O Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), afirmou nesta segunda-feira (6), que o governo Lula (PT) ainda não possui base de votos para aprovar matérias na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Lira esteve na capital paulista para um evento na Associação Comercial de São Paulo.
"Teremos um tempo pra que o governo se estabilize internamente, porque hoje o governo ainda não tem uma base consistente nem na Câmara, nem no Senado para enfrentar matérias de maioria simples, quanto mais matérias de quórum constitucional", disse Lira durante
A declaração ocorreu quando o deputado federal debatia sobre a reforma tributária, em que coloca o primeiro semestre como "imprescindível" para aprovação da matéria.
Lira afirmou que já há um grupo de trabalho no Congresso para tratar do tema e aguarda proposta do governo federal. Disse, ainda, que espera que "Congresso e Executivo tenham uma harmonia necessária" para trabalhar em conjunto.
"Nós temos um Congresso que hoje tem atribuições mais amplas e que isso precisa ser negociado com bom-senso, muita conversa, amplitude, clareza, mas com rumo e o rumo precisamos defini-lo agora em março. Nós não temos um rumo definido, um encaminhamento feito", disse Arthur Lira.
Alckmin cobra reforma ainda em 2023
Mais cedo, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, cobrou que a reforma seja aprovada ainda neste ano e criticou o governo de Jair Bolsonaro (PL) de não ter focado no assunto. Ele também esteve na capital paulista nesta segunda (6).
"Temos que fazer a reforma tributária. Não é possível esse manicômio tributário em que nós vivemos. Vai tudo parar na Justiça. A melhor profissão do mundo é advogado tributarista. É uma fábula o valor das ações e judicializa tudo", afirmou Alckmin, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Segundo o político, a iniciativa é fundamental para recuperar a competitividade da indústria brasileira e não foi aproveitada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Alckmin diz que a ideia "não é tirar de um e dar para o outro, é neutralidade sob o ponto de vista tributário".
Alckmin não é o primeiro ministro do governo Lula (PT) a citar a reforma tributária como prioridade. Na última semana, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), cobrou que o Congresso Nacional aprove a medida ainda neste ano junto de uma regra fiscal para substituir o teto de gastos.
"Este ano, não teremos outra PEC da Transição, teremos que aprovar novo arcabouço fiscal e reforma tributária para que país volte a crescer e termos mais recursos para voltar a investir e fortalecer a competitividade", afirmou Filho.
g1
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