O senador colombiano Iván Cepeda, do partido de esquerda Polo Democrático Alternativo (PDA), afirmou neste domingo (19) que o ex-chefe das Farc Jesús Santrich tentou se suicidar. Ele tinha deixado a prisão de La Picota de Bogotá na sexta-feira (17), mas voltou para o cárcere pouco tempo depois. No sábado (18), ele foi levado para um hospital.
De acordo com o senador, Santrich tomou a decisão de se suicidar quando soube pela imprensa e por fontes seguras que o presidente Iván Duque poderia decidir por sua extradição para os Estados Unidos.
Para conseguir enviar o ex-guerrilheiro para os EUA, passando por cima de decisões judiciais, o presidente poderia declarar estado de exceção. A Presidência esclareceu na sexta-feira (17), no entanto, que não pensa em lançar mão desse recurso.
A Constituição do país prevê que o presidente pode declarar estado de exceção caso existam graves perturbações da ordem pública que atentem de maneira iminente contra a estabilidade institucional.
Santrich ficou internado por mais de 24 horas no Hospital Méderi, de Bogotá, após a tentativa de suicídio. Depois, ele foi levado para uma sala da promotoria, onde recebeu a visita do senador.
Pedido de extradição
A alegação dos norte-americanos para pedir a sua extradição é que Jesús Santrich enviou mais de dez toneladas de cocaína para os EUA em 2018. Ele foi preso em abril daquele ano.
O pedido de extradição foi avaliado por um tribunal especial, que avalia os crimes cometidos antes do acordo de paz. Essa juizado decidiu que não havia prova de que o tráfico foi cometido depois de 2016 e mandou soltar Santrich.
Poucos instantes depois de deixar uma penitenciária em Bogotá, na sexta-feira (17), Jesús Santrich foi recapturado por ordem do Ministério Público do país, que afirmou, por meio de um comunicado que havia novas evidências das ações do ex-guerrilheiro.
G1
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