Depois de quase dois meses realizando sessões remotas por causa da pandemia do coronavírus, a Câmara começa a discutir a retomada das sessões presenciais, mas, segundo líderes partidários, com medidas sanitárias de segurança.
Nestas sessões, a Câmara pretende discutir medidas pós-pandemia que vão desde a ampliação de programas sociais até a retomada da agenda econômica.
A intenção é que essas sessões sejam realizadas a partir do fim de junho, quando calculam os deputados, o Brasil já teria ultrapassado o período de pico de contaminação.
A volta das sessões presenciais tem sido assunto nas conversas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com líderes partidários.
Uma proposta é estabelecer um rodízio de deputados por bancada, excluindo os que tenham mais de 60 anos ou alguma comorbidade, de modo a ter pelo menos 20% dos deputados em plenário. Desse modo, se todos estiverem sentados, haveria intervalo de duas cadeiras entre um e outro.
Com uma parcela de parlamentares em plenário, tratando das articulações em torno dos projetos em discussão e outra parcela votando de forma remota, deputados avaliam que será possível votar a agenda econômica que inclui as reformas tributária e administrativa.
O primeiro item, no entanto, segundo eles, deve ser um programa social nos moldes do auxílio emergencial em número de pessoas atendidas, mas em valor mais baixo – e não o pagamento de R$ 600 como é hoje.
O governo já analisa qual a melhor alternativa para o pagamento de mais duas parcelas do auxílio emergencial – se manda um projeto de lei com parcela em R$ 200 para negociar no Congresso o aumento para R$ 300 ou se manda uma medida provisória já no valor final de R$ 300.
Para não correr o risco de haver um aumento significativo do valor a ser pago no Congresso, o governo conta com os novos aliados dos partidos do Centrão.
"Todo mundo sabe que não dá para pagar os R$ 600 a vida toda. O gasto seria de R$ 600 bilhões por ano", disse o deputado Arthur Lira, líder do PP.
G1
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