Uma criança e um adulto morreram, e 5 pessoas ficaram feridas, quando um motorista palestino bateu seu carro em um grupo de pessoas em um ponto de ônibus nos arredores de Jerusalém na sexta-feira (10), disseram os serviços de emergência de Israel.
Um porta-voz da polícia disse que o motorista foi baleado e morreu no local. Segundo a polícia, o homem que atirou e matou o suspeito era um detetive que estava de folga.
Uma autoridade de segurança israelense identificou o motorista como Hussain Qraqaa, de 31 anos, morador de Issawia, em Jerusalém Oriental.
O médico voluntário Ariel Ben-David ajudou no resgate e contou como foi à Rádio do Exército:
"Todo mundo estava deitado, jogado, em péssimas condições. Para nosso pesar, uma criança não sobreviveu."
Além de um menino de seis anos, um homem de 20 anos também foi morto. O irmão da criança de seis anos ficou gravemente ferido no incidente, segundo a imprensa local.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, descreveu o incidente como um ataque terrorista e ordenou que as forças de segurança fossem reforçadas.
Um porta-voz do Hamas, o grupo islâmico que governa a Faixa de Gaza, elogiou o suposto ataque como uma "operação heroica", mas não reivindicou a responsabilidade.
Imagens mostram um carro azul destruído em frente ao ponto de ônibus na área de Ramot, uma parte de Jerusalém que foi anexada por Israel após a guerra de 1967 no Oriente Médio. Israel considera a área dentro dos limites da cidade de Jerusalém.
O ministro da Segurança, Itamar Ben-Gvir, responsável pelas forças policiais na área, visitou o local e foi recebido por multidões enfurecidas que o cercaram, alguns gritando "Morte aos terroristas!".
"Nada é mais difícil do que chegar a um incidente em que uma criança foi morta", disse Ben-Gvir. "Eu disse mais de uma vez que quero instituir a pena de morte para terroristas."
Ele disse que instruiu a polícia a montar postos de controle em torno de Issawiya, a área em Jerusalém Oriental de onde o motorista veio.
Dez membros da família do suspeito de terrorismo foram presos, segundo a polícia. Imagens mostraram policiais levando várias pessoas algemadas de uma casa.
O Escritório de Assuntos Palestinos dos EUA condenou o ataque e disse que estava trabalhando com ambos os lados para evitar uma escalada.
g1
Portal Santo André em Foco
O Índice de Atividades Turísticas calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu 4,1% em dezembro de 2022 ante novembro do ano passado, com expansão anual de 29,9% em 2022. Em novembro ante outubro do ano passado, houve estabilidade no índice.
Os dados foram veiculados na manhã desta sexta-feira (10) pelo instituto, junto com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).
Ainda de acordo com o IBGE, em dezembro do ano passado, o segmento de turismo se encontra 1,5% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020; e 5,5% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
Por regiões, na passagem de novembro de 2022 para dezembro do mesmo ano, o IBGE apurou que houve altas na atividade de turismo em 11 dos 12 locais pesquisados.
Nessa comparação, a influência positiva mais relevante ficou com São Paulo (aumento de 3,1% na atividade, naquela localidade), seguido por Rio de Janeiro (6,1%), Minas Gerais (7,2%) e Distrito Federal (17,9%).
O único resultado negativo, nessa comparação, foi observado em Rio Grande do Sul (-3,7%).
Já na comparação entre dezembro de 2022 e dezembro de 2021, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 12,6%, 21ª taxa positiva seguida. Nesse comparativo, houve altas em 11 das 12 unidades da federação onde o indicador é investigado, com destaque para São Paulo (12,6%), seguido por Minas Gerais (30,2%), Rio de Janeiro (13,9%), Paraná (12,3%) e Santa Catarina (15,6%). Em contrapartida, houve queda em, Pernambuco (-4,0%), o único resultado negativo.
