Novembro 22, 2024
Arimatea

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A comissão mista da Medida Provisória 868/18, que muda as regras para o setor de saneamento, pode votar nesta terça-feira (7) o parecer do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Na prática, a proposta transfere a competência para editar normas de regulamentação sobre o serviço de saneamento, que hoje é dos municípios, para a Agência Nacional de Águas (ANA). Além de alterar o marco legal do saneamento básico e a Lei 9.984/00, a MP também autoriza a União a participar de um fundo para financiar serviços técnicos especializados no setor.

Pelo modelo em discussão, a agência reguladora ficaria responsável pela fixação das tarifas cobradas. Já os contratos de saneamento passariam a ser estabelecidos por meio de licitações, facilitando a criação de parcerias público-privadas.

Emendas

O texto foi lido no último dia 26 na comissão e, das 500 emendas apresentadas, 33 foram acolhidas total ou parcialmente pelo relator. Tasso defendeu uma das principais mudanças estabelecidas pela MP: a inclusão, entre as competências da ANA, da edição de normas de âmbito nacional para a regulação da prestação dos serviços públicos de saneamento básico.

"Os dispositivos introduzidos pela MP têm o objetivo comum de aumentar a segurança jurídica para que se expandam os investimentos públicos e privados em saneamento básico",ressaltou o senador.

Entre as emendas acolhidas por Tasso Jereissati estão algumas que tratam do controle da perda de água, da universalização do saneamento básico, de metas de cobertura, subsídios para populações de baixa renda, infraestrutura de água e esgoto e outros temas.

O relator, no entanto, excluiu do texto a criação de um novo artigo na Lei de Saneamento Básico, que abre a possibilidade de empresas privadas celebrarem contratos com o setor público sem licitação.

Ao participar de audiência pública para discutir a medida provisória no mês passado, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, classificou como fundamental fazer a iniciativa privada investir em saneamento básico.

À época, Canuto observou que é preciso criar meios para que o setor de saneamento básico seja atrativo para a iniciativa privada, sem a inocência de achar que só porque é privado é bom.

“Nem toda concessão é bem-sucedida, nem todo serviço público é bem prestado. Independentemente de ser privado ou público, o que garante a eficiência é o contrato, a gestão e a fiscalização. Somos defensores de um serviço que atenda bem ao cidadão”, afirmou o ministro.

Tramitação

O prazo de vigência da MP, que foi editada ainda no governo Temer, expira no dia 3 de junho. Até essa data, se aprovado o relatório na comissão mista, o texto precisa passar por votação nos plenários da Câmara e depois do Senado.

Agência Brasil
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O relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou nesta segunda-feira (6) que a proposta é um "ponto de partida", mas outras medidas são necessárias para "resolver o problema do Brasil".

Enviada pelo governo em fevereiro, a proposta já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, atualmente, está em análise em uma comissão especial.

Segundo o governo, a reforma resultará em uma economia de R$ 1,2 trilhão em dez anos e, por isso, é a principal medida para o equilíbrio das contas públicas e a retomada do crescimento.

"Na verdade, precisa de outras medidas para revolver o problema do Brasil. Só a Previdência não resolverá, mas é a partir dela que as coisas serão resolvidas. Se nós não resolvermos a Previdência, nós estaremos fadados ao fracasso", afirmou Samuel Moreira.

"Não significa que só ela promoverá o nosso sucesso, tem outras medidas do governo, mas a Previdência é um ponto de partida, ela é fundamental, senão, nós fracassaremos", acrescentou o relator.

Samuel Moreira deu as declarações após ter se reunido com o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), para discutir o tema.

Pouco antes de o relator dar as declarações, o presidente Jair Bolsonaro a reforma é o "primeiro grande passo" para o país conseguir a "liberdade econômica".

Tramitação
Conforme o cronograma divulgado pelo presidente da comissão especial, e que ainda será analisado pelos demais integrantes do grupo, a ideia é realizar audiências públicas com especialistas neste mês e, em junho, debater e votar o parecer do relator.

A próxima reunião da comissão será na tarde desta terça (7), quando deverão ser analisados os requerimentos para definir os nomes que serão chamados para as audiências.

