Ausente do evento de 8 de janeiro, o grupo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), era contra a cerimônia para relembrar os atos golpistas. O argumento era que o ato acabaria incentivando a polarização no país e se transformaria em manifesto político contra bolsonaristas.
Ao final do evento, aliados de Lira criticaram reservadamente a fala do presidente Lula, e consideraram que ele politizou um ato que deveria ser suprapartidário.
Até aliados de Lula admitem que a fala do presidente no Senado não precisava incluir críticas a Bolsonaro e filhos, apesar de não citar nominalmente o nome do ex-presidente da República.
A avaliação é que o pronunciamento do presidente estava "correto e perfeito", até o momento em que fez referências a Bolsonaro.
Um líder lembrou que o governo precisa, em alguns momentos, de votos de bolsonaristas no Congresso. E as declarações de Lula acabam dificultando atrair esses votos em discussões importantes durante este ano.
Líderes do Centrão defendiam, inclusive, gestos na direção de alguns grupos bolsonaristas para criar um clima de paz no país. Alguns propuseram até uma anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro de 2023, totalmente rechaçada pelo STF e Palácio do Planalto.
Lula disse que deixar de punir passaria a mensagem de impunidade e estimularia novos atos contra a democracia, e foi apoiado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente da Câmara justificou sua ausência em telefonema ao presidente Lula, por causa de problemas de saúde na família. Seu pai, Benedito Lira, está com a saúde fragilizada e ele disse a Lula que precisava ficar mais tempo ao lado dele.
g1
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