O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta quarta-feira (15) que o presidente Lula buscará investimentos em áreas como energia renovável, infraestrutura, saúde e educação durante a viagem que fará à China.
A expectativa é de que Lula viaje ao país no mês que vem, mas a data, segundo Alckmin, ainda não foi definida.
Alckmin deu a declaração no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, após ter participado de uma reunião com ministros e integrantes da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação.
"Tivemos uma reunião preparatória com vários ministérios. [...] A meta é atrair mais investimentos. Nós temos muitas possibilidades: energias renováveis, hidrogênio verde, infraestrutura, complexo da saúde, área aeroespacial, educação, ciência e tecnologia, agricultura. É possível avançar ainda muito mais", declarou o vice-presidente.
"Não tem uma área em que não possa ser implementado o aumento da intensificação do comércio bilateral", acrescentou.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Segundo Alckmin, o comércio bilateral envolve cerca de US$ 150 bilhões, gerando superávit de US$ 28 bilhões para o Brasil. Atualmente, ainda conforme o vice-presidente, há US$ 70 bilhões em investimentos chineses no Brasil.
Segundo a assessoria do Itamaraty, participaram da reunião desta terça os ministros José Múcio (Defesa), Carlos Fávaro (Agricultura), Daniela Carneiro (Turismo), Camilo Santana (Educação), Jader Filho (Cidades) e André de Paula (Pesca), além de secretários de outros ministérios.
Taxa de juros
Durante a entrevista desta quarta-feira, Alckmin afirmou que, para atrair mais investimentos, o Brasil precisa reduzir a taxa de juros.
A declaração acontece em meio a uma série de críticas do presidente Lula à atual taxa básica de juros da economia, a Selic, que está em 13,75% ao ano, por decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central.
"Temos que aproveitar todas as oportunidades para gerar emprego, para fazer crescer a economia e baixar os juros. Isto é muito importante para atrair mais investimentos e fazer a economia crescer", declarou o vice-presidente.
Lula tem dito, por exemplo, que com a atual taxa de juros a economia brasileira não vai crescer.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, por sua vez, declarou na última segunda (13) que a instituição "não gosta de juros altos" e negou que a definição da taxa siga critérios políticos - Campos Neto tem mandato de 4 anos e foi indicado para o cargo em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro.
g1
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