Em paralelo, corre o prazo para a apresentação de emendas. Os parlamentares têm até dez sessões do plenário para protocolar sugestões de mudança. Até o momento, apenas uma sessão foi realizada e, portanto, computada para o prazo.

Em busca de apoio à proposta, o governo criou um "gabinete de inteligência", com técnicos do Ministério da Economia, para tirar dúvidas de parlamentares. O gabinete começará a funcionar nesta terça.

G1 
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (6) que a economia do país não tem uma alternativa à reforma da Previdência. Ele ainda chamou a reforma de "primeiro passo para a liberdade econômica".

O presidente falou com a imprensa após uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

De acordo com Bolsonaro, sem a reforma da Previdência o país teria que emitir mais moeda ou contrair empréstimos no exterior. Duas opções que, segundo ele, não são viáveis.

"Outra alternativa, se o Brasil continuar tendo déficit ano a ano, é imprimir moeda. Eu acho que, se for imprimir moeda, você sabe o que vem atrás, vem inflação. Outra é conseguir empréstimo aí fora. Será que querem emprestar para nós? Com que taxa de juros? Nós não temos outra alternativa. É a reforma da Previdência o primeiro grande passo para nós conseguirmos aqui a nossa liberdade econômica", afirmou o presidente.

Ao lado de Bolsonaro, Guedes também defendeu a aprovação de reformas econômicas propostas pelo governo. A da Previdência já foi enviada pelo Congresso e tramita em comissão especial da Câmara. A equipe econômica trabalha também na elaboração de uma reforma tributária.

Segundo Guedes, as reformas vão permitir ao país escapar da "armadilha do baixo crescimento".

"O Brasil está prisioneiro de uma armadilha de baixo crescimento e nós vamos escapar disso com as reformas", afirmou o ministro.

"Assim que aprovadas as reformas, o Brasil retoma o seu caminho de crescimento econômico sustentável", completou.

Também nesta segunda, pela primeira vez no ano, analistas do mercado ouvidos pelo Banco Central projetaram um crescimento do PIB abaixo de 1,5% para 2019. Guedes disse não haver surpresa na estimativa.

"Crescimento está em torno de 1,5%, mas nos últimos 10 anos o crescimento é 0,5%. Então não há novidade nenhuma nessa desaceleração econômica", concluiu Guedes.

G1 
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O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), nomeou os novos secretários de Finanças e Planejamento, em publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (7). As nomeações acontecem após as exonerações, a pedido, de Amanda Rodrigues e Waldson de Souza, respectivamente.

Mario Sérgio de Freitas, secretário executivo de Finanças, assume o cargo de secretário, cumulativamente. Quem fica a frente da secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão é o Gilmar Martins de Carvalho, que era secretário Chefe da Controladoria-Geral do Estado, função que agora passa a ser exercida por Letácio Tenório Guedes.

Exonerações
No dia 30 de abril, o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), exonerou o procurador geral da Paraíba, Gilberto Carneiro da Gama, e o secretário de Planejamento,Orçamento e Gestão, Waldson Dias de Souza.

Conforme publicação o DOE, Waldson de Sousa, secretário de Planejamento, foi exonerado, à pedido, e quem passou a assumir provisoriamente a secretaria foi Fábio maia, secretário executivo, que acumulou agora os dois cargos.

Já no dia 4 de maio, a Amanda Rodrigues pediu exoneração da secretaria de Finanças do Estado da Paraíba. Ela estava no Governo desde 2016 e anunciou o pedido por meio de uma publicação em uma rede social. A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado apenas desta terça (7).

G1 PB
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O presidente Jair Bolsonaro publicou em seu Twitter uma nota nesta terça, 7, em que exalta o escritor Olavo de Carvalho e diz esperar que os desentendimentos públicos entre ele e os militares do governo sejam "uma página virada".

