O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta segunda-feira (21) que planeja lançar uma "operação terrestre" na Síria, um dia depois que vários bombardeios foram realizados contra posições curdas na Síria e no Iraque e vários foguetes foram disparados contra a Turquia a partir do território sírio.
"Não se trata desta operação se limitar apenas a uma operação aérea", declarou o chefe de Estado aos jornalistas turcos que o acompanharam na viagem de retorno do Catar, onde assistiu à cerimônia de abertura da Copa do Mundo.
Os bombardeios aéreos do último domingo (20), que deixaram cerca de trinta mortos na Síria, foram uma retaliação ao ataque que matou seis pessoas em 13 de novembro em Istambul e que Ancara atribuiu a "terroristas" curdos.
"As unidades competentes, nosso Ministério da Defesa e nosso Estado-Maior decidirão juntos sobre a potência com a qual nossas forças terrestres" devem agir, afirmou o presidente, que indicou que os órgãos estão realizando "consultas" sobre esta questão.
"Já avisamos: quem nos incomodar em nosso território vai pagar por isso", insistiu.
Segundo o presidente turco, "70 aviões e drones" participaram da operação, nomeada "Garra-Espada", que atacou posições do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e das Unidades de Proteção do Povo (YPG).
"Eles entraram 140 quilômetros no norte do Iraque e 20 quilômetros no norte da Síria", disse Erdogan.
Por outro lado, o líder afirmou que não manteve "nenhuma discussão" com o presidente americano Joe Biden e com seu homólogo russo Vladimir Putin sobre essa operação.
Os Estados Unidos apoiam as YPG no nordeste da Síria contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico e a Rússia apoia as milícias pró-governo sírio na mesma região.
Vários foguetes lançados da Síria no domingo à noite e nesta segunda-feira pela manhã alcançaram a fronteira e o território turco, deixando três mortos e cerca de quinze feridos.
AFP
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