O Brasil e outros seis países da América Latina divulgaram nesta terça-feira (8) apoio ao presidente do Equador, Lenín Moreno, em meio aos protestos contra o governo equatoriano iniciados pela alta no preço dos combustíveis.
Os sete países que assinaram o texto são:
No texto, também publicado pelo Itamaraty nesta tarde, os sete países manifestaram "repúdio à qualquer tentativa de desestabilizar os regimes democráticos legitimamente constituídos".
O grupo também afirma "forte apoio às ações empreendidas pelo Presidente Lenín Moreno para recuperar a paz, a institucionalidade e a ordem, utilizando os instrumentos concedidos pela constituição e pela lei, assim como ele vem fazendo".
Moreno decretou estado de exceção na quinta-feira passada para tentar conter os protestos contra o fim do subsídio aos combustíveis, que levaram a um aumento de 123% nos preços. Com a medida, o presidente pode convocar as forças armadas frente aos manifestantes.
O estado de exceção e a desmobilização de parte dos sindicalistas não foram suficientes para interromper os protestos, que cresceram ao longo da semana. Ao menos um civil morreu nas manifestações.
Além do apoio a Moreno, o texto também critica o regime chavista da Venezuela – sem, no entanto, fazer qualquer ligação entre o tema e a crise no Equador.
"[Os países] rejeitam qualquer ação destinada a desestabilizar nossas democracias por parte do regime de Nicolás Maduro e daqueles que buscam estender as diretrizes de seu governo nefasto aos países democráticos da região.
Embaixada brasileira pede cautela
A Embaixada do Brasil em Quito emitiu nesta terça-feira comunicado em que pede que turistas brasileiros considerem adiar qualquer viagem ao Equador enquanto durarem as manifestações contra o governo equatoriano. O país está em estado de exceção desde a quinta-feira passada, e ao menos um civil morreu nos protestos.
Além disso, a representação deu as seguintes recomendações a brasileiros:
Na segunda-feira, dois brasileiros que saíram dos EUA em uma aventura de moto rumo ao Brasil, passando por 14 países, enfrentaram ameaças para conseguir entrar no Equador. Eles relataram que precisaram fugir e se abrigar em um ponto do exército.
G1
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