Bolsonaro afirma que a obra de Olavo foi determinante para sua eleição presidencial em 2018 e que reconhece trabalho contra a esquerda. Capitão reformado, ele também cita sua admiração pelos militares por sua formação. No início do ano, ele

"Cheguei na Câmara em 1991 e encontrei-a tomada pela esquerda num clima hostil às Forças Armadas e contrário às nossas tradições judaico-cristã", escreve Bolsonaro. "Aos poucos, outros nomes foram se somando na causa que ele defendia, entre eles Olavo de Carvalho. Olavo, sozinho, rapidamente tornou-se um ícone. Seu trabalho contra a ideologia insana que matou milhões no mundo e reiterou a liberdade de outras centenas de milhões é reconhecida por mim. Sua obra em muito contribuiu para que eu chegasse no Governo, sem a qual o PT teria retornado ao Poder. Sempre o terei nesse conceito."

"Quanto aos desentendimentos ora públicos contra militares, aos quais devo minha formação e admiração, espero que seja uma página virada por ambas as partes", completou.

Minutos após a publicação de Bolsonaro, Olavo respondeu: "Eu também quero isso, presidente, mas não vou dar moleza aos inimigos da despetização."

Considerado "guru" bolsonarista, Olavo tem feito duras críticas ao general Santos Cruz, da Secretaria de Governo, dese o fim da semana. O ministro falou em entrevista ao Estado sobre a necessidade de se aprimorar a legislação que trata das redes sociais. Em postagem no sábado, 4, Olavo comparou o ministro a Ciro Gomes (PDT), candidato derrotado à Presidência, e disse que Santos Cruz "fofoca e difama pelas costas". O ministro retrucou e, em entrevista, chamou Olavo de "um desocupado esquizofrênico".

Na segunda, um dos nomes mais respeitados nas Forças Armadas, o ex-comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas, chamou Olavo de "Trótski de direita", em referência ao revolucinário bolchevique, figura central da guerra civil russa. Sem citar Villas Bôas, Olavo reagiu e, na madrugada desta terça, escreveu: "Nem o (ex-presidente) Lula seria vil e porco o bastante para, fugindo a argumentos sem resposta, se esconder por trás de um doente preso a uma cadeira de rodas. Mas os nossos heróicos generais são".

Em entrevista ao 'Estado' publicada nesta terça, Villas Bôas diz que Olavo presta um "enorme desserviço" para o País e que os ataques do escritor, que costuma colocar outros nomes, entre eles o vice-presidente Hamilton Mourão, como alvo, "passaram do ponto".

Olavo tem negado que queira "tirar" Santos Cruz do cargo. "Não sou um agente político, sou um escritor e professor. Não quero tirar o Santos Cruz da porra de ministério que ele ocupa. Quero apenas despertar sua inteligência e seu senso moral para que ele corrija o imenso mal que está fazendo. Fique com o cargo, mas tome jeito", disse na segunda. Reforçou nesta terça: "Nunca propus tirar ninguém de ministério nenhum. Só o que quero tirar são idéias de jerico de algumas cabeças".

Bolsonaro tem boa relação com Villas Bôas. Após deixar o comando do Exército, virou consultor do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, órgão comandado pelo general Augusto Heleno. Em janeiro, o presidente recém-empossado disse que Villas Bôas era "um dos responsáveis" por sua eleição - fala similar à desta terça, sobre Olavo. Villas Bôas disse que Bolsonaro resgatou Brasil de "amarra ideológica".

Estadão
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Alçado a senador depois da renúncia do titular Rodrigo Rollemberg (PSB) para assumir o governo do Distrito Federal em 2015, Hélio José (PROS) recebeu, em 2018, apenas 16 mil votos em sua tentativa mal-sucedida de se tornar deputado federal. Perdeu, mas sua despedida do Senado, em janeiro deste ano, foi em grande estilo: ficou 20 dias fora de Brasília naquele que foi o seu último mês de mandato, passando por Suíça, Colômbia e Peru.

Hélio José faz parte de um grupo de parlamentares que, mesmo após a derrota nas urnas em outubro, usou dinheiro público para custear viagens internacionais no apagar das luzes do mandato. Entre novembro de 2018 e janeiro, foram gastos, entre passagens e diárias, R$ 633,3 mil pelo Senado. Quase 80% desse valor (R$ 501,6 mil) foram pagos em missões de parlamentares que não foram reeleitos.

