Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo recuaram de 419,3% ao ano, em janeiro, para 412,5% ao ano em fevereiro deste ano, informou o Banco Central nesta terça-feira (2).
Com recuo de 6,8 pontos percentuais em fevereiro, a taxa de juros dessa modalidade de crédito atingiu o menor patamar desde dezembro de 2022, quando estava em 411,9% ao ano. A série histórica do BC tem início em março de 2011.
Apesar da queda da taxa em fevereiro, a segunda consecutiva, essa modalidade de crédito continua com juros proibitivos, acima de 400% ao ano.
Limitação da dívida
Fevereiro foi o segundo mês de validade da decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), divulgada no fim do ano passado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que limita o valor total da dívida dos clientes no cartão de crédito rotativo. A medida começou a valer em 3 de janeiro.
Por exemplo: Se a dívida for de R$ 100, por exemplo, a dívida total, com a cobrança de juros e encargos, não poderá exceder R$ 200. O custo do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), entretanto, está fora desse cálculo. Isso vale somente para débitos contraídos a partir de janeiro.
No mês passado, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicou que a solução adotada pelo CMN de limitar a dívida do cartão de crédito - que já havia sido aprovada anteriormente pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula - seria temporária.
"A gente precisa ainda estudar esse assunto, ver como vai fazer de uma forma equilibrada. Começamos a ver a inadimplência melhorando, é um bom sinal (...) Não temos uma solução hoje, avaliamos várias soluções. Temos uma solução de curto prazo que melhorou um pouco, a gente precisa entrar em um entendimento", declarou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, em janeiro.
A discussão sobre os juros do cartão de crédito rotativo tem gerado atrito entre os bancos e credenciadoras independentes, as chamadas maquininhas.
Como pano de fundo das discussões, está o parcelado sem juros no cartão de crédito, questionado pelos bancos, mas defendido pela equipe econômica e pelas credenciadores independentes.
Juros e crédito bancários
Em fevereiro deste ano, ainda de acordo com o Banco Central, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas caiu 0,3 ponto percentual, para 40,2% ao ano. Esse é o menor patamar desde junho de 2022, quando estava em 38,9% ao ano.
O juro foi calculado com base em recursos livres – ou seja, não inclui os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A queda do juro bancário médio acontece ao mesmo tempo da redução da taxa básica da economia, que recuou de 13,75% ao ano, que começou a recuar em agosto do ano passado. Desde então, foram cinco reduções. Atualmente, a taxa está em 10,75% ao ano, a menor em dois anos.
Já o volume total do crédito bancário em mercado, de acordo com o Banco Central, subiu 0,2% em fevereiro deste ano, para R$ 5,79 trilhões. No fechamento do ano passado, estava em R$ 5,78 trilhões.
"Esse desempenho resultou da diminuição de 0,2% no estoque de crédito às empresas, que totalizou R$ 2,2 trilhões, em contrapartida ao aumento de 0,5% no destinado às famílias, R$ 3,6 trilhões. ", explicou a instituição.
Inadimplência
De acordo com dados do Banco Central, a taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito ficou estável em 3,3% em fevereiro -- o maior patamar desde novembro de 2023 (3,4%).
g1
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Um ataque a tiros deixou uma criança morta e duas gravemente feridas na cidade finlandesa de Vantaa, um subúrbio da capital, Helsinque, nesta terça-feira (2). As informações são da polícia local.
Um menor suspeito de abrir fogo e balear os adolescentes foi detido, acrescentou a polícia local, que seguia na região da escola Viertola horas após a ação.
As vítimas e o menino detido têm 12 anos, segundo a polícia.
As três crianças atingidas foram levadas a um hospital da região, disse um porta-voz da polícia à Reuters. Uma delas, porém, teria morrido imediatamente.
De acordo com a polícia, a detenção do suspeito e da arma ocorreu no subúrbio de Siltamaki, cerca de 3 km distante da escola Viertola.
