Taiwan afirmou nesta quarta-feira (31) que exercerá o direito de autodefesa e "contra-atacará" caso aviões e navios chineses entrem em seu território, após uma série de exercícios militares da China ao redor da ilha.
Taiwan — que tem um governo autônomo e 23 milhões de pessoas — vive com a ameaça constante de uma invasão por parte da China, que reivindica esta ilha como parte de seu território e promete recuperá-la algum dia, inclusive pela força se necessário.
As tensões no Estreito de Taiwan estão no nível máximo em vários anos desde a visita da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha no início de agosto.
Durante uma semana, a China decidiu, como represália, executar manobras militares que não eram observadas desde a década de 1990, incluindo voos de drones sobre as ilhas Kinmen.
Ao ser questionado se Taiwan responderia caso aviões e navios de guerra chineses entrem em suas águas ou espaço aéreo, o general Lin Wen-huang, diretor de operações e planejamento de divisão do ministério da Defesa, respondeu que "quanto mais perto de Taiwan as incursões, mais fortes serão as contramedidas".
"Usaremos as forças navais e aéreas e o fogo costeiro para repelir as forças do EPL (Exército Popular de Libertação da China) que entrem em nossas zonas de 24 milhas náuticas e 12 milhas náuticas", afirmou o general.
"Quando aviões e navios do PLA estiverem a 12 milhas náuticas de nossas águas territoriais e espaço aéreo, atuaremos de acordo com as ordens operacionais para exercer o direito à autodefesa de contra-atacar", disse.
Lin também afirmou que Taiwan "contra-atacaria" ao ser questionado sobre a recente série de voos de drones sobre as ilhas taiwanesas de Kinmen, alguns deles para vigiar postos militares.
AFP
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