Com destinos que incluem América Latina, Europa e Ásia, eles foram responsáveis por 38 das 45 notas de pagamentos de diárias nos três meses. Também em clima de despedida da Casa entre novembro e janeiro, Lindbergh Farias (PT-RJ), João Capiberibe (PSB-AP), Pedro Chaves (PRB-MS), Roberto Requião (MDB-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Jorge Viana (PT-AC) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), entre outros, fizeram parte de missões oficiais.

Na Câmara, de novembro a janeiro, foram gastos R$ 469 mil com diárias de deputados que não foram reeleitos, 53% do valor total (R$ 877 mil). Só uma viagem de seis deputados, dois não reeleitos, custou R$ 54,8 mil em diárias e gastos em passagens desconhecidos. O grupo foi à 21ª Reunião Extraordinária da Comissão para Conservação do Atum do Atlântico, na Croácia, de 10 a 18 de novembro. Os relatórios abordaram a importância do atum para o Brasil.

Senadores e deputados não têm a obrigação de prestar contas de seus gastos com hospedagem e alimentação. A diária internacional no Senado está em torno de R$ 1,6 mil; na Câmara, R$ 1,8 mil. Não há necessidade de reembolsar o que sobra. Na Câmara dos Deputados, sequer são divulgados os valores das passagens aéreas. A assessoria solicitou que o dado fosse requerido via Lei de Acesso à Informação.

Em Bogotá, acompanhado da mulher
Na reta final de seu mandato, Hélio José voou para Bogotá em 6 de janeiro, a título de “conhecer as possibilidades de cooperação internacional voltadas para o segmento de transporte, tratamento de resíduos e energias renováveis”. Além da capital, ele conheceu Medelín. Na visita, segundo relatório entregue pelo ex-senador, houve um compromisso por dia, em geral encontros com servidores públicos colombianos. Para a missão, levou a mulher.

Da Colômbia, foram ao Peru em 17 de janeiro. Além de Lima, passaram por Cusco, no Vale Sagrado dos Incas, de onde saem as excursões para um dos principais pontos turísticos: Machu Picchu. Lá, encontraram a autoridade responsável pelo turismo. Voltaram em 19 de janeiro.

Dois dias depois, Hélio José partiu para a Suíça, onde participaria do Fórum Econômico Mundial, em Davos. Mas o ex-parlamentar não integrava a comitiva brasileira no evento. No relatório enviado à Casa, depois da missão, ele informou que “não conseguiu participar dos eventos”, sem explicar os motivos.

Em 24 de janeiro, três dias depois de viajar, finalmente, conseguiu assistir a palestras. Na ata, Hélio José não faz comentários sobre o que ouviu, apenas comemora ter encontrado uma autoridade brasileira pelo caminho: “Arrisquei ir ao espaço do fórum fechado e lá encontrei o governador de São Paulo, João Doria, e conversamos bastante sobre os eventos”. Hélio José foi procurado, mas não respondeu à reportagem.

Lindbergh Farias, João Capiberibe, Jorge Viana e Antonio Carlos Valadares também foram contatados e não se manifestaram sobre a reportagem. Roberto Requião, Vanessa Grazziotin e Pedro Chaves não foram encontrados para comentar.

O Globo
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O Brasil é o país da América Latina que mais gasta com aposentadoria e onde essas despesas têm trajetória mais explosiva. De acordo com dados que serão divulgados hoje pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Previdência consumiu 12,5% do PIB em 2015, último ano com dados disponíveis. Em 2065, se não houver reforma no sistema, esse número saltará para 50,1%. Esse volume representaria 138% da projeção de gastos em 2065 - a conta não fecha.

O gasto excessivo com Previdência no Brasil, aponta o estudo, revela um desequilíbrio que compromete as gerações futuras. De acordo com o levantamento, o país gasta com a população mais velha sete vezes o que destina aos mais jovens, que demandam despesas como educação.

— A primeira e mais óbvia recomendação é a reforma da Previdência — pontua Alejandro Izquierdo, assessor Sênior do Departamento de Pesquisa do BID e um dos autores do estudo.

