O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e os ex-candidatos à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) defenderam neste domingo (7) uma frente ampla para proteger a democracia. Os três participaram de um debate promovido pela GloboNews e mediado pela jornalista Míriam Leitão.
"É necessário (uma união), é urgente que se faça isso. Não guardo rancor de ninguém, temos de olhar para frente, para o país", afirmou FHC.
Terceiro colocado na eleição na eleição para presidente de 2018, Ciro disse que uma eventual divergência dele com outros políticos "fica guardada para a hora própria". "Vamos defender a democracia."
Candidata nas últimas três disputas presidenciais, Marina diz que o país vive uma "combinação altamente perigosa", com uma grave crise na saúde, na economia e na democracia. "Ele (Jair Bolsonaro) o tempo todo vai ao limite, aprofundando a crise."
No debate da GloboNews, os três participantes também criticaram a mudança feita pelo governo federal na divulgação de informações de infectados e mortes pelo coronavírus.
No balanço da doença, desde sexta-feira, o Ministério da Saúde mudou a forma de divulgação dos indicadores, deixando de apresentar dados consolidados sobre o tamanho da doença.
"Imaginar hoje que (o governo) vai esconder os dados é ridículo. Os dados vão aparecer", afirmou FHC. "É uma sinal muito ruim, é uma tentativa de fazer uma pedalada com a pandemia. E isso é crime de responsabilidade", observou Marina.
Uma das mudanças é que o boletim diário do ministério, divulgado nesta sexta, trazia apenas o número de recuperados, novos casos e mortes registrados nas últimas 24h. Antes, o quadro apresentava também os números totais, registrados desde o início da pandemia.
G1
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