Ao comentar o ataque, o primeiro-ministro da Finlândia, Petteri Orpo, disse que o episódio "nos choca profundamente", em paticular pela idade dos envolvidos. Ele afirmou também que a motivação do ataque ainda não é conhecida pelas autoridades.
A instituição de ensino onde ocorreu o ataque tem cerca de 800 alunos, do primeiro ao nono ano, e uma equipe de cerca de 90 pessoas.
“O perigo imediato acabou”, disse Sari Laasila, diretor da escola de Viertola, à Reuters, recusando-se a comentar mais sobre o incidente.
"O dia começou de uma forma horrível. Houve um tiroteio na escola Viertola, em Vantaa. Só posso imaginar a dor e a preocupação que muitas famílias estão sentindo neste momento. O suspeito do crime foi capturado", postou a ministra do Interior, Mari Rantanen no X.
Casos anteriores
A Finlândia já registrou casos de ataques a tiros em escola no passado. Em 2007, Pekka-Eric Auvinen matou a tiros seis estudantes, a enfermeira da escola, o diretor e ele próprio usando uma arma na Jokela High School, perto de Helsinque.
Um ano depois, em 2008, Matti Saari, outro estudante, abriu fogo numa escola profissionalizante em Kauhajoki, noroeste do país. Ele matou nove estudantes e um funcionário antes de apontar de se matar.
A Finlândia reforçou a sua legislação sobre armas em 2010, introduzindo um teste de aptidão para todos os requerentes de licenças de armas de fogo. O limite de idade para os candidatos também foi alterado de 18 para 20 anos.
Existem mais de 1,5 milhão de armas de fogo licenciadas e cerca de 430 mil titulares de licenças no país de 5,6 milhões de habitantes, onde a caça e o tiro ao alvo são atividades populares.
g1
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Com o título da Taça Rio de 2024, conquistado neste domingo, o Botafogo garantiu uma vaga na Copa do Brasil da próxima temporada. Até o momento, 53 clubes confirmaram participação na competição nacional de 2025. Entre as equipes da Série A do Campeonato Brasileiro, o Corinthians é a única que ainda não teve sua participação confirmada na edição do próximo ano, pois foi eliminado na fase de grupos do Campeonato Paulista.
O ge listou os clubes que estão confirmados na Copa do Brasil de 2025 até o momento; veja lista completa abaixo.
Norte
Nordeste
Centro-Oeste
Sudeste
Sul
Apesar de ainda não ter garantido sua vaga na Copa do Brasil pelo estadual, o Corinthians ainda pode garantir sua classificação via Campeonato Brasileiro. O Botafogo foi o último clube da Série A que carimbou seu passaporte após vencer o Boavista, por 2 a 0, pela final da Taça Rio.
Levando em consideração a Série B do Brasileiro, oito clubes também ainda não garantiram sua participação na edição de 2025: Avaí, Botafogo-SP, Chapecoense, Goiás, Guarani, Ituano, Mirassol e Ponte Preta.
De acordo com o regulamento da competição, 80 vagas são destinadas para os estaduais. As outras 12 ficam por conta dos nove primeiros colocados da Série A, além do campeão da Copa do Nordeste, Copa Verde e Série B do Campeonato Brasileiro – estes clubes entram direto na terceira fase da Copa do Brasil.
Na edição deste ano, a competição se encontra na terceira fase. Os duelos serão definidos através de sorteio. O Ranking Nacional de Clubes (RNC) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é utilizado para determinar a divisão das equipes nos potes. Relembre as equipes classificadas para terceira fase deste ano.
A partir da presença na terceira fase, todos os clubes, independentemente de divisão, passam a receber a mesma cota de participação. Assim, a classificação para as oitavas de final vale uma premiação de R$ 3,465 milhões.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta terça-feira (2) da cerimônia de inauguração de uma unidade do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), no Rio de Janeiro. A iniciativa é uma parceria entre o governo federal e a prefeitura. Na ocasião, vai ocorrer a aula inaugural da primeira turma do curso de bacharelado em matemática da tecnologia e inovação.
