A polícia italiana prendeu 40 pessoas, nesta terça-feira (30), em uma nova ação contra a máfia 'Ndrangheta. Os suspeitos são acusados de ter traficado drogas da América Latina (inclusive do Brasil) usando redes clandestinas chinesas de lavagem de dinheiro.
A 'Ndrangheta importou carregamentos de drogas de cartéis sul-americanos, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC), do Brasil, e organizações criminosas colombianas, peruanas, mexicanas e bolivianas, disse a polícia.
O capitão da polícia financeira da Itália, Angelo Santori, comparou o grupo a um polvo que tem tentáculos em todos os lugares do mundo com suas interconexões.
Essa ação ocorre menos de um mês depois de uma operação na qual a polícia europeia prendeu mais de 100 mafiosos em uma grande operação contra o tráfico de drogas e armas.
Santori, que liderou a última investigação na cidade de Bolonha, no norte, disse que a polícia estava executando 40 mandados de prisão, incluindo quatro suspeitos albaneses e dois chineses, além de restringir as movimentações de supostos membros da máfia em sete regiões italianas.
A investigação, que vai do final de 2019 a julho de 2022, rastreou o tráfico de 1,2 tonelada de cocaína, 450 kg de haxixe e 95 kg de maconha, informou a polícia em comunicado.
A 'Ndrangheta, que tem suas raízes na região da Calábria, no sul da Itália, ultrapassou a Cosa Nostra como o grupo mafioso mais poderoso do país e uma das maiores redes criminosas do mundo.
Várias investigações recentes mostraram como os cartéis de drogas na Itália estão usando cada vez mais redes clandestinas de corretores de dinheiro chineses não licenciados para ocultar pagamentos transfronteiriços.
Reuters
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