O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quinta-feira (30) que não há sobreviventes na colisão entre um avião comercial e um helicóptero militar perto de Washington, nos EUA.
Em pronunciamento sobre o caso, Trump também partiu para o ataque político e acusou as gestões democratas anteriores de terem deteriorado o setor da aviação com contratações abaixo da qualificação exigida e com políticas de diversidade.
“Meu governo terá os padrões mais altos na aviação. Temos que ter as pessoas mais espertas. Não importa quem são, de qual cor são ou no que acreditam, é preciso ter talento, talento natural e ser gênios”, disse o presidente no pronunciamento, feito na Casa Branca.
Perguntado por jornalistas sobre como sabe que políticas de diversidade e inclusão tiveram a ver com o caso, Trump respondeu "porque tenho senso comum, e infelizmente muitas pessoas não têm."
Ele criticou o governo do ex-presidente Barack Obama, a quem Trump sucedeu em seu primeiro mandato, em 2017. Disse, falsamente, que Obama apostou em políticas de diversidade e, por isso, contratou "pessoas com deficiências intelectuais" para postos decisivos no setor.
Depois, disse também que a gestão Biden repetiu a política de Obama e "a piorou ainda mais". Chamou ainda Pete Buttigieg, secretário dos Transportes do governo de seu antecessor, Joe Biden, de “um desastre”.
Trump falou ainda que o governo vai anunciar nacionalidades dos mortos nas próximas horas.
Ele lamentou as mortes e disse que ainda não sabe as causas da colisão, mas disse ter "algumas opiniões fortes" sobre isso.
O presidente elogiou ainda o trabalho das equipes de resgate. Mais cedo, em uma publicação nas redes sociais, Trump criticou o piloto do helicóptero militar e questionou a atuação da torre de controle. Ele disse ainda que tragédia poderia ter sido evitada.
"Por que o helicóptero não subiu ou desceu, ou virou? Por que a torre de controle não disse ao helicóptero o que fazer em vez de perguntar se eles viram o avião? Esta é uma situação ruim que parece que deveria ter sido evitada. NÃO É BOM!!!", disse o presidente dos EUA em uma publicação nas redes sociais.
No pronunciamento, o presidente anunciou ainda que Chris Rocheleau vai comandar a agência de aviação civil dos EUA (FAA, na sigla em inglês).
Ao todo, 64 pessoas estavam a bordo do avião da American Airlines, que fazia um voo de Wichita, capital do Kansas, com destino a Washington. Três soldados estavam no helicóptero militar. Segundo as autoridades, ninguém sobreviveu.
Em uma publicação no Truth Social, Trump citou que o avião estava em uma trajetória reta e com as luzes acesas. Ele também afirmou que o tempo estava bom no momento da batida, sem problemas para visibilidade — autoridades confirmaram isso.
Mais cedo, em um comunicado publicado pela Casa Branca, Trump disse que recebeu as primeiras informações sobre a colisão e pediu orações às vítimas.
"Fui completamente informado sobre o terrível acidente que acabou de ocorrer no aeroporto Nacional Reagan", afirmou. "Estou monitorando a situação e fornecerei detalhes à medida que surgirem."
Trump também agradeceu o trabalho dos socorristas que estão fazendo buscas na região.
Em uma rede social, o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, também pediu por orações para todos os envolvidos no acidente.
"Estamos monitorando a situação, mas por enquanto vamos esperar pelo melhor", escreveu.
O acidente
O avião comercial envolvido na colisão é Bombardier CRJ700, com capacidade para 65 pessoas e utilizado para voos regionais. De acordo com as autoridades, era um voo da American Airlines que partiu de Wichita, no Kansas, com destino a Washington.
A batida aconteceu quando o avião estava a poucos metros da pista do aeroporto Ronald Reagan, momentos antes de pousar.
A queda aconteceu nas proximidades do rio Potomac, que fica perto do aeroporto. Equipes de emergência foram enviadas para fazer buscas com helicópteros e botes.
Já o helicóptero é um de modelo Sikorsky UH-60 Black Hawk, usado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos. Segundo o Exército americano, nenhum militar sênior estava a bordo.
Todos os pousos e decolagens foram suspensos no aeroporto, que fica a apenas 6 km do centro de Washington, D.C., onde está a Casa Branca.
g1
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