A graduação vai contar com investimentos federais de R$ 18,7 milhões no primeiro ano. Na tentativa de atrair alunos de todo o país, o instituto vai oferecer alojamento estudantil para os maiores de 18 anos e apoio financeiro.
Com quatro anos de duração, o bacharelado em matemática da tecnologia e inovação começa com um ciclo básico de um ano e meio. Em seguida, os alunos escolhem entre quatro ênfases: matemática, ciência da computação, ciência de dados e física.
De acordo com o IMPA, a faculdade pretende capacitar os estudantes com uma formação teórica e prática sólida em matemática da tecnologia e inovação para ter sucesso no mercado de trabalho.
"Localizado estrategicamente no Porto Maravalley, hub de inovação da cidade, e instalado em uma sede completamente reformada pela prefeitura do Rio, os alunos estudarão em um ambiente cercado de startups e empresas de tecnologia, contribuindo para o desenvolvimento de novas tecnologias", diz o instituto.
O processo seletivo dos alunos considerou o desempenho em cinco olimpíadas do conhecimento, como a OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) e a nota de matemática do Enem, além de entrevistas virtuais. O IMPA Tech destina vagas à ampla concorrência e prevê reserva para candidatos de diferentes grupos de cotas.
Lula falou sobre o assunto recentemente. "Essa faculdade de matemática é um prêmio para os alunos que forem campeões das Olimpíadas de Matemática, aqueles que ganharem medalha de ouro. A gente está fazendo essa faculdade, em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada, e a gente vai começar com 100 alunos. No ano seguinte, mais 100. No ano seguinte, mais 100. E no ano seguinte, mais 100. Serão 400 alunos que vão estudar nessa faculdade de matemática", disse.
"Vai ter apartamento para morar, vai ter moradia. Já está comprado os apartamentos, já está mobiliado. Os primeiros 100 [alunos] que chegarem, já vão viver no centro do Rio de Janeiro", afirmou.
"Por que a gente está fazendo isso? Porque a gente não quer que as pessoas que têm extraordinária genialidade em determinadas coisas saiam do Brasil para ir trabalhar lá fora, estudar lá fora. A gente quer que vocês fiquem no Brasil, estudem no Brasil e sejam gênios no Brasil para ajudar esse país a se transformar em uma grande nação."
Obras de dragagem da Baía de Guanabara
No Rio de Janeiro, Lula vai participar também no anúncio de início das obras de dragagem da Baía de Guanabara para o Porto de Niterói. A medida tem o objetivo de ampliar o acesso da infraestrutura aquaviária e vai revitalizar todo segmento. A expectativa é de geração de 20 mil empregos, entre diretos e indiretos.
O desassoreamento do trecho da Baía de Guanabara será feito entre a Ilha da Conceição e a Ponte Rio-Niterói e aumentará de 7m para 11m a sua profundidade (calado), o que permitirá o aumento da função operacional dos estaleiros, o estímulo a novas construções de embarcações e a movimentação do setor de reparos e offshore, segundo a Prefeitura de Niterói.
R7
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O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) assinaram nesta segunda feira (1°) um contrato de gestão de recursos do Fundo Clima pelo BNDES. No documento está prevista a transferência de até R$ 10,4 bilhões, a serem utilizados pelo banco no financiamento reembolsável de projetos para a mitigação e adaptação à mudança do clima, e o pagamento de R$ 6,2 milhões a título de remuneração ao BNDES, na qualidade de agente financeiro.
O contrato firmado pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e pela ministra Marina Silva (MMA) na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa. O novo contrato eleva a capacidade de financiamento do fundo que tinha orçamento de R$ 2,9 bilhões, até o ano passado.
