A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner compareceu à segunda audiência do julgamento por suposta formação de quadrilha e fraude na concessão de obras públicas durante o período em que governou o país, de 2007 a 2015.
Hoje senadora e candidata a vice-presidente, ela chegou ao tribunal federal de Buenos Aires às 9h15 desta segunda (27). Não havia militantes em frente ao órgão, ao contrário do que aconteceu na primeira audiência, na terça-feira passada.
A Justiça havia autorizado Kirchner a não comparecer às primeiras audiências, quando são lidas as acusações, se ela tivesse alguma obrigação como senadora. Não há sessão no Senado nesta segunda, no entanto.
Cristina sentou-se ao lado do advogado Carlos Beraldi na última fileira, longe dos demais acusados. Entre eles estão o empresário Lázaro Báez; o ex-ministro de Planejamento Federal Julio De Vido e o ex-secretário de Obras Públicas José López, todos acompanhados dos respectivos advogados de defesa.
Nessas primeiras audiências, que ocorrerão nas segundas-feiras, o Ministério Público, o Escritório Anticorrupção e a Unidade de Informação Financeira, partes acusadoras, vão ler as acusações.
Acusação é a de direcionar obras públicas para empresário
Cristina, que em 18 de maio anunciou a candidatura à vice-presidência para as eleições de outubro, é julgada por fraude na concessão de obras públicas na província de Santa Cruz - onde o ex-marido, Néstor Kirchner, nasceu e desenvolveu grande parte da carreira na política - a favor de empresas de Lázaro Báez, amigo do casal e atualmente detido.
Segundo a acusação, nos 12 anos em que os Kirchner estiveram no poder, Báez ganhou mais de 50 licitações, 80% do total, e muitas ficaram inacabadas, tiveram preços acima do comum ou eram desnecessárias.
EFE
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