A Casa Branca quer proibir John Bolton, ex-assessor de Segurança Nacional, de publicar um livro sobre as memórias do tempo em que atuou como braço direito de Donald Trump. De acordo com uma carta obtida nesta quarta-feira (29) pela imprensa dos Estados Unidos, o governo norte-americano avisa que a publicação tem trechos "com informação classificada" — ou seja, confidencial.
Na carta enviada ao advogado de Bolton, um diretor da Casa Branca diz que tal informação "pode causar graves danos à segurança nacional". O governo alega que o ex-assessor assinou documentos para não revelar segredos.
"O texto não pode ser publicado ou revelado sem que seja apagada a informação classificada", pede a carta.
Expectativa sobre Bolton
Há uma expectativa ao redor do livro de Bolton porque, segundo o jornal "The New York Times", o ex-assessor revela casos que poderiam ser usados no julgamento de impeachment de Donald Trump.
Por isso, senadores da oposição pretendem insistir na convocação de Bolton como testemunha durante o julgamento que define se Trump deve ou não deixar o cargo.
Segundo o "Times", o livro diz que Trump afirmou a Bolton que queria manter a interrupção das ajudas financeiras para a área de segurança da Ucrânia até que autoridades ucranianas ajudassem nas investigações contra políticos democratas — inclusive a família Biden. Ex-vice-presidente dos EUA, Joe Biden é pré-candidato à Presidência para as eleições de 2020.
Trump sofre processo de impeachment sob acusação de abuso de poder ao pedir ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para que autoridades ucranianas investigassem os Biden. A outra acusação é de obstrução ao Congresso durante o inquérito que levou à admissibilidade do processo na Câmara.
G1
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