Vinte anos após da invasão norte-americana ao Iraque, que terminou na queda e morte de Sadam Hussein, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, fez uma visita não anunciada a Bagdá nesta terça-feira (7).
Na visita, Austin defendeu a permanência de tropas dos Estados Unidos em território iraquiano - atualmente, os EUA têm 2.500 soldados no Iraque, que apoiam tropas locais no combate ao Estado Islâmico.
"As forças dos EUA estão prontas para permanecer no Iraque a convite do governo do Iraque", disse Austin, após se encontrar com o primeiro-ministro iraquiano Mohammed al-Sudani. "Os Estados Unidos continuarão a fortalecer e ampliar nossa parceria em apoio à segurança, estabilidade e soberania do Iraque".
Segundo um porta-voz de Al-Sudani, Austin discutiu com o premiê a cooperação entre os dois países na luta contra o Estado Islâmico. O primeiro-ministro iraquiano, disse o porta-voz, reafirmou o “desejo de seu governo em fortalecer e consolidar as relações com os Estados Unidos da América em vários níveis e áreas”.
O secretário norte-americano foi recebido em Bagdá pelo major-general Matthew McFarlane, comandante dos EUA no Iraque.
Desde a invasão liderada pelos EUA em 2003, que removeu do poder o ditador de longa data Saddam, o Iraque tem sido um ponto de atrito entre os Estados Unidos e o Irã. Teerã expandiu amplamente sua influência no Iraque nos últimos 20 anos.
Apesar de o Estado Islâmico ter sido derrotado no Iraque por tropas militares em 2017, militantes do grupo terrorista ainda realizam ataques no país e também na Síria. O Estado Islâmico matou e feriu dezenas de soldados iraquianos nos últimos meses.
g1
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