— É preciso pensar no futuro gastando mais com crianças do que com os mais velhos. Na América Latina, países gastam, em média, quatro vezes com os idosos, em relação ao que gastam com crianças. No Brasil, são sete vezes. Você não está investindo no futuro. Acho que isso é uma das mensagens-chave deste relatório — explica ele.

Na média da América Latina, os gastos com idosos correspondem a quatro vezes as despesas com jovens.

Argentina é o segundo
O relatório do BID mostra que, sem reforma, as despesas com Previdência devem crescer bem mais que em outros países da região. No ranking com 19 nações da América Latina e do Caribe, a Argentina aparece em segundo lugar. Nos vizinhos, os gastos com aposentadoria saltarão de 11,4% para 21% nos próximos cinquenta anos. A situação é menos crítica em países que passaram por reformas.

No Chile, frequentemente citado pela equipe econômica como referência local, o sistema previdenciário consome 3,5% do PIB, número que saltará para 6,2% até 2065.

De acordo com o estudo, a idade média de aposentadoria ajuda a explicar os altos gastos com o sistema no Brasil. O documento pontua que o quadro está relacionado ao “elevado gradiente de envelhecimento, bem como ao fato de que a maioria das pessoas se aposenta antes dos 60 ou 65 anos e recebe pelo menos o salário mínimo como aposentado”.

A realidade também é observada no resto da América Latina, onde o envelhecimento da população puxou esses gastos. O BID diz que governos precisam preservar gastos com os mais jovens, que tendem a ser esmagados com demandas cada vez maiores por parte da população mais velha.

“Sem reformas, o gasto público com o envelhecimento na região deverá aumentar de 16% para 27,6% do PIB de 2015 a 2065. Os custos das aposentadorias deverão contribuir mais para o aumento do gasto relacionado com idade, aumentando 8 pontos percentuais. O gasto público com saúde deverá aumentar 5,2 pontos percentuais até 2065, enquanto o gasto com educação deverá diminuir 1,6 ponto percentual, já que os gastos por estudante permanecem estáveis no nível de 2015”, alerta o documento.

A reforma da Previdência faz parte de uma série de recomendações feitas pelo BID para que os países da América Latina, inclusive o Brasil, direcionem melhor os gastos públicos.

Gastos com servidores
Além do sistema de aposentadorias, o estudo destaca que é preciso diminuir o peso dos gastos com servidores. Para isso, a principal medida seria reduzir a diferença entre salários nos setores público e privado. No governo federal, servidores chegam a ganhar 67% mais que seus pares no setor privado. Na América Latina, esse gap é de 23%.

Para corrigir essas distorções, o estudo sugere ações como eliminação de cargos públicos em áreas superlotadas e freio nas contratações de servidores — duas medidas que já foram tomadas pelo Ministério da Economia por meio de dois decretos editados nos últimos meses. O relatório recomenda ainda o congelamento temporário de salários, com reajustes que cubram apenas a inflação, mas a avaliação dos autores é que a medida não seria necessária especificamente no Brasil.

- Precisamos rever os diferenciais, usando como referência salários do setor privado. Congelamentos temporários são para casos muito específicos. Não estamos recomendando para o Brasil - afirma Carola Pessino, especialista em gestão fiscal que também assina o relatório.

Os autores destacam ainda que, ao reduzir gastos obrigatórios, o país conseguirá direcionar recursos para investimentos — o que não ocorreu nos últimos anos. De 1993 a 2015, as chamadas despesas de capital no Brasil recuaram de 29,5% do total do gasto primário para 5,7%.

O Globo
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O porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio do Rêgo Barros, afirmou nesta segunda-feira que o presidente Jair Bolsonaro "provavelmente" viajará aos Estados Unido s para receber uma homenagem na semana que vem. O destino provável é a cidade de Dallas, no Texas.

A ida ocorreria dias após o cancelamento da viagem a Nova York, na última sexta-feira, onde Bolsonaro receberia o prêmio de "Personalidade do Ano", da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. O presidente cancelou a viagem depois que o prefeito da cidade, Bill de Blasio, que é do partido democrata, fez críticas ao presidente brasileiro.

