O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) cobrou na manhã desta segunda-feira (6) que a reforma tributária seja feita ainda neste ano. A fala ocorreu em São Paulo, no lançamento da iniciativa "Cresce Brasil, mais engenharia e mais desenvolvimento", feita por representantes do segmento.
"Temos que fazer a reforma tributária. Não é possível esse manicômio tributário em que nós vivemos. Vai tudo parar na Justiça. A melhor profissão do mundo é advogado tributarista. É uma fábula o valor das ações e judicializa tudo", afirmou Alckmin, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Segundo o político, a iniciativa é fundamental para recuperar a competitividade da indústria brasileira e não foi aproveitada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Alckmin diz que a ideia "não é tirar de um e dar para o outro, é neutralidade sob o ponto de vista tributário".
Alckmin não é o primeiro ministro do governo Lula (PT) a citar a reforma tributária como prioridade. Na última semana, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), cobrou que o Congresso Nacional aprove a medida ainda neste ano junto de uma regra fiscal para substituir o teto de gastos.
"Este ano, não teremos outra PEC da Transição, teremos que aprovar novo arcabouço fiscal e reforma tributária para que país volte a crescer e termos mais recursos para voltar a investir e fortalecer a competitividade", afirmou.
Geraldo Alckmin também afirmou que é preciso evitar que a inflação siga acima da meta estabelecida pelo governo federal, caso contrário a população pobres será a mais atingida. A inflação fechou 2022 em 5,79%.
"Não pode voltar a inflação porque a inflação não é socialmente neutra, ela tira do pobre, põe para o rico, tira do pobre, põe para o rico. Então, esse é o nosso desafio", disse o vice-presidente.
g1
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