O Fundo utilizará parte dos recursos da captação feita pelo Ministério da Fazenda, em novembro de 2023, a partir da emissão de US$ 2 bilhões em títulos soberanos sustentáveis no mercado internacional. Cerca de R$ 400 milhões serão provenientes de participação da exploração de petróleo e gás, e do retorno de operações financeiras do próprio fundo.
As modalidades passíveis de financiamento no novo Fundo Clima estão divididas entre desenvolvimento urbano resiliente e sustentável; indústria verde; logística de transporte, transporte coletivo e mobilidades verdes; transição energética; florestas nativas e recursos híbridos; e serviços e inovações verdes.
No ano passado, o Fundo Clima contratou R$ 733,2 milhões em 27 operações. De acordo com o BNDES, essas operações evitaram a emissão de 4,3 milhões toneladas de gás carbônico – o que representa 10 meses sem carros na região metropolitana de São Paulo.
R7
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O julgamento que pode resultar na cassação do senador Sergio Moro foi adiado por um pedido de vista do desembargador José Rodrigo Sade e será retomado na quarta-feira (3). O pedido foi feito depois que o relator do caso, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, apresentou o relatório por duas horas e quinze minutos nesta segunda-feira (1º). Sade elogiou a democracia paranaense eleitoral e afirmou que os debates apresentados ao longo do julgamento foram de "alto nível". Ele chamou o relatório apresentado de "muito poderoso, muito minucioso", e por isso se viu obrigado a pedir vista.
O senador é denunciado por abuso de poder econômico, uso de caixa 2 e utilização indevida de meios de comunicação nas eleições de 2022. As Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) foram apresentadas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança, composta por PCdoB, PV e PT.
As legendas alegam gastos excessivos em campanha e desequilíbrio nas eleições pelo fato de Moro ter se lançado como pré-candidato à presidência pelo Podemos. Depois, ele desistiu da disputa, migrou para o União e concorreu a senador. Caso as acusações sejam provadas, o senador pode ter o mandato cassado e ficar inelegível por oito anos.
O advogado de Moro, Gustavo Guedes, disse que não existe precedente para gastos durante a pré-campanha e que ele foi eleito no Paraná pela popularidade conquistada durante o julgamento da Operação Lava-Jato.
"Não tem como prestar conta de pré-campanha. Nem o Moro e nem ninguém", afirma.
O Procurador Regional Eleitoral, Marcelo Godoy, afirma que gastos não precisam ser ilícitos para serem considerados exorbitantes. Ele aponta que o Ministério Público Eleitoral, após analisar as despesas individualmente, chegou ao montante de R$ 2 milhões de gastos.
O relator iniciou a leitura pontuando que o julgamento não é sobre "a Operação Lava-Jato, seus personagens, acertos e erros", e sim os supostos desvios durante a pré-campanha, e que o processo "tem relação com a política".
"Não se pode perder de vista que todo o processo aqui surge pela política. É muita ingenuidade acreditar que o investigado, atuando como juiz em grande operação de combate à corrupção, que afetou razoável parte do quadro político, ao sair da magistratura e ingressar no governo beneficiado eleitoralmente pela indicada operação, não seria atacado. [...] Que saindo desse governo atirando, não receberia retaliação futura", pontua.
Ele afirma que não é possível chegar a um valor único que teria sido gasto pelo senador na pré-campanha, visto que os dois denunciantes, o MPE e a defesa de Moro apontam gastos diferentes.
"Para que fosse possível concluir que o investigado Moro extrapolou de limites de gastos por que usou da frustrada candidatura presidencial para se cacifar para o senado no paraná, era imprescindível a demonstração de que, desde o início do projeto, a intenção seria de concorrer no estado do Paraná. Na espécie, isso não ocorreu", acredita.
Falavinha Souza defende que "não se constatam indícios mínimos dos crimes" e votou as demandas como improcedentes.
R7
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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre drogas pode ser votada em primeiro turno no plenário do Senado nesta semana. O texto já passou por três sessões de discussão. Após a quinta sessão, a matéria estará pronta para a primeira votação dos senadores.