Ainda ao analisar a ótica das regiões, o IBGE detalhou que, com o desempenho de dezembro de 2022, o turismo encerrou o ano passado com altas nas atividades turísticas em 12 locais investigados, com destaque para aumentos em São Paulo (36,0%), seguido por Minas Gerais (49,4%), Rio de Janeiro (16,1%), Rio Grande do Sul (35,8%) e Bahia (23,4%).
Valor Online
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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera instável nesta sexta-feira (10), após forte recuo na véspera em meio a rumores de que a equipe econômica avalia uma revisão antecipada das metas de inflação do país e pelo temor sobre uma maior influência do governo no Banco Central.
Às 15h44 o Ibovespa recuava 0,10%, a 107.897 pontos. Veja mais cotações.
Por volta do mesmo horário, as ações do Bradesco caíam mais de 7%, após divulgação do balanço na véspera (leia mais abaixo). Já a Petrobras era destaque de alta, subindo ao redor de 2%.
No dia anterior, o Ibovespa recuou 1,77%, a 108.008 pontos. Com o resultado, passou a acumular queda de 0,45% na semana, 4,75% no mês e de 1,54% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Um peso adicional para os negócios no mercado brasileiro vem do Bradesco. Em seu balanço divulgado na quinta-feira, o banco registrou um lucro líquido contábil de R$ 1,437 bilhões no quarto trimestre de 2022 - pior resultado trimestral em mais de 15 anos. Em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 3,170 bilhões), o lucro caiu 54,7%.
O banco informou, ainda, que provisionou 100% da operação que envolve um “cliente Large Corporate específico”, sem citar o nome do Grupo Americanas.
As atenções permanecem voltadas para os rumores de que a equipe econômica avalia uma revisão antecipada das metas de inflação do país. A reunião do Comitê Monetário Nacional (CMN) que vai discutir a meta de inflação para 2026 está prevista para junho – mas poderá ser antecipada e rever as metas já estabelecidas para os anos anteriores.
Os mercados têm se mostrado bastante sensíveis às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Banco Central, o que tem ampliado a volatilidade nos últimos dias e reforçado posições mais pessimistas do investidor local.
No início da semana, o presidente fez novas críticas ao patamar de juros do Brasil, que é ajustado pelo BC. Na segunda, disse que o país tem uma "cultura" de juros altos. Na terça, o país não cresce por conta da Selic na casa dos 13,75% ao ano.
Ministros e técnicos do governo disseram ao g1 que as duras críticas do petista ao Banco Central e à autonomia da instituição estão acima do tom e atrapalham o trabalho da equipe econômica. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, veio a público colocar panos quentes e dizer que a ata do Copom trouxe recado mais "amigável".
Por fim, para os parlamentares, não há "ambiente" para mudar as regras de autonomia do BC, algo que Lula havia sugerido na semana passada. A independência do BC foi estabelecida, por meio de lei, em 2021, e estabelece o mandato de quatro anos para o presidente do BC e tem como objetivo blindar o órgão de pressões político-partidárias.
Lula está nos Estados Unidos, onde se encontra com o presidente norte-americano, Joe Biden, nesta sexta.
Os EUA são o terceiro país visitado por Lula desde que tomou posse, em 1º de janeiro — ele já foi a Buenos Aires, na Argentina, e a Montevidéu, no Uruguai. Lula também tem a previsão de viajar nos próximos meses para China e Portugal.
g1
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Em viagem oficial aos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se nesta sexta-feira (10) com o senador norte-americano Bernie Sanders, do Partido Democrata.
Lula chegou nesta quinta-feira (9) a Washington, onde terá uma reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden. É a primeira visita de Lula ao país depois que retornou ao Palácio do Planalto.
Em uma rede social, Lula afirmou que teve o "prazer de conhecer ao vivo" Sanders nesta sexta.
