Novembro 23, 2024

'Acredito que estamos muito perto de uma Guerra Mundial', diz Trump em ataque a presidente Biden

O ex-presidente e candidato republicano Donald Trump disse nesta quinta-feira (8) acreditar que "estamos muito perto de uma Guerra Mundial", e atacou o presidente Joe Biden ao dizer que o mundo se encontra neste cenário porque "as pessoas no comando não fazem ideia do que estão fazendo".

A coletiva de Trump na Flórida nesta quinta foi a primeira aparição pública do republicano desde que a vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris escolheu o governador de Minnesota, Tim Walz, para ser o vice de sua chapa.

"Na minha opinião, estamos muito perto de uma Guerra Mundial. As pessoas no comando não fazem ideia do que estão fazendo. (...) Rússia não nos respeita mais, China também não, Coreia do Norte não nos respeita. Estamos em um estágio muito perigoso para a 3ª Guerra Mundial, isso pode acontecer", disse Trump.

As tensões estão elevadas no Oriente Médio após o assassinato dos chefes dos grupos terroristas Hamas e Hezbollah, aliados do Irã, na semana passada. As mortes são atribuídas a Israel, que negou responsabilidade pela morte de Ismail Hanyeh, em Teerã. Por conta das mortes, Israel e EUA esperam um ataque retaliatório do Irã a qualquer momento, o que poderia desencadear um conflito entre Irã e Israel.

Duas guerras já estão em curso, na Faixa de Gaza, entre Israel e Hamas, e entre Ucrânia e Rússia. Durante sua coletiva nesta quinta, Trump colocou a culpa pelas guerras no presidente Biden e voltou a dizer que esses conflitos não teriam ocorrido se ele estivesse no comando. A afirmação do republicano não é verificável.

O republicano também disse que haverá uma transferência pacífica de poder mesmo se não for eleito em 5 de novembro "se as eleições forem justas". O presidente Biden demonstrou receio de que uma entrevista

"É claro que teremos uma transferência pacífica de poder, como da última vez, se as eleições forem justas. Só espero que tenhamos eleições honestas", afirmou Trump.

Trump também defendeu a realização de três debates contra Kamala e disse não saber se a democrata aceitará os debates porque, segundo ele, "Kamala não consegue fazer uma entrevista, será esclarecedor". Veja abaixo as datas fechadas entre a equipe do republicano e as emissoras.

Trump também voltou a criticar Kamala Harris, chamando-a de "a pior vice-presidente da história dos EUA", e Tim Walz --segundo o republicano, ambos são radicais da extrema-esquerda. (Leia mais abaixo)

Debate presidencial
Donald Trump disse que concordou com três emissoras diferentes para debates presidenciais e desafiou Kamala Harris a concordar com os termos. As datas e as emissoras seriam as seguintes, segundo o republicano:

  • "Fox News" - 4 de setembro;
  • "ABC" - 10 de setembro;
  • "NBC" - 25 de setembro.

Após a fala de Trump, a "ABC" confirmou a realização do debate entre Trump e Harris, o primeiro entre novos concorrentes, para 10 de setembro.

"É muito importante termos debates. Falamos com as lideranças das redes e tudo foi confirmado. (...) O outro lado terá que acordar com os termos, mas não sabemos se isso irá acontecer. Ela não fez uma entrevista, não consegue fazer uma, não consegue fazer uma coletiva de imprensa e ela é uma má debatedora, não sabe debater. Mas é importante, temos que ter debate e colocar os pingos nos i’s. Estou ansioso por eles, creio que serão esclarecedores", disse Trump.

O candidato republicano afirmou também que a rede americana "CBS" realizará debate entre os candidatos a vice-presidente, J.D. Vance e Tim Walz.

Trump critica Tim Walz
Logo após o anúncio de Walz como vice de Kamala, na terça-feira (6), Trump se pronunciou por meio um email para apoiadores e criticou o democrata:

"Tim Walz seria o pior vice-presidente da história! Ainda pior que a perigosa liberal e corrupta Kamala Harris. Ele é ruim neste nível. Ele vai desencadear o inferno na terra e abrir nossas fronteiras para os piores criminosos que vocês possam imaginar"

Pouco antes, a secretária de imprensa da equipe de campanha de Trump divulgou um comunicado oficial. No texto, Karoline Leavitt chamou Walz de "radical de esquerda" e "perigoso extremista liberal":

"Não é surpresa que a liberal de São Francisco Kamala Harris escolheu seu queridinho da Costa Oeste Tim Walz como parceiro de chapa. Walz passou todo seu mandato como governador tentando moldar Minnesota à imagem do estado dourado. (...) Walz é obcecado por espalhar a agenda liberal perigosa da Califórnia. Se Walz não disser a verdade para os eleitores, nós vamos dizer: assim como Kamala Harris, Tim Walz é um perigoso extremista liberal e a chapa Harris-Walz, sonho da Califórnia, é o pesadelo de todo americano".

Anúncio da escolha
O nome de Walz foi confirmado pela própria Kamala Harris, atual vice-presidente dos EUA e também candidata à presidência pelo Partido Democrata após a desistência de Joe Biden em concorrer pela reeleição.

"Tenho orgulho em anunciar que eu convidei o governador Tim Walz para ser meu parceiro de chapa. Um dos aspectos que me marcou sorbe Tim é o fato de suas convicções em lutar pela classe média são profundas. É uma questão pessoal", declarou Harris, que também cogitava o nome do governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, para o posto.

Após Harris formalizar o convite, Tim Walz respondeu publicamente que está "totalmente dentro".

"É a maior honra da minha vida me unir à Kamala Harris na campanha", declarou Tim Walz. "Estou totalmente dentro. A vice-presidente Harris está nos mostrando a política do que é possível. Parece um pouco o primeiro dia na escola".

Através de um post no X, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou sobre a escolha e exaltou a vida e a carreira política de Tim Walz, que disse conhecer há quase duas décadas:

"A chapa Harris-Walz será uma voz poderosa para os trabalhadores e para a grande classe média da América. Serão os maiores defensores das nossas liberdades pessoais e da nossa democracia. E garantirão que a América continue a liderar o mundo e a desempenhar o seu papel como nação indispensável".O ex-presidente Barack Obama também elogiou a escolha e chamou Walz de "um governador fora do comum".

"Assim como a vice-presidente Harris, o governador Tim Walz acredita que o governo funciona para nos servir. Não apenas a alguns de nós, mas a todos nós. Isso faz com que ele seja um governador fora do comum, e fará dele um vice-presidente ainda melhor. Michelle (Obama) e eu não poderíamos estar mais felizes por Tim e Gwen (esposa de Walz), sua família e nosso país".

A ex-primeira-dama Michelle Obama chegou a ser cogitada como substituta do presidente Joe Biden como o nome do Partido Democrata na disputa pela Casa Branca. Uma pesquisa do instituto Ipsos e da agência de notícias Reuters indicou ainda que ela seria a única entre os nomes contados para substituir Biden que venceria o ex-presidente Donald Trump, candidato do Partido Republicano.

g1
Portal Santo André em Foco

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