O juiz Arthur Engoron, de Nova York, decidiu nesta sexta-feira (16) que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump deverá pagar uma multa de US$ 354,9 milhões (R$ 1,76 bilhão) por inflar os números do balanço financeiro de sua empresa.
Além disso, ele está proibido de fazer negócios no estado de Nova York por três anos.
A procuradora-geral do estado, Letitia James, processou Trump e a Organização Trump em setembro de 2022 por mentirem durante uma década sobre valores de ativos e seu patrimônio líquido para obter melhores condições em empréstimos bancários e seguros.
Ela disse que o ex-presidente dos EUA inflou o seu patrimônio líquido em até U$ 2,23 bilhões (R$ 11,9 bilhões) nas demonstrações financeiras anuais fornecidas a bancos e seguradoras.
Letitia disse que os ativos cujos valores foram inflacionados incluíam a propriedade de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, seu apartamento de cobertura na Trump Tower, em Manhattan, e vários edifícios de escritórios e campos de golfe.
O valor a ser pago por Trump foi pedido por Letitia, que também solicitou a proibição de Trump de fazer negócios no estado.
Para chegar ao valor da multa, a procuradora-geral calculou da seguinte forma:
Especialistas ouvidos pela BBC afirmaram que o valor é tão alto que pode impactar os negócios e as finanças de Trump. O ex-presidente tem uma empresa do mercado imobiliário.
Segundo a lista da Forbes, a fortuna de Donald Trump é estimada em US$ 2,6 bilhões (ou R$ 12,93 bilhões).
Outros julgamentos
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump enfrenta quatro processos criminais nos quais é réu. Em um deles, o do caso Stormy Daniels, teve data marcada para o julgamento no fim de março.. Entre 2015 e 2017, ele pagou dinheiro para a atriz pornô para que ela não desse entrevista e, depois disso, falsificou os registros contáveis desses pagamentos.
Trump se declara inocente e afirma que o promotor Alvin Bragg, que é do Partido Democrata e foi quem o processou criminalmente, tem apenas fins eleitoreiros.
Com isso, Donald Trump será o primeiro ex-presidente da história dos EUA a enfrentar um julgamento criminal.
O processo contra o ex-presidente começou após ter sido descoberto um pagamento de US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels às vésperas da eleição presidencial de 2016. Trump queria impedir que ela falasse para uma revista que os dois tiveram um caso.
O promotor afirma que quem desembolsou os US$ 130 mil dólares pagos a Stormy Daniels foi o então advogado de Trump, Michael Cohen, e que o dinheiro foi registrado contabilmente como um pagamento aos serviços jurídicos de Cohen, e não como um desembolso feito para "comprar o silêncio" da atriz pornô.
A Promotoria afirma que, de agosto de 2015 a dezembro de 2017, Trump organizou um esquema para influenciar a eleição de 2016 que consistia em identificar e comprar informações negativas sobre ele para impedir que fossem publicadas.
g1
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