Um motorista atropelou e feriu oito pessoas nesta terça-feira (4) em Tel Aviv, em Israel, segundo a polícia da cidade.
Um porta-voz da polícia disse que o ataque foi cometido por um palestino da Cisjordânia. Ele foi morto no local por um pedestre que estava armado, ainda segundo o porta-voz.
O Hamas afirmou que o autor do ataque é um membro do grupo terrorista, e que agiu em retaliação "ao crime de ocupação contra nosso povo no campo (de refugiados) de Jenin".
O atentado em Tel Aviv acontece um dia depois de tropas de Israel fazerem a maior operação em 20 anos na Cisjordânia. Milhares de soldados entraram no campo de refugiados local, na cidade de Jenin, em busca, segundo Tel Aviv, de membros de facções criminosas palestinas financiadas pelo Irã. Dez pessoas morreram.
Até a última atualização desta notícia, a polícia não havia informado o estado de saúde das vítimas.
Nova onda de violência
O ataque faz parte de uma nova escalada de violência no Oriente Médio. Recentemente, o governo de Israel afirmou que membros de facções terroristas palestinas fizeram uma série de ataques a colonos judeus em assentamentos na Cisjordânia.
A Cisjordânia é um território reivindicado tanto por israelenses quanto por palestinos, que querem construir ali e na Faixa de Gaza um Estado independente.
Há décadas, os dois lados tentam sem sucesso resolver a situação, mas as negociações são frequentemente interrompidas pela violência de um dos lados.
Atualmente, a Cisjordânia é ocupada por tropas israelenses, que tomaram a área em 1967 e construíram assentamentos que a maioria dos países do mundo considera ilegal. Ainda assim, milhares de palestinos vivem ali.
No fim de junho deste ano, o governo israelense, do conservador Benjamin Netanyahu, anunciou ter aprovado alvarás para a construção de mais de 5.000 unidades habitacionais dentro da Cisjordânia - e que serão ocupadas por judeus israelenses.
Desde então, Tel Aviv diz ter registrado uma série de ataques de palestinos a colonos judeus que vivem na região.
Nesta segunda-feira, em resposta, o Exército israelense iniciou então a operação em Jenin, de onde, segundo Israel, foram planejados os atentados nos assentamentos judeus. A ação foi a maior de Israel na Cisjordânia dos últimos 20 anos, com dez mortos, ataques aéreos com drones e forte efetivo policial por terra.
Já o atentado em Tel Aviv desta terça é uma retaliação a essa operação, segundo o grupo terrorista Hamas.
g1
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