A Amazon acusou formalmente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ter utilizado "pressão imprópria"contra a empresa em um contrato bilionário para prover serviços de computação em nuvem para o Pentágono. Em outubro, o governo americano anunciou que a Microsoft levou a licitação, avaliada em US$ 10 bilhões.
A Amazon era tida como favorita para levar o contrato do Departamento de Defesa — chamado de JEDI (Projeto Conjunto de Defesa em Infraestrutura de Nuvem) — por ser a maior provedora de serviços em nuvem dos EUA e por já ter firmado contratos com a CIA.
As acusações constam em documentos oficiais divulgados nesta segunda-feira (9). Segundo uma reclamação formal de 103 páginas, a empresa deixa claro que acredita que Trump teve envolvimento central na decisão do governo de preterir a empresa e que houve "erros" de julgamento em não escolher a Amazon para o contrato.
" Eles [os erros] foram resultado de pressão imprópria do presidente Donald J. Trump, que lançou repetidos ataques, publicamente e nos bastidores, para afastar a AWS [subsidiária de computação em nuvem da Amazon] dos contratos JEDI e prejudicar seu tido inimigo político — Jeff P. Bezos, fundador e presidente da Amazon", disse a empresa nas declarações iniciais do processo.
Bezos também é dono do jornal "Washington Post", que Trump já acusou de espalhar notícias falsas e de agir como lobista da gigante de tecnologia. Segundo os documentos divulgados nesta segunda, Trump teria dito "ferrem a Amazon" repetidas vezes durante a licitação e que esse tipo de determinação é impossível de separar dos erros na escolha feita pelo Departamento de Defesa.
G1
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