O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou sobre a invasão do Congresso norte-americano por apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorrida nesta quarta-feira (6). Segundo Maia, a invasão "por extremistas representa um ato de desespero de uma corrente antidemocrática que perdeu as eleições".
"Fica cada vez mais claro que o único caminho é a democracia, com diálogo e respeitando a Constituição", declarou Maia, em seu perfil no Twitter.
O incidente também foi criticado pelo secretário de Relações Internacionais da Câmara, deputado Alex Manente (Cidadania-SP). "A soberania popular deve ser respeitada! Qualquer democracia livre e funcional funciona assim", afirmou, por meio das redes sociais. "Meu repúdio a esse movimento autoritário e anticonstitucional nos EUA", declarou.
Os invasores tinham como objetivo impedir a certificação da vitória de Joe Biden, adversário de Trump na eleição presidencial.
Líderes partidários
Líderes de diversos partidos na Câmara também se manifestaram sobre o episódio. O líder do PDT, deputado Wolney Queiroz (PDT-PE), criticou a postura de Trump de não aceitar o resultado das eleições e classificou a invasão do Congresso dos EUA como um atentado à democracia. O líder do Cidadania, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), afirmou que o incidente é um ato "lamentável".
O líder do Novo, deputado Paulo Ganime (Novo-RJ), ressaltou que a democracia e seus ritos precisam ser respeitados. "Se acreditam que houve fraude, que sejam utilizados os meios legais para contestar. A violência não deve ser o caminho. Que a situação nos Estados Unidos se acalme e a democracia prevaleça", afirmou o parlamentar.
"São chocantes as cenas da invasão do Congresso nos Estados Unidos por quem não aceita o resultado da eleição. Democracia não se faz na violência. Se faz no debate de ideias, no respeito às diferenças, à vontade do povo e à Constituição", disse o líder do MDB, deputado Baleia Rossi (MDB-SP).
O líder da oposição, deputado André Figueiredo (PDT-CE), disse que a invasão do Congresso americano "tem que ser exemplarmente punida, sob pena de abrir precedentes para outros países".
"Lá, assim como aqui, parece que o aparelhamento irresponsável das instituições é uma característica do Poder Executivo. É inimaginável que o Serviço de Inteligência americano não tenha detectado o planejamento desta invasão do Poder Legislativo pelos apoiadores de Trump", afirmou Figueiredo.
Risco à democracia
Alguns deputados de oposição afirmaram que as críticas à conduta de Trump se aplicam também ao presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que é aliado do presidente dos EUA. “O que acontece lá serve de exemplo para que afastemos o fascismo e o retrocesso daqui”, disse a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT.
A líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), afirmou que tanto Trump quanto Bolsonaro representam grave ameaça à democracia. Já a líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), declarou que Trump deveria ser preso por tentativa de golpe nos EUA. “O combate à extrema direita golpista é a nossa tarefa número 1 nos EUA, no Brasil e no mundo todo!", declarou.
"Os Estados Unidos mostram mais uma vez que nem mesmo a democracia mais estável do mundo sobrevive impunemente ao populismo de direita", avaliou o líder do PSB, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).
Agência Câmara
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