Com cães farejadores e escavadeiras, socorristas ainda buscam dez desaparecidos sob os escombros de um deslizamento que matou 36 pessoas e deixou outras 20 feridas em uma comunidade indígena do noroeste da Colômbia, segundo um balanço oficial do último domingo (14).
"Nas últimas horas foram encontrados 3 novos corpos. Dois identificados por seus familiares foram entregues em Medellín. Uma pessoa ainda não identificada foi transferida para Quibdó", informou a província de Chocó, em um boletim.
Mais de 200 pessoas entre bombeiros, socorristas, militares e indígenas trabalham contra o relógio, enquanto os parentes dos desaparecidos aguardam notícias nos arredores.
"A todas as famílias das vítimas, meu sentimento de pêsames [...] Esperamos encontrar os desaparecidos e que as pessoas não estejam mortas", disse o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, no município de Carmen de Atrato, no departamento de Chocó, onde ocorreu o deslizamento na sexta-feira.
"Seguem em risco"
A estrada ficou dividida ao meio. Ao longo da encosta, veem-se carros enterrados, árvores destruídas, lama e pedras. Os socorristas carregam corpos em macas, e helicópteros sobrevoam a área.
"A possibilidade de mais deslizamentos está presente aqui, neste mesmo ponto. Houve dois dias de sol, o risco é menor, mas assim que começarem as chuvas, todo o pessoal envolvido na atividade e quem estiver aqui ainda estará em risco", disse o presidente Petro.
Apesar de a Colômbia atravessar uma temporada de seca, o Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (IDEAM) registrou fortes chuvas na sexta-feira em alguns departamentos do Pacífico e da Amazônia.
"Declara-se desastre natural em Chocó. Como consequência, serão destinados meio bilhão de pesos (R$ 606 milhões) para concluir a estrada este ano e realizar obras de segurança que nunca foram contratadas em 20 anos", escreveu o presidente na rede social X (antigo Twitter).
Os deslizamentos bloquearam o caminho de Quibdó, a capital do departamento de Chocó, para Medellín, a segunda maior cidade da Colômbia.
France Presse
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