A Justiça argentina determinou a libertação de uma jovem suspeita de participação na tentativa de homicídio contra a vice-presidente Cristina Kirchner, pela qual três pessoas foram detidas e estão sendo processadas, segundo uma decisão divulgada nesta terça-feira (1º).
A Justiça da Argentina tem uma instância para tomar decisões sobre os apelos de réus, a Câmara de Apelações. Esse órgão concluiu que não provas suficientes para acusar Agustina Díaz, de 21 anos, até o momento (a decisão não é definitiva, no entanto).
Outros dois réus ainda estão presos. São eles:
O grupo é conhecido como "banda de los copitos", um grupo de vendedores ambulantes de algodão-doce.
Dois meses após o atentado, o grau de organização e os celulares dos suspeitos ainda estão sendo investigados.
Até agora só foram encontradas mensagens com expressões de ódio de Uliarte a Kirchner e um suposto vínculo com um grupo de extrema direita que é investigado em outro processo.
O que fez a mulher que foi libertada?
Agustina Díaz trocou várias mensagens de Whatsapp com Uliarte (a outra mulher do grupo), mas todas essas mensagens aconteceram após o atentado, o que, segundo a Câmara, não a implica na organização do ataque, afirmou a juíza María Eugenia Capuchetti, responsável pela investigação.
Como foi a tentativa de atentado
O atentado frustrado aconteceu em 1° de setembro em frente ao apartamento da ex-presidente em Buenos Aires. Sabag Montiel se misturou entre os seguidores de Kirchner, se aproximou de Cristina Kirchner e engatilhou uma pistola calibre 32 a poucos centímetros de sua cabeça, mas a arma não disparou.
Sabag, que tem um símbolo nazista tatuado, foi detido no ato, e sua namorada, três dias mais tarde.
Na mesma decisão, a Câmara Nacional determinou que a juíza acelere "com urgência" os procedimentos para as alegações orais contra os três processados. A investigação continua "esgotando qualquer hipótese que possa ser vinculada com este fato de gravidade institucional".
Também determinou a investigação de todos os encarregados pela segurança de Kirchner.
France Presse
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