Carregamentos de ajuda humanitária enviados por lançamento aéreo à Faixa de Gaza nesta sexta-feira (8) atingiram moradores do território e mataram cinco deles, segundo afirmou o chefe da enfermaria do hospital Al-Shifa, o principal da região, controlada pelo Hamas. Outros dez teriam ficado feridos.
A suspeita é de que parte dos paraquedas aos que as caixas ficam presos se engancharam uns aos outros após serem acionados e, com isso, despencaram em queda livre em um terreno no norte da Faixa de Gaza.
O responsável pelo setor de emergência do hospital Al Shifa, Mohamed el Sheikh, disse à AFP que o acidente ocorreu no campo de refugiados de Al Shati, a oeste da Cidade de Gaza, perto da costa.
“Quando os aviões começaram a lançar a carga, eu e meu irmão nos dirigimos para a área com a esperança de recuperar um saco de farinha. Mas o paraquedas não se abriu e a carga caiu como um foguete sobre o teto de uma das casas”, disse à AFP o palestino Mohamed al Goul, de 50 anos, morador desse campo de refugiados.
Mohamed afirmou ainda que depois viu um grupo de pessoas carregando três corpos e vários ficaram feridos no grupo de refugiados que se reuniram para chegar aos pacotes de ajuda humanitária.
Em um vídeo que mostra aviões descarregando pacotes de ajuda humanitária em Gaza, é possível ver, no canto inferior direito, o que parecem ser dois paraquedas entrelaçados. Como não estão adequadamente abertos, os pacotes caem mais rápido que os outros do mesmo carregamento.
Entregas aéreas de ajuda humanitária
Nações como EUA, Jordânia, Egito, França, Holanda e Bélgica vêm lançando de aviões pacotes com itens de ajuda humanitária de paraquedas desde a semana passada, quando mais de 100 pessoas morreram em uma entrega de ajuda com caminhões. No entanto, o governo local disse não saber informar qual país havia enviado o carregamento lançado nesta sexta.
Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em outubro, as forças israelenses mantém as passagens que dão acesso a Gaza fechadas. A única passagem entre Gaza e o Egito, a de Rafah, também monitorada por Israel, tem um fluxo insuficiente de entrada de ajuda humanitária desde o início do conflito.
g1
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