O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (20) que o Irã enfrentará uma reação de "grande força" caso faça algo que vá contra os interesses norte-americanos no Oriente Médio. O republicano acrescentou que Teerã tem sido muito hostil em relação a Washington.
Trump disse a repórteres que está disposto a negociar com o Irã "quando eles estiverem prontos", mas que agora não há discussões em andamento.
As declarações de Trump vêm apesar de pressões do governo iraniano para que os EUA tratem o Irã com respeito, e não com ameaças de guerra, em resposta a comentários feitos pelo líder norte-americano no domingo. As declarações ampliaram as preocupações quanto a um possível conflito entre os dois países.
"Com o Irã, veremos o que acontece", disse Trump. "Mas eles têm sido muito hostis. Eles realmente têm sido os provocadores número 1 do terror."
"Acho que o Irã estará cometendo um grande erro se fizer algo. Se fizerem alguma coisa, receberão uma reação de grande força, mas não temos indicações de que eles farão", disse. "Não teremos escolhas", completou.
Trump alertou aos líderes iranianos que não telefonem para conversas a não ser que estejam preparados para negociar.
Porém, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse mais tarde que não há condições para diálogo nas atuais circunstâncias.
"A situação hoje não permite conversas, e nossa escolha é resistir, apenas", declarou Rouhani à agência estatal IRNA.
Irã aumenta enriquecimento de urânio
O Irã anunciou, nesta segunda-feira, que aumentou em quatro vezes a taxa de enriquecimento de urânio, informou a Reuters, conforme divulgado pela agência de notícias Tasnim. O anúncio foi feito dias depois de o país ter suspendido oficialmente alguns compromissos internacionais feitos sob o acordo nuclear.
Um dia antes, Trump subiu o tom contra o governo iraniano. Em mensagem publicada no Twitter, o norte-americano escreveu:
"Se o Irã quiser brigar, será o fim oficial do Irã. Nunca ameace os Estados Unidos novamente!"
Por causa da recente escalada de tensões, a embaixada norte-americana em Bagdá, no Iraque, país vizinho do Irã, foi esvaziada. Ficaram apenas os funcionários essenciais para lidar com emergências.
Reuters
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