Depois do café da manhã do presidente Lula com Arthur Lira (PP-AL) na semana passada, a equipe presidencial acredita em "jogo zerado" entre os dois, e avalia que o Congresso vai retomar seus trabalhos na próxima segunda num clima mais tranquilo.
Aliados do presidente da Câmara dos Deputados concordam, mas desde que o governo realmente passe a cumprir seus acordos. Alguns deles imediatamente.
Líderes da Câmara e do Senado esperam, por exemplo, que o governo mande nos próximos dias uma medida provisória revogando a reoneração da folha de pagamento, o que resgataria a prorrogação da desoneração até 2027, conforme aprovado pelo Legislativo, que inclusive derrubou o veto presidencial a projeto votado pelos parlamentares.
Além disso, a expectativa é que o Palácio do Planalto continue liberando as emendas parlamentares do ano passado que ficaram represadas. Há um montante de emendas que foram prometidas a liberação durante o ano de 2023, mas isso acabou não acontecendo. O Palácio do Planalto prometeu regularizar essa liberação no início deste ano.
Segundo interlocutores de Lula e Lira, o presidente da República voltou a garantir ao da Câmara que não vai interferir na sua sucessão e não irá trabalhar a favor ou contra o nome de nenhum candidato ao posto do deputado alagoano. O presidente lembrou que ainda está muito cedo. Lira concordou, mas disse que quer coordenar o processo.
Durante a conversa no Palácio da Alvorada, o presidente da Câmara repetiu as mesmas cobranças feitas no duro discurso proferido por ele na reabertura oficial dos trabalhos do Congresso Nacional, no dia 5 de fevereiro. Mas num tom cordial e de desabafo.
O deputado listou todas as medidas do governo aprovadas pela Câmara, algumas com acordos entre os dois lados, mas que depois o Palácio do Planalto não cumpriu, e vetou pontos acertados com os parlamentares.
Agência Brasil
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