Novembro 25, 2024

EUA vão levar à ONU projeto que garante direito de defesa a Israel

Os Estados Unidos propuseram no sábado um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU que afirma que Israel tem o direito de se defender e exige que o Irã pare de exportar armas para "milícias e grupos terroristas que ameaçam a paz e a segurança em toda a região."

O texto do projeto, visto pela Reuters, pede a proteção de civis — incluindo aqueles que estão tentando chegar a um local seguro — observa que os estados devem cumprir o direito internacional ao responder a "ataques terroristas" e pede a "entrega contínua, suficiente e sem obstáculos" de ajuda à Faixa de Gaza, região governada pelo Hamas.

Na quarta-feira passada (18), a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, vetou uma proposta apresentada pelo Brasil, que assumiu a presidência temporário do Conselho de Segurança, dizendo que era preciso dar mais tempo aos esforços diplomáticos de seu país.

Na semana passada, o presidente americano, Joe Biden, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visitaram a região, focados em intermediar o acesso à ajuda a Gaza e tentar libertar reféns mantidos pelo Hamas. Duas reféns americanas foram libertadas pelo Hamas na sexta-feira passada e, no sábado, foi aberto o corredor levando ajuda humanitária para os civis na Faixa de Gaza.

O texto do projeto dos EUA não pede nenhuma pausa ou trégua nos combates. Ele pede a todos os estados que tentem impedir que a "violência em Gaza transborde ou se expanda para outras áreas na região, inclusive exigindo a cessação imediata pelo Hezbollah e outros grupos armados de todos os ataques."

Erradicação
Israel prometeu erradicar o grupo terrorista Hamas depois que seus atiradores romperam a barreira de cerca que cercava o enclave em 7 de outubro e invadiram cidades e kibutz israelenses, matando 1.400 pessoas.

Desde então, Israel tem bombardeado Gaza pelo ar, imposto um cerco e está se preparando para uma ofensiva terrestre. As autoridades palestinas dizem que mais de 4.000 pessoas foram mortas no enclave. A ONU afirma que mais de um milhão ficaram desabrigadas.

O grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã e fortemente armado, entrou em confronto com Israel várias vezes desde 7 de outubro, nas mais mortais confrontações desde que lutaram uma guerra de um mês em 2006.

EFE
Portal Santo André em Foco

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