— Nós já recebemos vários convites de outros Estados ao nosso presidente para que ele, em lá chegando, possa ser homenageado adequadamente. E o nosso presidente está a decidir, mas provavelmente será no Texas esse evento — informou Rêgo Barros, explicando que a homenagem deve ocorrer nos próximos dias 15 e 16.

Antes, Bolsonaro iria para Miami se encontrar com parlamentares americanos depois de passar por Nova York. A manutenção deste trecho da viagem foi descartada pelo porta-voz. Ele explicou que o novo planejamento da viagem, "que ainda está sendo fechado", é para um único Estado, com prioridade para o Texas.

De acordo com o porta-voz, outras autoridades, empresários e políticos, "inclusive do Partido Democrata", convidaram Bolsonaro a "compartilhar com ele o ambiente democrático tão salutar que é o dos Estados Unidos da América".

— Que eventualmente algumas autoridades não sabem aproveitar e considerar diante da presença de um presidente de Estado, como é o nosso presidente Jair Bolsonaro — declarou, em referência indireta a Bill de Blasio.

Em seguida, Rêgo Barros ressaltou que o prefeito de Dallas, Mike Rawlings, também é democrata. Tratando da cidade no Texas como uma escolha já feita, ele disse que a opção pelo local "não necessariamente" ocorreu por conta desta coincidência.

— É porque foi a primeira escolha que se apresentou mais adequada para a amplitude do evento de homenagem ao nosso presidente — afirmou, acrescentando que não sabe se o evento continuará a ser da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. — Há uma tentativa de que sim, que haja uma conjugação, um colimar das atividade lá em Dallas que estão a ser assentadas agora por meio das interlocuções com aquela premiação que iria ocorrer em Nova York.

O Globo
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Um dia bonito de sol é uma fonte de bom humor. Mas há muito mais benefícios na luz do sol.

O ritmo do sono, o combate à insônia, a produção de vitamina, fortalecimento dos ossos estão relacionados à exposição à luz natural.

Conheça abaixo alguns benefícios de tomar a luz do sol.

1 - A luz controla nosso ritmo circadiano
Nosso corpo é regulado por ciclos de 24 horas que refletem o tempo que a Terra leva para dar a volta no seu próprio eixo.

Isso é conhecido como ritmo circadiano e afeta todo o nosso corpo - desde como dormimos até quando liberamos certos hormônios.

Nosso ritmo circadiano continua independentemente de sinais externos. Cientistas que ficaram em uma caverna sem luz natural ou outro sinal indicativo do passar do tempo descobriram que o ritmo circadiano continuava seguindo um padrão rígido de 24 horas.

Apesar disso, nosso corpo responde muito à luz. É um importante sinal que dá ignição a uma grande variedade de funções biológicas do corpo humano.

2 - A luz nos ajuda a dormir e acordar
O sono está entre as funções biológicas que a luz ajuda a iniciar. Ela permite que nosso cérebro saiba que os sistemas que geram o estado de vigília estão ativos. Da mesma forma, quando começa a anoitecer, nosso corpo começa a liberar melatonina, a substância química que nos ajuda a dormir.

De olho nisso, algumas empresas aéreas estão usando a iluminação da cabine para ajudar a combater o jet lag - luz brilhante para o momento do embarque, luz relaxante durante o jantar e luz que imita o por do sol. Isso facilitaria que os passageiros adormecessem.

3 - A luz pode nos ajudar a combater a insônia
Nós sabemos que o tipo de luz azul emitida pelos nossos computadores, tablets e celulares podem impedir o corpo de liberar os hormônios do sono que são necessários para que nós peguemos no sono.

Novas orientações de autoridades de saúde afirmam que nós devemos passar um período longe das telas antes de ir para a cama. E que os gadgets devem ser deixados fora do quarto.

Matthew Walker, um neurocientista que se dedica a pesquisar o sono, concorda com essa recomendação. E diz que "a luz do dia é fundamental para regular os padrões diários de sono".

Se você tem um estilo noturno e sente dificuldade de pegar no sono durante a noite, pode descobrir que uma hora de exposição ao sol da manhã dará um impulso ao seu cérebro e ao seu corpo na hora certa. Consequentemente, o ajudará a se sentir sonolento quando for dormir.