"Já tínhamos conversado em reunião por vídeo antes. Falamos sobre sobre democracia, movimento sindical e melhores direitos e empregos para trabalhadores", disse o presidente brasileiro.
Filiado ao mesmo partido de Joe Biden, Bernie Sanders se colocou como pré-candidato da legenda à presidência dos Estados Unidos em 2020. Ele disputaria as prévias contra Biden, mas desistiu de concorrer.
Sanders é representante da ala mais à esquerda do Partido Democrata, enquanto Biden é considerado como moderado.
O político é crítico de ações antidemocráticas como as vivenciadas nos Brasil e nos EUA nos governos de Jair Bolsonaro e Donald Trump, do Partido Republicano.
Mudanças climáticas
O senador norte-americano afirmou em uma rede social que discutiu com Lula a defesa da democracia, direitos de trabalhadores e mudanças climáticas.
Sanders se encontrou com Lula na Blair House, residência oficial na qual Lula está hospedado em Washington. Após o encontro com o senador, Lula recebeu um grupo de deputados do Partido Democrata.
A reunião entre Lula e Biden, esperada desde que o petista derrotou Bolsonaro na eleição de 2022, está prevista para às 18h no horário de Brasília.
g1
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou que a reunião do Colégio de Líderes da próxima terça-feira (14) vai discutir regras de convivência entre os parlamentares após uma semana marcada por troca de ofensas no Plenário.
Lira quer estabelecer “boas práticas de oratória” para que o embate eleitoral seja encerrado. “Foi deprimente o que nós vimos aqui ante o comportamento de parlamentares, de parte a parte, uns acusando, outros defendendo, e vice-versa”, disse.
O presidente da Câmara destacou que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar será instalado e que os deputados poderão ser punidos. “A partir da eleição do próximo Conselho de Ética, independentemente de lado, sigla, ideologia, pensamento partidário, o deputado ou a deputada que se exceder no Plenário desta Casa responderá perante o Conselho de Ética”, disse.
Na avaliação de Arthur Lira, o objetivo é manter o nível elevado dos debates políticos, não censurar parlamentares. “Nós aqui não iremos tolher fala de parlamentar, não iremos tolher o que o parlamentar vai falar. Eu só estou dizendo que o que o parlamentar falar pode ter consequência”, disse.
Primeira representação
A primeira semana de embates já gerou uma denúncia. O PSB anunciou que vai acionar o Conselho de Ética contra o deputado Sargento Fahur (PSD-PR) por suposta ofensa ao ministro da Justiça, Flávio Dino.
Durante um encontro de parlamentares com a indústria da Defesa, realizado na quinta-feira (9) na Câmara dos Deputados, ao criticar as políticas contra a liberação de armas para os cidadãos, o deputado encerrou a fala com a seguinte frase: “Flávio Dino, vem buscar minha arma aqui, seu m…”.
O líder do PSB, deputado Felipe Carreras (PSB-PE), avaliou se tratar de uma ameaça à vida do ministro e vai processar o parlamentar. “Ninguém, sobretudo um deputado, tem o direito ameaçar a vida de outra pessoa, como fizeram com o Ministro da Justiça”, disse Carreras.
O partido avaliou que a imunidade parlamentar não deve ser sinônimo de impunidade para “cometer crimes contra a vida de outras pessoas ou incitar o ódio”.
Sargento Fahur negou que tenha ameaçado a vida de Flávio Dino e reconheceu que se excedeu na manifestação. "No caso da ofensa pessoal, acredito sim ser injustificável, mas não foi ameaça", afirmou.
"Estou no início do meu segundo mandato e, durante todo o primeiro acompanhei debates e mesmo ataques calorosos no Plenário e nas comissões e isso talvez tenha feito com que me excedesse um pouco em minha manifestação", disse.
Imunidade Parlamentar
A Constituição Federal estabelece, no Art. 53, que os deputados e senadores são invioláveis por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
O Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, já decidiu que a chamada imunidade parlamentar é restrita às declarações relacionadas ao exercício das funções parlamentares e não poderá ser invocada contra crimes.
