
Rendas
Em outubro, o déficit em renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) chegou a US$ 4,054 bilhões, com redução de 22% ante os US$ 5,198 bilhões no mesmo mês de 2021. Normalmente, essa conta é deficitária, já que há mais investimentos de estrangeiros no Brasil, que remetem os lucros para fora do país, do que de brasileiros no exterior.
No caso dos lucros e dividendos associadas aos investimentos direto e em carteira, houve déficit de US$ 3,009 bilhões no mês de outubro deste ano, frente ao observado em setembro de 2021, de US$ 4,426 bilhões, redução de 32%. A redução decorreu das menores despesas com investimentos em carteira, que somaram US$ 383 milhões em outubro de 2022, ante US$ 2,295 bilhões em outubro de 2021.
Já as despesas líquidas com juros tiveram incremento de 35,1% e passaram de US$ 780 milhões para US$ 1,053 bilhão.
A conta de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 321 milhões, contra US$ 296 milhões em outubro de 2021.
Investimentos
Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 5,541 bilhões no mês passado, ante US$ 3,375 bilhões em outubro de 2021.
No mês passado, houve ingressos líquidos em participação no capital de US$ 3,792 bilhões, como com compra de novas empresas e reinvestimentos de lucros. Enquanto isso, as operações intercompanhia (como os empréstimos da matriz no exterior para a filial no Brasil) tiveram superávit de US$ 1,749 bilhão.
Nos 12 meses encerrados em outubro, o IDP totalizou US$ 73,805 bilhões, correspondendo a 4,05% do PIB, em comparação a US$ 71,639 bilhões (3,98% do PIB) no mês anterior e US$ 50,022 bilhões (3,14% do PIB) em outubro de 2021.
Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, porque os recursos são aplicados no setor produtivo e costumam ser investimentos de longo prazo. Para o mês de novembro, a estimativa do Banco Central para o IDP é de ingressos líquidos de US$ 6,502 bilhões.
Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingresso líquidos de US$ 3,251 bilhões em outubro de 2022, compostos por saídas de US$ 3,237 bilhões em ações e fundos de investimento e entradas de US$ 14 milhões em títulos de dívida.
O estoque de reservas internacionais atingiu US$ 325,546 bilhões em outubro, redução de US$ 2,034 bilhões em comparação ao mês anterior. O resultado decorreu, primordialmente, de vendas líquidas de US$ 1 bilhão em operações de linhas com recompra, e contribuições negativas das variações de preços e paridades, em US$ 823 milhões e US$ 166 milhões, respectivamente. A receita de juros totalizou US$ 576 milhões.
Revisões
A política do BC estabelece revisão ordinária anual do balanço de pagamentos e da posição de investimento internacional nos meses de julho e novembro. As fontes são os dados definitivos do Censo de Capitais Estrangeiros no País e da pesquisa Capitais Brasileiros no Exterior (CBE), ambos de 2021, do módulo de pagamento no exterior do Registro Declaratório Eletrônico - Registro de Operações Financeiras (RDE-ROF), da base de dados publicada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) contendo valores para despesas de fretes e da Declaração sobre a Utilização dos Recursos em Moeda Estrangeira Decorrentes do Recebimento de Exportações (Derex).
Para 2021, a revisão das estatísticas do setor externo resultou em aumento de US$ 18,4 bilhões no déficit em transações correntes, que passou de US$ 27,9 bilhões (1,74% do PIB) para US$ 46,4 bilhões (2,88% do PIB). O aumento decorreu das revisões de Transportes - Fretes, incremento de US$ 9,2 bilhões das despesas líquidas, e de lucros, elevação de US$ 8,5 bilhões das despesas líquidas. Os demais itens de revisão totalizaram acréscimo de US$ 800 milhões ao déficit.
Com isso, os déficits em renda primária e em serviços foram revistos, respectivamente, de US$ 50,5 bilhões para US$ 59 bilhões, e de US$ 17,1 bilhões para US$ 27 bilhões.
Na renda primária, a despesa total de lucros de investimento direto para 2021, apurada no censo, atingiu US$ 53,2 bilhões, aumento de US$ 9,8 bilhões comparativamente à estimativa anterior. Houve aumento de US$ 7,2 bilhões nas despesas de lucros remetidos e de US$ 2,7 bilhões nas despesas de lucros reinvestidos.
Em relação à receita total de lucros de investimento direto para 2021, apurada pelo CBE, a revisão implicou acréscimo de US$ 1,3 bilhão, totalizando US$ 24,6 bilhões, ante US$ 23,4 bilhões estimados anteriormente.
Em relação à conta financeira, os passivos de investimento direto permaneceram no mesmo nível. A revisão das despesas de lucros reinvestidos aumentou o IDP em participação no capital em US$ 2,7 bilhões, mas novas operações de desinvestimento, liquidadas diretamente no exterior e vinculadas com redução de Investimento Direto no Exterior (IDE)-participação no capital, somaram US$ 2,3 bilhões.
Adicionalmente, os ingressos líquidos em operações intercompanhia foram revistos para cima, em US$ 400 milhões. Liquidamente, as transações de IDP em 2021 mantiveram-se em US$ 46,4 bilhões, mesmo valor do déficit em transações correntes revisto.
Para 2022, de janeiro a setembro de 2022, o déficit em transações correntes foi revisto de US$ 29,6 bilhões para US$ 39,4 bilhões. Do aumento total de US$ 9,8 bilhões, a revisão de transportes respondeu por US$ 8,9 bilhões. Os demais itens estão associados ao aprimoramento das estimativas, que passaram a incorporar informações mais recentes da pesquisa CBE.
Na conta financeira, as transações de IDP foram revistas de US$ 70,7 bilhões para US$ 68,4 bilhões, basicamente por conta de informações retroativas quanto a amortizações de operações intercompanhia por meio de exportação de mercadorias.
Agência Brasil
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Um motorista foi preso após atropelar quatro pessoas - entre elas, uma criança - no bairro Dinamérica, em Campina Grande, no final da manhã desta sexta-feira (25).
Imagens do circuito de segurança mostram uma mulher e uma criança andando na calçada quando um carro vem na direção delas. Também é possível ver que um mototaxista e o passageiro foram atingidos no mesmo momento.
Após o atropelamento, o motorista desceu do carro para falar com o mototaxista. O condutor do carro, em entrevista à TV Paraíba, informou que achava se tratar de um assalto e aquela foi uma forma de reagir.
Também em entrevista à TV Paraíba, o advogado das vítimas disse que houve uma discussão de trânsito momentos antes e que o mototaxista teria pedido calma para o condutor do carro que estava muito exaltado. O motorista insistiu em perseguir o mototaxista até conseguir atingir de forma intencional a traseira da moto.
Três das quatro pessoas atropeladas ficaram feridas. O passageiro da moto foi levado pelo Samu para o Hospital de Emergência e Trauma em Campina Grande.
O condutor do carro está detido na Central de Polícia para prestar esclarecimentos, e a Polícia Civil vai abrir inquérito para apurar o caso.
g1 PB
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