4 - A luz afeta seu humor
Uma dose diária de luz do dia não é importante apenas para os padrões de sono. A luz também funciona como um gatilho para mudanças no cérebro, que nos fazem sentir mais felizes.

Quando o corpo reconhece a luz solar, que chega ao cérebro por meio do nervo óptico, aumentam os níveis de serotonina (uma substância química que gera bem-estar).

Por outro lado, quem está exposto a pouca luz do sol - como pessoas que trabalham durante a noite - podem ter dificuldade com depressão.

Em regiões mais distantes do Equador, onde as durações do dia e da noite variam de acordo com as estações, há uma condição mental relacionada com dias mais curtos: Desordem Afetiva Sazonal (SAD, na sigla em inglês).

Pessoas com SAD desenvolvem sintomas depressivos quando os dias encurtam, mas melhoram em estações com mais luz.

A hipótese corrente é que a SAD é gerada pela dessincronização do nosso ritmo circadiano - causada justamente pela redução na quantidade de luz do sol.

Para quem tem SAD, existem lâmpadas especiais que imitam a luz do dia. Meia hora de exposição todas as manhã podem ajudar a mudar o ritmo circadiano e melhorar o humor.

5 - Luz do sol mantém seus ossos fortes
Nós precisamos de vitamina D para que nossos corpos absorvam cálcio e fosfato dos alimentos - ambos minerais são cruciais para ossos, dentes e músculos. Já uma deficiência de vitamina D pode produzir ossos fracos e deformações no esqueleto.

Por sorte, podemos obter do sol quase toda a vitamina D de que precisamos - é por isso que também é chamada de "vitamina do sol". Nosso corpo produz vitamina D quando a luz solar atinge nossa pele.

Por outro lado, muito sol pode ser perigoso - por isso, use protetor solar e evite a luz solar nas horas mais quentes do dia.

BBC
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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pediu neste sábado (4) que a população se imunize contra a gripe. Em evento no Leme, Zona Sul do Rio, dentro do “Dia D” de combate à doença, Mandetta alertou para a disseminação de informações sobre efeitos colaterais inexistentes da dose.

“As gerações mais novas não sabem o drama do que é uma sequela de pólio, uma cegueira do sarampo, uma encefalite da caxumba e às vezes arrisca. Escuta fake news e acha que a vacina tem alguma [complicação]... Não, a ciência está aí pra nos ajudar”, afirmou.

“Há uns 15 dias, o prefeito de Nova York decretou emergência e vacinação compulsória contra uma epidemia de sarampo. Quando você tem essas doenças infecciosas, isso prejudica o turismo, a abertura de empresas e o ambiente de negócios”, emendou Mandetta.

O Ministério da Saúde anunciou que 41,8 mil pontos de vacinação estarão abertos neste sábado, e 196,5 mil funcionários serão envolvidos.

Até sexta-feira, 14,5 milhões de pessoas haviam sido vacinadas no Brasil. Mesmo quem não conseguir se vacinar neste sábado pode comparecer aos postos até 31 de maio. A meta é imunizar pelo menos 90% do grupo prioritário, de cerca de 59,5 milhões de pessoas.

Quem deve tomar a vacina?
As vacinas oferecidas gratuitamente pelo governo são destinadas a:

  • Crianças de 6 meses a 5 anos de idade;
  • Gestantes; puérperas, isto é, mães que deram à luz há menos de 45 dias;
  • Idosos;
  • Profissionais de saúde, professores da rede pública ou privada, portadores de doenças crônicas, povos indígenas e pessoas privadas de liberdade.
  • Portadores de doenças crônicas (HIV, por exemplo) que fazem acompanhamento pelo SUS também têm direito à vacinação gratuita.

Quem não faz parte dessas categorias pode adquirir a vacina contra a gripe na rede privada por cerca de R$ 100 a 150.

Divulgação no Cristo Redentor
Na sexta-feira (3), o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, foi iluminado com as cores verde, amarelo e azul, como forma de divulgar a campanha de vacinação contra gripe.

De acordo com o Ministério da Saúde, "a ação tem o objetivo de alertar a população sobre a importância de manter a caderneta de vacinação em dia e chamar o público prioritário para o Dia D da campanha".

G1
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