“O Parlamento é o local por excelência para o livre mercado de ideias – não para o livre mercado de ofensas. A liberdade de expressão política dos parlamentares, ainda que vigorosa, deve se manter nos limites da civilidade”, decidiu em 2020 o ex-ministro Marco Aurélio Mello.
A Corte também já decidiu que a imunidade parlamentar não poderá isentar o parlamentar de afirmações feitas contra a democracia e o Estado de Direito, inclusive declarações pelas redes sociais.
Agência Câmara
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O Congresso Nacional fará sessão solene nesta quarta-feira (15), às 10hs, para comemorar os 130 anos de atividade do Tribunal de Contas da União (TCU), órgão do Poder Legislativo. O requerimento da sessão (REQ 1/2023) foi assinado pelo senador Veneziano Vital Do Rêgo (MDB-PB), primeiro-vice-presidente do Senado, e pelo deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).
De acordo com o senador, a Constituição de 1988 ampliou a jurisdição e a competência do TCU para que, no auxílio ao Congresso Nacional, o tribunal exerça sua função fundamental de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta.
“Hoje, 130 anos depois, formado por um corpo técnico de altíssima qualificação, o TCU trabalha arduamente para fornecer, a este Parlamento e à sociedade, resultados concretos para o aperfeiçoamento das políticas públicas e para o pleno atendimento de sua missão constitucional”, afirma Veneziano.
Criação
O TCU foi criado em 1890 por meio de um decreto do então ministro da Fazenda, Rui Barbosa. O tribunal começou a funcionar efetivamente em 17 de janeiro de 1893, quando era ministro da Fazenda, Inocêncio Serzedello Corrêa.
A Corte de contas é um órgão colegiado formado por nove ministros. Seis ministros são indicados pelo Congresso, um, pelo presidente da República com aprovação do Senado e dois são escolhidos entre auditores e membros do Ministério Público que funciona junto ao TCU. O presidente atual é o ministro Bruno Dantas.
O órgão exerce o controle externo do governo federal e auxilia o Congresso no acompanhamento da execução orçamentária e financeira da União.
Agência Senado
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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta sexta-feira (10) para a Justiça Federal do DF sete pedidos de investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por ataques ao tribunal e ministros da Corte.
Cinco pedidos de apuração foram apresentados em 2021 ao Supremo por declarações de Bolsonaro às vésperas e durante as comemorações do 7 de Setembro.
Parlamentares e entidades acionaram o Supremo sob argumento de que as falas "amplificam e reverberam a retórica antidemocrática e golpista", conduta que pode caracterizar crime.
Cármen Lúcia afirmou que, como Bolsonaro não foi reeleito e não tem mais nenhum mandato, ele deixa de ter foro privilegiado na Corte. Portanto, não cabe mais ao Supremo avaliar os pedidos de investigação.
"Consolidado é, pois, o entendimento deste Supremo Tribunal de ser inaceitável em qualquer situação, à luz da Constituição da República, a incidência da regra de foro especial por prerrogativa da função para quem já não seja titular da função pública que o determinava", escreveu a ministra.
Cármen Lúcia afirmou ainda que "a expiração do mandato no cargo de Presidente da República e a não ocupação de outro cargo público pelo requerido, que pudesse atrair a competência deste Supremo Tribunal Federal, faz cessar a competência penal originária desta Casa para o processamento deste e de qualquer feito relativo a eventuais práticas criminosas a ele imputadas e cometidas no exercício do cargo e em razão dele desde 1º.1.2023".
São os primeiros pedidos de investigação que o STF envia para a primeira instância.
Bolsonaro é alvo de cinco inquéritos que estão no STF sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que investigam desde a suposta divulgação de fake news até o possível incentivo a atos golpistas, que culminaram nos ataques de 8 de janeiro.
