Subiu para 12 o número de mortos no forte terremoto que atingiu Taiwan, de magnitude 7,4, na terça-feira (2).
Nesta sexta-feira (5), equipes de resgate de Taiwan tentavam retirar 400 hóspedes e funcionários de um hotel de luxo, que ficaram retidos no local por conta do desabamento de estradas. E buscavam 18 pessoas, que seguiam desaparecidas.
Uma das equipes conseguiu chegar até o hotel e começou a fazer trabalhos de reconstrução temporária de uma das vias de acesso para retirar os hóspedes e funcionários.
Outras centenas de pessoas ficaram presas ou isoladas, porque estradas foram danificadas.
O departamento de bombeiros de Taiwan afirma que são 18 desaparecidos, sendo 4 deles estrangeiros. Seis estavam em uma trilha em uma floresta (uma equipe de 45 homens ainda faz buscas).
Cerca de 400 pessoas estão em um hotel de luxo dentro do Parque Nacional de Taroko, que ficou isolado devido ao deslizamento de pedras do alto de montanhas. Helicópteros estão levando suprimentos e resgatando pessoas feridas nesse local.
O Ministério da Agricultura de Taiwan pediu para que as pessoas a se manterem afastadas das montanhas devido ao risco de queda de rochas e à formação de "lagos de barreira", quando a água se acumula atrás de detritos instáveis.
Um grupo de 50 trabalhadores que estava a caminho desse hotel quando aconteceu o terremoto ficou preso nas estradas, mas considera-se que eles estão bem.
Resgate de mineiros
Na quinta-feira (4) foram resgatados seis mineiros e 59 pessoas presas em um túnel em uma rodovia montanhosa do Parque Nacional de Taroko, perto da cidade de Hualien.
Devido ao difícil acesso, os mineiros foram extraídos de helicóptero de uma pedreira onde estavam e ficaram presos entre pedras por conta do tremor. Não há informações sobre o estado de saúde deles.
Na quarta, as equipes de resgate procuravam 70 trabalhadores de duas pedreiras diferentes próximas a Hualien, 64 presos em uma e seis em outra. Não foi informado de qual pedreira eram os seis mineiros resgatados nesta quinta. Além dos mineiros, as equipes também tentam resgatar outras pessoas presas nas estradas e prédios afetados.
As equipes de resgate também conseguiram retirar 59 pessoas que estavam presas em um túnel em uma rodovia que contorna desfiladeiros do Parque Nacional de Taroko.
Um dos resgatados do túnel relembrou os momentos antes do grupo ficar preso no túnel, quando pedras caíam na estrada.
"Estávamos aterrorizados, especialmente quando o terremoto aconteceu pela primeira vez, pensamos que era o fim, o fim, o fim, porque era um terremoto. E aquele lugar, o lugar que todos conhecíamos, pois estive lá por muitos anos, era propenso a deslizamentos de rochas", disse o homem.
Além das 10 pessoas morreram, mais de 1.000 ficaram feridas por conta do tremor. Foi o pior terremoto no território em 25 anos.
Na quarta, o Escritório de Representação do Brasil em Taiwan disse que não há brasileiros entre as vítimas.
Região montanhosa
O principal desafio das equipes de resgate é a geografia da região de Hualien, muito montanhosa, combinada com o fato de que as principais estradas e linhas ferroviárias do local foram totalmente ou parcialmente destruídas, segundo as autoridades.
Entre as pessoas que as equipes tentavam localizar e resgatar nesta quinta, estão:
Por isso, a única forma de chegar a alguns locais é pela via aérea. Na manhã de quarta, uma equipe conseguiu resgatar um grupo de pessoas que estavam presas em um túnel da região.
A Agência Nacional de Combate a Incêndios de Taiwan afirmou que os mineiros ficaram retidos em pedreiras na região do epicentro do tremor. De acordo com a agência, 64 deles estão em uma pedreira perto de uma mina de carvão, e outros seis trabalhadores, em uma pedreira diferente.
Na manhã de quarta-feira no horário local (noite de terça-feira pelo horário de Brasília), um forte terremoto de magnitude 7,4 deixou nove mortos e mais de 1.000 feridos em Taiwan. Alertas de risco de tsunami chegaram a ser emitidos para o Japão e para as Filipinas, mas foram retirados posteriormente.
O que se sabe até agora:
Estragos em Taiwan
Segundo as autoridades, as dez pessoas que morreram estavam no condado montanhoso e pouco povoado de Hualien, que fica próximo ao epicentro do tremor, na costa leste da ilha, a cerca de 150 km da capital, Taipei. Diversos imóveis ficaram danificados na região, incluindo dois prédios que tombaram.
De acordo com a Agência Meteorológica do Japão, o tremor foi de magnitude 7,7. Ele teria ocorrido a apenas 15,5 km da superfície, o que explica o poder de destruição elevado.
Em toda a ilha, pelo menos 26 edifícios desabaram, segundo as autoridades. Socorristas trabalharam no resgate de dezenas de pessoas que ficaram presas entre os escombros.
Segundo as autoridades, cerca de 50 pessoas que estavam em quatro micro-ônibus e iriam para um parque nacional estão desaparecidas. Não há confirmação sobre a nacionalidade destes até a última atualização.
Deslizamentos de terra também foram registrados após o tremor. Na capital Taipei, parte da cidade ficou sem energia. Carros foram obrigados a parar nas rodovias durante o terremoto.
Um brasileiro registrou o momento em que móveis e objetos em seu apartamento se movem e ele precisa deixar a sua residência.
Tremores secundários ainda puderam ser sentidos em Taipé, com mais de 50 registrados, segundo as autoridades meteorológicas.
A agência oficial de notícias de Taiwan afirmou que esse é o terremoto mais forte registrado desde 1999, há 25 anos, quando um tremor provocou a morte de 2,4 mil pessoas e danificou 50 mil imóveis.
Risco de tsunami
Alertas de risco de tsunami foram emitidos pelas autoridades para áreas costeiras de ilhas do Japão e das Filipinas.
Em um primeiro momento, as autoridades chegaram a alertar para ondas de até 3 metros na ilha japonesa de Okinawa. Moradores que vivem na região receberam uma ordem de retirada.
Cerca de três horas após o terremoto, o Japão cancelou os alertas de tsunami. A TV japonesa NHK disse que ondas de 30 centímetros foram registradas na ilha japonesa de Yonaguni, que fica a cerca de 100 km da costa leste de Taiwan.
Já nas Filipinas, o governo também pediu para que moradores de áreas costeiras deixassem suas casas.
g1
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