Depois, haverá mais três sessões de discussão antes da votação em segundo turno. São necessários 49 votos de senadores em cada turno para a matéria ser aprovada e seguir para análise da Câmara dos Deputados.
A PEC sobre drogas foi aprovada por ampla maioria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A proposta foi apresentada pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Senado e do Congresso, e insere na Constituição Federal a determinação de que a posse ou o porte de entorpecentes e drogas ilícitas afins são crimes, independentemente da quantidade.
O relator da proposta, senador Efraim Filho (União-PB), acrescentou ao texto a garantia de que a distinção entre usuário e traficante deve ser respeitada pelo poder público, com penas alternativas à prisão e oferta de tratamento para usuários com dependência química.
O texto em análise no plenário não altera a atual Lei de Entorpecentes, que já prevê a diferenciação entre traficantes e usuários. Foi esta lei que extinguiu a pena de prisão para usuários no país.
O texto da PEC aprovado na CCJ diz: “a lei considerará crime a posse e o porte, independentemente da quantidade, de entorpecentes e drogas afins, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, observada a distinção entre traficante e usuário por todas as circunstâncias fáticas do caso concreto, aplicáveis ao usuário penas alternativas à prisão e tratamento contra dependência”.
Assim, a PEC vai explicitar na Constituição que é crime a posse ou o porte de qualquer quantidade de drogas - como maconha, cocaína, LSD e ecstasy - deixando a cargo da Justiça definir, segundo o conjunto de provas, se quem for flagrado com droga responderá por tráfico ou será enquadrado como usuário somente. Se ficar comprovado que tinha em sua posse substância ilícita apenas para uso pessoal, a pessoa será submetida a pena alternativa à prisão e a tratamento contra a dependência química.
Julgamento no STF
Em 2015, o plenário do Supremo Tribunal Federal deu início ao julgamento de uma ação sobre o porte de drogas para consumo próprio, referente ao artigo 28 da Lei de Entorpecentes, que determina sanções alternativas à prisão para usuários e/ou dependentes de drogas, como medidas educativas, advertência e prestação de serviços comunitários.
Naquele ano, os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso votaram pela não criminalização do porte de maconha. Com pedido de vista do então ministro Teori Zavascki, o julgamento foi suspenso e assim ficou por cerca de sete anos.
Em agosto de 2023, o julgamento foi retomado. O ministro Alexandre de Moraes votou pela não criminalização do porte de maconha. A então presidente da Corte, ministra Rosa Weber, também votou pela não criminalização do uso pessoal. Já os ministros Cristiano Zanin, Nunes Marques e André Mendonça votaram pela validade do artigo 28 da Lei de Entorpecentes.
Até o momento, a maioria dos votos propõe critérios de quantidade para a diferenciação entre usuário e traficante. O placar no Supremo está em 5 a 3 para descriminalizar o porte apenas da maconha para consumo próprio.
A Lei 11.343 determina punição com medidas educativas e prestação de serviços à comunidade para quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar, trouxer consigo, semear, cultivar ou colher maconha ou outras drogas "para consumo pessoal".
No placar do STF, os cinco votos são para declarar inconstitucional a criminalização do porte de maconha para uso pessoal. Os outros três votos dos ministros consideram válida a regra da Lei de Entorpecentes.
Com a retomada do julgamento no ano passado, diversos senadores e deputados passaram a criticar o STF por supostamente invadir competências exclusivas do poder Legislativo. O presidente Rodrigo Pacheco ecoou os sentimentos desses parlamentares.
BAND
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne na tarde desta segunda-feira (1º) com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O encontro, previsto para as 15h, acontece em meio à discussão sobre a prorrogação de subsídios para fontes de energia renováveis.
Este é o único compromisso de Haddad na agenda divulgada no período da manhã desta segunda-feira pela assessoria de imprensa.
O secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, também participará da reunião no Palácio do Planalto.
