Os documentos na residência da Flórida do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump "provavelmente foram escondidos" para dificultar uma potencial investigação do FBI sobre a gestão incorreta de informação confidencial, afirmou o Departamento de Justiça (DoJ) em um documento apresentado na última terça-feira (30) em um tribunal.
O documento apresenta o relato mais detalhado até agora sobre a motivação para a operação do FBI neste mês na propriedade de Trump em Mar-a-Lago, que foi desencadeada por uma revisão dos arquivos que o ex-presidente entregou anteriormente às autoridades e que continham informações confidenciais.
Antes da operação, o FBI descobriu "múltiplas fontes de evidência" de que "documentos confidenciais" permaneciam em Mar-a-Lago, afirma o documento.
"O governo também reuniu evidências de que os arquivos do governo provavelmente foram ocultados e removidos (...) e que provavelmente houve um esforço para obstruir a investigação", acrescenta o documento.
O Departamento de Justiça informou que apresentou os antecedentes detalhados sobre o desenvolvimento da operação "para corrigir a narrativa incompleta e imprecisa apresentada nos documentos [de Trump]".
A publicação do DoJ responde a um pedido feito na semana passada por Trump para obter uma investigação independente que revise os arquivos apreendidos pelo FBI sobre materiais que podem ser protegidos por privilégio pessoal.
Uma investigação independente poderia bloquear a análise e o acesso aos documentos por parte das autoridades, em particular se o tribunal aceitar as alegações de Trump.
O documento do DoJ argumenta que o tribunal não deveria convocar uma parte independente "porque os arquivos não pertencem a Trump", o que significa que a instância é "desnecessária e prejudicaria significativamente interesses governamentais importantes, incluindo a segurança nacional".
AFP
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