Racismo
O outro caso encaminhado para primeira instância da Justiça é um pedido de investigação feito por deputados após declaração de Bolsonaro que associou o peso de um homem negro a arrobas (unidade de medida usada na pesagem de gado).
Para parlamentares do PSOL e PT ficou caracterizado crime de racismo no caso.
Bolsonaro deu a declaração no dia 12 de maio do ano passado. Na ocasião, o presidente perguntou a um apoiador negro no cercadinho do Palácio do Alvorada se ele pesava "mais de sete arrobas".
A Procuradoria-Geral da República defendeu o arquivamento do caso. O novo procurador que receber o caso não precisa seguir esse entendimento.
Motociata com blogueiro
A ministra também encaminhou para a Justiça Federal do DF pedido de investigação contra Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres por supostos crimes de responsabilidade e de prevaricação.
Em junho do ano passado, eles participaram de uma "motociata" com apoiadores de Bolsonaro em Orlando, nos Estados Unidos.
No mesmo evento, esteve o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos – alvo de um pedido de extradição e considerado foragido pela Justiça brasileira.
Não há registro de que os dois tenham se encontrado com o blogueiro. O STF foi acionado pelo deputado Alencar Santana (PT-SP). Para ele, houve crime de responsabilidade dos dois, além de prevaricação (tomar conhecimento de irregularidade e deixar de comunicar às autoridades) já que não agiram contra Alan dos Santos.
Escândalo do MEC
A ministra também é relatora de um pedido que discute se é do STF a competência sobre a investigação de supostos desvios no Ministério da Educação no governo Bolsonaro.
O caso foi enviado em junho de 2022 ao Supremo pela Justiça Federal do DF por entender que há indícios de uma possível interferência do presidente Jair Bolsonaro, que tinha a prerrogativa de foro especial. Neste caso, Cármen Lúcia ainda não despachou.
A sinalização de uma possível interferência foi identificada em gravações autorizadas pela Justiça. Ao STF, a Justiça Federal alegou que, a partir dos diálogos interceptados, "foi possível vislumbrar eventual conhecimento das apurações com contornos de interferência" e destaca trechos de três diálogos, inclusive o que Milton Ribeiro manteve com a filha sobre uma conversa com o presidente Bolsonaro.
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem atuado diretamente para emplacar aliados no comando de estatais cobiçadas por União Brasil, MDB e PSD. Houve interferência de Lula, até agora, na escolha dos presidentes dos Correios, Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.), Banco do Nordeste e Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), órgãos públicos vinculados a ministérios chefiados por esses três partidos.
Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, a queda de braço entre a Presidência da República e os ministros tem atrasado as nomeações dos presidentes e diretores de algumas dessas estatais. O desfecho, no entanto, tem sido favorável aos nomes escolhidos por Lula.
Foi o que aconteceu nos Correios. Em uma decisão pessoal, Lula escolheu o advogado Fabiano Silva, ligado ao PT e coordenador do Grupo Prerrogativas. O nome dele já foi aprovado pelo Conselho de Administração dos Correios. A nomeação, no entanto, demorou para acontecer porque o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do União Brasil, queria emplacar um nome dele.
Segundo assessores do Planalto, Juscelino só cedeu porque se viu enfraquecido internamente após a publicação de reportagens no jornal “O Estado de S. Paulo” com indícios de que ele usou verbas do orçamento secreto em benefício próprio ou de familiares.
O governo vê os Correios como um órgão estratégico. Fabiano Silva terá como tarefa reestruturar o órgão e impedir qualquer tentativa de se levar adiante a privatização da estatal.
Trensurb
Na Trensurb, estatal vinculada ao Ministério das Cidades, Lula decidiu que o novo diretor-presidente será o ex-deputado federal Fernando Marroni (PT-RS). A nomeação ainda não foi oficializada. A Trensurb, que administra uma linha de trens na região metropolitana de Porto Alegre, é um dos espaços mais cobiçados na estrutura federal no Rio Grande do Sul.