Agência Estado
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O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro (Sebrae Rio) está com edital aberto oferecendo consultoria gratuita para redução da conta de luz para micro e pequenas empresas fluminenses com faturamento entre R$ 81 mil e R$ 4,8 milhões ao ano. O edital beneficiará 800 empresas.
“É um edital de eficiência energética, onde o principal impacto é as empresas conseguirem reduzir a conta de luz”, disse nesta segunda-feira (1º) à Agência Brasil a analista do Sebrae Rio, Michelle Vaz de Mello. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), 70% do custo das indústrias correspondem à conta de energia. No caso do comércio e serviços, esse percentual reduz, porque o consumo é menor, mas ainda é significativo, destacou Michelle.
A analista do Sebrae Rio chamou a atenção que além da conta de energia, a pauta abrange a redução das emissões de carbono na atmosfera. “Não só a empresa precisa fazer o seu dever de casa, mas também há a cobrança da sociedade no sentido da imagem corporativa, atendimento aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas, e até mesmo gerar uma oportunidade de competitividade para essas empresas.A partir do momento em que elas conseguem ter menor custo de produção, elas automaticamente vão ter maior lucro, explica Michelle.
Perfil energético
As inscrições para o edital podem ser feitas pelo site do Sebrae até o dia 30 de novembro ou enquanto houver vagas. As empresas responderão a um questionário para definir o perfil energético. “As empresas que têm menor gasto com conta de luz possivelmente não vão passar para as outras fases. Mas se o consultor entender a realidade dessa empresa, ele vai dar toda orientação, desde ações simples como sair, apagar a luz”.
Caso a empresa tenha imóvel próprio, com teto para colocação de um painel solar e a conta seja condizente com essa realidade, existem linhas de financiamento na qual ela poderá pagar com a redução de custo que a empresa tiver. Caso a empresa não tenha imóvel próprio nem teto para energia solar, ela poderá fazer assinatura de energia solar.
As empresas que têm consumo de energia acima de R$ 8 mil podem migrar para o mercado livre de energia, cuja legislação, a partir deste ano favorece as pequenas empresas. “Para empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano, a redução do custo de energia pode chegar a até 35%, que é um custo muito significativo para essas empresas. Se pensar que uma empresa tem conta de luz de R$ 8 mil por mês, colocar 20% ou 30% a menos é redução expressiva”.
Questão climática
A analista do Sebrae Rio salientou ainda a importância das reuniões do G20, grupo de países com as maiores economias do mundo, que estão ocorrendo no Brasil e que destacam a questão climática e a redução de emissões de gás carbônico na atmosfera. O que cabe às empresas fazerem é reduzir as emissões de gás carbônico (CO2).
Michelle destacou também que o estado do Rio de Janeiro é base de muitas micro e pequenas empresas que são fornecedoras de grandes companhias, como a Petrobras, por exemplo, do setor de óleo e gás, que atualmente seguem um protocolo GHG para redução de emissões de gases poluentes. “Não necessariamente a empresa de grande porte vai reduzir essas emissões na operação dela. Mas consegue reduzir na cadeia de relacionamento. Para as grandes empresas, já virou requisito de contratação que os fornecedores que já estejam reduzindo suas emissões de carbono vão ter mais favorecimento para serem contratados do que outros que não estão preocupados com isso”.
O Protocolo GHG foi lançado em 1998 como uma parceria entre organizações não governamentais (ONGs) e empresas para estabelecer métodos padronizados de contabilização, capazes de atender à necessidade de uma metodologia global comum. Hoje, a estrutura de “três escopos” do GHG Protocol é a base para a contabilização de emissões corporativas. GHG é a abreviação para “greenhouse gas”, ou gases de efeito estufa.
Radiografia
A ideia do Sebrae é fazer também um mapeamento das 800 micro e pequenas empresas do estado do Rio de Janeiro este ano, de modo a ter uma radiografia mais acurada dos setores de comércio, bares, hotéis, para os quais já estão sendo produzidos materiais para orientação dos segmentos. O edital lista 17 segmentos prioritários para entender os que apresentam maiores custos com energia.
