Novembro 23, 2024

Estado Islâmico ainda é uma ameaça, diz Mike Pompeo

O grupo terrorista Estado Islâmico continua uma ameaça na Síria e no Iraque, afirmou nesta terça-feira (20) o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo. Segundo ele, a facção ganhou poder em algumas áreas, ainda que o presidente dos EUA, Donald Trump, tenha comemorado o fim do "califado".

"Há lugares nos quais o Estado Islâmico é mais poderoso hoje do que há três, quatro anos", admitiu Pompeo no programa This Morning, da rede de televisão norte-americana CBS.

Ele ponderou, porém, que o califado perdeu capacidade de lançar ataques no exterior – o grupo aterrorizou a Europa ao reivindicar autoria de atentados como o de 13 de novembro de 2015, em Paris. "Ficou muito mais difícil para ele", disse Pompeo.

"Desmontamos um risco significativo. Não todo, mas uma quantidade significativa. Estamos muito satisfeitos com o trabalho que fizemos", ressaltou.

Ressurgimento do Estado Islâmico
Meses atrás, o presidente Donald Trump chegou a afirmar que as forças lideradas pelos Estados Unidos na Síria e no Iraque haviam alcançado uma "vitória de 100%" sobre o grupo extremista islâmico.

Acredita-se, porém, que muitos combatentes estejam misturados à população desses países. Também há possibilidade de que o Estado Islâmico mantenha pequenos domínios em lugares remotos no Iraque.

No início deste mês, um informe do inspetor-geral do Pentágono constatou um ressurgimento do Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Isso teria acontecido em parte, devido ao espaço deixado pela redução, ou pela realocação, de algumas forças de segurança americanas.

O Estado Islâmico também se tornou uma potente ameaça no Afeganistão, onde age de forma independente do Talibã – grupo que negocia um acordo de paz com os Estados Unidos.

No último sábado, o Estado Islâmico assumiu a autoria de um atentado suicida que deixou 63 mortos em uma festa de casamento, em Cabul.

Conversas com Coreia do Norte
Pompeo também disse que os Estados Unidos não voltarão à mesa de negociação com a Coreia do Norte tão rapidamente quanto se esperava. Ele acrescentou, entretanto que Washington sabia que haveria "solavancos pelo caminho" nas conversas sobre desnuclearização.

Na entrevista, Pompeo disse que os EUA estão preocupados com os lançamentos de mísseis de curto alcance pela Coreia do Norte. "Gostaria que eles não o fizessem", afirmou o secretário, referindo-se aos testes.

Os testes de mísseis mais recentes da Coreia do Norte ocorreram na sexta-feira com o lançamento de dois projéteis de curto alcance em direção ao mar de seu litoral leste.

Os lançamentos complicaram as tentativas de retomar as conversas entre negociadores dos EUA e da Coreia do Norte a respeito do futuro dos programas de armas nucleares e de mísseis balísticos do regime.

As conversas sobre desnuclearização estão travadas, apesar do compromisso de revivê-las assumido pelo presidente Donald Trump e pelo o líder norte-coreano, Kim Jong-un, em uma reunião de 30 de junho.

"Não voltamos à mesa de negociação tão rápido quanto esperávamos, mas fomos bastante claros o tempo todo, sabíamos que haveria solavancos pelo caminho", disse Pompeo.

G1
Portal Santo André em Foco

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