O presidente Vladimir Putin assinou um decreto nesta segunda-feira (6) determinando o pagamento de 5 milhões de rublos (cerca de 393 mil reais) às famílias de membros da Guarda Nacional da Rússia que morreram na Ucrânia e na Síria.
O decreto representou o reconhecimento oficial de que integrantes da guarda, conhecidos como Rosgvardia, estão entre as vítimas da guerra na Ucrânia que a Rússia descreve como uma operação militar especial.
A força, que responde diretamente a Putin, foi criada em 2016 para combater o terrorismo e o crime organizado, e tem sido usada internamente para reprimir protestos pacíficos contra o governo.
Analistas ocidentais interpretam sua utilização desde os estágios iniciais da guerra na Ucrânia como um sinal de confiança equivocada de que a Rússia tomaria rapidamente as principais cidades, incluindo a capital Kiev, onde a Rosgvardia poderia ser usada para manter a ordem.
Na realidade, as forças russas foram derrotadas tanto em Kiev quanto na segunda cidade da Ucrânia, Kharkiv, e agora estão focadas em combates pesados na região de Donbass, no leste do país.
Putin já havia anunciado esquemas de compensação para as famílias de soldados mortos e feridos. A Rússia não atualiza seus números de vítimas desde 25 de março, quando disse que 1.351 militares foram mortos e 3.825 feridos. A Ucrânia e os governos ocidentais dizem que este número agora é muitas vezes maior.
Reuters
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