Além de ter acesso à primeira fase do edital de perfil energético, elas terão acesso também à segunda etapa de análise da conta de luz. “Dá oportunidade ainda maior de redução dos gastos e de uma orientação maior do que o empresário pode fazer, qual é o horário de ponta. O horário de consumo de energia de 18h às 21h é muito mais caro, mas muitas empresas desconhecem isso”. Segundo Michelle, são informações simples que o empresário não tem conhecimento.
Na terceira fase, as empresas passam por um critério de seleção maior. Os consultores vão nas empresas e fazem um diagnóstico energético, mensurando todos os equipamentos e componentes elétricos para mostrar de modo efetivo onde estão os maiores gastos na conta de luz, identificando os gargalos que provocam o maior custo de energia.
Após as fases de perfil energético, análise da conta de luz e inventário energético, é feita a devolutiva final e mais completa dessa estratégia para que o empresário consiga reduzir seus gastos de energia. Futuramente, será aberta uma rodada de oficinas e palestras para micro e pequenas empresas sobre o tema. O edital não aceita microempreendedores individuais (MEIs).
Agência Brasil
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Começa a valer a partir de hoje (1°) o Programa Litígio Zero, voltado para atender pessoas físicas e jurídicas que possuem dívidas em disputa administrativa com a Receita Federal até o valor de R$ 50 milhões. Entre as possibilidades de negociação, está a redução de até 100% do valor dos juros, das multas e dos encargos legais para os créditos classificados como irrecuperáveis ou de difícil recuperação.
Segundo a Receita, o novo sistema de renegociação tem diferentes modalidades, conforme o nível de risco do débito. Em alguns casos, na renegociação das dívidas será observado o limite de até 65% sobre o valor total de dívida, com entrada de 10% do valor consolidado da dívida, após os descontos, pagos em até cinco parcelas, e saldo devedor em até 115 parcelas.
As dívidas de microempresas, pessoas físicas ou empresas de pequeno porte, também poderão ser negociadas no âmbito do Litígio Zero 2024. Para tanto, é necessária uma entrada de 5% do valor consolidado dos créditos transacionados em até cinco parcelas e o restante pago em 12, 24, 36 ou em até 55 meses.
“Quanto mais curto o prazo de pagamento, maior o desconto. Por exemplo: se o plano escolhido for de 12 meses, será aplicada redução de 50%, inclusive do montante principal do crédito. Se o contribuinte escolher a modalidade de até 55 meses para o pagamento, a redução cai a 30%”, informou a Receita.
A Receita informou ainda que se houver utilização de créditos decorrentes de Prejuízo Fiscal (PF) ou Base de Cálculo Negativa (BCN) nas renegociações dos casos considerados irrecuperáveis ou de difícil recuperação, a entrada será de, no mínimo, 10% do saldo devedor, parcelado em até cinco vezes, e o restante com o uso desses créditos, apurados até 31 de dezembro de 2023, limitados a 70% da dívida após a entrada, e o saldo residual dividido em até 36 parcelas.
No caso de créditos classificados como de alta ou média perspectiva de recuperação, será aceita entrada de 30% do valor consolidado, com pagamento em até cinco parcelas, e o restante do saldo devedor com uso de créditos decorrentes de Prejuízo Fiscal (PF) ou Base de Cálculo Negativa (BCN) apurados até 31 de dezembro de 2023, limitados a 70% da dívida após a entrada. O saldo residual poderá ser dividido em até 36 parcelas. Sem a utilização de PF/BCN, a entrada será 30% do valor consolidado da dívida, em até cinco parcelas e o restante em até 115 parcelas.
O contribuinte com débitos junto à Receita e que quiser aderir ao programa encontrarámais informações na página do Litígio Zero. (https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programa-litigio-zero)
Agência Brasil
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