O ministro das Cidades, Jader Filho, articulou para colocar à frente da estatal um nome de seu partido, o MDB, porém Lula optou por Marroni. Está em curso a negociação para que o MDB indique uma diretoria da empresa. Ex-prefeito de Pelotas, ex-deputado federal e ex-deputado estadual, Marroni ficou como suplente na última eleição para Assembleia Legislativa gaúcha.
Banco do Nordeste
Para a presidência do Banco do Nordeste, mais uma decisão pessoal de Lula. Ele escolheu o ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara, que deixou o PSB no mês passado. Câmara tinha resistências dentro do PT e do próprio PSB, mas prevaleceu a decisão do presidente. O martelo foi batido nesta semana, em uma reunião de Lula com Câmara e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
A escolha frustrou os planos do União Brasil, que, nas negociações com o governo para integrar a base, tinha reivindicado a presidência do Banco do Nordeste, além de outras estatais.
Para que o ex-governador de Pernambuco assuma o comando do Banco do Nordeste, é necessário que a Câmara dos Deputados aprove o projeto de lei que modifica a Lei das Estatais, reduzindo o prazo de quarentena para que políticos assumam órgãos públicos.
Conab
No caso da Conab, Lula escolheu o ex-deputado estadual Edegar Pretto, do PT gaúcho. Pretto era um dos mais cotados para assumir o Ministério do Desenvolvimento Agrário e tinha o apoio da ex-presidente Dilma Rousseff. A pasta, no entanto, foi entregue a Paulo Teixeira, do PT paulista.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, do PSD, defendeu que a Conab permanecesse vinculada a sua pasta. Dessa forma, ele poderia indicar um aliado para a presidência do órgão. Pressionado por movimentos sociais, o Planalto decidiu colocar a Conab no guarda-chuva do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
A nomeação de Pretto não foi oficializada porque depende da aprovação do Conselho de Administração da Conab, que ainda é formado por integrantes nomeados pelo governo de Jair Bolsonaro.
Diretorias
A saída que está sendo costurada pelo Planalto para resolver o impasse em torno do comando das estatais é distribuir as diretorias destes órgãos entre PT e esses partidos. As definições dos nomes, no entanto, estão atreladas ao comportamento das siglas nas próximas votações no Congresso.
O discurso do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política, é que o governo não tem pressa para fazer as nomeações, mas o próprio presidente Lula, na reunião com líderes da base na quarta-feira, afirmou que é preciso definir logo a composição dos órgãos de governo.
Para aliados do presidente, a participação direta de Lula na escolha dos comandantes de órgãos públicos é mais um exemplo de que Lula tornou-se mais centralizador na comparação com os dois primeiros mandatos.
g1
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Os municípios da Paraíba devem receber R$ 24,15 milhões em incentivo financeiro para ações em Atenção Primária à Saúde (APS) em 2023, segundo publicação do Ministério da Saúde no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira (10). O valores, anual e mensais, que devem ser destinados às 223 cidades da Paraíba foram detalhados.
O valor per capita anual de R$ 5,95 por habitante ao ano, conforme a Portaria GM/MS 74/2023, foi estabelecido a partir da estimativa populacional mais atualizada, publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em julho de 2021.
A transferência dos valores deve acontecer pelo Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais e Distrital de Saúde de forma automática, pelo Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde.
A capital paraibana João Pessoa e Campina Grande, no Agreste do estado, terão maior volume de recursos transferidos ao longo do ano por serem cidades mais populosas (confira os maiores e menores valores abaixo).
Maiores valores:
Menores valores:
g1 PB
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Um pregão eletrônico realizado nesta sexta-feira (10) definiu a empresa responsável pela gestão do São João 2023 de Campina Grande, no Agreste da Paraíba. A empresa Arte Produções de Eventos Artísticos e Locações Ltda, de Fortaleza, no Ceará, venceu a licitação para gerir a 40ª edição d'O Maior São João do Mundo. A festa deve começar no dia 2 de junho.
