Paris relembrou nesta quarta-feira (13) os quatro anos dos piores atentados extremistas já cometidos no país. A prefeita da cidade, Anne Hidalgo, integrantes do governo, familiares e sobreviventes realizaram homenagens às vítimas, em todos os locais atingidos pelos ataques, em um contexto de ameaça permanente contra o país.
Em 13 de novembro de 2015, o Stade de France, bares e restaurantes da capital e a casa de shows Bataclan foram alvo de um ataque coordenado por terroristas do grupo Estado Islâmico. Ao todo, 130 pessoas morreram e mais de 350 ficaram feridas.
O presidente Emmanuel Macron, que não participou das cerimônias nesta manhã, pediu pelo Twitter que os franceses “se lembrem da promessa de continuar unidos para nunca deixar vencer” os autores dos atentados. O ministério do Interior ressaltou nesta quarta que a ameaça terrorista continua elevada no país.
O secretário de Estado da pasta, Laurent Nuñez, disse ser necessário manter vigilância, principalmente devido “a disseminação em todo o mundo dos jihadistas”, depois que eles perderam seu território na Síria e no Iraque.
O risco de um ataque como o de 13 de novembro de 2019 está em baixa, mas as autoridades temem a fuga de combatentes, franceses ou de outras nacionalidades, para a Europa. Essa ameaça começou a ser levada a sério depois da queda do último reduto do Grupo Estado Islâmico na Síria, em março, e principalmente depois da ofensiva militar turca contra o norte sírio, controlado pelas forças curdas, em outubro.
Homenagens
Em cada uma das cerimônias em homenagem às vítimas na manhã desta quarta-feira, os participantes depositaram uma coroa de flores e fizeram um minuto de silêncio. O cantor do grupo The Eagles of death metal, Jesse Hughes, que se apresentava no Bataclan na noite dos atentados, participou das solenidades.
As homenagens foram encerradas na prefeitura do 11° distrito de Paris, com discursos de representantes de associações de vítimas. Para o presidente do coletivo 13onze15, Phillipe Dupeyron, os traumas de quatro anos ainda continuam vivos. “Novas vítimas se declararam nos últimos meses, casais se separaram e trabalhadores ainda têm uma vida profissional conturbada”, lamentou Dupeyron.
O inquérito gigantesco sobre os atentados foi finalmente encerrado e o julgamento deve acontecer em 2021. A justiça indiciou 14 pessoas; 12 delas estão detidas provisoriamente. Entre os principais suspeitos está Salah Abdeslam, único integrante vivo do grupo de jihadistas que atacou Paris. Desde sua detenção, em março de 2016 na Bélgica, ele se nega a falar.
RFI
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