A Suprema Corte dos EUA derrubou nesta sexta-feira (30) o plano do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de cancelar US$ 430 bilhões (R$ 2,76 trilhões) em dívidas de empréstimos estudantis - medida que pretendia beneficiar até 43 milhões de americanos.
Os juízes norte-americanos decidiram contra Biden em uma votação de 6 a 3, favorecendo os conservadores que se opuseram à política do democrata. Os republicanos criticaram o projeto alegando que o benefício é injusto, já que beneficia apenas uma parcela dos estudantes.
Porém, o presidente dos EUA já planeja anunciar novas ações nesta sexta para auxiliar os estudantes. A Casa Branca também discordou da decisão da Suprema Corte.
“Embora discordemos fortemente do tribunal, nos preparamos para esse cenário”, disse um a fonte em anônimo à Reuters. "O presidente deixará claro que ainda não terminou de lutar e anunciará novas ações para proteger os tomadores de empréstimos".
O projeto de Biden - anunciado em agosto de 2022 - cumpria sua promessa de campanha de 2020 de cancelar uma parte de US$ 1,6 trilhão (R$ 7,72 trilhões) em dívidas federais de empréstimos estudantis. Desde então, 26 milhões de estudantes pediram que suas dívidas fossem reduzidas.
Segundo o plano, o governo perdoaria até US$ 10 mil (R$ 48,2 mil) em dívida estudantil federal para americanos que ganhassem menos de US$ 125 mil (R$ 602,7 mil) por ano e que obtivessem empréstimos para pagar a faculdade e outros ensinos.
Segundo Biden na época, o desconto seria financiado com a redução do déficit, alcançada em seu mandato.
A decisão desta sexta-feira acontece um dia após a Suprema Corte dos EUA declarar que ações afirmativas em universidades são inconstitucionais. As medidas derrubadas visavam combater a discriminação e promover a inclusão de grupos historicamente desfavorecidos, como as minorias étnicas, mulheres, pessoas com deficiência, entre outros.
Nesta manhã, a Suprema Corte do país também decidiu que um designer de sites de casamento pode se negar a atender casais do mesmo sexo. A medida pode respingar em outros serviços prestados a qualquer pessoas LGBTQIA+.
Também por 6 votos a 3, os juízes anularam a decisão de um tribunal inferior, que havia condenado a empresária Lorie Smith, de Denver, dona da empresa 303 Creative, que vende sites de casamentos personalizados.
g1
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