Segundo a Prefeitura Municipal de Campina Grande, a Comissão Permanente de Licitação (CPL) da Secretaria de Administração selecionou a empresa entre outras três concorrentes. O valor mínimo de lance foi de R$ 341.976,84, e a selecionada vai pagar o valor de R$ 355.655,91 para ser responsável pela realização das edições de 2023 e 2024 do São João de Campina Grande.
A empresa Arte Produções de Eventos Artísticos e Locações Ltda, selecionada para gerir o São João 2023 de Campina Grande, é a mesma responsável pela realização de um dos maiores eventos de agropecuária do Nordeste, a feira Expocrato.
Este ano o invés do Município transferir recursos para a empresa responsável pela realização do São João de Campina Grande, irá ganhar pela exploração da "marca" da festa. Dessa forma, a empresa gestora será responsável pela montagem, captação dos patrocínios e contratação de artistas, mas a prefeitura fará a "gestão cultural do evento", conforme explicou prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, no lançamento do edital para seleção de nova empresa.
"Será uma edição para marcar a história. Para Campina e para os distritos, especialmente no que diz respeito ao caráter cultural e a identidade cultural do evento", disse o prefeito.
A Medow Promo Serviços de Eventos e Estruturas LTDA passou a ser a organizadora do evento junino no ano de 2019, quando venceu a licitação realizada pela prefeitura, oferecendo uma proposta de R$ 2,82 milhões para realizar a festa. A renovação para a edição do São João 2022 também ocorreu por meio de um processo licitatório.
A homologação do resultado para gestão do São João 2023 de Campina Grande deve ser publicada na edição deste sábado (11) do Semanário Oficial do Município.
São João 2023 de Campina Grande
De acordo com a Prefeitura de Campina Grande, a festa deve continuar acontecendo no Parque do Povo em 2023. O lugar chegou a registrar lotação máxima em 2022 e, por isso, a prefeitura estuda uma ampliação da área total. A duração do evento não foi confirmada, mas o prefeito adiantou que terá, no mínimo, 31 dias.
Para diminuir a concentração de pessoas no Parque do Povo, a prefeitura anunciou a criação do 'Quadrilódromo', um polo localizado na Estação Velha onde as quadrilhas juninas também devem se apresentar. Até então, as apresentações aconteciam apenas na pirâmide do Parque do Povo.
‘O Maior São João do Mundo’
De forma improvisada, ‘O Maior São João do Mundo’, teve início no dia 4 de junho de 1983 em uma palhoça montada na área, onde hoje é o Parque do Povo, para que as pessoas dançassem forró. Em cinco anos, a festa já estava incluída no calendário turístico do Brasil.
Isso porque o então prefeito Ronaldo Cunha Lima resolveu centralizar a festa junina da cidade. No primeiro ano, não há uma confirmação de quantos dias o evento durou, mas a partir do ano seguinte, em 1984, o evento passou a ter duração de 30 dias.
Com o sucesso da festa nos três primeiros anos, em 1986 a prefeitura começou a construir o Parque do Povo, local onde a festa permanece acontecendo.
Cinco anos depois da criação, o São João de Campina Grande já era uma festa de grande proporção pelo nome e pelo tempo de duração. Por isso, em 1987 o “Maior São João do Mundo” foi incluído no calendário oficial do Instituto Brasileiro de Turismo. Na época, o presidente da Embratur era João Dória Júnior.
Depois desse ano, o festejo passou apenas por mudanças estruturais no local onde é realizado, a exemplo da construção da Pirâmide e da localização do palco principal, até que em 2017 passou a ser realizada através de uma parceria entre os setores público e privado. As empresas parceiras foram escolhidas, deste então, por meio de licitações.
g1 PB
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